segunda-feira, 22 de dezembro de 2025

Rússia foca na unidade social baseada no patriotismo

Recentemente, foi realizado na Rússia o Fórum Pan-Russo do Patriotismo.

O presidente Putin enviou uma mensagem de congratulações aos participantes do fórum, avaliando altamente a dedicação à pátria por eles demonstrada.

Ele mencionou que o fórum está unindo participantes da operação militar especial, centros de patriotismo militar de várias regiões do país, organizações sociais, organizações juvenis, organizações voluntárias, meios de comunicação de massa e representantes de instituições educacionais, e enfatizou que o excelente exemplo, o conhecimento, o talento e o entusiasmo dos participantes do fórum estão contribuindo para educar a nova geração em ideais e valores patrióticos.

O governo russo considera a educação patriótica de todas as pessoas como uma política importante. Em especial, vê como uma questão prioritária e indispensável para a construção de um Estado forte incutir nas novas gerações o amor à pátria e fortalecer a coesão social com base no patriotismo, desenvolvendo amplamente esse trabalho.

Planos relacionados à educação patriótica são elaborados regularmente e implementados nas atividades dos órgãos do poder estatal e das instituições científicas e educacionais, ao mesmo tempo em que são organizadas diversas atividades temáticas dedicadas à educação patriótica.

São produzidos programas televisivos com o objetivo de educação patriótica, exibidos filmes artísticos criados no período soviético relacionados à história da vitória na guerra, bem como séries televisivas que mostram a cultura e as tradições do povo russo, e orienta-se a atividade criativa dos artistas e profissionais da cultura para elevar o patriotismo do povo e impulsionar a coesão social.

Em diversas ocasiões, são organizados eventos significativos para incutir nas novas gerações o sentimento de amor à pátria e unir o povo.

Ao declarar este ano como o Ano do Defensor da Pátria, a Rússia, por ocasião do 80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica, concedeu o título de “Cidade Heroica do Trabalho” a várias cidades que deram grande contribuição para a vitória na guerra.

Há pouco tempo, por ocasião do Dia do Herói da Pátria, o presidente Putin, na cerimônia de entrega das medalhas de Herói da Rússia, felicitou os filhos e filhas da Rússia que prestaram feitos extraordinários em prol da pátria e as pessoas que, por feitos de combate e de trabalho, dedicação e coragem, deram exemplo de verdadeiro serviço à pátria, concedendo a Medalha da Estrela de Ouro de Herói aos militares que realizaram feitos meritórios na operação militar especial. Ele afirmou que o orgulho pela própria pátria e os feitos e vitórias alcançados pelas gerações anteriores unem a todos, e que a coragem incomparável e os atos heroicos demonstrados no curso da operação militar especial têm como base valores firmes, elevados ideais, vontade indomável e fidelidade ao dever e aos princípios, qualidades que só podem ser encontradas em pessoas prontas a dar a própria vida pelo país. Em seguida, destacou que é precisamente essa justiça histórica — baseada no respeito pelos feitos dos heróis, no senso de responsabilidade perante o país, na consciência de compartilhar um destino comum com a pátria e no amor sincero à pátria, que os une como um só — que torna a Rússia forte e vitoriosa.

A Rússia apresenta o apoio aos defensores da pátria como uma tarefa comum do Estado e da sociedade.

Aperfeiçoa continuamente o sistema de seguridade social para os combatentes da linha de frente e suas famílias, aumenta a eficácia da assistência médica e dos programas de reabilitação para os participantes das ações de combate e os veteranos, e também dedica atenção prioritária à sua requalificação e à garantia de empregos.

Hoje em dia, defender e servir à pátria tornou-se para os russos uma causa sagrada, e o sentimento de amor à pátria está unindo ainda mais a sociedade. Muitas pessoas ajudam voluntariamente os veteranos, cuidam das sepulturas e monumentos dos soldados desconhecidos e prestam apoio ativo aos participantes da operação militar especial e às suas famílias.

Os esforços do governo para fortalecer a coesão social com base no patriotismo e transmitir de geração em geração a história das grandes vitórias e as tradições patrióticas estão despertando amplo apoio e empatia do povo russo.

Kim Su Jin

Inaugurados novos hotéis na zona turística de Samjiyon

Foram inaugurados os modernos hotéis na cidade de Samjiyon, que vai transformando seu aspecto atraente como a cidade setentrional prototípica do país e polo de turismo alpino em todas as estações, graças à iniciativa diretiva e à direção enérgica do Comitê Central do Partido do Trabalho da Coreia.

Esses hotéis, denominados com os nomes simbólicos da zona de Samjiyon, como Sobaeksu, Ikal, Potnamu e Chongbong, gozam de uma beleza arquitetônica bem harmonizada com a paisagem natural de Paektu e de funções singulares de serviço. Eles se tornam a criação orgulhosa da época, que desbravou um novo horizonte do centro de serviços de massa em todos os aspectos de seu conteúdo e de suas formas.

Realizaram-se separadamente, nos dias 20 e 21, as cerimônias de inauguração dos 5 hotéis erguidos na zona turística de Samjiyon.

O Secretário-Geral do PTC, Kim Jong Un, participou no dia 20 dos atos inaugurais dos Hotéis Ikal e Milyong.

Quando o Secretário-Geral chegou aos locais, todos os participantes lhe dirigiram estrondosas aclamações, a ele que antecipa o futuro maravilhoso do socialismo ao estilo coreano com seu pensamento e sua consagração incansáveis, abrigando o ardente anseio de apresentar o povo coreano como o mais digno, que vive sem invejar nada no mundo.

Estiveram presentes nos atos os quadros diretivos dos ministérios, órgãos centrais e instituições das forças armadas, os funcionários da cidade de Samjiyon e os empregados dos hotéis.

Foram proferidos discursos.

Os oradores mencionaram os esforços mentais e físicos do Secretário-Geral para alcançar a transformação da zona de Paektu, onde se encenam quadros belos, inalcançáveis apenas com o mistério da natureza. Acrescentaram que os hotéis inaugurados desta vez são criações significativas que prenunciam o surgimento de uma zona turística de grande porte desde o monte Paektu até os montes Pukphothae e Namphothae.

Declararam a inauguração dos hotéis, manifestando a convicção de que a cidade de Samjiyon se converterá, em futuro próximo, numa zona atraente de turismo alpino e de recreação cultural do povo.

Em seguida, efetuaram-se as cerimônias de inauguração dos hotéis.

O Secretário-Geral percorreu os Hotéis Ikal e Milyong junto com os participantes.

Percorrendo os quartos dos hotéis, os espaços de descanso cultural acondicionados de maneira confortável no interior e os estabelecimentos de serviço comercial e gastronômico, o Secretário-Geral disse que todas as partes materializaram em elevado nível a utilidade, a diversidade e as características plástica e artística, com suas atrações próprias, e que lhe agrada a construção das magníficas bases de serviço público na cidade de Samjiyon.

Referiu-se à importância da posição e do papel dos hotéis para estabelecer a cultura turística e dinamizar a indústria do turismo. "Para o desenvolvimento da indústria turística são importantes as instalações de serviço, mas o fundamental é a qualidade do serviço", acrescentou, e prosseguiu afirmando que os hotéis devem prestar atenção primordial ao trabalho de elevar a capacidade de serviço e melhorar as qualificações profissionais dos servidores.

Apontou que, para esse fim, apresenta-se como tarefa indispensável a ampliação e o reforço do sistema estatal de formação dos especialistas em serviço, e defendeu desenvolver de modo ativo novos tipos de profissões capazes de atender à demanda dos clientes.

"Escrever continuamente novas páginas de desenvolvimento e transformação vertiginosos na capital e nas localidades, e erguer uma após outra as entidades da civilização contemporânea nos polos turísticos, constituem a prova clara dos ideais em ascensão de nosso povo e da potencialidade de desenvolvimento de nosso Estado", destacou, e expôs a vontade invariável de transformar Samjiyon numa cidade inovadora e civilizada que possa representar a cultura turística do país.

O Secretário-Geral desejou a prosperidade dos hotéis, expressando a esperança e a convicção de que os funcionários e empregados alcançarão êxitos em suas responsabilidades.

Foram realizadas no dia 21 as cerimônias inaugurais dos Hotéis Sobaeksu, Chongbong e Potnamu.

Os participantes percorreram vários pontos dos hotéis, inclusive os quartos impecáveis capazes de satisfazer os gostos dos hóspedes, distintas instalações que propiciam um abundante ambiente de vida cultural e os banhos termais cobertos e ao ar livre, que proporcionam um sentimento belo e um vigor fresco em todas as estações.

E experimentaram profundamente a realidade surpreendente da pátria, que se metamorfoseia a cada ano graças ao nobre propósito e à tenaz capacidade executiva do Secretário-Geral, que subordina tudo ao povo, e ao sopro de uma nova civilização que se aproxima cada vez mais da vida do povo.

A inauguração dos modernos hotéis, que dá a conhecer o aspecto de desenvolvimento constante da cidade de Samjiyon, delineia o ímpeto vigoroso do Estado, que avança sem parar rumo à etapa elevada da prosperidade e do desenvolvimento integrais, sob a grande orientação do Secretário-Geral, e a perspectiva radiante da zona de Paektu, que se tornará ainda mais célebre como lugar famoso de escala mundial.

Independência do Sudão do Sul (2011) e sua primeira aparição no Anuário da RPDC

Anuário da República Popular Democrática da Coreia de 2011, páginas 576 e 577

Sudão

(República do Sudão)

Área: 2.505.805 km²

População: 43.192.000 (2010)

Capital: Cartum – 5.172.000 habitantes (2010)

Localiza-se no nordeste do continente africano, ao longo da costa do Mar Vermelho. Possui o maior território da África e a maior parte é composta por amplas planícies.

O norte apresenta clima desértico, o sul clima tropical. A temperatura média em Cartum é de 22,4℃ em janeiro e 31℃ em julho, com precipitação média anual de 163,7 mm. O mandato do parlamento é de 6 anos, com 450 cadeiras; eleições realizadas em abril de 2010. O mandato presidencial é de 5 anos. Omar Hassan Ahmad al-Bashir (outubro de 1993, eleito pela terceira vez em abril de 2010).

O governo foi formado em junho de 2010. O presidente é o chefe de governo. Partidos políticos: Partido do Congresso Nacional, Movimento de Libertação do Povo, Movimento pela Justiça e Igualdade, Partido Umma, Partido da União Democrática.

Foi colônia britânica desde 1877 e tornou-se independente em 1º de janeiro de 1956. Após a independência, houve cerca de dez mudanças de governo por meio de golpes militares.

Em junho de 1989, Bashir realizou um golpe militar, organizou o Conselho de Comando Revolucionário para a Salvação Nacional e tornou-se presidente em outubro de 1993. Foi reeleito sucessivamente nas eleições presidenciais de março de 1996 e dezembro de 2000.

Conflitos armados violentos entre o governo e várias forças antigovernamentais continuam há mais de 20 anos.

Em fevereiro de 2010, em Doha, no Catar, o presidente e representantes das forças antigovernamentais rubricaram um acordo para encerrar o conflito na região de Darfur, abrindo caminho para o fim de um conflito armado que durou sete anos nessa região. Somente em Darfur, o conflito armado causou até o momento 300 mil mortes e 2,7 milhões de deslocados. Em 2008, cerca de 9.000 soldados de manutenção da paz organizados conjuntamente pelas Nações Unidas e pela União Africana estavam mobilizados na região de Darfur, no Sudão.

Em março de 2009, o Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado de prisão contra o presidente do Sudão sob a acusação de crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos na região de Darfur, o que provocou fortes condenações internas e externas.

