segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Máximo programa do Partido

Explicação de terminologias políticas

O programa supremo do Partido é o programa que esclarece o objetivo final do Partido e o princípio fundamental para sua realização.

O programa supremo do Partido exerce um papel importante em fazer com que os funcionários, militantes do Partido e trabalhadores compreendam claramente o objetivo e as tarefas finais da luta revolucionária e da construção, bem como os meios de realizá-los, inspirando-lhes confiança na vitória e mobilizando-os para a luta revolucionária e o trabalho de construção.

O programa supremo do Partido é definido pela sua ideia diretiva e reflete sua missão. O partido revolucionário da classe trabalhadora, conforme sua missão histórica, apresenta as tarefas a cumprir divididas entre o programa supremo e o programa de luta imediata.

O programa supremo do Partido do Trabalho da Coreia é a transformação de toda a sociedade segundo o Kimilsungismo-Kimjongilismo.

Transformar toda a sociedade segundo o Kimilsungismo-Kimjongilismo significa impulsionar a revolução sob a única orientação do grande Kimilsungismo-Kimjongilismo, e construir e completar, com base nesse ideal, a sociedade ideal do povo. Em outras palavras, significa formar todos os membros da sociedade como verdadeiros Kimilsungistas-Kimjongilistas e remodelar todos os campos — política, defesa, economia, cultura e outros — de acordo com as exigências do Kimilsungismo-Kimjongilismo, realizando plenamente a independência das massas populares.

O fato de transformar toda a sociedade segundo o Kimilsungismo-Kimjongilismo ser o programa supremo do nosso Partido se deve a que nele estão claramente definidos o objetivo final do Partido e o princípio fundamental para sua realização.

Com a apresentação do programa de transformar toda a sociedade segundo o Kimilsungismo-Kimjongilismo, o nosso Partido passou a salvaguardar firmemente seu caráter revolucionário como o glorioso Partido Kimilsungista-Kimjongilista e, com um objetivo de luta científico, pode avançar vigorosamente rumo à vitória final da causa revolucionária do Juche.

O trabalho de educação ideológica é também um trabalho com a psicologia

Há uma questão à qual as organizações do Partido em todos os níveis e os funcionários do Partido devem dedicar profunda atenção para aumentar a eficácia do trabalho de educação ideológica: transformar o trabalho de educação ideológica em um trabalho voltado à psicologia das pessoas.

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

“Os funcionários do Partido devem sempre compreender bem o que o povo deseja e exige, e devem ser sensíveis ao nível de consciência das massas e às mudanças da realidade.”

Psicologia é, literalmente, a lei segundo a qual a mente se move e atua.

Compreender bem a psicologia das pessoas e aplicar a ela formas, métodos e meios adequados é uma exigência vital para os funcionários que realizam o trabalho de educação ideológica.

Antes de realizar o trabalho ideológico e durante o processo de educação, os funcionários devem ter constantemente interesse pelo estado psicológico das pessoas; isso deve se tornar um estilo de trabalho incorporado e habitual.

Ignorar o fator psicológico e colocar em primeiro plano apenas os desejos subjetivos ou tentar realizar o trabalho político de forma impositiva não só impede a obtenção de resultados esperados, como também pode causar efeitos colaterais e resultados adversos.

O que, então, significa dizer que o trabalho de educação ideológica é um trabalho voltado à psicologia?

Significa, antes de tudo, tomar a compreensão da psicologia das massas como o primeiro processo do trabalho de educação ideológica.

A eficácia do trabalho ideológico é garantida pela compreensão exata e pela análise científica da psicologia das massas.

Um trabalho ideológico que não esteja estreitamente vinculado aos sentimentos, às exigências e ao estado de ânimo concretos das massas não pode ter outro resultado senão o de um tiro de canhão em vão, por mais vezes que seja realizado.

Mesmo ao preparar um material explicativo, ao realizar um trabalho político diante das massas ou ao conduzir uma conversa individual, é necessário observar profundamente o interior do coração das pessoas e colocar a compreensão psicológica sempre em primeiro plano, a fim de assegurar a eficácia do trabalho político.

Dizer que o trabalho de educação ideológica é um trabalho voltado à psicologia significa também encontrar e aplicar corretamente a metodologia adequada às mudanças psicológicas das massas.

A psicologia humana varia de pessoa para pessoa e muda constantemente de acordo com as condições e o ambiente.

Por isso se diz que o trabalho com as pessoas é uma tarefa altamente criativa e ativa.

A época está se desenvolvendo rapidamente, e o nível de pensamento e as mudanças de consciência das pessoas que observam e enfrentam a realidade são incomparáveis aos de tempos passados.

Mesmo diante dessa situação, se o trabalho de educação ideológica for realizado de maneira alheia à psicologia das pessoas, confiando apenas em concepções antigas ou em métodos que deram resultado em outros tempos, não se poderá esperar um resultado satisfatório.

Realizar o trabalho sem uma metodologia concreta que acompanhe as mudanças psicológicas equivale apenas a simular atividade e preencher metas de forma exibicionista e cerimonial. A maneira como se responde sensivelmente, em cada momento, às mudanças da psicologia das massas se resume a uma questão de responsabilidade e de qualificação dos funcionários do Partido.

Dizer que o trabalho de educação ideológica é um trabalho voltado à psicologia significa também orientar e conduzir corretamente a psicologia das massas em conformidade com os objetivos estabelecidos.

O trabalho com a psicologia não significa apenas organizar e desenvolver o trabalho de acordo com o estado psicológico das massas. Significa, além disso, que todos os funcionários que realizam o trabalho político devem ocupar sempre uma posição ativa, dominando e guiando habilmente a psicologia das massas na direção da implementação das políticas do Partido e do desenvolvimento das unidades.

Um funcionário do Partido deve ser capaz de despertar o entusiasmo criador das massas por meio de uma enérgica agitação econômica, de tocar o coração das pessoas com discursos apelativos e emocionantes e, quando surgem dificuldades e obstáculos, de criar uma atmosfera otimista que mova habilmente o ânimo das pessoas.

O verdadeiro talento de um funcionário está em saber se misturar naturalmente com as pessoas, fazendo com que elas mesmas abram o coração; em descer constantemente ao terreno para diagnosticar com precisão o estado mental das massas diante das políticas do Partido e aplicar o remédio certo; e em dominar a metodologia para liderar o espírito coletivo de modo que todos se levantem como um só pela implementação das políticas do Partido.

Um funcionário do Partido que domina tais métodos é, de fato, um verdadeiro competente — um funcionário hábil em conduzir a psicologia e em realizar com êxito o trabalho voltado à mente das pessoas.

Para transformar o trabalho de educação ideológica em um trabalho voltado à psicologia, é prioritário mergulhar profundamente entre as massas. É preciso integrar-se a elas, tornando-se um só corpo com o povo, e compreender plenamente o que há em seu íntimo.

Elevar o nível dos funcionários é também uma necessidade essencial. Para captar de forma sensível e conduzir a psicologia das massas, é indispensável ter capacidade correspondente. Junto ao aprimoramento das qualidades políticas e práticas, é necessário prestar constante atenção à realidade e à psicologia das pessoas, desenvolvendo as capacidades de análise.

Quando todos os funcionários do Partido transformarem de modo firme o trabalho de educação ideológica em um trabalho voltado à psicologia das pessoas, a força espiritual das massas será liberada ao máximo, alcançando-se maiores êxitos na implementação das políticas do Partido e no desenvolvimento das unidades.

Pak Hyok Il

A adoração persistente é uma manifestação da ambição flagrante de nova agressão

Já se passaram várias décadas desde que a comunidade internacional começou a condenar e a tratar com severidade as visitas dos políticos japoneses ao Santuário Yasukuni. Isso porque tais atos são condutas indecentes que negam e glorificam os crimes de agressão do passado, incitando o revanchismo.

No entanto, mesmo hoje, quando se completam 80 anos desde a derrota do Japão, os governantes japoneses continuam com o jogo das visitas, desafiando abertamente o pedido unânime da comunidade internacional.

Os políticos que, no último dia 15 de agosto, haviam se aglomerado no Santuário Yasukuni, voltaram agora, sob o pretexto do “grande festival do outono”, a realizar novamente uma visita coletiva. Também houve a encenação da oferenda de tributos por parte das autoridades governamentais.

As visitas dos políticos japoneses ao Santuário Yasukuni não são, de forma alguma, uma questão meramente religiosa ou de assuntos internos.

O Santuário Yasukuni é um símbolo do militarismo que embeleza e disfarça a história criminosa de agressões do passado. As chamadas “almas que deram a vida pela pátria”, que estão consagradas ali, são, na verdade, invasores, saqueadores e assassinos que impuseram morte inocente, sofrimento e calamidades nacionais a muitos povos da Ásia, incluindo o nosso.

A atitude diante do Santuário Yasukuni é, ao mesmo tempo, a atitude diante dos crimes cometidos pelo Japão no passado e diante da justiça e da consciência da humanidade.

Visitar o Santuário Yasukuni não é apenas um ato de insulto às incontáveis vítimas e sofredores da Ásia, mas também uma conduta repugnante que nega a vitória da guerra antifascista mundial.

Prestar culto e louvar criminosos de guerra de classe A, que foram condenados e executados pelo Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, é um desafio público e uma violação da justiça internacional.

Atualmente, dentro da política japonesa, ressoam sem pudor absurdos como: “É natural que, como japoneses, expressemos gratidão àqueles que deram a vida pela política nacional” e “se persistirmos sem hesitação, os países vizinhos acabarão achando inútil reclamar e deixarão de criticar”. Há até mesmo uma lógica absurda que afirma que os criminosos de guerra de classe A “já não são culpados, pois suas penas foram cumpridas”, ou que o Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente foi “um julgamento dos vencedores sobre os vencidos”, e portanto “não há problema algum em homenageá-los”.

Por que esse comportamento ultrajante, que choca o mundo, não foi erradicado e, ao contrário, se repete de forma cada vez mais obstinada com o passar do tempo? É porque a ambição que está em sua base é tanto mais perversa e profundamente enraizada.

O fato de os políticos, que hoje detêm as rédeas da política japonesa, rezarem pela “paz das almas” dos criminosos de guerra condenados pelo julgamento severo da história, mostra claramente que estão conduzindo o país rumo à realização do sonho da “Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental” deixado por esses mesmos criminosos.

