segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

As garras da expansão territorial que se estendem à Síria

Há alguns dias, o exército israelense invadiu a região de Quneitra, na Síria. As forças de infantaria israelenses estacionadas nas proximidades das Colinas de Golã penetraram nas áreas rurais de Quneitra com o apoio de tanques, drones e veículos blindados, realizando disparos indiscriminados contra instalações civis. Em 28 de novembro, o exército israelense atacou também uma região ao sudoeste de Damasco, a capital, matando dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças. Trata-se da continuidade das operações militares de invasão contra a Síria que vêm sendo intensificadas desde o fim do ano passado.

Em dezembro de 2024, Israel lançou uma operação terrestre relâmpago nas Colinas de Golã. Desde então, Israel tem elevado passo a passo o nível de sua ofensiva militar contra a Síria, ampliando continuamente o alcance das incursões desde a região costeira até Damasco e suas áreas circundantes.

Em maio, mobilizando infantaria, forças aéreas de assalto e unidades de operações especiais, Israel lançou um ataque surpresa contra um importante posto de comando do exército sírio no Monte Hermon, nas Colinas de Golã.

O ataque aéreo intensivo realizado em meados de julho contra a Síria foi sem precedentes em escala e intensidade. Durante três dias consecutivos, o exército israelense bombardeou a região sul do país, lançando múltiplos ataques aéreos contra o palácio presidencial em Damasco e contra o Estado-Maior do exército.

Israel declarou que o objetivo de suas ações militares seria proteger a comunidade drusa na Síria. Alegando a questão drusa, busca pressionar a Síria enquanto tenta expandir gradualmente sua influência militar. Isso demonstra que as garras das manobras expansionistas territoriais de Israel se estendem até a Síria.

A confrontação entre a Síria e Israel torna-se cada vez mais acirrada. A comunidade internacional expressa preocupação e descontentamento com as ações militares imprudentes de Israel.

No final de junho, o ministro das Relações Exteriores de Israel declarou, em um evento diplomático realizado em Al-Quds Oriental, que “também têm interesse na paz”, mas, mesmo que fossem estabelecidas relações diplomáticas e alcançados acordos de paz com países vizinhos como Síria e Líbano, jamais se retirariam das Colinas de Golã por causa de um acordo. Enfatizou que “em qualquer acordo de paz que venha a ser firmado, as Colinas de Golã permanecerão parte do Estado de Israel”, revelando abertamente a intenção de tomar à força o território sírio.

A recente visita de uma autoridade israelense às Colinas de Golã demonstrou ainda mais claramente a intenção belicista de alcançar, pela força, a ambição de expansão territorial. Acompanhado pelo ministro da Defesa, pelo chefe do Estado-Maior e pelos responsáveis dos serviços de inteligência, ele apareceu na área síria das Colinas de Golã e proferiu um longo discurso perante soldados, apontando a extrema importância das capacidades de ataque e defesa naquela região.

Já em dezembro do ano passado, houve reforço das tropas da 210ª Divisão de Golã estacionada naquela área, e considerável força militar foi alocada no sul das Colinas de Golã, refletindo o fervor crescente pela ofensiva militar contra o território sírio.

Por causa das desenfreadas manobras de expansão territorial de Israel, as chamas da guerra no Oriente Médio estendem-se agora também à Síria.

Un Jong Chol

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