Em abril de 2010, realizaram-se eleições gerais pela primeira vez em 24 anos.

Omar Hassan Ahmad al-Bashir foi reeleito presidente e tomou posse em maio.

Em junho, o presidente formou um novo governo.

Em agosto, o governo anunciou um novo plano para a reconstrução e o desenvolvimento da região de Darfur, devastada pelos conflitos.

No referendo realizado em janeiro de 2011 sobre a independência do Sudão do Sul, 99% dos eleitores escolheram a independência.

O governo reconheceu oficialmente o resultado do referendo. Na política externa, esforça-se para promover a unidade das nações árabes e fortalecer as relações com os países africanos.

Em um discurso por ocasião do Dia da Independência, em dezembro de 2010, o presidente mencionou a política externa do governo, enfatizando que, com base no princípio de defender a dignidade e a soberania nacionais, o país fortalecerá a amizade e a cooperação com outras nações, apoiará a justiça e lutará contra todas as formas de colonialismo.

Os principais recursos são ouro, manganês, sal-gema, cromo, magnesita, mica, gesso, petróleo e cobre.

As reservas totais de petróleo são estimadas entre 8,5 e 12 bilhões de barris, dos quais 627 milhões de barris são reservas comprovadas.

A maioria da população dedica-se à agricultura, que responde por um terço do produto interno bruto.

Os principais produtos agrícolas são algodão, goma arábica, gergelim, amendoim, sorgo e milho. O algodão representa 35% da produção agrícola total e 60% das receitas em moeda estrangeira, enquanto a goma arábica corresponde a 80% da produção mundial.

Cerca de 40% da população total dedica-se à pecuária, e o número de cabeças de gado é o segundo maior da África.

A indústria representa 10% do produto interno bruto, tendo como base a indústria extrativa e a indústria de processamento de produtos agrícolas.

Em 2010, a produção média diária de petróleo era de 478.000 barris. Os principais produtos de exportação são algodão, amendoim, gergelim, goma arábica, carne, animais vivos, cromo e mica. Os principais produtos de importação são derivados de petróleo, produtos químicos, têxteis, máquinas e equipamentos de transporte. É um importante país fornecedor de petróleo em escala mundial.

No norte vivem principalmente árabes (39%) e no sul vivem negros (africanos, 52%).

A educação primária, dos 6 aos 13 anos, é gratuita.

A língua oficial é o árabe.

No norte predomina o islamismo (70%) e no sul predominam outras religiões, como o cristianismo (5%), entre outras.

Jornais: Al Aam, Al Sahafa

Agência de notícias: Agência de Notícias do Sudão (SUNA)

Rádio: Rádio do Sudão

Televisão: Televisão do Sudão

Em 21 de junho do ano Juche 58 (1969), nosso país estabeleceu relações diplomáticas em nível de embaixadores.

Anuário da República Popular Democrática da Coreia de 2012, páginas 558 e 559

Sudão do Sul

(República do Sudão do Sul)

Área: 644.329 km²

População: 8,26 milhões (2008)

Capital: Juba – 400 mil habitantes (2011)

Localiza-se na África Oriental, na bacia do rio Nilo, fazendo fronteira com Sudão, Etiópia, Quênia, Uganda, República Democrática do Congo e República Centro-Africana.

Clima tropical, com estação chuvosa de abril a novembro.

Parlamento: eleições previstas para 2015.

Mandato presidencial: 4 anos, Salva Kiir Mayardit

(desde julho de 2011)

Governo (provisório): formado em julho de 2011, sem primeiro-ministro.

Partido político: Movimento Popular de Libertação.

Originalmente fazia parte da República do Sudão.

Em junho de 1969 foi estabelecida a autonomia interna.

Desde 1983, devido a divergências étnicas e religiosas, conflitos armados sangrentos entre árabes muçulmanos que viviam no norte do Sudão e negros cristãos que viviam no sul do Sudão continuaram por 22 anos.

Em janeiro de 2005, com a assinatura do Acordo de Paz Abrangente entre o governo sudanês e o Movimento Popular de Libertação do Sudão do Sul, foi encerrada a guerra civil que causou cerca de 2 milhões de vítimas. No referendo realizado em fevereiro de 2011 sobre a independência do Sudão do Sul, 99% dos eleitores escolheram a independência.

Com o reconhecimento oficial do resultado do referendo pelo governo do Sudão, em 9 de julho de 2011 o país tornou-se independente como República do Sudão do Sul.

Nesse dia, o ex-comandante do Exército Popular de Libertação do Sudão, Salva Kiir Mayardit, tomou posse como o primeiro presidente.

Em julho, o presidente formou um governo provisório.

O governo adotou a decisão de transferir a capital de Juba para Ramciel, localizada a 240 km ao norte.

Após a independência, conflitos étnicos internos e confrontos armados e tensões com o Sudão devido a questões como a demarcação de fronteiras e a distribuição das receitas do petróleo continuam a se intensificar.

Em outubro, pela primeira vez desde a independência, o presidente visitou o Sudão, onde foram discutidas questões relacionadas ao futuro da região fronteiriça rica em petróleo de Abyei e os planos de compartilhamento das receitas do petróleo, que constituem a linha vital de ambos os países.

Em julho de 2011, ingressou como o 54º país-membro da União Africana.

Em julho estabeleceu relações diplomáticas com o Japão e Israel, e em agosto com a Rússia.

Os principais recursos são petróleo e ouro.

A economia enfrenta problemas como escassez de mão de obra qualificada e infraestrutura básica deficiente.

Antes da independência, 75% dos campos de extração de petróleo com capacidade de produção de 500 mil barris por dia estavam localizados no território, porém a maioria das refinarias, oleodutos e portos de exportação encontra-se no Sudão, o que levanta como principal problema a divisão das receitas da venda do petróleo.

Em novembro de 2011, a produção diária de petróleo era de 350 mil barris.

Em julho foi emitida uma nova moeda.

A maioria da população é árabe.

As línguas oficiais são o inglês e o árabe.

Em 16 de novembro de Juche 100 (2011), estabeleceu relações diplomáticas em nível de embaixadores com o nosso país. 

Líbia no Anuário da RPDC de 2012

Líbia

Área: 1.759.540 km²

População: 6.546.000 habitantes (2010)

Capital: Trípoli, 1.108.000 habitantes (2010)

Localiza-se na região central do continente africano, ao longo da costa do Mediterrâneo, e mais de 90% do território é desértico ou semidesértico.

A costa norte apresenta clima mediterrâneo; o interior, clima desértico tropical. A temperatura média em Trípoli é de 11,7 °C em janeiro e 27,4 °C em julho. A precipitação média anual é de 450 mm no norte e de 25 mm nas áreas desérticas.

O Congresso Geral do Povo exerce as funções parlamentares.

O Conselho Nacional de Transição (governo provisório) foi constituído em novembro de 2011; o primeiro-ministro é Abdul Rahim al-Kib.

Em 1912, tornou-se colônia da Itália e, após a Segunda Guerra Mundial, esteve sob administração dividida do Reino Unido e da França, até conquistar a independência como Reino Unido em 24 de dezembro de 1951.

Em 1º de setembro de 1969, Gaddafi derrubou a monarquia feudal e proclamou a república.

Em 1977, o nome do país foi alterado para Jamahiriya Árabe Socialista Popular da Líbia e, em 1986, para Grande Jamahiriya Árabe Socialista Popular da Líbia.

Desde 2003, renunciou à produção e posse de armas de destruição em massa, incluindo armas nucleares. Os protestos contra o governo iniciados em fevereiro de 2011 e os confrontos com as forças governamentais para reprimi-los se intensificaram com a intervenção militar de forças da OTAN, lideradas pelos Estados Unidos, em apoio às forças antigovernamentais, resultando no colapso do regime de Gaddafi.

Em novembro de 2011, Abdul Rahim al-Kib foi nomeado primeiro-ministro do governo provisório.

Os principais recursos são o petróleo e o gás natural.

As reservas de petróleo são estimadas em 40 bilhões de barris (9º lugar no mundo) e as de gás natural em 43 trilhões de metros cúbicos.

A base da economia é a indústria petrolífera.

As receitas do petróleo representam mais de 60% do produto interno bruto. A produção anual de petróleo é de 670 milhões de barris (2º lugar na África), e a produção de gás natural é de 12,7 bilhões de metros cúbicos. Diariamente, são produzidos cerca de 2 milhões de barris de petróleo e 3,5 bilhões de pés cúbicos de gás natural.

Na agricultura trabalham 19% da população, e as terras cultiváveis correspondem a apenas 2% do território. Na agricultura, a pecuária ocupa uma posição importante.

Cerca de 85% dos alimentos dependem de importações.

As principais culturas agrícolas são trigo, cevada, batata e oliveira.

Os principais produtos de exportação são o petróleo e seus derivados (98% do total das exportações), amendoim e azeite de oliva; os principais produtos de importação são máquinas, produtos metálicos, produtos químicos, alimentos, tecidos e produtos de lã.

A maioria da população é árabe.

A educação obrigatória vai dos 6 aos 15 anos de idade.

A língua oficial é o árabe, e a religião do Estado é o islamismo (97% sunita).

Jornais: Al-Fajr Al-Jadid; Agência Jamahiriya; Agência de Notícias da Líbia (JANA).

Radiodifusão: Rádio e Televisão da Líbia.

Em 23 de janeiro de 1974, nosso país estabeleceu relações diplomáticas em nível de embaixador com este país.

Massacre cometido por Israel recebe condenação

Na recente reunião de alto nível para comemorar o décimo aniversário do Dia Internacional em Homenagem e Dignidade das Vítimas de Crime de Genocídio, fizeram-se ouvir fortes vozes que condenaram o fato de que crimes contra a humanidade e de genocídio, como o Holocausto do século passado, continuam sendo perpetrados abertamente até os dias de hoje, e exigiram que, sem se limitar a recordar e falar daqueles acontecimentos, sejam tomadas medidas internacionais e ações reais para punir os atores responsáveis.

Os representantes de vários países, como Egito e Palestina, expressaram que a comunidade internacional não conseguiu adotar medidas eficazes para prevenir o genocídio, embora venha observando há mais de dois anos como o povo de Gaza é vítima de massacres e destruições implacáveis, e lamentaram que as atrocidades de Israel constituem uma ofensa à consciência da humanidade e servem como um cruel lembrete das consequências catastróficas da impunidade e da aplicação seletiva do direito internacional.

Os representantes da África do Sul, Tunísia, Malásia e de outros países condenaram os ataques indiscriminados de Israel na Faixa de Gaza como um evidente crime de genocídio e uma flagrante violação do correspondente direito internacional, e apelaram à comunidade internacional para que se una a fim de levar Israel à justiça da história.

Os crimes contra a humanidade de Israel merecem a crítica unânime de todo o mundo, e colocar os autores do genocídio no banco dos réus torna-se a missão histórica assumida perante a humanidade.

Infinitas criações da civilização

Em nosso país, onde se aceleram fortemente as tarefas para a promoção da saúde e do bem-estar do povo, erguem-se continuamente as criações de transformação e prosperidade.

No dia 13 de dezembro foi inaugurado o moderno Hospital da cidade de Kusong, e no dia 15 realizou-se excelentemente a cerimônia de inauguração das fábricas da indústria local e do Complexo de Serviços do condado de Kangdong.

Também nas zonas montanhosas, como os condados de Rangrim e Puryong, foram erguidas fábricas da indústria local, que servirão de base firme para o desenvolvimento independente das respectivas regiões.