Desde logo após a derrota, a ambição e as tentativas de nova agressão, forjadas ao longo de décadas pelos militaristas japoneses, entraram hoje em uma fase extremamente perigosa.

A história do Japão no pós-guerra tem sido uma corrida incessante rumo à militarização, enganando o povo dentro e fora do país. Nesse processo, a constituição que proibia o rearmamento tornou-se uma cerca apodrecida. O raio de operação das forças de "autodefesa" terrestres, navais e aéreas já ultrapassou amplamente as fronteiras, e diversos navios e aviões de combate cruzam abertamente oceanos e continentes. Ataques preventivos contra territórios de outros países são abertamente defendidos, enquanto as capacidades e os meios para isso são constantemente reforçados. Exercícios militares conjuntos com outros países ocidentais, realizados em aliança, acontecem incessantemente durante todo o ano, aquecendo todo o arquipélago com o fervor da nova agressão.

À luz dessa perigosa tendência, as insistentes visitas dos políticos japoneses aos espectros do militarismo não podem ser vistas apenas como nostalgia pelo passado, mas como expressão da ambição de nova agressão que pretendem, em breve, reviver a qualquer custo.

Internamente, procuram doutrinar as novas gerações — que não vivenciaram a guerra nem a derrota — com ideologias militaristas e revanchistas; externamente, tentam, por meio dessas “visitas habituais”, criar uma espécie de imunidade na comunidade internacional.

Esses atos insanos, contudo, apenas reforçam a vigilância e a consciência dos países vizinhos. A obstinada persistência nas visitas aos espectros do militarismo, alimentada por uma ambição vã, só poderá tornar ainda mais sombrio o futuro do Japão.

Jang Chol

Rodong Sinmun

Realizado em Tóquio o ato comemorativo pelo 80º aniversário da fundação do "Joson Sinbo".

O ato comemorativo pelo 80º aniversário da fundação do órgão do Comitê Permanente da Chongryon (Associação Geral de Coreanos Residentes no Japão), o "Joson Sinbo", foi realizada no dia 17 na sede central da Chongryon em Tóquio, Japão.

O presidente do Comitê Permanente Central da Chongryon, Ho Jong Man, o primeiro vice-presidente e diretor de organização Pak Ku Ho, o vice-presidente e secretário-geral Pae Jin Gu, diretores e funcionários do Comitê Central da Chongryon, funcionários, repórteres e editores do "Joson Sinbo", bem como funcionários da Chongryon da região de Kanto, participaram do encontro.

O primeiro vice-presidente Pak Ku Ho fez um discurso de felicitação.

Mencionando que, sob o cuidado especial do estimado Marechal Kim Jong Un, o "Joson Sinbo" celebrou de maneira significativa o seu 80º aniversário de fundação, ele enfatizou que os funcionários do "Joson Sinbo" devem gravar profundamente em seus corações as palavras do estimado Marechal, que os instruiu a herdar o espírito patriótico da geração fundadora e a continuar escrevendo a grandiosa nova história do movimento dos coreanos residentes no Japão, e devem cumpri-las sem falha.

Durante o encontro, foram apresentadas as mensagens de felicitação enviadas pelo "Rodong Sinmun" e outros órgãos de imprensa e publicação da pátria.

Em seguida, Rim Wang Ho, presidente do "Joson Sinbo", fez um relatório.

O relator afirmou que os 80 anos percorridos pelo "Joson Sinbo" foram uma trajetória gloriosa, brilhantemente gravada sob a excelente direção do grande Líder camarada Kim Il Sung, do grande Dirigente camarada Kim Jong Il e do estimado Marechal Kim Jong Un.

Ele expressou sua determinação de trabalhar com responsabilidade para abrir com vigor uma nova era de revitalização da Chongryon, aprimorando o conteúdo e a forma do "Joson Sinbo" em consonância com a missão da época e as mudanças do ambiente, com a ambição de herdar o espírito e a tradição da geração fundadora e escrever uma nova história da imprensa independente no exterior na grande era de Kim Jong Un.

Na ocasião, foi adotada uma carta dirigida ao estimado Marechal Kim Jong Un.

Associação de Bibliotecas da Coreia

Sin Kwang Son, presidente da Grande Casa de Estudos do Povo e da Associação de Bibliotecas da Coreia

A Associação de Bibliotecas da RPDC foi formada em 23 de julho de Juche 42 (1953).

A associação é uma organização acadêmica da informática bibliográfica. Ela acelera a cooperação mútua, o estudo e o desenvolvimento em todos os campos da ciência bibliotecária, oferecendo a todas as bibliotecas orientações metodológicas para fornecer aos leitores as informações necessárias em um nível elevado.

A associação é o grupo básico que reúne bibliotecas de todos os níveis de todo o país, incluindo a Grande Casa de Estudos do Povo, e representa as bibliotecas em nosso país, trabalhando com a Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias.

O presidente da associação é o presidente da Grande Casa de Estudos do Povo.

A associação se tornou membro regular da Federação Internacional de Associações e Instituições Bibliotecárias na 36ª reunião geral realizada em Moscou, em setembro de Juche 59 (1970).

Atualmente, a associação tem desenvolvido o intercâmbio e a cooperação no campo da gestão de bibliotecas, em estreita conexão com várias bibliotecas ao redor do mundo.

domingo, 19 de outubro de 2025

A história do camarada Ri Sang Sop, ex-diretor da Academia Estatal de Ciências, que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento da tecnologia de gaseificação de carvão ao nosso estilo

Nobre alma e alento dedicados à prosperidade da pátria

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

“Os funcionários devem estar repletos do espírito de execução determinada, dispostos a cumprir as políticas do Partido até o fim, mesmo que seus corpos se estilhacem em dez ou cem pedaços.”

Na zona dos cientistas Unjong, mais uma tecnologia de ponta de grande importância nacional ressoou com seu toque de vitória.

Sucesso no desenvolvimento da tecnologia de gaseificação de carvão pulverizado por fluxo pressurizado ao estilo coreano!

Para firmemente dominar com as próprias mãos o núcleo dessa tecnologia de ponta, que possui importância crucial para o desenvolvimento das indústrias de base — incluindo a metalúrgica e a química, os dois pilares da economia independente— os funcionários e cientistas da Academia Estatal de Ciências percorreram, com audácia, o caminho inexplorado da inovação. No final de setembro passado, eles finalmente vivenciaram o momento significativo de apresentar ao Comitê Central do Partido o seu relatório de lealdade sobre o sucesso no desenvolvimento da tecnologia coreana de gaseificação de carvão.

Apenas uma pessoa, o doutor Ri Sang Sop, que como diretor da Academia Estatal de Ciências dedicou inteiramente vários anos de sua vida a esse importante projeto de pesquisa que contribuiria grandemente para o desenvolvimento da infraestrutura econômica do país, não pôde compartilhar aquele glorioso momento com seus camaradas queridos. Dois meses antes daquele dia tão esperado, aos 59 anos de idade, ele faleceu em serviço, após esforços mais árduos e sacrifícios mais devotados do que qualquer outro.

Vivo, foi o pioneiro da vanguarda da ciência de ponta; morto, vive eternamente na memória do Partido e na lembrança de seus camaradas como um ser de nobre trajetória.

A vida de Ri Sang Sop ensina aos funcionários, que hoje vivem e lutam nesta grandiosa era de criação, com que conteúdo deve estar repleta sua atividade e com que mentalidade devem cumprir seus deveres.

Um funcionário de campo na vanguarda da ciência de ponta

Logo após o histórico 8º Congresso do Partido, a Academia Estatal de Ciências lançou uma ousada operação de grande envergadura para erguer a economia nacional com o poder da ciência — o desenvolvimento de uma nova tecnologia de gaseificação de carvão ao estilo coreano.

Tendo o Instituto de Engenharia Térmica como núcleo, foi formada uma poderosa força de pesquisa cooperativa composta por cientistas e técnicos competentes de mais de dez unidades de pesquisa, incluindo o Instituto de Automação, o Instituto de Engenharia Mecânica, o Instituto de Circuitos Integrados, o Instituto de Metais Ferrosos e a sucursal de Hamhung, entre outras instituições centrais e locais. No ardor coletivo, foi estabelecida a ousada meta de criar, de forma independente, a tecnologia de gaseificação de carvão pulverizado por fluxo pressurizado, que havia sido monopólio de alguns países.

O processo de gaseificação, realizado em condições de pressão acima de 1,0 MPa e temperatura superior a 1.500 °C, envolve tecnologias essenciais que ainda não foram divulgadas publicamente. Além disso, o antracito de nosso país, conhecido mundialmente por sua baixa reatividade, é particularmente desfavorável à gaseificação.

Por essa razão, nas fases iniciais do desenvolvimento, havia mais pessoas céticas ou indecisas do que otimistas quanto ao sucesso do projeto. No entanto, os funcionários e cientistas romperam decididamente com o derrotismo e o misticismo tecnológico, avançando com coragem contra o impossível. Confiando firmemente em seu ardor pioneiro e poder criador, o Estado realizou investimentos generosos, mesmo em meio às dificuldades extremas impostas pela crise sanitária mundial.

No final de dezembro de 2022, quando os preparativos para a construção de uma instalação de testes intermediária — de escala sem precedentes na história da Academia Estatal de Ciências — na zona dos cientistas de Unjong estavam quase concluídos, um dirigente responsável da Academia recordou:

“Precisávamos de um dirigente de campo capaz, em quem pudéssemos confiar plenamente essa tarefa importante, que deveria ser concluída com sucesso no mais curto prazo. O primeiro funcionário que me veio à mente foi o camarada Ri Sang Sop.”

Com a grande confiança do Partido, Ri Sang Sop, que desde a metade dos seus trinta anos exercera por quinze anos o cargo de diretor do Instituto de Máquinas de Mineração, foi nomeado, em março de 2017, diretor responsável pelos setores de energia e engenharia mecânica. Desde então, assumiu com senso de responsabilidade diversas tarefas complexas e delicadas — introdução da tecnologia de ignição sem óleo combustível, importantes projetos relacionados à prevenção de epidemias, bem como a solução de urgentes problemas científicos e técnicos em unidades essenciais dos ramos da energia elétrica, materiais de construção e outros.

A proposta do dirigente responsável foi firmemente apoiada pela organização do Partido. Assim, Ri Sang Sop, que então trabalhava na zona de Sunchon em um importante projeto, transferiu suas funções e regressou à zona dos cientistas de Unjong.

