quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Incidente de ataque às refinarias de petróleo intensifica o enfrentamento EUA-Irã



Há pouco tempo, duas instalações de petróleo no leste da Arábia Saudita foram atacadas. O ataque provocou um incêndio e interrompeu as operações.

Dado que as instalações alvo pertencem à maior empresa de petróleo do mundo, a "Saudi Aramco", e que a Arábia Saudita é a segunda maior produtora de petróleo no mundo, o ataque afetou não apenas a Arábia Saudita, mas também a produção mundial de petróleo.

O ataque destruiu metade da capacidade de produção de petróleo da Arábia Saudita e reduziu a produção mundial de petróleo em 5%, segundo os dados.

Os preços do petróleo bruto subiram mais de 15% na manhã seguinte e os países consumidores de petróleo da Arábia Saudita tiveram que tomar medidas para se defender.

Em meio aos ataques contra as refinarias sauditas, a confrontação EUA-Irã agravou-se.

Após o incidente, as forças antigovernamentais do Iêmen revelaram que eram responsáveis pelo ataque às instalações de petróleo da Arábia Saudita.

Todavia, os EUA colocou a culpa do ataque no Irã e refere-se ao ocorrido como "ataque do Irã".  Um funcionário responsável dos EUA disse aos repórteres: "Não há dúvida de que o Irã é responsável por este ataque. Não importa o que digam, eles não podem escapar da responsabilidade. Não há outros suspeitos"

Os EUA estão apresentando imagens de satélite como evidência Segundo eles, o ataque às instalações de petróleo foi realizado na direção norte ou noroeste, partido do Irã ou Iraque, e envolveu não apenas drones, mas mísseis de cruzeiro.

Os EUA estão aumentando a pressão sobre o Irã após o ataque às refinarias de petróleo.

Sanções foram impostas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento do Irã e o Banco Central do Irã. Comentários como "O Banco Central do Irã é a maior fonte de fundos de Teerã e as sanções contra ele serão as sanções de mais alto nível já impostas ao Irã" foram proferidos. Outros dizem que não descarta-se a opção militar contra o Irã e que a guerra é a opção final.

O Irã se opõe resolutamente as sanções e as ameaças e intimidações militares dos EUA.

O ministro das Relações Exteriores do Irã acusou os EUA de violar o direito internacional ao impor sanções contra o Banco Central do Irã, pois esta lei estipula a imunidade do banco central de um Estado soberano.

O comandante-em-chefe da Guarda Revolucionária Islâmica disse que ninguém pode invadir o território iraniano e que um país que ousar invadir seu país logo se encontrará no campo de batalha.

Ele também alertou que todas as bases e navios dos EUA a 2.000 quilômetros de distância do Irã estão ao alcance dos mísseis iranianos, dizendo que seu país está sempre pronto para lutar uma guerra total.

Analistas comentam que as relações Irã-EUA, que estão se deteriorando desde a retirada unilateral dos EUA do acordo nuclear, estão caminhando para uma fase mais perigosa após o ataque às refinarias de petróleo sauditas.

Repórter da sede, Ri Won

Nenhum comentário:

Postar um comentário