Isso é o fruto sagrado da vontade inabalável e da direção pessoal do estimado camarada Kim Jong Un, que decidiu imprimir mudanças substanciais nas províncias para oferecer a todos os habitantes do país as condições de vida mais civilizadas e felizes e os benefícios dos modernos serviços médicos.

O camarada Kim Jong Un disse que a promoção do bem-estar do povo deve dar saltos contínuos com o passar do tempo e que temos de dotar de todos os componentes necessários para acelerar o desenvolvimento local e melhorar a vida da população. E está impulsionando esta era palpitante, que supera todos os limites e precedentes, rumo a sucessivas elevações e ampliações.

Graças à sábia direção do estimado camarada Kim Jong Un, que dedica esforços incansáveis para abrir uma nova era de prosperidade na qual todos os habitantes do país levam uma vida rica e civilizada, em nosso país nascerão incessantemente novas criações de prosperidade e civilização.

domingo, 21 de dezembro de 2025

A guerra Irã-Iraque e a situação regional no Golfo

A guerra Irã-Iraque, iniciada em setembro de 1980, prosseguiu em 1987 já pelo oitavo ano, e ambas as partes sofreram enormes perdas humanas e materiais.

Essa guerra não dava sinais de arrefecimento ou de término e tornava-se cada vez mais feroz, transformando-se em um “foco de tensão entre focos de tensão”.

Em 1987, a característica da guerra Irã-Iraque foi a expansão do conflito do território terrestre para a região do Golfo.

Ampliou-se o alcance da chamada “linha de ataque naval” entre o Irã e o Iraque e aumentou drasticamente a frequência desses ataques. Somente naquele ano, cerca de 150 petroleiros e navios mercantes foram atacados por Irã e Iraque. Na região do Golfo, 31 tripulantes perderam a vida e mais de 20 ficaram desaparecidos.

Com a intensificação da guerra Irã-Iraque, mísseis chegaram a atingir até mesmo o Kuwait, país não beligerante, e ameaçaram também a Arábia Saudita e outras áreas da região do Golfo.

Além disso, intensificou-se entre as duas partes a chamada “guerra de ataques às cidades”.

O Iraque mobilizou grande número de aeronaves militares para atacar no Irã uma série de instalações econômicas e alvos militares, como campos petrolíferos, terminais de exportação de petróleo e usinas elétricas. Em resposta, o Irã bombardeou a cidade portuária iraquiana de Basra, a base naval de Umm Qasr e instalações petrolíferas no sul do Iraque. O Iraque demonstrou superioridade aérea, enquanto o Irã exibiu o poder de seu fogo de artilharia, e, atacando-se mutuamente, a guerra se desenvolveu de forma extremamente intensa.

Ao reforçarem essa “guerra de ataques às cidades”, ambas as partes buscaram destruir os meios de combate e os pilares econômicos nos quais o adversário se apoiava para conduzir a guerra. Mesmo segundo estatísticas incompletas, somente durante os seis anos da guerra Irã-Iraque o lado iraquiano perdeu cerca de 1.800 tanques e mais de 150 aviões, registrando 280 mil baixas, das quais 50 mil teriam sido capturadas.

Do lado iraniano, teriam sido perdidos cerca de 1.000 tanques e mais de 100 aviões, com 640 mil baixas e 10 mil prisioneiros.

Os gastos militares de ambas as partes e as perdas econômicas em diversos setores são estimados em 400 bilhões de dólares.

A guerra também provocou o retrocesso da produção industrial e agrícola, reduziu drasticamente as exportações de petróleo e tensionou a vida do povo. Em 1987, intensificaram-se também os esforços internacionais para resolver politicamente a guerra Irã-Iraque.

Em especial, no dia 20 de julho, os 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU adotaram por unanimidade a Resolução nº 598, que exigia que Irã e Iraque cessassem imediatamente o fogo e iniciassem negociações para a solução do conflito.

O conteúdo básico dessa resolução previa que Irã e Iraque cessassem imediatamente as hostilidades, interrompessem todas as ações militares em terra, no mar e no ar, retirassem todas as tropas até as fronteiras internacionalmente reconhecidas como primeiro passo para uma solução negociada, que o secretário-geral da ONU enviasse observadores das Nações Unidas para verificar, garantir e supervisionar o cessar-fogo e a retirada das tropas, que o secretário-geral negociasse com as partes as medidas necessárias e que, após a cessação das hostilidades, todos os prisioneiros de guerra fossem imediatamente libertados e repatriados.

Para a execução da Resolução nº 598, o secretário-geral da ONU, Pérez de Cuéllar, visitou Irã e Iraque e, no início de dezembro, convidou enviados especiais de ambos os países, realizando separadamente conversações com cada um. O Irã insistiu até o fim na condição de que só poderia cessar o fogo depois de identificado o agressor, enquanto o Iraque defendeu que primeiro se deveria cessar o fogo e depois tomar outras medidas para uma solução política.

Em última análise, o Irã pretendia, em troca do cessar-fogo, atribuir ao adversário a responsabilidade pela guerra e obter indenizações, enquanto o Iraque defendia a aplicação do cessar-fogo conforme os procedimentos da Resolução nº 598. Dadas as profundas divergências de posição entre as duas partes, o secretário-geral da ONU realizou duas tentativas de mediação ao longo de cinco meses, mas não obteve resultados.

O grande Líder camarada Kim Il Sung ensinou o seguinte:

“Hoje, o Oriente Médio está se tornando uma das regiões mais perigosas, onde pode eclodir uma nova guerra mundial.”

Na região do Golfo encontram-se países como Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Catar e os Emirados Árabes.

Nessa região concentra-se mais da metade das reservas mundiais de petróleo, além de apresentar custos de extração muito baixos. Por isso, o mundo capitalista obtém dali dois terços de suas importações de petróleo. O Japão importa dessa região 75% de seu consumo de petróleo, a Europa Ocidental 40% e os Estados Unidos 25%.

No dia 17 de maio, o navio de guerra estadunidense Stark, que patrulhava a região do Golfo, foi atacado por uma aeronave militar iraquiana.

Em relação a esse incidente, o lado iraquiano enviou, 24 horas após o ocorrido, uma carta ao presidente dos Estados Unidos, explicando que o caso foi um “acidente inesperado causado por um erro de julgamento” de seus pilotos, pedindo desculpas e declarando-se disposto a pagar indenização às autoridades estadunidenses.

Os imperialistas estadunidenses aproveitaram o ataque ao Stark como pretexto para revelar sua natureza agressiva.

Após o incidente, Reagan afirmou que “os interesses nacionais dos Estados Unidos estão em perigo” e que “é necessário proteger os interesses nacionais no Golfo”, ordenando que todos os navios de guerra estadunidenses na região entrassem em “estado elevado de prontidão de combate”.

Ao mesmo tempo, Reagan decidiu em uma reunião reforçar muito mais do que antes a postura de vigilância das forças estadunidenses no Golfo, e o Departamento de Defesa dos EUA anunciou o chamado “plano de proteção de petroleiros”. A partir de 22 de julho, sob o pretexto de “proteção de petroleiros”, lançou a aventureira operação militar “Earnest Will” e, em torno disso, concentrou maciçamente forças de invasão na região do Golfo.

No dia 6 de setembro, enviou seis navios caça-minas da Marinha dos EUA para a região do Golfo; em seguida, transferiu para essa área o encouraçado Iowa e cinco navios de guerra que haviam sido destacados para o Mediterrâneo; no dia 15 de outubro, colocou em operação o maior navio de combate da Sétima Frota dos EUA, o porta-aviões de ataque Midway, que estava baseado no porto japonês de Yokosuka; e, no dia 29 de outubro, enviou novamente mais cinco navios de guerra estadunidenses para essa região.

Assim, os navios de guerra estadunidenses concentrados no Golfo chegaram a 48, as aeronaves embarcadas a mais de 100, e o efetivo militar dos EUA aumentou para cerca de 25 mil homens.

Segundo notícias divulgadas em Washington no dia 28 de outubro, muitos dos navios estadunidenses enviados ao Golfo estavam equipados com mísseis de cruzeiro Tomahawk e bombas subaquáticas B-57, que são bombas nucleares.

Na região do Golfo concentraram-se não apenas forças armadas dos Estados Unidos, mas também de seus países aliados.

Sob a pressão dos Estados Unidos, não apenas o Reino Unido, mas também países como Itália, França e Bélgica enviaram forças navais para o Golfo.

Assim, cerca de 90 navios de guerra de países ocidentais, incluindo os navios de invasão dos Estados Unidos, concentraram-se nessa região.

Depois de arrastar deliberadamente esses navios de guerra para o Golfo e agravar intencionalmente a situação, e ainda insatisfeitos, os Estados Unidos adotaram, em 26 de outubro, amplas medidas de embargo comercial contra o Irã.

Após tomar essas medidas, os Estados Unidos pressionaram também os países ocidentais a proibirem todas as importações de mercadorias do Irã, incluindo produtos petrolíferos. Despojando-se até mesmo do véu da “proteção de petroleiros”, os Estados Unidos revelaram abertamente sua ambição agressiva e predatória de estabelecer domínio e controle sobre essa região.

A guerra Irã-Iraque transformou-se em uma guerra naval entre o Irã e os Estados Unidos.

Somente durante o mês de setembro, o secretário de Defesa dos EUA, o subsecretário de Defesa e altos comandantes da Marinha estadunidense circularam repetidamente pela região do Golfo.

Em 29 de setembro, o secretário de Defesa dos EUA, Weinberger, apareceu em uma transmissão televisiva e declarou que os Estados Unidos não tinham absolutamente nenhuma intenção de retirar suas forças de invasão do Golfo, alardeando que a “operação de proteção de petroleiros” conduzida pelos navios de guerra estadunidenses continuaria. Ele afirmou ainda que “os navios de guerra dos Estados Unidos permanecerão no Golfo até que o Irã mude de atitude”, ameaçando o Irã, considerado anti-EUA.

No mesmo dia, o subsecretário de Defesa dos EUA, Armitage, afirmou que a presença dos Estados Unidos no Golfo tinha como objetivo impedir que o Irã obtivesse “hegemonia” sobre essa região.

Em outubro, a agressão armada cada vez mais brutal dos Estados Unidos tornou-se ainda mais explícita: no dia 8, helicópteros estadunidenses afundaram novamente três navios iranianos que realizavam missões de vigilância.

No dia 19, um destróier estadunidense disparou, ao longo de 90 minutos, mil projéteis de canhão naval, destruindo completamente duas instalações petrolíferas iranianas e causando enormes perdas materiais.

No início de outubro, o primeiro-ministro do Irã declarou que travaria uma guerra contra os alvos estadunidenses no Golfo, afirmando: “Lutaremos até a última gota de sangue, até o último homem e até o último disparo.”

O lado iraniano, nos dias 15 e 16 de outubro, lançou mísseis em represália aos ataques dos imperialistas estadunidenses, atingindo dois petroleiros dos Estados Unidos.

Se a situação extremamente tensa na região do Golfo será atenuada ou se se ampliará para um confronto armado de grande escala depende inteiramente da postura adotada pelos imperialistas estadunidenses.

Anuário da República Popular Democrática da Coreia de 1988

Esforços dos países árabes para alcançar a estabilidade e o desenvolvimento regional

Há pouco tempo, a cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo, realizada no Bahrein, concluiu com êxito sua agenda e foi encerrada.