Segundo funcionários do núcleo da Academia, embora Ri Sang Sop tenha exercido por oito anos as funções de diretor, passou a maior parte do tempo não no escritório, mas no campo, vivendo praticamente no local de trabalho, razão pela qual sua imagem mais familiar era a do traje de trabalho, e não a roupa de administrativo.

O campo de testes de gaseificação, onde se imprimiram as últimas marcas da vida de Ri Sang Sop, está situado na encosta de uma colina da região de Paesan, na zona de Unjong, a uma curta distância do núcleo da Academia.

Os funcionários, cientistas e trabalhadores que por anos compartilharam sucessos, fracassos e desafios com ele se emocionavam rapidamente ao falar sobre ele, com os olhos se enchendo de lágrimas.

Muitos lembravam do “7 horas”— o horário em que Ri Sang Sop chegava ao campo, sempre uma hora antes dos demais cientistas. Para chegar à zona residencial de cientistas Wisong naquele horário, ele precisava sair de casa normalmente às 6 horas. Ao ver sua constância, muitos cientistas acabaram antecipando voluntariamente seu próprio horário de chegada. Frequentemente era possível vê-lo, já com um pequeno caderno em mãos, inspecionando o local antes mesmo do início do expediente.

Certa vez, um cientista que morava na mesma vizinhança decidiu, naquele dia, pegar o primeiro ônibus da linha Kwangmyong-Paesan. Ao chegar ao ponto, viu que apenas Ri Sang Sop já estava lá, aguardando o início do dia de trabalho.

Aquela hora matinal era, para ele, de valor incalculável. Antes de iniciar as tarefas do dia, percorria novamente cada canto do campo, verificando se havia algo alterado durante a noite ou se os planos idealizados durante a madrugada precisavam de ajustes. Somente após esse exame minucioso é que dava início ao trabalho diário.

Não apenas distante de sua própria especialidade em engenharia mecânica, Ri Sang Sop mergulhou pessoalmente no mundo da tecnologia de ponta de gaseificação de carvão pulverizado por fluxo pressurizado — uma complexa combinação de calor, automação, química, mecânica e dinâmica — percorrendo o campo e examinando incansavelmente cada diagrama até iluminá-los completamente em sua mente. Ele avaliava detalhadamente as características e habilidades de cada cientista, mesmo de institutos diferentes e especialidades distintas, e distribuía as tarefas diárias com precisão. Todos admiravam a clareza e a perfeição de sua organização, embora, ao apresentar relatórios de progresso, muitos acabassem suando arduamente.

Por isso, os cientistas o consideravam um dirigente de habilidade excepcional, que conhecia e orientava tudo minuciosamente, e um praticante decidido, capaz de atuar com mão firme na execução das tarefas.

À medida que o processo de gaseificação começou a se revelar, Ri Sang Sop passou a viver praticamente no campo de testes. Quanto mais reflexão e esforço dedicava, mais detalhados e minuciosos eram seus planos de trabalho e mais precisa era a organização das atividades. Dispositivos inovadores, como o aparelho de destruição de arcos que ajudou a resolver o problema do transporte pressurizado do carvão pulverizado, e outras criações essenciais do processo de gaseificação, carregavam suas ideias originais e visão engenhosa.

Os funcionários e cientistas afirmam unanimemente que os planos diários, elaborados com cuidado extremo por Ri Sang Sop, percorrendo o campo a cada amanhecer, inspecionando e reavaliando tudo, foram pedras fundamentais para garantir e acelerar o sucesso do desenvolvimento da tecnologia coreana de gaseificação de carvão.

No entanto, na jornada da inovação de ponta, surgiam obstáculos ainda mais difíceis do que os desafios técnicos. Durante os testes parciais do processo, após a construção do forno de gaseificação com mais de 10 metros de altura, ocorreu um incidente inesperado enquanto se realizava o teste de transporte pressurizado do carvão pulverizado: em uma parte do topo do forno, o jato de carvão pulverizado explodiu repentinamente com um estrondo, cobrindo todo o local de teste de poeira negra. O ocorrido abalou profundamente os cientistas, que finalmente sentiram na prática o significado das expressões “pela primeira vez em nosso país” e “sob alta pressão e temperatura”, tão repetidamente mencionadas.

No dia seguinte, diante de cientistas hesitantes em se aproximar do forno que começava a pressurizar novamente, Ri Sang Sop disse:

 “Nosso sucesso não é esperado apenas pela Academia, mas por todo o país. Se não vencermos a nós mesmos agora, nossa economia ficará para sempre atrelada à tecnologia de outros.”

E, então, avançou decididamente em direção ao forno de gaseificação.

“Eu devo subir primeiro. Mesmo que seja com minha vida!”

Esse foi um súbito senso de responsabilidade que irrompeu em seu coração.

Apesar de não ser mais jovem, ele subiu degrau por degrau na plataforma do forno de gaseificação, e os cientistas o seguiram. Somente após várias horas de testes naquele dia, conseguiram finalmente pisar no chão novamente.

Mesmo depois, houve outros momentos inevitáveis de falhas e contratempos que não podiam ser superados apenas com habilidade técnica. A cada um desses desafios, os cientistas puderam testemunhar a verdadeira postura de um dirigente de campo, que ensinava, com seu próprio esforço dedicado, como proteger a linha de frente mais avançada da revolução. Durante aqueles dias, compartilhando altos e baixos com ele, eles compreenderam novamente que o caminho pioneiro da ciência de ponta exige convicção e vontade firmes — lembrança que mantêm viva até hoje.

Finalmente, no final de fevereiro do ano passado, após cerca de 80 testes parciais de operação por etapas, a primeira operação conjunta, realizada ao longo de vários dias, foi conduzida com sucesso.

No dia em que avançaram para o teste contínuo para definir os indicadores de industrialização, Ri Sang Sop disse:

— “A partir de agora, o mais importante começa. Todos devem lembrar que o destino deste processo, se permanecer apenas para testes ou se avançar para industrialização, depende de cada um de nós.”

A partir desse momento, uma modesta cadeira de madeira foi colocada em um ponto do pátio próximo ao forno e à sala de controle. Durante o dia e a noite, ela permitia que ele supervisionasse o teste do forno e, ao mesmo tempo, descansasse por alguns instantes — uma precaução dos cientistas para seu bem-estar. No profundo da noite, ao amanhecer, sob o sol escaldante ou no frio intenso, a cadeira permanecia sempre ali, e os cientistas carinhosamente a chamavam de “posto de comando de campo”.

Durante toda a duração do teste contínuo, realizado em três turnos diários, ele assumia pessoalmente o comando do turno mais difícil, das 22h até as 6h do dia seguinte. Entre 2h e 4h da madrugada, percorria cada plataforma do forno, do primeiro ao quarto andar, assim como a sala de controle, a unidade de separação de nitrogênio, a unidade de separação de oxigênio, a instalação de dessulfuração de água e o sistema de carvão pulverizado, supervisionando minuciosamente o teste.

Ao ver os cientistas combatendo o sono, mergulhando os pés em água fria para operar o processo, ele os encorajava a resistir até o fim. Mesmo no inverno rigoroso, enfrentava junto com eles o vento gelado nas plataformas do forno, recebendo o amanhecer do novo dia lado a lado. Frequentemente dizia:

 “Devemos monitorar os instrumentos conscienciosamente e operar o processo com rigor científico, obtendo os indicadores de industrialização mais precisos para relatar ao Partido e apresentar ao país.”

Mesmo passando noites em claro, durante o dia continuava supervisionando todas as operações. Poucos sabiam quando ele realmente dormia ou acordava.

Como dirigente de campo responsável pelo desenvolvimento da tecnologia coreana de gaseificação de carvão, ele carregava constantemente a pressão de que, se não cumprisse suas responsabilidades, surgiriam lacunas no projeto, acumulando-se e retardando o avanço coletivo da inovação de ponta, impedindo a realização do objetivo do Partido de elevar a economia do país pelo poder da ciência.

Por isso, ele se tornou verdadeiramente o pioneiro de uma equipe dedicada e prática, liderando dezenas de cientistas do grupo de pesquisa colaborativa e conduzindo, com responsabilidade, mais de 100 testes distintos de gaseificação, um por um.

Assim, foi bem-sucedido em pesquisar e desenvolver, à nossa maneira, a tecnologia de ponta capaz de gaseificar com alta eficiência o carvão antracito e o lignito do nosso país, garantindo a confiabilidade e estabilidade da operação do processo e obtendo indicadores fundamentais preciosos para viabilizar a industrialização.

Essa tecnologia, em julho do ano passado, foi unanimemente avaliada pelo Comitê Nacional de Avaliação e Introdução de Ciências e Tecnologias como aplicável para a produção industrial de gás.

Ao retornar ao local de testes, a preciosidade de sua criação marcada pelo suor e esforço de todos, Ri Sang Sop, cheio de entusiasmo, disse:

 “Com esse ímpeto, vamos rapidamente avançar para a etapa de industrialização, projetar os planos e erguer também os processos de produção experimental de ferro reduzido e óleo sintético que utilizam o gás do forno!”

Em menos de um ano, nas linhas de produção que se ergueram lado a lado com o processo de gaseificação, em maio foi produzido o primeiro protótipo de óleo sintético, e em junho, o primeiro protótipo de ferro reduzido de alta qualidade — poucas semanas antes do falecimento de Ri Sang Sop.

Um funcionário do Comitê Central do Partido comentou:

 “Ele era, verdadeiramente, um dirigente de campo cheio de elevado senso de responsabilidade. Se ele não tivesse estado firmemente presente no local, conduzindo o trabalho diretamente, provavelmente não teríamos alcançado os resultados de hoje.”

Se você for o responsável por um setor ou unidade designada pelo Partido, pergunte a si mesmo: você abre a porta da sua unidade antes de todos, como fazia Ri Sang Sop? Pode afirmar com orgulho que toda a sua vida profissional e pessoal está orientada pela responsabilidade?

E mais uma vez grave em seu coração: como diz o estimado camarada Secretário-Geral, “a vitória é preparada antes da batalha”; quando os dirigentes abrem as portas da unidade antes de todos, percorrem o local, compreendem a situação completamente, elaboram planos de operação meticulosos e assumem a liderança na condução da batalha, tudo o mais se resolve naturalmente.

A instabilidade de segurança que a Europa mesma está provocando

Há alguns dias, foi realizada em Copenhague, Dinamarca, a 7ª Reunião de Cúpula da Comunidade Política Europeia.

