Na vida revolucionária do Presidente Kim Il Sung há um relato sobre a caminhada de mil ris (400 quilômetros) para o estudo, a qual ele realizou sozinho na terna idade de um pouco mais de 10 anos.
Tudo começou em princípios de 1923, quando estava próximo de se graduar na escola primária primaria. Naquele tempo ele vivia junto com suas pais em Badagou, na China.
Seu progenitor Kim Hyong Jik, destacado dirigente do movimento antijaponês de libertação nacional da Coreia, lhe falou: Será melhor que estude na Coreia. Como é lógico, nós, coreanos, devemos conhecer nossa terra. Por isso seria muito proveitoso que conhecesse direta e certeiramente qual é a causa da ruína de nosso país; deve experimentar em sua terra natal a miserável vida que leva o novo povo, e fazendo isso, estou seguro de que saberá o que fazer.
Após a orientação dada por seu pai, aceitou o propósito e partiu de Badagou em 16 de março do mesmo ano, vestido de uniforme escolar e turumagui (vestimenta de inverno típica da Coreia) e com pacote pequeno e viático insuficiente.
Durante a caminhada ele superou inúmeras dificuldades e provas. Teve que atravessar vales e bosques virgens por onde sopravam o vento frio e a nevasca, escarpadas montanhas e cordilheiras que apareciam sem cessar uma atrás da outra, zonas montanhosas setentrionais onde ouvia os uivos de lobos, encostas altas e o monte Oga coberto de neve, tal monte que nem mesmo os mais experientes caçadores se atreviam a subir nos dias de neve.
O que lhe incomodou muito e atormentou seu coração não foi a fatídica caminhada, mas o martírio de seus compatriotas. Vendo com seus próprios olhos a situação extremadamente miserável que se encontrava o país, aumentou o ódio ao imperialismo japonês que ocupou militarmente a Coreia (1905-1945) e saqueava os bens do país.
A cabo de 14 dias desde sua partida, ou seja, em 29 de março, chegou por fim em Mangyongdae, sua terra natal. Estudando na escola Changdok em Chilgol, região onde ficava a casa de seus avós maternos, aumentou sua convicção de que somente mediante à luta a nação coreana poderia expulsar o imperialismo japonês, lograr a independência da pátria e desfrutar de uma vida digna.
Em suas Memórias, "No Transcurso do Século", escreveu assim: Essa caminhada de 1000 ris foi uma grande escola que me ensinou sobre a pátria e o povo.
Graças à esta histórica caminhada que lhe permitiu compreender a verdade da revolução, da da luta, ele pôde fundar a “UDI”, organização de vanguarda revolucionária de tipo Juche, no período inicial de sua luta revolucionária, conceber a imortal Ideia Juche e pavimentar assim o novo caminho para ser seguido pela revolução coreana. Também pôde levar ao triunfo a histórica causa da construção socialista que começou pela revolução de libertação nacional superando provas e dificuldades sem precedentes na história, e construir o socialismo centrado nas massas populares no território coreano.
Hoje essa caminhada é feita pelos grupos de estudo integrados por jovens e crianças de todo o país, servindo como importante base de estudo revolucionária e para conhecimento geral sobre o país.
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