Na reunião foi proclamada a posição de apoio ao fim da guerra na Faixa de Gaza e à criação de um Estado palestino, além de terem sido debatidas diversas questões. Os participantes da cúpula discutiram de forma aprofundada problemas regionais e internacionais e demonstraram plena convergência de pontos de vista. Reafirmaram a vontade de envidar esforços mais ativos para fortalecer a cooperação em cada área, como política, economia e segurança, e para realizar a integração regional. Enfatizaram de maneira destacada que, para garantir a estabilidade da região, é imperativo elevar o nível de cooperação nos campos militar e de inteligência. Também foi definido ampliar a diversificação econômica e o desenvolvimento científico e tecnológico.

Na reunião foi adotada a declaração final, cujo objetivo é alcançar interesses comuns e construir as bases da paz e da prosperidade regionais e mundiais. A declaração mencionou que qualquer violação da soberania de um Estado-membro constitui uma violação direta e uma ameaça a todos os Estados-membros; que se deve respeitar a soberania dos demais países da região e não interferir em seus assuntos internos; que se opõe ao uso ou à ameaça do uso da força; e que se apoia o esforço internacional para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza e estabelecer um Estado palestino com Al-Quds Oriental como capital.

A presente cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo, realizada sob a atenção da comunidade internacional, demonstrou a vontade comum dos países árabes de estreitar as relações entre os Estados por meio da unidade e da cooperação e de alcançar o progresso social e o desenvolvimento com a própria força da região. A cúpula também se tornou uma ocasião que comprovou que a firme aspiração e os esforços dos países árabes para se libertarem da ingerência e do controle de potências externas podem exercer grande vitalidade.

No período passado, os países da região do Golfo, bem como os países árabes, sofreram não poucos prejuízos devido às manobras de ingerência do Ocidente. Conflitos eclodiram em várias partes e problemas complexos foram gerados.

O Ocidente ampliou sua influência e obteve interesses econômicos ao intervir militarmente nos assuntos internos dos países árabes. As dívidas que os países árabes contraíram com os países ocidentais aumentaram como uma bola de neve rolando. Não poucos países árabes tiveram de passar por provações.

Entretanto, ninguém conseguiu aliviar as dificuldades enfrentadas pelos países árabes. Por meio das experiências do período passado e da realidade atual, os países da região passaram a perceber profundamente que os donos do mundo árabe são os próprios países e povos árabes e que o caminho para sobreviver consiste em todos se unirem e, com força comum, alcançar a paz e o desenvolvimento.

É justamente por essa razão que, nesta cúpula do Conselho de Cooperação do Golfo, a questão de se opor ao uso e à ameaça do uso da força e de adotar coordenação conjunta nos campos político, econômico e militar foi debatida como principal agenda.

Os movimentos dos países árabes e islâmicos para garantir, com força unida, o desenvolvimento e o progresso regionais, bem como a paz e a estabilidade, tornam-se cada vez mais ativos.

Recentemente, o ministro das Relações Exteriores do Irã e o vice-ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita realizaram conversações em Teerã e discutiram medidas para fortalecer as relações bilaterais e a cooperação em áreas de interesse mútuo.

O ministro das Relações Exteriores do Irã condenou os contínuos massacres e atos criminosos de Israel nos territórios palestinos ocupados, bem como suas agressões contra o Líbano e a Síria, qualificando-os como a maior ameaça à paz e à estabilidade da região. Ele exigiu que os países islâmicos e os países árabes reforcem a cooperação e a coordenação para conter as provocações de guerra e as violações da lei por parte de Israel.

O vice-ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita expressou a posição de seu país de que, para defender a paz e a estabilidade, é necessário fortalecer a cooperação regional.

Antes disso, em setembro passado, foi realizada no Catar uma reunião especial do Conselho de Defesa Conjunta do Conselho de Cooperação do Golfo. O Conselho de Defesa Conjunta condenou energicamente os ataques militares de Israel contra o Catar e decidiu fortalecer o compartilhamento de informações e atualizar os planos de defesa conjunta.

A comunidade internacional manifesta simpatia e apoio aos esforços ativos dos países árabes para alcançar a estabilidade e o desenvolvimento da região.

Ri Hak Nam

Invasão do Kuwait pelo Iraque

Em 2 de agosto de 1990, o Iraque mobilizou 100 mil soldados e forças blindadas, incluindo 350 tanques, para invadir o Kuwait, ocupando todo o território kuwaitiano, inclusive o palácio do emir, edifícios governamentais e principais instituições.

Em 8 de agosto, declarou que decidiria “integrar o Kuwait em conformidade com o apelo do Governo Provisório do Kuwait Livre”, e em 28 de agosto proclamou o Kuwait como a 19ª província do Iraque.

O porta-voz do Ministério da Defesa do Kuwait divulgou uma declaração afirmando que lamentava o fato de o Iraque ter escolhido meios militares para resolver as questões não resolvidas entre os dois países, e salientou que apelava para que o Iraque retirasse suas tropas do Kuwait e resolvesse o conflito de forma pacífica. O Conselho do Comando Revolucionário do Iraque, em um comunicado, afirmou que o Iraque havia decidido prestar ajuda em resposta ao pedido do “novo governo provisório” do Kuwait e indicou que retiraria suas tropas do Kuwait “quando a situação se estabilizasse e o novo governo assim solicitasse”.

Desde meados de julho, as disputas entre o Iraque e o Kuwait vinham se intensificando em torno da questão dos direitos de exploração de campos petrolíferos situados nas proximidades da fronteira.

O Iraque enviou uma carta ao secretário-geral da Liga Árabe acusando o Kuwait de, aproveitando-se da guerra travada entre o Iraque e o Irã, ter invadido território iraquiano, construído instalações militares e petrolíferas nessa área e extraído clandestinamente, ao longo de dez anos, petróleo iraquiano no valor de 2,4 bilhões de dólares.

O Iraque também afirmou que o Kuwait, juntamente com os Emirados Árabes Unidos, ignorou as cotas estabelecidas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e produziu petróleo acima do limite, provocando a queda dos preços e causando prejuízos de 15 bilhões de dólares, declarando que tais ações do Kuwait constituíam uma agressão militar contra o Iraque. O Kuwait rejeitou as acusações do Iraque e solicitou à Liga Árabe a formação de um comitê árabe para resolver a disputa fronteiriça.

Com a mediação dos países árabes, em 31 de julho realizou-se em Jidá, na Arábia Saudita, uma reunião direta entre o Kuwait e o Iraque.

Na reunião, o Iraque exigiu que o Kuwait perdoasse a dívida externa de 15 bilhões de dólares contraída durante a guerra Irã-Iraque e também que compensasse os 2,4 bilhões de dólares correspondentes às perdas causadas pela extração clandestina de petróleo iraquiano, mas o Kuwait rejeitou firmemente essas exigências. Em 1º de agosto, as negociações fracassaram.

Em 2 de agosto, o Iraque mobilizou suas tropas e ocupou o Kuwait, estabeleceu o “Governo Provisório do Kuwait Livre” e proclamou a criação do “Exército Popular do Kuwait”.

Anuário da República Popular Democrática da Coreia de 1991

Dados finais da União Soviética no Anuário da RPDC e primeiros dados sobre a Rússia

Esse é um compilado de materiais dos Anuários da República Popular Democrática da Coreia dos anos de 1991,1992 e 1993, que apresentam informações valiosas sobre os momentos finais da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas e a fundação da Federação Russa.

Anuário de 1991

União Soviética

(União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)

Área: 22,4 milhões de km²

População: 290,10 milhões (início de 1991)

Capital: Moscou (9 milhões, 1990)

Ocupa metade da Europa e um terço da Ásia. Cerca de 60% do território é planície, 20% são regiões montanhosas elevadas, e o restante é composto por desertos, semidesertos e áreas de tundra. Ao norte estende-se a zona de pergelissolo; descendo para o sul aparecem as zonas florestais, de estepe e desérticas. No território situam-se o maior lago do mundo, o Mar Cáspio, e o lago mais profundo, o Baikal.

Na reunião plenária, Gorbachov afirmou que o ideal do Partido Comunista da União Soviética é o “socialismo de tipo humanista e democrático” e apelou para apresentar um sistema de diretrizes programáticas visando a perspectiva da política de reestruturação (perestroika).

O clima é variado, incluindo zonas polares, temperadas e subtropicais. Os invernos são rigorosos e os verões curtos. A precipitação média anual varia de 2.400 mm na costa do Mar Negro a 100 mm nas regiões desérticas da Ásia Central.

Política

Congresso dos Deputados do Povo: órgão supremo do poder estatal, mandato de 5 anos, 2.250 deputados, eleição em agosto de 1989.

Soviete Supremo: órgão permanente, mandato de 5 anos, composto pelo Soviete da União com 271 deputados e pelo Soviete das Nacionalidades com 271 deputados; a cada ano é renovado um quinto dos deputados. Presidente: Anatoly Lukyanov (desde março de 1990).

Presidente do Estado: chefe de Estado, mandato de 5 anos, Mikhail Sergueievitch Gorbachov (desde março de 1990).

Governo: reorganizado em janeiro de 1991, primeiro-ministro Valentin Pavlov (desde janeiro de 1991).

Partidos e organizações sociais: Partido Comunista fundado em 30 de julho de 1903, secretário-geral Mikhail Sergueievitch Gorbachov; União da Juventude Comunista.

No século XVI completou-se a unificação territorial da Rússia. Em 7 de novembro de 1917, o regime czarista foi derrubado e a Revolução Socialista de Outubro triunfou.

Em dezembro de 1922 foi formada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, um Estado multinacional, e em janeiro de 1924 foi adotada a primeira Constituição.

De junho de 1941 a maio de 1945, na Grande Guerra Patriótica, derrotou-se o fascismo alemão e alcançou-se a vitória.

Em março de 1985, Gorbachov chegou ao poder. Após assumir, apresentou as linhas da “reestruturação”, da “abertura” e da “liberdade de pensamento”, concentrando esforços nas reformas políticas e econômicas.

Em 1990, deu-se ênfase à criação das bases jurídicas da reestruturação.

Na reunião plenária do Comitê Central do Partido Comunista realizada em fevereiro de 1990, discutiram-se e decidiram-se o projeto de plataforma a ser submetido ao XXVIII Congresso do Partido Comunista da União Soviética e questões relacionadas ao XX Congresso do Partido Comunista da Lituânia.

De fevereiro a junho realizou-se a terceira sessão do Soviete Supremo. Nela foram debatidos o problema da convocação do Congresso extraordinário dos Deputados do Povo e projetos de lei destinados à reestruturação geral da economia. A sessão discutiu e aprovou diversas questões, incluindo a Lei de Propriedade, a Lei da Terra, o sistema tributário, os princípios gerais da autonomia local e da organização administrativa local, a lei do estado de emergência, a lei do imposto de renda, a lei do emprego, a lei do serviço militar obrigatório, bem como as competências entre o centro e as repúblicas federadas.

No segundo Congresso extraordinário dos Deputados do Povo, realizado em março, foram discutidas e aprovadas as questões relativas à revisão e complementação da Constituição, à introdução do sistema presidencial e à eleição presidencial. Gorbachov foi eleito presidente da União Soviética e Lukyanov, presidente do Soviete Supremo.

O congresso também revisou o artigo constitucional que estabelecia o papel dirigente do Partido Comunista da União Soviética. De 2 a 13 de julho realizou-se o XXVIII Congresso do Partido Comunista da União Soviética.

No congresso foram discutidos o relatório geral do trabalho do Comitê Central, o projeto de declaração programática do XXVIII Congresso, o estatuto do partido e outras questões.

Foram aprovadas resoluções sobre o balanço político do trabalho do Comitê Central, sobre a renovação do partido, sobre a política militar e sobre as direções fundamentais em diversos setores. Foi adotada uma declaração programática e um estatuto do partido que substituiriam o programa partidário até a realização de um novo congresso.