Participaram da reunião cerca de 50 líderes de países membros da União Europeia e de outros países europeus, discutindo principalmente a questão da adesão da Ucrânia à União Europeia e os problemas de segurança do continente.

A primeira-ministra da Dinamarca, anfitriã da cúpula, destacou os desafios de segurança da Europa. Já o lado ucraniano divagou dizendo que, à medida que avançassem as negociações para sua adesão à União Europeia, isso fortaleceria a segurança de toda a Europa.

Entretanto, o primeiro-ministro da Hungria reafirmou sua posição contrária, afirmando que a adesão da Ucrânia como membro pleno da União Europeia traria guerra à Europa e declarando que a esse país só deveria ser permitido estabelecer uma parceria estratégica com a União Europeia nas áreas econômica, energética e de segurança. Essa tendência revela a crescente insegurança e as divergências internas que vêm se intensificando entre os países europeus à medida que a situação ucraniana se prolonga.

A Comunidade Política Europeia é um organismo de negociação em formato de mesa-redonda, criado após o início da crise ucraniana, reunindo principalmente os países membros da União Europeia, bem como mais de 40 outros países, incluindo os dos Bálcãs, o Reino Unido, a Suíça, a Ucrânia e a Turquia.

A proposta de criação do organismo foi apresentada em maio de 2022, e a primeira reunião de cúpula foi realizada em outubro do mesmo ano, em Praga, República Tcheca, marcando o início de suas atividades.

Segundo os idealizadores e promotores da comunidade, seu objetivo seria fortalecer a segurança e promover a prosperidade do continente por meio da cooperação entre todos os países europeus. Alegam que, como toda a Europa se encontra mergulhada em um caos econômico e em uma insegurança crescente devido ao agravamento da crise energética e ao aumento da inflação provocados pela situação na Ucrânia, não apenas os países da União Europeia, mas todos os europeus deveriam cooperar.

No entanto, a verdadeira intenção é rotular a Rússia como a fonte das ameaças, isolá-la e empurrar todos os países europeus para um confronto anti-Rússia. Desde sua formação, a comunidade excluiu deliberadamente a Rússia.

Então, de onde vêm, afinal, a crise econômica e as ameaças à segurança que a Europa tanto menciona? A chamada crise econômica surgiu como resultado direto das sanções e bloqueios abrangentes impostos pela própria Europa contra a Rússia após o início do conflito na Ucrânia, com os quais ela mesma cortou o fornecimento de energia russa de baixo custo.

De acordo com dados de avaliação de especialistas, o volume comercial entre a Rússia e a União Europeia praticamente chegou a zero, e, até agosto deste ano, as perdas sofridas pela União Europeia já ultrapassavam 1 trilhão de euros. Na Europa, o preço do gás natural subiu de quatro a cinco vezes em relação aos níveis dos Estados Unidos, enquanto o preço da eletricidade aumentou de duas a três vezes. Trata-se do efeito bumerangue e do preço pago pela Europa por ter interrompido todos os contatos econômicos com a Rússia.

O aumento dos gastos militares para pressionar a Rússia está sendo feito à custa de sacrificar os fundos destinados às áreas social, de saúde, científica e educacional — e esse ônus, no fim das contas, recai sobre os próprios cidadãos europeus.

Quanto à chamada “ameaça à segurança”, pode-se dizer que ela é consequência da obstinada ambição de dominação da Europa. É amplamente sabido que a principal causa do surgimento da situação na Ucrânia foi a imprudente expansão para o leste da OTAN, que comprimiu continuamente o espaço estratégico da Rússia e violou seus interesses de segurança.

Desde o início da crise, a Europa forneceu fundos e armas à Ucrânia, empurrando-a para um confronto anti-Rússia insensato. E agora, quando o equilíbrio começa a mudar e surgem movimentos em direção ao ajuste da situação, a Europa recorre até a métodos vis e covardes — como o roubo de ativos russos congelados — para obstruir a resolução do conflito a todo custo.

Um vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia afirmou que o impulso para ajustar a situação na Ucrânia tem sido amplamente consumido por causa dos adversários que desejam que a guerra continue até que reste o último ucraniano.

Assim, se há insegurança na Europa, pode-se dizer que é ela mesma quem a está provocando.

Em matéria de gestão da segurança europeia, existe a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que inclui a Rússia. Essa organização regional de segurança foi renomeada em 1995, de acordo com uma resolução adotada em reunião de cúpula, com o objetivo de transformar a então Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa — criada durante a Guerra Fria para ajustar as questões de segurança entre os blocos Leste e Oeste — em uma entidade operacional.

Entretanto, devido à atitude preconceituosa e ao padrão duplo dos países ocidentais, ela não tem conseguido desempenhar um papel justo.

Apesar disso, os países europeus criaram separadamente a chamada “Comunidade Política Europeia”, que exclui a Rússia, e dentro desse organismo falam de “segurança do continente”.

Em última análise, não se pode dizer outra coisa senão que a insegurança da Europa provém de sua própria ilusão exclusivista e anacrônica de derrubar a Rússia.

Jang Chol

"Recebamos o Congresso de glórias com as chamas do aumento produtivo!"

O lema revolucionário de nosso partido é uma bandeira de avanço e luta e um programa de ação

Atendendo com grande entusiasmo ao apelo do Comitê Central do Partido para a luta pelo aumento produtivo, todo o povo, criando incessantemente novos padrões e novos recordes, celebrou com grande significância o 80º aniversário da fundação do Partido e agora avança vigorosamente rumo ao 9º Congresso do Partido, com elevado orgulho e ímpeto fervoroso.

As conquistas significativas e valiosas obtidas na luta pela produção e pela criação, para o cumprimento exitoso do plano quinquenal, são a expressão da nobre lealdade e do patriotismo ardente de todo o povo, que se manifestam em resultados concretos na defesa da autoridade do Comitê Central do Partido e no esforço de acolher o Congresso de glórias.

Para que todo o povo receba o 9º Congresso do Partido com orgulhosos êxitos laborais, é necessário acender ainda mais intensamente as chamas da luta pelo aumento produtivo em cada local de trabalho e posto de serviço.

O estimado camarada Kim Jong Un disse:

"O verdadeiro propósito e a confiança transbordante de nossa luta consistem em — ao multiplicar o ímpeto de avanço que trouxe transformações sem precedentes desde a fundação do Estado em todos os domínios da vida social — cumprir com êxito as grandiosas tarefas da época e as missões revolucionárias, construindo assim nossa República como um poderoso país que ninguém pode ferir e como a sociedade ideal do povo."

Receber o Congresso do Partido com um grande ímpeto revolucionário é uma tradição peculiar de luta do nosso povo. O sublime espírito patriótico e a extraordinária criatividade demonstrados por nosso povo, a fim de acrescentar glória e força ao digno Partido antes do Congresso, também se manifestaram quando gravava brilhantes êxitos no registro da luta de 70 dias, defendendo o 7º Congresso do Partido, bem como quando transformou as dificuldades enfrentadas na luta de 80 dias em vitórias grandiosas, cumprindo pesadas tarefas com resultados frutíferos e adentrando o local do 8º Congresso do Partido.

Refletindo as ardentes aspirações e desejos do povo, bem como as exigências da revolução, nosso Partido apresentou o lema "Recebamos o Congresso de glórias com as chamas do aumento produtivo!" e está organizando e mobilizando energicamente todo o povo para o cumprimento das resoluções do 8º Congresso do Partido. Como este lema tremula como bandeira de luta nas fileiras da ofensiva geral, que avança com passos firmes rumo ao cumprimento exitoso do plano quinquenal e à abertura de uma nova fase de ascensão para um estágio mais elevado de desenvolvimento, a vitória da luta em direção ao 9º Congresso do Partido é algo assegurado.

No lema "Recebamos o Congresso de glórias com as chamas do aumento produtivo!" pulsa a firme vontade do nosso Partido de iluminar o 9º Congresso do Partido como um divisor de águas histórico digno de registro nos anais da pátria.

O presente ano é extremamente importante e decisivo, pois nele deve ser concluída com êxito a luta pioneira da primeira etapa rumo ao desenvolvimento integral do socialismo. Apenas cumprindo, sem o menor desvio ou lacuna, as tarefas de luta apresentadas no 8º Congresso do Partido, será possível preparar o trampolim para avançar a uma etapa superior de ascensão e fazer do 9º Congresso do Partido um Congresso de glórias que marcará um ponto de virada histórico no desenvolvimento de nossa revolução.

O importante meio para concluir vitoriosamente o plano quinquenal reside na luta de todo o povo pelo aumento produtivo. Com base em uma profunda compreensão do significado e da importância dessa luta para ampliar e elevar de modo vigoroso a fase de ascensão na construção socialista, nosso Partido tem dirigido sabiamente, desde o início do ano, a luta de todo o povo pela produção e pela criação. Sob a direção do Partido, que tem promovido uma ascensão constante na construção socialista mediante métodos como a intensificação da ofensiva ideológica para elevar extraordinariamente o fervor revolucionário e a iniciativa criadora no coração das massas, e o impulso de um movimento de massas revolucionário que ergue todo o conjunto, a atmosfera de criação de novos padrões e novos recordes tem se elevado de forma extraordinária em todos os locais de trabalho e postos.

Nessa conjuntura, em meio ao crescimento do heroísmo de massas e da força do coletivismo, têm sido alcançados sucessos notáveis e resultados surpreendentes em sucessão. A capacidade dos setores da economia nacional foi ampliada, e toda a economia entrou firmemente em uma fase de crescimento contínuo. No setor agrícola, assegurou-se novamente uma colheita estável neste ano, vislumbrando o cumprimento da meta nacional de produção de cereais.

A luta pelo aumento produtivo, que se desenvolve com vigor para produzir e construir mais, melhor e mais rapidamente, mobilizando ao máximo as reservas internas, gera continuamente resultados que demonstram o avanço vigoroso do nosso Estado — constituindo uma garantia importante para tornar certa a conclusão do plano quinquenal.

Atualmente, nossa revolução atravessa um período de grande responsabilidade, em que deve ligar de forma inabalável as vitórias milagrosas alcançadas com sabedoria e coragem extraordinárias, com esforço responsável e luta incansável, ao cumprimento bem-sucedido do plano quinquenal — elevando o 9º Congresso do Partido como um divisor de águas digno de destaque na história. A vontade do nosso Partido de amplificar as vitórias e conquistas obtidas em toda a frente da construção socialista em vitórias e conquistas ainda maiores, para iluminar o 9º Congresso do Partido como um Congresso de glórias, é inalterável. Graças à sábia direção do Partido, que intensifica o ímpeto ofensivo em todos os aspectos do fortalecimento do poder nacional e conduz à vitória a luta de todo o povo pelo aumento produtivo, nossa revolução avançará para um novo e mais alto estágio, tendo o 9º Congresso do Partido como ponto de virada.