O congresso aprovou oficialmente uma nova orientação que reconhecia o parlamentarismo multipartidário, a transição para a economia de mercado e a diversidade das formas de propriedade.

No congresso, Gorbachov foi reeleito secretário-geral e foi introduzido um novo sistema de vice-secretários-gerais.

A partir de setembro realizou-se a quarta sessão do Soviete Supremo. Nela foram discutidas as questões da reestruturação e da transição para a economia de mercado. Foram aprovadas leis importantes relativas ao papel do Estado nesse processo, às atividades bancárias e de investimento, bem como documentos sobre liberdade de crença, associações públicas e imprensa.

Diante da situação de agravamento das tensões legais e políticas, o Soviete Supremo e os parlamentos das repúblicas federadas discutiram urgentemente a situação interna do país e alcançaram um acordo para preservar a União como uma federação de repúblicas soberanas e iguais.

Na reunião plenária do Partido Comunista realizada em outubro, foram debatidas as tarefas do partido diante da situação interna e do período de transição para a economia de mercado.

A reunião aprovou uma resolução sobre as responsabilidades do Partido Comunista da União Soviética relacionadas à situação do país e à transição da economia para relações de mercado.

Na reunião plenária do partido realizada em dezembro, foram discutidas e decididas questões relativas à concepção de um novo tratado de união, às atividades das organizações partidárias e a diversos problemas do trabalho prático do Comitê Central.

No quarto Congresso dos Deputados do Povo, realizado em dezembro, foi expressado apoio à manutenção da União como uma comunidade de repúblicas soberanas e iguais, e foi reafirmado o compromisso com a preservação da integridade do Estado. O congresso também aprovou uma série de documentos, incluindo resoluções sobre medidas urgentes para superar a crise socioeconômica e política criada no país.

Entretanto, a autoridade do poder central enfraqueceu-se, e as repúblicas federadas passaram a proclamar independência e soberania.

Em março de 1990, a Lituânia declarou independência; em seguida, em agosto, a Letônia, a Estônia, a Ucrânia, a Bielorrússia, a Armênia, a Geórgia, o Azerbaijão, o Cazaquistão, o Turcomenistão, o Tadjiquistão e outras repúblicas proclamaram soberania estatal.

As repúblicas autônomas existentes dentro das repúblicas federadas também declararam soberania.

Somente nesse período, a Bascortostão, o Tartaristão, a Carélia, a Komi e várias outras repúblicas autônomas publicaram declarações sobre soberania.

Ao mesmo tempo, foram firmados numerosos tratados e acordos entre as repúblicas federadas reconhecendo mutuamente a soberania estatal.

As repúblicas federadas, afirmando seu status como Estados soberanos, recusaram-se a cumprir medidas adotadas pelo governo central por ocasião do 73º aniversário da Revolução Socialista de Outubro e organizaram seus próprios desfiles. Em conjunto, ignoraram decretos presidenciais, e o Presidium do Soviete Supremo da Estônia decidiu que tais decretos não tinham força legal por violarem a soberania das repúblicas e por poderem agravar a situação política. Decidiu-se também que a ausência ao trabalho seria considerada falta injustificada. A Ucrânia e a Geórgia anunciaram que adotariam medidas semelhantes, e o mesmo ocorreu em outras repúblicas federadas, como a Armênia.

O Presidium do Soviete Supremo da Rússia decidiu, em 9 de agosto, definir como propriedade da república todos os bens estatais e instituições localizadas em seu território e declarou inválidas as restrições às atividades econômicas adotadas sem o consentimento da república.

Quando o presidente Gorbachov declarou essa decisão sem validade jurídica, a República russa rejeitou a declaração e publicou protestos, reafirmando oficialmente a decisão em 9 de agosto.

Em algumas repúblicas federadas, não apenas deixou-se de executar o decreto presidencial de 25 de julho que proibia a formação de forças armadas ilegais e previa a apreensão de armas, como também na Letônia, Estônia, Ucrânia, Armênia, Azerbaijão, Moldávia e Geórgia foram adotadas medidas para criar forças armadas próprias, em contradição com a legislação soviética.

Nesse contexto, em várias repúblicas, incluindo os Estados Bálticos, ocorreram incessantes greves e manifestações de trabalhadores, exigindo aumento salarial e melhoria das condições de trabalho.

Em maio, o presidente visitou o Canadá e, de maio até o início de junho, os Estados Unidos. Gorbachov discutiu com Bush questões bilaterais, a situação internacional e problemas relacionados às armas estratégicas e químicas. Em julho, solicitou aos líderes dos países desenvolvidos, na reunião de cúpula, que examinassem a possibilidade de fornecer ajuda econômica para apoiar suas reformas.

Em julho, Gorbachov visitou o Japão, onde discutiu a questão dos Territórios do Norte, problemas de pesca e cooperação em projetos de desenvolvimento.

Em setembro visitou a Finlândia, em outubro a Espanha e a França, e em novembro a Alemanha e a Itália, discutindo questões de ajuda econômica e a situação europeia e mundial. Durante essas visitas, foram assinados tratados de amizade e cooperação com a Alemanha, acordos de boa vizinhança e cooperação com a Itália, declarações políticas conjuntas com a França e um tratado de amizade e cooperação com a Espanha.

Em agosto, o governo soviético condenou energicamente a invasão do Kuwait pelo Iraque, defendeu a resolução pacífica e política do problema e concordou com as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Em novembro, em Kiev, foi assinado um tratado entre a Ucrânia e a Bielorrússia reconhecendo-se mutuamente como Estados soberanos; em Moscou, um tratado semelhante foi firmado entre a Rússia e o Cazaquistão; em Tashkent, foi concluído um acordo entre o Uzbequistão e a Ucrânia sobre cooperação econômica, comercial e cultural para o período de 1991 a 1995.

Em março, estabeleceu relações diplomáticas e oficiais com a Santa Sé, e, em setembro estabeleceu relações consulares com Israel, relações diplomáticas com Kiribati e Bahrein e relações econômicas com a Namíbia, além de retomar as relações diplomáticas com a Arábia Saudita.

Economia, sociedade e cultura

Os principais recursos são petróleo, gás natural, carvão, minério de ferro, manganês, cobre, fosfato e recursos hídricos. As reservas estimadas são: petróleo 5,4 bilhões de toneladas, carvão 8,7 trilhões de toneladas, minério de ferro 10,03 bilhões de toneladas, manganês 785 milhões de toneladas, cobre 17 milhões de toneladas, com produção anual de 4,3 milhões de toneladas.

A economia entrou em recessão e a produção diminuiu. A renda nacional caiu 4% e os investimentos 3%. Em 1990, o produto nacional bruto diminuiu 2% em relação a 1989. As principais indústrias são a indústria pesada, a indústria química, a metalurgia, a fabricação de máquinas e a microeletrônica.

Em geral, a produção agrícola e a produção de seus derivados diminuíram, com quedas de 4% nos grãos, 35% nos produtos florestais e 4% no processamento de cereais, o que provocou uma escassez de alimentos.

Em 1990, a produção industrial total diminuiu 1,2% em relação a 1989.

Somente no primeiro semestre de 1990, cerca de 300 empresas foram fechadas.

Na agricultura, a produção de cereais é a base, desenvolvendo-se também a pecuária, a beterraba açucareira e as culturas industriais.

Os principais produtos agrícolas são trigo, cevada, milho, aveia, girassol, algodão, beterraba sacarina e tabaco. A produção agrícola também caiu de modo geral, e em 1990 a colheita total de cereais foi de 218 milhões de toneladas, tornando necessária a importação de 82 milhões de toneladas.

O nível de vida caiu abaixo da linha de pobreza. Como resultado, cerca de 70,9 milhões de pessoas, equivalentes a um quarto da população, encontravam-se nessa situação.

A produção de madeira é elevada. A área florestal é de 810 milhões de hectares, correspondendo a 35% do território do país.

A pesca também se desenvolveu, alcançando uma produção anual superior a 10 milhões de toneladas.

A extensão total das ferrovias é de cerca de 146.700 quilômetros e das rodovias 857.500 quilômetros.

O transporte marítimo é desenvolvido. As vias navegáveis interiores totalizam 144.500 quilômetros, dos quais 21.300 quilômetros são canais.

As principais exportações são máquinas agrícolas, combustível e madeira; as principais importações são equipamentos, alimentos e bens de consumo. Em 1990, no setor da construção, devido à paralisação de obras e conflitos trabalhistas, perderam-se 5 milhões de jornadas de trabalho, o que equivale a uma média diária de 200 mil trabalhadores, resultando em prejuízos de 1 bilhão de rublos.

Nesse ano, 8 milhões de pessoas não tinham emprego, das quais, segundo critérios internacionais, 2 milhões eram totalmente desempregadas.

Nos primeiros oito meses de 1990, o número de crimes aumentou 13,1% em comparação com o mesmo período de 1989, e mais de 1.200 organizações criminosas foram desmanteladas. Os valores apreendidos somaram 214 milhões de rublos. Em média, ocorreu um homicídio por dia durante dez meses.

O sistema educacional é obrigatório, com início aos 6 anos de idade.

O país é composto por mais de 100 nacionalidades, sendo russos, ucranianos e bielorrussos mais de 70% da população. A língua oficial é o russo, e existem cerca de 130 línguas e dialetos. As principais religiões são a ortodoxa russa e o islamismo.

Relações com o nosso país

Em 12 de outubro de 1948, foram estabelecidas relações diplomáticas entre nosso país e este Estado.

Em fevereiro de 1990 foram firmados o plano de cooperação no setor cinematográfico e o acordo sobre cooperação entre os ministérios da indústria do carvão dos dois países; em abril, o protocolo de 1990 sobre circulação de mercadorias e pagamentos; em agosto, o plano de cooperação científica para o período de 1991 a 1995; em setembro, o protocolo sobre a delimitação da fronteira coreano-soviética; em novembro, o acordo intergovernamental relativo às transações econômicas; e em dezembro, o protocolo sobre as direções básicas da cooperação científico-técnica no setor de normalização e metrologia para 1991–1995, o plano de cooperação científica e técnica para 1991, bem como o acordo sobre cooperação econômica e comercial com a Rússia, todos celebrados separadamente.

Nesse período, visitaram nosso país, vindos da União Soviética: em janeiro, uma delegação do Comitê de Promoção da Unidade URSS-RPDC; em abril, uma delegação governamental; em maio, uma delegação do distrito do Cazaquistão do Exército Soviético; em julho, uma delegação cultural; em setembro, o ministro das Relações Exteriores soviético; em outubro, o vice-presidente do Comitê de Relações Exteriores do Soviete Supremo; em novembro, uma delegação de compatriotas coreanos residentes em Moscou; e em dezembro, uma delegação têxtil da Rússia.

Por sua vez, nosso país enviou à União Soviética: em janeiro, uma delegação militar e uma delegação do Instituto de Desarmamento e Paz; em fevereiro, uma delegação de economistas e cientistas sociais; em março, uma delegação do setor meteorológico e representantes de ciências sociais; em maio, uma delegação da Força Aérea do Exército Popular da Coreia; em junho, uma delegação governamental de ciência e tecnologia e uma delegação da indústria leve; em julho, uma delegação da União Central das Cooperativas de Bens de Consumo; em agosto, uma delegação do Ministério da Indústria do Carvão; e em dezembro, uma delegação da Marinha do Exército Popular da Coreia, além de uma delegação governamental econômica em visita à Rússia.