No lema "Recebamos o Congresso de glórias com as chamas do aumento produtivo!" está contida a convicção inabalável de nosso povo em preparar, por meio de uma luta produtiva sem precedentes, um oferta de lealdade patriótica a ser apresentada ao 9º Congresso do Partido.

Para nosso povo, o Congresso do Partido tem um significado realmente profundo. Em cada período crucial do desenvolvimento revolucionário, nosso Partido realizou congressos e apresentou de forma clara as novas tarefas de luta, promovendo com segurança a causa histórica de realizar antecipadamente os sonhos e aspirações do povo. Foi também a partir dos congressos do Partido que se iluminaram novos caminhos de luta pela prosperidade do Estado e pela melhoria do bem-estar do povo. Por isso, nosso povo conserva como sagrado dever e gloriosa tradição o ato de receber os congressos do Partido com brilhantes êxitos laborais.

Considerando preparar presentes de leal esforço e oferecê-los ao Congresso do Partido como uma nobre e honrosa missão revolucionária, nosso povo tem avançado incessantemente, superando no ardor da luta produtiva os limites da concepção comum. Elevada consciência política para receber com realizações concretas e resultados substanciais o 9º Congresso do Partido; firme vontade revolucionária de cumprir plenamente, com dedicação indomável e responsabilidade, as tarefas atribuídas na luta pelo cumprimento do plano quinquenal; e indomável espírito de continuar inovando, avançando e atacando sem descanso, sem se deixar dominar pela autossatisfação diante das conquistas alcançadas — essa é a aparência revolucionária de nosso povo, que se ergueu na luta pelo aumento produtivo.

Com o ímpeto de luta das massas, que acendem chamas de novos milagres e inovações em cada frente fervilhante da execução das resoluções do Partido, têm sido conquistados, em todo lugar, êxitos valiosos e significativos que impulsionam a fase de desenvolvimento integral.

O fato de que a fase de desenvolvimento integral da construção socialista — que até apenas cinco anos atrás era apenas um ideal — já se tornou uma realidade sólida, demonstra eloquentemente quão intenso é o patriotismo e o esforço de todo o povo para, ao cumprir integralmente o plano quinquenal apresentado no 8º Congresso do Partido e preparar uma base sólida para saltar a um novo estágio mais elevado, elevar o 9º Congresso do Partido a um grande acontecimento político de importância histórica no desenvolvimento de nossa revolução.

Quando o lema — "Recebamos o Congresso de glórias com as chamas do aumento produtivo!" — tremular com ainda maior vigor como guia de ação, bandeira de luta e de avanço de todo o povo do país, o plano quinquenal será concluído brilhantemente, e nosso povo, tomado do orgulho dos vencedores, adentrará com dignidade o local do glorioso 9º Congresso do Partido.

Em seu discurso programático proferido na 13ª Sessão da 14ª Legislatura da Assembleia Popular Suprema, o estimado camarada Secretário-Geral destacou que as chamas da campanha de aumento produtivo, de economia e de emulação acesas pela classe operária de Sangwon elevaram ainda mais o fervor revolucionário e o entusiasmo de luta em todo o país, intensificando o patriotismo generalizado e o heroísmo coletivo das massas, e ensinou que isso é, acima de tudo, o elemento mais precioso e poderoso para as vitórias, os êxitos e o desenvolvimento futuros.

Todos os comitês do Partido devem liberar plenamente o poder da ideologia e da atividade política, para que, na ofensiva geral de hoje, voltada para concluir com êxito o plano quinquenal por meio da luta produtiva e defender o 9º Congresso do Partido, todos redobrem sua coragem e empenho, alcançando resultados sem precedentes. Quando se realizar um trabalho político inovador e dinâmico que leve nosso povo — unido ao Partido em pensamento, ideologia, respiração e passo — a retribuir o amor e a confiança do Partido com a criação de novos padrões e novos recordes, o 9º Congresso do Partido será gravado gloriosamente na história do Partido como o Congresso dos vencedores, que orgulhosamente resume as grandes vitórias conquistadas pela contínua luta produtiva de lealdade e patriotismo de todo o povo, e como o Congresso de glórias que estabeleceu um novo marco no caminho do desenvolvimento integral do socialismo.

Todos os funcionários, militantes do Partido e trabalhadores devem erguer ainda mais alto o lema do Partido — "Recebamos o Congresso de glórias com as chamas do aumento produtivo!" — e acelerar extraordinariamente a ofensiva geral para receber o 9º Congresso do Partido com elevado fervor revolucionário e com milagrosos êxitos produtivos.

Rodong Sinmun

Falece ex-presidente da Coreia do Sul, Kim Dae Jung

[Pyongyang, 19 de agosto, Agência Central de Notícias da Coreia] O ex-presidente da Coreia do Sul, Kim Dae Jung, que estava recebendo tratamento no Hospital Severance da Universidade Yonsei, faleceu lamentavelmente em 18 de agosto.

Publicado no jornal Minju Joson em 19 de agosto de 2009


Para onde vai a literatura da Coreia do Sul? Analisando a literatura sul-coreana em 1966

"Literatura" para doentes mentais e depressivos

Um dos diversos movimentos existentes na literatura reacionária sul-coreana é aquele que, tendo como base estética diversas correntes do pensamento literário e artístico burguês ocidental — como o existencialismo, o freudianismo e o modernismo —, exalta a solidão, o desespero e a morte do ser humano, instigando o ódio à humanidade e o niilismo.

Essas obras literárias há muito se tornaram alvo de críticas devido à sua influência nociva sobre a vida ideológica, moral e cultural do povo. No entanto, essa tendência literária continua ocupando uma posição dominante na literatura reacionária sul-coreana.

Um crítico da Coreia do Sul, em seu texto “Os escritores coreanos e a questão da postura”, aponta que o objeto criativo dos escritores modernos e a base de suas obras é a “angústia do homem causada pela civilização moderna”. Isso nada mais é do que a repetição das lamentações vazias dos literatos burgueses ocidentais decadentes. Com base em tais teorias reacionárias, a literatura sul-coreana atual está repleta de obras cujo conteúdo central é o louvor à solidão, ao desespero e à morte do homem.

“No terraço”, “A praça ensolarada” e “Lugar deixado” são exemplos representativos dessa tendência.

Na novela “A praça ensolarada”, o autor mostra o percurso de um protagonista que, sem emprego e sem rumo, passa os dias vagando e ateando fogo, até ir ao encontro de sua irmã, que vive se vendendo para sobreviver, sob a luz ardente do sol que queima a praça. Utilizando os lábios trêmulos do protagonista, o autor exalta a miséria, o desespero e a morte humanos.

Ao atravessar a praça ensolarada, o protagonista pronuncia em tom de morte:

“Aquele sol transbordante eleva da terra tudo o que é humano. Tudo o que pode derreter, tudo o que pode evaporar, ele varre para o ar, para fora do universo — é o instinto natural da seleção divina em ação. Nas paredes, a sombra do homem, tingida de açúcar, vacila.”

Dentro desse contexto, o “eu” do personagem, ainda sensível, sente uma fome profunda.

Ele observa os objetos e diz coisas como: “são cruéis... depois derreta-os e apague-os”, como um louco, e sente-se pressionado por algo até mesmo pela sombra que se estende a seus pés. Sentindo-se prisioneiro, ele se debate tentando libertar-se disso. Em certos momentos, ele experimenta uma sensação de perigo, como se estivesse prestes a cair num abismo sem fim de desespero e ruína. É exatamente nesse estado que o protagonista presencia a morte do pai, com quem vivia junto de sua irmã, e murmura consigo mesmo:

“Poder morrer por vontade própria é a única forma de descanso.”

Escolher a morte é uma decisão consciente. “Assim como escolhemos o caminho da vida, a própria morte deve ser também uma escolha dentro da ação. Se isso não for possível, é preciso morrer durante a ação. E, se nem isso for possível, que ao menos sejamos mortos. Essa é a morte verdadeiramente humana.”

Como se vê, esta obra exalta o niilismo extremo e a misantropia.

Além disso, “No terraço” também instiga a ideia da falta de sentido da vida e o ódio ao homem, retratando o protagonista — um funcionário de escritório sem propósito e sem esperança — que vive mergulhado na monotonia.

Nesse conto, o protagonista narra que, enquanto o pai ainda vivia, o repreendia severamente, dizendo que a “liberdade” era algo errado, e desejava a morte dele. Quando via a mãe enferma na cama, também desejava em segredo que morresse logo. Quando começou a sentir repulsa por uma mulher que amava, concluiu que ela não tinha outro destino senão morrer. É descrito como alguém que, ao sair do trabalho, vai todos os dias a um café no 12º andar para tomar chá, num gesto vazio e repetitivo.

Assim, o autor desse conto exalta a falta de sentido da vida e o ódio ao ser humano, conduzindo-se a um pessimismo fantástico.

O mesmo desvio ideológico pode ser observado no poema “Lugar deixado”.

Nesse poema, o poeta vê o mundo real como um espaço vazio e pálido — um “mundo branco e silencioso”, onde apenas a escuridão e o silêncio florescem em plenitude —, e clama, em desespero, sua própria solidão e desesperança.

Como visto, essas séries de obras literárias reacionárias avançam, também em termos de método criativo, em direção a um formalismo extremo.

Entre as técnicas mais radicais do formalismo na narrativa, destaca-se o “fluxo de consciência”, que, especialmente neste ano, tem se manifestado com evidência notável.

Literatura de incitação à guerra anticomunista dos lacaios do imperialismo estadunidense

Outro fenômeno observado na literatura reacionária sul-coreana deste ano é o aumento de obras de incitação à guerra anticomunista, produzidas por escritores reacionários que se tornaram meros lacaios do imperialismo estadunidense.

O tema da incitação à guerra não é novidade. Na literatura reacionária sul-coreana, isso tem sido intensificado recentemente, em paralelo à propaganda anticomunista reforçada pelos EUA e pelo regime de Pak Jong Hui, bem como às provocações e incursões militares conduzidas sob sua direção.

Um jornalista sul-coreano, em seu artigo “Patriotismo sem amor”, comenta sobre o crescimento da propaganda de Pak Jong Hui:

“Em cada rua, os cartazes e sinais mostram… há uma dose exagerada de histeria. Tudo relacionado à cultura coreana é marcado por essa histeria, e isso não é exagero.”

O regime de Pak Jong Hui, utilizando os órgãos de imprensa, reforçou a propaganda anticomunista e impôs sua execução de forma autoritária. Nesse contexto, o conto “High Society Love” tornou-se um exemplo representativo da técnica do “fluxo de consciência”. Um crítico sul-coreano elogiou a obra, afirmando que o leitor sente a tensão e a hostilidade presentes no mundo descrito pelo autor.

Outro crítico reacionário afirmou que autores desse tipo representam um sinal da “revolução da literatura moderna” e devem ser aceitos de forma ativa.

Além disso, deve-se mencionar a tendência modernista na poesia sul-coreana. Como já sabemos, os modernistas defendem que a poesia deve ser de difícil compreensão. Com base nesse princípio, os poetas modernistas produzem obras que nem mesmo eles próprios conseguem ler plenamente, criando uma “poesia de mercado” inacessível ao leitor comum.

Mesmo neste ano, o número de leitores de poesia tem diminuído em relação ao número de obras publicadas, o que tem gerado críticas. Ainda assim, os modernistas alegam, de forma infundada, que a responsabilidade pela falta de interesse é do leitor, e não da obra.

Um crítico literário reacionário sul-coreano afirmou que, mesmo nos séculos passados, poesias que refletiam a época e antecipavam o futuro eram difíceis para aqueles sem sensibilidade ou paciência. Ele tenta justificar a dificuldade das poesias modernistas atuais, chegando até a exagerar em sua defesa, mas, independentemente disso, essas obras continuam sendo rejeitadas pelo público, pois é verdade que poesia que o povo não compreende não pode ser considerada poesia de fato.

Entre os escritores reacionários submetidos aos EUA e ao regime fantoche, muitos seguem ativamente essa linha, produzindo obras reacionárias baseadas em falsidade e distorção.

A literatura sul-coreana que eles produzem busca denegrir o sistema socialista estabelecido na metade norte da República e atacar as qualidades políticas e morais dos comunistas.

Neste ano, várias dessas obras anticomunistas mostram protagonistas que, ao se lançarem na luta, demonstram lealdade ao inimigo, servindo como veículo para propaganda anticomunista. Exemplos representativos são os contos “Namjung” e “Partido e União”. Ambas as obras pregam a ideologia da cooperação de classes.

Com o apoio ativo dos EUA e do regime fantoche, essas obras ilusórias estão sendo divulgadas na Coreia do Sul, reforçando o sentimento anticomunista e antipopular, ao mesmo tempo em que dificultam o crescimento contínuo dos comunistas. Por meio dessas obras, tenta-se desestimular o povo sul-coreano de participar da luta revolucionária e afastar os heróis nacionais que se engajaram na luta contra a opressão.

Na literatura reacionária, também há diversas obras que incitam a guerra, associadas à preparação militar do inimigo. O conto “Veteranos reunidos” retrata quatro soldados reformados que, bebendo juntos, recordam cenas de combate, promovendo a propaganda bélica e difamando o Exército Popular, ao mesmo tempo que estimulam a ideologia do inimigo.

Para estimular a produção das obras reacionárias, os EUA e o regime fantoche reúnem escritores reacionários que participaram de programas culturais anteriores, organizando conferências e concursos com prêmios em dinheiro, incentivando a criação de obras de temática militar.

Assim, os escritores reacionários sul-coreanos, alinhando-se às políticas belicistas dos EUA e do regime fantoche, continuam produzindo obras reacionárias e destrutivas, comprometidas com a propaganda antissocialista e antipopular.

Literatura do povo que luta

Por outro lado, é importante destacar, na literatura sul-coreana, a tendência progressista que se posiciona ao lado do povo em luta. Os escritores progressistas, enfrentando severa repressão do regime de Pak Jong Hui, escreveram obras que refletem a experiência do povo na luta pela reunificação nacional e denunciam problemas sociais, mesmo sob condições extremamente difíceis.

Entre essas obras progressistas, merece atenção a literatura que critica o governo pró-EUA. O conto “Casa triangular” expõe a vida miserável do povo sob o regime fantoche sul-coreano e a política opressiva do governo aliado dos EUA, que força demolições de casas sem autorização, alegando oferecer “graça divina aos pobres”.

A obra evidencia a indignidade do povo coreano submetido a uma ocupação estrangeira e utiliza a visita de um fotógrafo amigo a uma exposição internacional em Paris para simbolizar a Coreia, expressando assim sentimentos anti-EUA.

No conto “Parte inferior do corpo”, o autor satiriza a política invasiva dos EUA, mostrando que, embora o protagonista compreenda a opressão, não consegue sentir sua gravidade real, ironizando a alienação da população submetida.

Na literatura progressista sul-coreana, também são produzidas obras de temática antibélica e antirrepressiva, refletindo o crescente descontentamento do povo com a política opressiva de Pak Jong Hui. As obras denunciam a arbitrariedade do regime, como julgamentos sumários e ameaças de guerra nuclear, e propagam uma visão de mundo desejada pelo povo, em contraste com a ideologia belicista do inimigo.

Entre as obras que refletem criticamente a realidade, destaca-se o conto “O Encontro de Meio-Dia"

Esta narrativa expõe de forma incisiva a tirania policial do regime fantoche, que oprime o povo inocente sob o pretexto de manter a ordem.

O protagonista, que perdeu o emprego e vagueia pelas ruas de Seul, deixa cair inadvertidamente um pacote. Pouco depois, ao tentar recuperá-lo, é acusado falsamente de roubo por um estranho que se apropria do objeto, sofrendo consequências injustas. Diante de tal arbitrariedade, ele reflete: “Neste mundo, é quase impossível viver sem se tornar culpado; sobreviver sem cometer erros é quase inacessível.” Ele descreve o abuso policial contra cidadãos inocentes da seguinte forma:

“O cassetete preso à cintura do policial bloqueia qualquer pergunta; mesmo que se tente passar despercebido, as garras de ferro do poder se abatem rapidamente. Os dois pés que caminham experimentam o medo de imediato. Roupa suja, objetos carregados — qualquer ação pode ser interpretada como crime, e todos devem receber a marca de suspeito. É como se todos fossem culpados."

Dessa forma, o autor denuncia a brutalidade do regime fantoche e de sua polícia, destacando a opressão extrema enfrentada pelo povo, apresentada como algo “assassino” e sem precedentes em três décadas.

Na literatura de tendência progressista na Coreia do Sul, várias obras abordam criticamente a corrupção e o abuso do regime fantoche, retratando como seus líderes ignoram o bem-estar do povo e acumulam riquezas para si, explorando posições de poder para benefício próprio.

Devido à exploração e corrupção dos administradores do regime fantoche, o povo da Coreia do Sul tem desenvolvido resistência e luta contra essas injustiças, e esses conflitos têm sido vividamente refletidos em obras literárias progressistas.

Um exemplo é o romance "Qual a utilidade de ser jovem?”, cuja ação se passa pouco antes de uma revolta popular. A narrativa segue estudantes universitários progressistas que criam e encenam suas próprias peças, expondo de forma crítica a corrupção administrativa, o favoritismo, os abusos de comerciantes e a conivência social, denunciando uma sociedade corrupta. A obra não se limita a criticar apenas o regime de Ri Sung Man, mas também denuncia de forma direta as práticas opressivas do governo de Pak Jong Hui.

Além disso, na literatura progressista sul-coreana, existem obras que refletem a preparação militar do regime fantoche e dos EUA, abordando o espírito de combate de soldados e sugerindo o destino final de unidades militares no campo de batalha.

O conto “Hoeung” mostra as atrocidades cometidas no reforço das preparações de guerra pelo regime fantoche e evidencia a importância do espírito de luta dentro das forças armadas. O protagonista, um oficial com o título militar de “Bujang”, é submetido a rígidas regras diárias, sendo controlado e monitorado constantemente, o que simboliza a disciplina opressiva e a mentalidade militar dentro do regime.

Em outro conto, uma oficial feminina protagonista enfrenta perigos durante exercícios militares, e seu destino sugere as dificuldades e o sacrifício enfrentados pelas forças armadas.

Por fim, a literatura progressista sul-coreana enfatiza a necessidade de combater a influência da literatura reacionária ocidental e de valorizar o patriotismo e a herança cultural própria. Os autores defendem que a expressão literária deve se inspirar na realidade sul-coreana, criticando e transformando suas contradições, e não buscar temas isolados de solidão ou mundos idealizados. Criticam o formalismo e outras tendências ocidentais, defendendo a necessidade de um realismo que dialogue com as experiências e lutas do povo.

Publicado em "Munhak Sinmun" (Jornal da Literatura) em 20 de dezembro de 1966

Como o Partido do Trabalho da Coreia foi fundado?

O Partido do Trabalho da Coreia celebrou o 80º aniversário de sua fundação. Ele goza de fama internacional como um partido poderoso e monoliticamente unido.

O PTC foi fundado em 10 de outubro de 1945 e tem sua origem na União para Derrotar o Imperialismo (UDI), constituída em 27 de outubro de 1926.

A UDI foi uma organização vanguardista de revolucionários da nova geração criada pelo grande Líder camarada Kim Il Sung (1912-1994), quando a Coreia estava sob ocupação militar japonesa. Apresentou como tarefa imediata derrotar o imperialismo japonês e alcançar a libertação e independência da Coreia e, como objetivo final, construir o socialismo e o comunismo na Coreia e, mais adiante, acabar com todo o imperialismo e construir o comunismo no mundo. O programa da UDI serviu como base para o programa do PTC, o princípio da independência proposto pela UDI tornou-se o fundamento da construção e das atividades do PTC, e os revolucionários da nova geração, que começaram a formar a UDI, constituíram a base da fundação do PTC.

O PTC foi fundado de forma original.

Em seu discurso “O caminho a seguir pela revolução coreana” em uma reunião realizada em junho de 1930 em Kalun, na China, o camarada Kim Il Sung apresentou a linha independente: não constituir o partido proclamando primeiro a criação de seu comitê central, mas formando antes suas organizações de base para, depois, ampliá-las e fortalecê-las incessantemente. De acordo com essa orientação, foi formada em julho de 1930 a Associação de Camaradas Konsol, primeira organização partidista de base.