Anuário de 1992

União Soviética

(União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)

Área: 22.228.200 km² (excluindo Lituânia, Estônia e Letônia)

População: 280.630.000 habitantes (no início de 1990, excluindo Lituânia, Estônia e Letônia)

Capital: Moscou (9 milhões de habitantes, 1990)

Ocupa metade da Europa e um terço da Ásia. Cerca de 60% do território é composto por planícies, 20% por terrenos elevados e montanhosos, e o restante por desertos e semidesertos. No norte há zonas de gelo permanente; à medida que se avança para o sul, sucedem-se faixas de florestas de coníferas, estepes e desertos. Abriga o maior lago do mundo, o Mar Cáspio, e o lago mais profundo, o Lago Baikal.

O clima é variado, abrangendo zonas frias, temperadas e subtropicais. Os invernos são rigorosos e os verões quentes. A precipitação média anual varia de 2.400 mm na costa do Mar Negro a cerca de 100 mm nas regiões desérticas da Ásia Central.

Política

Congresso dos Deputados do Povo: órgão supremo, mandato de 3 anos, 2.250 deputados, eleições realizadas em março de 1989.

Soviete Supremo: 271 membros. Presidente do Soviete das Nacionalidades: Yanayev (março de 1990).

Presidente: chefe de Estado, mandato de 5 anos, Gorbachov (março de 1990 – 25 de dezembro de 1991).

Comissão Econômica Interestatal (órgão permanente): presidente Ivan Silayev (setembro de 1991).

Partidos políticos e organizações sociais: após agosto de 1991 surgiram vários partidos e organizações.

No século XVI foi concluída a unificação territorial da Rússia.

Em 7 de novembro de 1917, o regime czarista foi derrubado e a Revolução Socialista de Outubro triunfou.

Em 30 de dezembro de 1922 foi formada a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, um Estado multinacional, e em janeiro de 1924 foi adotada a primeira Constituição.

Entre junho de 1941 e maio de 1945, na guerra soviético-alemã, o fascismo alemão foi esmagado e alcançou-se a vitória.

Em março de 1985, Gorbachov chegou ao poder. Ele apresentou a “reestruturação”, a “transparência” e a “liberdade de escolha” como linhas da reforma social.

No XXVIII Congresso do Partido Comunista da União Soviética, realizado em julho de 1990, foram aprovadas a política de sistema parlamentar baseado no multipartidarismo, a transição para a economia de mercado e o reconhecimento da diversidade de formas de propriedade, linha que significou o retorno ao capitalismo.

Em março, a Lituânia e a Estônia, em maio a Letônia, e em agosto a Rússia, Ucrânia, Uzbequistão, Moldávia, Bielorrússia, Armênia, Turcomenistão e Tadjiquistão, repúblicas federadas, proclamaram a soberania estatal. Além disso, repúblicas autônomas pertencentes às repúblicas federadas também declararam soberania, o que provocou a crise de desintegração da União Soviética e conflitos entre repúblicas e entre nacionalidades. Em dezembro, o IV Congresso dos Deputados do Povo chegou a um acordo sobre medidas de emergência para manter a União como uma federação de repúblicas soberanas e iguais e para resolver a crise socioeconômica e os conflitos interétnicos, mas essas medidas não foram implementadas.

Em 1991, os dirigentes da União Soviética e das repúblicas federadas reuniram-se várias vezes para discutir o conteúdo do Tratado da União, mas não conseguiram chegar a um acordo sobre questões como o nome do Estado, o orçamento e a arrecadação de impostos da União. Assim, decidiram submeter ao povo a questão do futuro da União Soviética e de sua preservação.

Em 17 de março realizou-se um referendo nacional sobre a manutenção da União Soviética. Participaram 8 das 15 repúblicas federadas; Lituânia, Letônia, Estônia, Geórgia, Armênia e Moldávia não participaram. O comparecimento foi de cerca de 80% do eleitorado, e 76,4% votaram a favor da manutenção da União. No novo Tratado da União, anunciado em agosto, decidiu-se chamar o país de “União das Repúblicas Soberanas Soviéticas".

À medida que se aprofundava o perigo de desintegração da União Soviética e se agravava ainda mais a confusão socioeconômica, em 19 de agosto foi organizado o Comitê Estatal de Emergência da União Soviética, que declarou estado de emergência e anunciou que assumiria todo o poder. O Comitê Estatal de Emergência, composto por oito membros, nomeou Yanayev, então vice-presidente, como presidente interino.

Entretanto, o Comitê Estatal de Emergência foi dissolvido apenas três dias após sua formação.

Após os acontecimentos de agosto, Gorbachov renunciou ao cargo de secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética. O presidente da Rússia, Yeltsin, proibiu em outubro as atividades do Partido Comunista da União Soviética e do Partido Comunista da Rússia e, em novembro, promulgou um decreto sobre a dissolução total do Partido Comunista.

Em setembro foi dissolvido o governo chefiado por Pavlov, e foi criada a Comissão Econômica Interrepublicana para exercer as funções governamentais, sendo Ivan Silayev nomeado presidente.

Ao mesmo tempo, todos os ministérios foram abolidos.

Em 8 de dezembro, na capital da Bielorrússia, Minsk, os chefes de Estado da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia reuniram-se e assinaram um acordo sobre a criação da Comunidade de Estados Independentes. Os três países declararam que o Tratado da União de 1922 havia encerrado sua existência.

No dia 12, o parlamento da Rússia aboliu o Tratado sobre a formação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, ratificado em 30 de dezembro de 1922 no I Congresso dos Sovietes.

No dia 21, na capital do Cazaquistão, Alma-Ata, os chefes de Estado de Azerbaijão, Armênia, Cazaquistão, Quirguistão, Moldávia, Rússia, Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão, Ucrânia e Bielorrússia reuniram-se e proclamaram a formação da Comunidade de Estados Independentes. A Geórgia participou como observadora, e os três países bálticos não participaram.

A declaração sobre a formação da Comunidade de Estados Independentes indicou que, com sua criação, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas deixava de existir.

No dia 25, Gorbachov renunciou ao cargo de presidente da União Soviética, e a bandeira vermelha soviética foi arriada do Kremlin, sendo hasteada a bandeira tricolor da Rússia.

Nas relações exteriores, foi aplicada uma política de abertura total com base no “princípio da transparência”.

Economia

Os principais recursos são petróleo, gás natural, carvão, minério de ferro, manganês, cobre, chumbo, florestas e recursos hidrelétricos. As reservas estimadas são de 5,4 bilhões de toneladas de petróleo, 870 bilhões de toneladas de carvão, 10,92 bilhões de toneladas de minério de ferro, 785 milhões de toneladas de manganês, 17 milhões de toneladas de cobre e 4,3 milhões de toneladas de chumbo.

É um importante país industrial. Os principais setores industriais são a indústria extrativa, a metalurgia, a indústria química e a indústria de materiais de construção, além do desenvolvimento da indústria aeroespacial, da engenharia a laser e da microeletrônica.

Em 1991, devido à política de “reestruturação” e à crise econômica, à escassez de matérias-primas e de combustíveis e à falência de empresas, a produção caiu drasticamente.

Nos primeiros nove meses do ano, a produção de meios de produção caiu 7,5% e, em comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial diminuiu 6,4%. A produção de bens de consumo caiu 3,5% e a produção de todos os gêneros alimentícios diminuiu.

Na agricultura, a produção de grãos é a base, desenvolvendo-se também a pecuária, a horticultura e a produção de culturas industriais.

As principais culturas agrícolas são trigo, centeio, cevada, aveia, milho, batata, linho, girassol, algodão, beterraba açucareira e tabaco.

Também na agricultura, a produção caiu drasticamente devido à restauração da agricultura privada, à falta de recursos financeiros e ao abandono de terras cultiváveis.

Em 1991, a colheita de grãos foi de 157 milhões de toneladas, 62 milhões de toneladas a menos que em 1990. A produção de beterraba açucareira foi 14,5 milhões de toneladas inferior à do ano anterior.

Até o final de setembro, a quantidade de algodão adquirida foi 700 mil toneladas menor que em 1990, e a de hortaliças foi 1,8 milhão de toneladas menor.

A área florestal é de 810,9 milhões de hectares, representando 36% do território total.

A extensão total das ferrovias é de 146.700 quilômetros, e a das rodovias é de 857.500 quilômetros.

Os principais produtos de exportação são equipamentos industriais, máquinas, combustíveis e madeira, enquanto os principais produtos de importação são máquinas, bens de consumo e alimentos. De janeiro a agosto de 1991, o volume do comércio diminuiu 38,1% em comparação com o mesmo período de 1990; as exportações caíram 30,3% e as importações 45,2%.

Sociedade e cultura

Sistema de ensino obrigatório e gratuito de 11 anos.

A população é composta em cerca de 70% por povos eslavos orientais (russos, ucranianos e bielorrussos), e vivem no país mais de 100 nacionalidades. A língua comum é o russo, e existem cerca de 130 línguas.

As religiões incluem a ortodoxa russa e o islamismo.

Jornais: Pravda, Izvestia, Krasnaya Zvezda, Moscou News, Literaturnaya Gazeta, Trud, Komsomolskaya Pravda

Agência de notícias: Itar-Tass (Agência de Notícias da Rússia)

Radiodifusão: Rádio da União Soviética, Televisão Central da União Soviética

Relações com o nosso país

Em 12 de outubro de 1948, foram estabelecidas relações diplomáticas em nível de embaixada com o nosso país.

Em 1991 foram firmados diversos acordos, incluindo o protocolo da 4ª reunião do Comitê Conjunto de Cooperação no setor pesqueiro (fevereiro), o protocolo de cooperação científico-técnica entre os governos (agosto), o plano de cooperação entre a Associação de Amizade Coreia–URSS e a União das Associações Soviéticas de Amizade e Relações Culturais Externas (março), o acordo de cooperação comercial e econômica entre os governos (abril), o plano de cooperação literária e editorial entre os governos (maio), o plano de cooperação entre as academias de ciências agrícolas dos dois países (junho), o protocolo de cooperação entre os órgãos meteorológicos e hidrológicos dos dois países (junho) e o protocolo de cooperação na produção de bens da indústria leve entre os governos (julho).

No mesmo ano, diversas delegações soviéticas visitaram o nosso país, incluindo delegações militares (janeiro), governamentais e científico-técnicas (agosto), do comitê regional de Khabarovsk do Partido Comunista da União Soviética (abril), da representação geral de comércio e economia (abril), do Soviete Supremo (maio), da indústria leve do Uzbequistão (maio), da marinha (junho), do Conjunto Artístico Duas Vezes Condecorado com a Bandeira Vermelha do Exército Soviético (agosto), de economia governamental (julho), do vice-presidente da União das Associações Literárias (julho), da organização de veteranos de guerra (julho), bem como delegações do Instituto de Estudos Orientais e do Instituto de Filosofia da Academia de Ciências da União Soviética (setembro).

Do nosso país, visitaram a União Soviética delegações do Departamento Político-Geral do Exército Popular da Coreia (maio), do Comitê da Cidade de Pyongyang do Partido do Trabalho da Coreia (julho), do Conjunto Artístico da província de Pyongan Sul (agosto) e de outros organismos (outubro).