Depois, com essa organização como base, as organizações partidistas de base foram ampliadas durante a luta armada antijaponesa, que durou 15 anos, e as preparações para fundar o partido foram impulsionadas vigorosamente. Foram estabelecidos o Comitê do Partido do Exército Revolucionário Popular da Coreia em maio de 1934 e a Associação para a Restauração da Pátria, organização da frente unida nacional antijaponesa, em maio de 1936.

Uma vez liberado o país em agosto de 1945, o camarada Kim Il Sung enviou revolucionários formados e forjados na luta armada antijaponesa para diferentes regiões do país.

Esses revolucionários realizaram atividades dinâmicas para ajustar e consolidar as organizações partidistas existentes e criar novas.

Com base nessas preparações, o PTC foi fundado em 10 de outubro de 1945, pouco menos de dois meses após a libertação do país.

Han Su Yong

Naenara

sábado, 18 de outubro de 2025

Política de avanço ao Leste

Conhecimentos gerais internacionais

Refere-se à política pela qual os países da Europa Ocidental expandiram sua esfera de influência avançando em direção à Europa Oriental.

Na história, desde a Idade Média, está registrada como “política de expansão para o leste” a política de expansão agressiva empreendida pelos governantes feudais alemães em relação às regiões orientais da Alemanha.

No século X, os governantes alemães, aproveitando-se das disputas internas dos eslavos ocidentais, tentaram, com ambições de pilhar vastas regiões situadas a leste dos rios Elba e Saale, estender suas garras de invasão sobre essas áreas, mas fracassaram diante da forte resistência dos habitantes locais.

No século XII, sob os pretextos de “propagação do catolicismo” e “conversão dos pagãos”, foram realizadas repetidas invasões sangrentas (em 1142, 1160, 1170, 1180, etc.) contra os eslavos ocidentais, saqueando vastas regiões situadas entre os rios Elba, Saale e Oder. Os invasores alemães estabeleceram, nessas áreas, o Condado de Brandemburgo (em torno de 1244, sendo Berlim construída como sua capital) e o Ducado de Mecklemburgo, massacrando ou expulsando em massa os eslavos.

Para resolver a escassez de força de trabalho agrícola, transferiram numerosos camponeses alemães para os territórios ocupados. Entre os eslavos ocidentais difundiram-se a língua e os costumes alemães, bem como o catolicismo, e eles foram gradualmente germanizados.

Posteriormente, os governantes alemães continuaram empreendendo incessantes guerras de agressão com o objetivo de anexar regiões orientais ainda mais vastas, juntamente com outros territórios.

As guerras de agressão travadas no século XVIII pela Prússia contra países orientais, incluindo a Polônia, e as invasões da Europa Oriental pelo fascismo alemão em meados do século XX foram, de fato, a continuação dessa política de expansão para o leste.

Atualmente, a política de expansão para o leste é executada não por um país isolado, mas por uma gigantesca aliança militar de caráter agressivo.

A OTAN, criada em 1949, após o fim da Guerra Fria, expandiu-se sistematicamente incorporando países da Europa Oriental e antigas Repúblicas da União Soviética, estendendo sua estrutura e sua esfera de influência até as fronteiras da Rússia. Como resultado, a relação de confronto entre a Rússia e o Ocidente tornou-se extremamente aguda.

Tanto no passado como no presente, a política de expansão para o leste tem existido como uma fonte que ameaça a paz e a segurança da Europa.

O Mar Negro está se tornando um campo de confronto intenso

Recentemente, o jornal russo "Izvestia" publicou um artigo intitulado “A OTAN está criando uma nova ameaça à Rússia no Mar Negro.”

O jornal afirmou que a OTAN está deslocando novas forças militares para a região costeira do Mar Negro, destacando que, em agosto passado, o governo da Bulgária aprovou o esboço de um acordo de cooperação militar com a Itália. O projeto prevê a construção de uma grande base da OTAN em território búlgaro, a aquisição de novas armas e a abertura de rotas para o deslocamento de tropas.

Então, qual é o verdadeiro objetivo da OTAN ao reforçar suas forças na região do Mar Negro?

Especialistas afirmam que a intenção é enfraquecer a influência da Rússia na área costeira do Mar Negro, criar obstáculos às suas atividades comerciais e abrir uma “segunda frente” contra o país.

A OTAN está se esforçando para transformar o Mar Negro em um campo de confronto anti-Rússia. Desde há muito tempo, a aliança tem considerado o Mar Negro e suas regiões circundantes como uma zona estratégica fundamental para pressionar a Rússia. Por isso, incorporou a Romênia e a Bulgária à organização e empenhou-se em fazer com que a Ucrânia e a Geórgia também ingressassem nela.

Nesse processo, as contradições e tensões entre a Rússia e a OTAN se agravaram ainda mais, resultando na eclosão da crise ucraniana.

Atualmente, o Mar Negro tornou-se um campo de batalha onde os sons de disparos ecoam sem cessar.

A OTAN, ao reforçar o apoio militar à Ucrânia, continua tentando obter o controle militar sobre o Mar Negro, enquanto a própria Ucrânia vem afirmando abertamente que é necessário transformar o Mar Negro em “um mar da OTAN”.

No espaço aéreo sobre o Mar Negro, incidentes de encontros entre caças russos e aviões de combate de países membros da OTAN ocorrem com frequência, aumentando a preocupação mundial quanto à expansão da guerra.

A OTAN, além de transferir diversos tipos de mísseis para a Ucrânia, tem instigado ataques frequentes contra navios da Frota do Mar Negro da Rússia.

Além disso, a aliança prepara-se para um confronto armado direto com a Rússia.

Uma agência de notícias dos Estados Unidos noticiou o seguinte.

“O número de tropas em prontidão de combate na região que se estende do norte, desde a Estônia, até o Mar Negro, na Romênia, é de cerca de 40 mil soldados. Nessa área, cerca de 100 aeronaves militares realizam voos diários, enquanto 27 navios de guerra conduzem operações no Mar Negro e no Mar Mediterrâneo. Esses números, ao que tudo indica, tendem a aumentar.

De acordo com um novo plano, a OTAN pretende manter uma força de 300 mil soldados que possam ser destacados para o flanco oriental.”

Atualmente, mesmo enquanto os países membros da OTAN enfrentam graves crises econômicas e instabilidade sociopolítica, a aliança não abandona sua ambição de transformar a Rússia em um derrotado estratégico.

A Bulgária, segundo diversas fontes, afirmou repetidas vezes que deve preparar-se para aumentar o número de tropas da OTAN estacionadas em seu território de 1.200 para 5.000 soldados.

Na Romênia, entre os dias 20 de outubro e 13 de novembro deste ano, será realizado o exercício militar "Dacian Fall 2025", com a mobilização de cerca de 5.000 soldados e 1.200 equipamentos técnicos. Segundo dados oficiais, há cerca de 5.000 militares da OTAN estacionados em território romeno. A Romênia tem adquirido ativamente equipamentos militares como caças, lançadores múltiplos de foguetes, veículos blindados de combate e drones. Além disso, há planos para a compra de fragatas de patrulha da Turquia, tanques dos Estados Unidos e obuseiros autopropulsados de esteira.

A OTAN busca controlar o espaço aéreo e as águas do Mar Negro. Os países membros da aliança situados na costa — Romênia, Bulgária e Turquia — participam de operações de remoção de minas marítimas e de exercícios militares anuais da OTAN na região.

Os aeródromos da Romênia estão sendo utilizados para patrulhas aéreas sobre o Mar Negro. As forças aéreas da Espanha, Turquia e Reino Unido realizam turnos de patrulha alternados, e, desde agosto passado, cinco caças da Força Aérea da Alemanha também se juntaram a essas missões.

Em resposta às manobras da OTAN para militarizar o Mar Negro, a Rússia vem adotando contramedidas. Em 2023, Moscou firmou um acordo com a República da Abecásia para construir, em uma de suas regiões, uma base de apoio logístico e técnico para a Marinha russa. Em janeiro deste ano, o presidente da Abecásia aprovou oficialmente o plano de construção da base. Além disso, a Rússia planeja, nos próximos anos, incorporar novos complexos técnicos navais e embarcações multifuncionais para fortalecer a Frota do Mar Negro.

A tentativa da OTAN de transformar o Mar Negro em um palco para suas operações militares e em uma base de agressão contra a Rússia pode, ao contrário, colocar em risco ainda maior não apenas a segurança da região litorânea do Mar Negro, mas também a de toda a Europa.

Pak Jin Hyang

Comitê Internacional de Competições de Artes Marciais

“Artes marciais” é o termo que abrange todas as disciplinas marciais.

No mundo, existem diversas artes marciais amplamente difundidas em cada país e região, entre as quais se destaca o taekwondo.

À medida que as competições de artes marciais se tornaram amplamente realizadas e se desenvolveram rapidamente, foi organizado em 1980 o Comitê Internacional de Competições de Artes Marciais, com o objetivo de atualizar continuamente as regras das competições e promover o desenvolvimento técnico das artes marciais em escala mundial.

O Comitê Internacional de Competições de Artes Marciais inclui 19 organizações internacionais de artes marciais, entre elas a Federação Internacional de Taekwondo.

O presidente da Federação Internacional de Taekwondo exerce simultaneamente o cargo de presidente do Comitê Internacional de Competições de Artes Marciais.

Todos os anos, são realizadas competições por organização e por região, enquanto o Torneio Internacional de Artes Marciais é realizado a cada dois anos, sendo que, entre esses intervalos, ocorrem os torneios continentais de artes marciais.

A Federação Internacional de Taekwondo também realiza o Campeonato Mundial de Taekwondo a cada dois anos, e, entre eles, ocorrem os campeonatos continentais de taekwondo.

Os atletas, com a firme determinação de honrar a pátria conquistando medalhas de ouro em todas as competições e impulsionando o desenvolvimento das artes marciais — incluindo o taekwondo coreano, autêntica arte marcial tradicional que incorpora o espírito e a sabedoria do nosso povo —, continuam seus dias de intenso treinamento.

Kim Sung Hwan, diretor do Secretariado do Comitê Internacional de Competições de Artes Marciais.

A nova transformação das relações internacionais é o fluxo inevitável dos tempos

No mundo existem inúmeros países. Cada país difere em força nacional e nível de desenvolvimento. No entanto, a aspiração comum de todos é construir um país próspero e civilizado.