Anuário de 1993

Federação Russa

Área

17.075.400 km²

População

148.800.000 habitantes (janeiro de 1992)

Capital

Moscou (8.967.000 habitantes, janeiro de 1989)

Localiza-se no leste da Europa e no norte da Ásia. É composta pelo território continental e por numerosas ilhas, como Sacalina, Nova Zembla, Zembla do Norte e o arquipélago da Nova Sibéria. Ao norte é banhada pelo Oceano Ártico, a leste pelo Oceano Pacífico, a oeste pelo Mar Báltico, a sudoeste pelo Mar Negro e Mar de Azov, e ao sul pelo Mar Cáspio. A parte europeia é dominada pela Planície da Europa Oriental (Planície Russa), enquanto ao sul se estende a cordilheira do Cáucaso e, ao noroeste, eleva-se o maciço de Khibiny. A leste dos Montes Urais encontram-se a Planície da Sibéria Ocidental, o Planalto da Sibéria Central e as montanhas da Sibéria Oriental. Há muitos rios, lagos, pântanos e áreas alagadiças, incluindo o maior e mais profundo lago de água doce do mundo, o Lago Baikal. O clima apresenta grandes diferenças entre leste e oeste e entre norte e sul. O noroeste tem clima marítimo, a Sibéria apresenta clima continental severo, o Extremo Oriente possui clima de monções, o sul clima subtropical e o norte clima ártico. A temperatura média de janeiro é inferior a 0 °C em todas as regiões, exceto na costa do Mar Negro; em julho, a média varia de 1–2 °C no norte a 24–25 °C nas estepes e zonas semidesérticas do sul. A precipitação anual média é de 600–700 mm no oeste da região europeia, diminuindo gradualmente para 100–150 mm no leste, enquanto no Extremo Oriente atinge 700–1.000 mm.

Política

Congresso dos Deputados do Povo: órgão supremo do poder estatal, sistema bicameral composto pelo Soviete da República e pelo Soviete das Nacionalidades, com 1.068 assentos; eleições realizadas em 4 de março de 1990.

Soviete Supremo: órgão legislativo permanente durante o recesso do Congresso; presidente Ruslan Khasbulatov.

Presidente: mandato de 5 anos, vedada a reeleição por mais de dois mandatos consecutivos; Boris Yeltsin (desde 12 de junho de 1991).

Governo: formado em 6 de novembro de 1991, reorganizado em dezembro de 1992; primeiro-ministro Viktor Stepanovich Chernomyrdin (desde dezembro de 1992).

Partidos políticos e organizações sociais: Partido Popular da Rússia Livre, Partido Socialista dos Trabalhadores, Partido Comunista Bolchevique de Toda a União, União dos Comunistas Trabalhadores, Partido Comunista dos Trabalhadores da Rússia, Partido Liberal Democrata, Partido Democrático da Rússia, Partido da Liberdade Popular, Movimento Democrata Cristão Russo, Partido Republicano da Rússia, Rússia Democrática, Movimento de Reforma Democrática, Frente de Salvação Nacional.

Em 7 de novembro de 1917 foi fundada a República Socialista Federativa Soviética da Rússia. Em 30 de dezembro de 1922 aderiu à União Soviética.

Após a ascensão de Gorbachov ao poder em 1985 e as consequências das políticas de “transparência” e “reforma”, as repúblicas federadas passaram sucessivamente a declarar independência, levando à dissolução da União Soviética em dezembro de 1991.

Em 12 de junho de 1990, o Soviete Supremo da Rússia proclamou a declaração de soberania. Em 5 de abril de 1991, o Congresso dos Deputados do Povo decidiu restaurar o cargo de presidente e, em 24 de maio, revisou a Constituição. Nas eleições presidenciais realizadas em 12 de junho, Boris Yeltsin foi eleito e tomou posse oficialmente em 10 de julho.

Em 25 de dezembro, o nome do país foi alterado para Federação Russa.

Em 31 de março de 1992, as repúblicas e regiões autônomas da Federação Russa assinaram o Tratado da Federação Russa, porém o Tartaristão e a Chechênia declararam soberania e recusaram-se a assinar.

De 6 a 21 de abril realizou-se o VI Congresso dos Deputados do Povo. Nele, as questões da reforma econômica e da adoção de uma nova Constituição foram colocadas como problemas centrais. Os deputados criticaram duramente a política de reforma econômica do governo, exigiram sua renúncia e solicitaram a revogação dos poderes adicionais concedidos ao presidente, incluindo a nomeação e destituição do primeiro-ministro e a formação do governo. O congresso decidiu que o país poderia ser chamado de Federação Russa ou Rússia.

Em junho, o presidente renunciou ao cargo de primeiro-ministro e nomeou Yegor Gaidar como primeiro-ministro interino.

Em setembro, Yeltsin vetou 11 leis aprovadas pelo Soviete Supremo, incluindo as relativas à defesa, às tropas internas do Ministério do Interior, ao sistema monetário, à regulação e controle de divisas, às patentes e à proteção dos órgãos do poder constitucional, aprofundando o conflito com o Soviete Supremo.

O VII Congresso dos Deputados do Povo, realizado de 1º a 14 de dezembro, ocorreu em meio ao confronto entre os órgãos legislativos e executivos e entre o presidente e o parlamento. Diante do fracasso da eleição do candidato presidencial ao cargo de primeiro-ministro, Yeltsin acusou o congresso de conspirar para um golpe de Estado e afirmou que a Constituição vigente transformava o Soviete Supremo e sua liderança nos únicos governantes do país.

O presidente do Soviete Supremo declarou que a política econômica do governo havia fracassado completamente e criticou a escolha de uma economia de mercado baseada na negação da propriedade estatal e na absolutização da propriedade privada. O vice-presidente também criticou a política de rendimentos do governo e afirmou que não se deveria confiar na “ajuda” estrangeira.

O congresso aprovou a decisão “Sobre a situação da implementação da reforma econômica na Federação Russa”, apontando que as reformas econômicas do governo não correspondiam aos interesses da maioria dos cidadãos e provocaram consequências socioeconômicas negativas, enfatizando a importância do apoio estatal à ciência, educação, saúde e cultura. Foi adotado também um apelo ao povo russo, denunciando que os discursos do presidente desestabilizavam a situação política, social e econômica e visavam a tomada do poder. Outro apelo foi dirigido aos parlamentos dos Estados independentes, conclamando à discussão sobre a criação de uma união de Estados independentes ou outras formas de integração.

Em 14 de dezembro, o novo primeiro-ministro Chernomyrdin afirmou que a tarefa mais importante do governo era impedir o empobrecimento da população.

Em outubro, o presidente assinou um decreto suspendendo unilateralmente os testes nucleares até 1º de julho de 1993.

Por ocasião de diversos aniversários e datas comemorativas, como o 68º aniversário da morte de Lenin, o aniversário da vitória na Batalha de Stalingrado, o aniversário da criação do Exército Soviético e o aniversário da Revolução Socialista de Outubro, realizaram-se comícios e manifestações em Moscou e em outras cidades, nos quais os participantes apelaram à defesa do legado e das ideias de Lenin e à preservação das tradições do Exército Soviético.

Em junho de 1992, o país ingressou no Fundo Monetário Internacional.

Nesse ano, surgiram entre os países da Comunidade de Estados Independentes questões complexas herdadas da antiga União Soviética, como problemas militares, territoriais, étnicos, fronteiriços e econômicos. Persistiram tensões com a Ucrânia sobre a jurisdição da Frota do Mar Negro, com a Moldávia devido à questão da Transnístria, com o Cazaquistão por causa do polígono nuclear de Semipalatinsk, bem como problemas relacionados à Geórgia, que não havia ingressado na Comunidade.

Em janeiro e junho, Yeltsin visitou os Estados Unidos, onde, junto com Bush, adotou a Declaração de Camp David, confirmando relações amistosas, e assinou acordos para a eliminação unilateral de um grande número de mísseis estratégicos terrestres de múltiplas ogivas.

As relações com o Japão permaneceram tensas devido à questão dos territórios do norte, levando ao cancelamento da visita de Yeltsin ao Japão prevista para setembro.

Em 1992 foram estabelecidas relações diplomáticas com a Ucrânia (fevereiro), Moldávia (abril), Tadjiquistão (abril), Bielorrússia (junho) e Geórgia (julho). No mesmo ano foram assinados numerosos acordos internacionais com Alemanha, Canadá, Polônia, Ucrânia, Bielorrússia, Israel, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão, China, Turcomenistão e outros países.

Economia, sociedade e cultura

Os principais recursos são carvão, petróleo, gás natural, energia hidrelétrica, madeira, minério de ferro, metais preciosos, sais de potássio, fosfatos, materiais de construção e bauxita. O país concentra mais de 70% das reservas de carvão, 94% da madeira, 80% do gás natural, 90% do estanho, 100% dos fosfatos, 60% dos sais de potássio, mais de 50% do minério de ferro e três quartos dos recursos hidrelétricos da antiga União Soviética.

Os principais produtos industriais incluem aço, ferro-gusa, alumínio e outros metais não ferrosos, locomotivas elétricas, máquinas-ferramentas, equipamentos petrolíferos e metalúrgicos, navios, automóveis, máquinas agrícolas, cimento, vidro, fertilizantes, tecidos, calçados e alimentos.

Em 1990 foram produzidos 89 milhões de toneladas de aço, 83 milhões de toneladas de cimento, 5,2 milhões de toneladas de papel e 1 trilhão de kWh de eletricidade.

A poderosa indústria entrou em crise em consequência da “reestruturação”. No primeiro trimestre de 1992, a produção industrial caiu em média 15–18% em relação ao ano anterior, agravando-se no segundo semestre, com quedas de 21,5% em julho e 27% em agosto. Entre agosto de 1991 e agosto de 1992, os preços dos bens de consumo aumentaram 15,6 vezes. Em 1º de outubro de 1992, havia 920 mil desempregados totais e 2 milhões de trabalhadores industriais em situação de subemprego.

As terras aráveis e as áreas de cultivo representam mais de 60% das da antiga União Soviética. As principais culturas agrícolas são trigo, cevada, centeio, aveia, milho, girassol, linho, cânhamo, beterraba açucareira, batata, hortaliças e frutas. Em 1990 foram produzidas 120 milhões de toneladas de grãos.

A pecuária cria bovinos, vacas leiteiras, ovinos, suínos, aves e patos, com foco na produção de carne, leite e lã. Em 1991 havia 57 milhões de cabeças de gado bovino, 38 milhões de suínos e 58 milhões de ovinos e caprinos, com produção de 10 milhões de toneladas de carne e 55 milhões de toneladas de leite.

De janeiro a agosto de 1992, em comparação com o mesmo período do ano anterior, as vendas de animais e aves caíram 23%, a produção de leite 17% e a de ovos 12%. Devido à queda da produção agrícola, os preços dos alimentos aumentaram 6,6 vezes entre janeiro e julho de 1992.

O transporte baseia-se principalmente no transporte ferroviário, rodoviário, aéreo e fluvial.

Em 1º de setembro de 1992, entre as 66.800 escolas de educação geral, 4.014 encontravam-se em situação crítica para funcionamento, 19.088 necessitavam de grandes reparos, 24.589 não possuíam abastecimento de água, 19.038 careciam de aquecimento e 31.749 não dispunham de instalações sanitárias. O ensino funcionava em dois ou três turnos, e faltavam 23.000 professores.

Entre janeiro e agosto de 1992, ocorreram 1,8 milhão de crimes, sendo 238 mil apenas no mês de agosto. Vivem no país mais de 100 nacionalidades, das quais os russos representam 81,5%, os tártaros 3,8% e os ucranianos 3,0%. A língua comum é o russo, e nas repúblicas autônomas as línguas nacionais também são oficiais. A principal religião é a ortodoxa russa.

Jornais: Pravda, Izvestia, Krasnaya Zvezda, Rossiyskaya Gazeta, Sovetskaya Gazeta, Komsomolskaya Pravda, Trud, Literaturnaya Gazeta, Nezavisimaya Gazeta, Patriot, Rabochaya Tribuna, Torgovaya Gazeta, Narodnaya Pravda

Agência de notícias: Itar-Tass

Radiodifusão: Rádio da Rússia, Televisão da Rússia

Relações com o nosso país

Em 12 de outubro de 1948, foram estabelecidas relações diplomáticas em nível de embaixada com o nosso país. Em 1992, diversas delegações russas visitaram o nosso país, incluindo o enviado especial do presidente da Rússia (janeiro), grupos artísticos, representantes de jornais, delegações partidárias e organizações sociais.

A "teoria do custo de oportunidade" burguesa e sua natureza reacionária que racionaliza as políticas de "livre comércio"


O grande Dirigente camarada Kim Jong Il ensinou:

O pensamento burguês reacionário, por mais que seja enfeitado com palavras hipócritas, não pode ocultar a sua essência reacionária.” (Obras Selecionadas de Kim Jong Il, volume 17, edição ampliada, página 132)

Atualmente, os imperialistas alardeiam a sua superioridade científico-técnica e, por meio do comércio, apegam-se ainda mais à subordinação econômica e à exploração dos países em desenvolvimento. Uma das políticas comerciais imperialistas representativas que racionalizam isso é precisamente o livre-comércio.

O conteúdo fundamental do “livre-comércio”, em poucas palavras, é que, se duas partes que produzem mercadorias diferentes trocarem livremente os seus produtos, ambas obterão benefícios. Em outras palavras, sustenta que, independentemente do nível e da escala das condições de produção, qualquer um que participe do comércio obterá maiores ganhos.

Como as condições naturais e geográficas, o ambiente, as formas de vida econômica e as preferências das pessoas são diferentes, e como há diferenças no nível de desenvolvimento das forças produtivas e da ciência e tecnologia, surgem diferenças tanto na quantidade quanto na qualidade e na composição final dos produtos produzidos.

Por isso, entre os países, aquilo que o outro necessita e que não pode ser produzido internamente, ou é produzido em pouca quantidade, passa a ser obtido por meio do comércio. Assim surge o comércio exterior e, por meio dele, os países promovem, até certo ponto, o desenvolvimento econômico.

Entretanto, a teoria burguesa do “custo de oportunidade” introduz conceitos econômicos enganadores para distorcer a inevitabilidade do surgimento do comércio e ocultar a natureza exploradora e predatória do lucro obtido a partir da troca desigual.

A teoria burguesa do “custo de oportunidade” explica a inevitabilidade e o processo do comércio por meio do conceito de “custo de oportunidade”, utilizando a noção de vantagem relativa na produção de mercadorias.

Na teoria burguesa do “custo de oportunidade”, o custo de oportunidade é definido como o “custo” determinado pelo valor de outra coisa que inevitavelmente se deixa de obter ao se obter algo. Em outras palavras, ao abandonar a produção de outro bem para produzir uma mercadoria específica, o “custo” é definido pelo valor do bem abandonado.

Suponhamos, de fato, que os produtores A e B trabalhem ambos 8 horas por dia produzindo arroz e carne. Digamos que o produtor A, dedicando-se apenas à produção de carne por 8 horas, possa produzir 24 kg de carne, e, concentrando-se apenas na produção de arroz, possa produzir 48 kg de arroz. Suponhamos também que o produtor B, em 8 horas, possa produzir 8 kg de carne ou 32 kg de arroz.

Independentemente do produtor, quando se produz apenas um tipo de produto, deixa-se de produzir, nessa mesma medida, o outro produto. O produtor A, ao produzir 24 kg de carne, precisa renunciar à produção de 48 kg de arroz; inversamente, o produtor B, ao produzir 32 kg de arroz, precisa renunciar à produção de 8 kg de carne.

Em consequência, para o produtor A, o “custo de oportunidade” de 1 kg de carne é 2 kg de arroz, e, inversamente, o “custo de oportunidade” de 1 kg de arroz é 0,5 kg de carne. Da mesma forma, para o produtor B, o custo de oportunidade de 1 kg de carne é 4 kg de arroz, e o custo de oportunidade de 1 kg de arroz é 0,25 kg de carne.

Assim, mesmo tratando-se da produção do mesmo produto, devido às diferenças nas condições e no ambiente de produção dos produtores, o “custo de oportunidade” desse produto torna-se diferente.

O produtor que possui um “custo de oportunidade” menor do que os outros na produção de um determinado produto ocupa uma vantagem relativa nessa produção e, por isso, deve especializar-se nela e participar do comércio com base nisso. Essa é precisamente a teoria burguesa do “custo de oportunidade”.

De acordo com isso, o produtor A possui vantagem relativa na produção de carne em comparação com o produtor B, enquanto o produtor B possui vantagem relativa na produção de arroz em comparação com o produtor A. Portanto, o produtor A deveria especializar-se na produção de carne e o produtor B deveria especializar-se na produção de arroz.

A teoria burguesa do “custo de oportunidade” prega que, se duas partes com diferentes capacidades e bases produtivas se especializarem cada uma em sua produção e realizarem trocas comerciais com os produtos produzidos, o volume total da produção aumentará, alcançando-se assim o desenvolvimento econômico e a prosperidade.

O objetivo disso é fortalecer ainda mais a exploração e a espoliação. Por meio disso, busca-se intensificar a exploração dos países em desenvolvimento.

Em termos gerais, quando as partes envolvidas em uma transação comercial realizam trocas equivalentes com base no valor, pode haver benefícios mútuos para elas. Esse é um princípio econômico elementar.

Entretanto, a teoria burguesa do custo de oportunidade, ao levantar a anticientífica teoria da “vantagem relativa”, racionaliza o sistema internacional de divisão do trabalho, de caráter parcial, que constitui a base econômica da troca desigual.

Segundo essa teoria, os países em desenvolvimento não têm alternativa senão ocupar vantagens relativas principalmente nos setores primários ou nos setores tradicionais, nos quais o nível tecnológico da produção é baixo.

De fato, suponhamos que existam um país capitalista “A” e um país em desenvolvimento “B”, e que ambos produzam arroz e automóveis. Admitamos que o país produtor “A” produza, por ano, 50 mil toneladas de arroz ou 70 mil automóveis, enquanto o país produtor “B” produza 30 mil toneladas de arroz ou 20 mil automóveis. Nesse caso, o “custo de oportunidade” de cada produto em ambos os países é o seguinte:

Produção de cada bem e custo de oportunidade nos dois países

Produção de 10 mil toneladas de arroz

País produtor “A”: 7/5 mil automóveis

País produtor “B”: 2/3 mil automóveis

Produção de 10 mil automóveis

País produtor “A”: 5/7 mil toneladas de arroz

País produtor “B”: 3/2 mil toneladas de arroz

Como se vê na tabela, o “custo de oportunidade” para produzir 10 mil toneladas de arroz é, no país produtor “A”, 7/5 mil automóveis (14 mil automóveis), enquanto no país produtor “B” é 2/3 mil automóveis (cerca de 6,7 mil automóveis). Além disso, para produzir 10 mil automóveis, o país produtor “A” incorre em um “custo de oportunidade” de 5/7 mil toneladas de arroz (cerca de 7,1 mil toneladas), enquanto o país produtor “B” incorre em um “custo de oportunidade” de 3/2 mil toneladas de arroz (15 mil toneladas).

Como o país capitalista “A” possui um custo de oportunidade relativamente menor na produção de automóveis do que o país em desenvolvimento “B” (0,71 < 1,5), ele ocupa uma vantagem relativa nessa produção. Por sua vez, o país em desenvolvimento “B” possui um custo de oportunidade relativamente menor na produção de arroz do que o país capitalista “A” (1,4 > 0,67), ocupando assim vantagem relativa nessa produção. Portanto, segundo a teoria do custo de oportunidade, o país capitalista “A” deve especializar-se exclusivamente na produção de automóveis, e o país em desenvolvimento “B” deve especializar-se exclusivamente na produção de arroz, e ambos devem participar do comércio internacional com base nisso.

Se seguirmos integralmente a teoria burguesa do “custo de oportunidade”, os países imperialistas desenvolvem a economia tendo como eixo as indústrias intensivas em tecnologia e em conhecimento, bem como os setores terciários, nos quais ocupam “vantagens relativas”, e realizam com isso as transações comerciais; ao contrário, os países em desenvolvimento, por ocuparem “vantagens relativas” nos setores primários e nos ramos industriais tradicionais, devem desenvolver apenas esses setores e entrar no comércio com base neles.

Os países imperialistas ocupam sempre uma posição vantajosa em todo o processo de produção e de transações comerciais em relação aos países em desenvolvimento e obtêm lucros por meio da troca desigual no comércio exterior. Em contrapartida, nos países em desenvolvimento, a construção econômica é levada adiante com uma estrutura econômica deformada e unilateral, tornando inevitáveis, nesse processo, graves problemas ambientais juntamente com problemas de pobreza social. Assim, em escala mundial, a disparidade entre os países imperialistas e os países em desenvolvimento torna-se cada vez mais acentuada.

Isso mostra claramente que a teoria econômica burguesa serve, de forma sistemática, como um instrumento teórico para racionalizar as manobras dos imperialistas destinadas a manter intacta a velha e injusta ordem econômica internacional e, por meio dela, intensificar ainda mais a exploração e a pilhagem.

A reação da teoria burguesa do “custo de oportunidade” manifesta-se, em segundo lugar, no fato de partir de uma intenção astuta de bloquear o avanço dos países em desenvolvimento que buscam alcançar a autossustentação econômica e avançar pelo caminho de uma nova sociedade, mantendo-os presos à submissão econômica.

A autossustentação econômica é uma questão premente para os países em desenvolvimento que puseram fim à dominação colonial dos imperialistas e conquistaram a independência. Isso porque somente construindo uma economia democrática autossuficiente nesses países é possível consolidar ainda mais a independência nacional conquistada com sangue.

Entre os países em desenvolvimento, não são poucos aqueles que já dispõem de bases econômicas e de níveis de desenvolvimento das forças produtivas consideráveis.

Segundo a teoria burguesa, nesses países deveriam ser desenvolvidos apenas os setores cujo “custo de oportunidade” é relativamente menor, que são, em geral, os setores primários — como a agricultura deformada e unilateral e a indústria extrativa — mantidos no passado pelos imperialistas para intensificar a exploração e a pilhagem. Apenas com isso, não é possível consolidar a independência política, fortalecer a capacidade de defesa nacional independente, nem resolver as contradições democráticas internas entre os países.

A questão da autossustentação econômica torna-se ainda mais importante nas condições atuais, em que se intensificam a persistente agressão militar e a contínua subjugação econômica dos imperialistas, e em que as crises da economia capitalista exercem uma influência grave sobre o desenvolvimento da economia mundial.

No entanto, a teoria burguesa do “custo de oportunidade” proclama a superioridade do “livre comércio" e incita os países em desenvolvimento a abandonarem a autossustentação econômica, a abrirem e liberalizarem suas economias e a lançarem-se na divisão internacional do trabalho. Essa teoria alardeia que qualquer país deve especializar-se apenas na produção de determinados produtos e, com base neles, participar do comércio interno e externo para poder desenvolver a economia.

Isso demonstra que os países capitalistas procuram fazer com que os países em desenvolvimento que avançam pelo caminho da independência abandonem a consciência de classe, tornem impossível o estabelecimento de bases para a autossustentação econômica e sejam arrastados para o comércio internacional desigual, a fim de transformá-los em seus eternos apêndices econômicos.

Devemos reconhecer com precisão a essência reacionária da teoria econômica burguesa, que racionaliza as manobras dos imperialistas de dominação econômica mundial e se presta integralmente à sua realização, e, apoiando-nos firmemente na teoria econômica do Juche, impulsionar com vigor a construção de uma potência econômica.