A aspiração dos países e povos que desejam viver segundo seu próprio modo e abrir o caminho do desenvolvimento enfrenta hoje o desafio feroz das forças dominacionistas.

As forças ocidentais estão se debatendo desesperadamente para suprimir o desenvolvimento de outros países e povos e manter sua dominação. Com base em valores injustos, dividiram o mundo em “países desenvolvidos” e “subdesenvolvidos”, e, para tornar permanente essa diferença, recorrem a todos os meios e métodos possíveis.

Interferem politicamente e exercem pressões econômicas e militares sobre os países que buscam o desenvolvimento segundo seu próprio modelo, obstruindo suas escolhas e obrigando-os a agir sob sua direção. Apresentam a democracia ocidental como padrão absoluto, criando confusão nos sistemas políticos de outros países e na consciência de seus povos, fomentando a queda de governos e a divisão social. Proclamam como “ordem baseada em regras” a ordem desigual que criaram, pressionando os países emergentes e em desenvolvimento a se submeterem, e, quando estes entram em conflito com essa ordem, rotulam-nos de “forças que ameaçam a segurança regional” ou “forças que desafiam as regras”, interferindo a todo momento em seu desenvolvimento.

Entretanto, nenhuma tirania pode fazer o ponteiro da história girar para trás, e nenhuma corrente contrária pode deter o fluxo da justiça.

Atualmente, entre muitos analistas de diversos países do mundo, ouvem-se vozes afirmando que a ordem mundial liberal sustentada pelo Ocidente desde o fim da Guerra Fria está ruindo diante de seus olhos, o que comprova que a estrutura político-econômica mundial está se transformando e que os modos de desenvolvimento estão mudando.

A velha ordem econômica internacional dominada pelo Ocidente está desmoronando rapidamente.

A ordem econômica internacional existente foi estabelecida de modo favorável aos países ocidentais, para explorar e saquear os países subdesenvolvidos.

Desde a época das chamadas “descobertas geográficas”, quando deram o primeiro passo na conquista colonial, as potências ocidentais subjugaram numerosos países da Ásia, África e América, praticando uma exploração e pilhagem medievais. Após a Segunda Guerra Mundial, as forças ocidentais estabeleceram uma ordem financeira e comercial favorável a si mesmas e, com base nela, intensificaram ainda mais a exploração e a pilhagem neocolonialistas sobre outros países. Pode-se dizer que a injusta ordem econômica internacional foi a principal garantia do rápido crescimento, da prosperidade material e da manutenção da hegemonia econômica do Ocidente.

No entanto, pelo fato de muitos países em desenvolvimento rejeitarem a estrutura e a ordem econômica internacional de caráter predatório, o Ocidente perdeu suas zonas de pilhagem de recursos e de obtenção de lucros excessivos.

Um economista ocidental expressou extrema inquietação ao afirmar: “O capitalismo está ofegando seus últimos suspiros, pois já não resta no planeta nenhuma terra inexplorada. Está se tornando impossível obter lucros não apenas em espaços geográficos e materiais, mas também no espaço das finanças eletrônicas. Essa realidade indica que o fim do capitalismo está se aproximando.”

A chamada "teoria da limitação do crescimento” ou “fim do crescimento”, proclamada atualmente pelo capitalismo, que sempre viveu da exploração e pilhagem das colônias, deve ser, em última análise, entendida como a teoria do limite da exploração e o fim da pilhagem de outros países.

Em contrapartida, os países emergentes e em desenvolvimento estão exercendo uma influência inegável no crescimento da economia mundial. O peso de organizações multilaterais de cooperação como o BRICS, a Organização de Cooperação de Xangai, a União Econômica da Eurásia e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos na produção mundial do PIB está aumentando, superando a escala econômica da União Europeia, o que representa um golpe fatal para a ordem econômica dominada pelo Ocidente.

Até mesmo a imprensa ocidental reconhece: “À medida que o status dos países de economia emergente cresce, torna-se difícil enfrentar eficazmente as crises econômicas apenas com a cooperação dos países desenvolvidos.” Assim, admitem que a hegemonia econômica dos países desenvolvidos está ruindo.

A influência do Ocidente no cenário internacional está caindo rapidamente.

Após a Segunda Guerra Mundial, o Ocidente estabeleceu uma ordem internacional centrada em certos países e, com o fim da Guerra Fria, alardeou o advento de um mundo unipolar, começando a exercer de forma ainda mais descarada o poder arbitrário e a tirania.

No palco internacional, incluindo as Nações Unidas, praticou continuamente o autoritarismo e o monopólio, perseguindo apenas seus próprios interesses egoístas em diversas questões. Abusou das normas e regras das relações internacionais conforme suas conveniências ou ignorou e rompeu acordos e tratados internacionais, provocando tensões e acendendo as chamas da guerra em várias partes do mundo.

Invocando a lógica bandidesca de que “outros países não podem fazer o que eles fazem”, interferiu desenfreadamente nos assuntos internos de outros países, tentando obstruir o exercício legítimo e soberano de seus direitos. Contra os países que se opunham ou contrariavam seus caprichos, os rotulou de “Estados párias” e “ameaças à comunidade internacional”, impondo-lhes sanções e pressões políticas e econômicas.

Quando encontrava obstáculos ao estabelecimento de sua dominação, o Ocidente não hesitava em cometer atos criminosos, como o assassinato de líderes nacionais em plena luz do dia ou a derrubada de governos mediante agressões militares. A invasão e intervenção armadas na Iugoslávia e na Líbia, realizadas sob a direção da OTAN após o fim da Guerra Fria, foram produtos extremos da tirania e do autoritarismo ocidentais.

Como observou um meio de comunicação europeu, os países ocidentais “exerceram um monopólio ilimitado no cenário internacional”.

No entanto, nos últimos tempos, a voz e a influência do Ocidente enfraqueceram consideravelmente.

Os países em desenvolvimento, que o Ocidente vinha tratando como subdesenvolvidos e utilizando como instrumento para a realização de seus próprios interesses, estão hoje exercendo uma influência inegável no cenário internacional e elevando sua posição. Nos últimos anos, numerosos e complexos problemas têm surgido pelo mundo, gerando frequentes encontros internacionais sobre tais questões; porém, enquanto as alegações unilaterais do Ocidente são amplamente rejeitadas pela comunidade internacional, a voz dos países emergentes e em desenvolvimento vem se fortalecendo continuamente.

Isso ficou evidente também na Conferência de Segurança de Munique realizada em fevereiro deste ano, quando as vozes dos países emergentes e em desenvolvimento que defendiam sua independência ressoaram fortemente e obtiveram o amplo apoio da comunidade internacional.

Desde a Guerra Fria, a Conferência de Segurança de Munique, realizada anualmente, tradicionalmente tratava dos interesses do Ocidente como principais pautas, sendo considerada um espaço subordinado à implementação de suas exigências unilaterais.

Contudo, a conferência deste ano teve como tema central a multipolarização, e destacou-se a importância da independência dos países emergentes e em desenvolvimento nas questões globais. Alguns sustentaram que a multipolarização traria desordem ao mundo e que, portanto, a antiga ordem internacional deveria ser preservada, mas tal argumento foi completamente ignorado.

O relatório divulgado ao final da conferência declarou: “No mundo já começou a ser estabelecida uma ordem multipolar”, e enfatizou que a elevação do status dos países em desenvolvimento no cenário internacional e a transição rumo à multipolarização são uma tendência histórica inevitável.

Embora os meios de comunicação e especialistas ocidentais tenham reagido clamando que foi “uma conferência chocante” e exaltando-se com discursos sobre a necessidade de “defender os valores universais da liberdade, da democracia, dos direitos fundamentais e do Estado de Direito, bem como da economia de mercado”, tudo isso não passa de uma tentativa vã e desesperada de negar as transformações da época.

Já anteriormente, um alto funcionário da União Europeia reconheceu que “a era da dominação ocidental chegou, de fato, ao fim”.

As forças ocidentais, para manter sua hegemonia em colapso acelerado, estão se esforçando para ampliar seu domínio militar, mas isso tem provocado forte resistência em muitos países.

O poder de dominação do Ocidente está enfraquecendo dia após dia.

Muitos países do continente africano, que no passado foi chamado de “continente da escuridão” e “continente silencioso”, estão rejeitando firmemente o domínio militar de suas antigas metrópoles coloniais.

O Ocidente, sob o pretexto de “apoiar o combate ao terrorismo”, estacionou tropas em diversos países africanos com o objetivo de estabelecer o controle sobre o continente, rico em recursos e de crescente importância geopolítica. O que o Ocidente fez nesses países foi apenas interferir em seus assuntos internos e saquear seus recursos em benefício próprio. O resultado disso foi apenas o agravamento da pobreza e do caos social, bem como uma maior dependência em relação ao Ocidente.

Os governos dos países africanos, que perceberam a verdadeira intenção do Ocidente de manter a África eternamente como colônia, tomaram medidas firmes exigindo a retirada das tropas estrangeiras estacionadas em seus territórios. Nos últimos anos, forças militares dos Estados Unidos, da França e da Alemanha retiraram-se sucessivamente de países como Mali, Burkina Faso, Senegal, Costa do Marfim e Níger.

Analistas observaram: “O fato de um número crescente de países africanos exigir a retirada das tropas europeias e estadunidenses representa uma mudança estrutural nas relações entre essa região e as grandes potências ocidentais. Por trás disso estão o forte descontentamento dos povos africanos em relação às tropas ocidentais, o crescente sentimento de independência e autodeterminação entre os países africanos e sua cada vez mais firme decisão de eliminar as influências do colonialismo.”

A realidade demonstra que o Ocidente já não está em posição de dominar outros países e que o estabelecimento de um mundo multipolar tornou-se uma tendência irreversível.

O Ocidente, agitando suas bandeiras, tenta impor “democracia” a outros países, mas isso apenas aumenta o repúdio e a aversão da comunidade internacional, acelerando seu isolamento.

Muitos países que outrora sofreram com a pobreza e a subjugação agora conquistam posições inegáveis no cenário internacional, exercendo uma enorme influência. A independência nacional consolidou-se firmemente como a corrente principal e irreversível do mundo atual.

As forças dominacionistas, em seu esforço desesperado para manter sua hegemonia, recorrem a todos os meios e métodos, mas tudo isso não passa de uma ilusão vã. O colapso do velho e a vitória do novo são leis inevitáveis do desenvolvimento histórico.

Un Jong Chol

Rodong Sinmun