quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Melhor refletir sobre si mesmo antes de instruir o outro


Recentemente, o Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha anunciou uma chamada declaração que questiona nossas medidas de fortalecimento da capacidade militar autodefensiva.

O fato de que a Grã-Bretanha questione com frequência nosso exercício do direito autodefensivo, direito legítimo de um Estado soberano, é algo totalmente ilógico.

Nós nunca reconhecemos a chamada “resoluções de sanções” do Conselho de Segurança da ONU contra a RPDC, à qual se refere a Grã-Bretanha.

A Grã-Bretanha é um país que não tem moral nem qualidade básica para nos questionar.

Em março do ano passado, a Grã-Bretanha estabeleceu como política do Estado o aumento das atuais 180 ogivas nucleares às 260 e isso é um fato conhecido por todo o mundo.

Em setembro do mesmo ano, a Grã-Bretanha violou grosseiramente o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares e ingressou na “AUKUS”, aliança de segurança liderada pelos EUA, enganando até os países aliados próximos e por isso recebe fortes críticas dos países aliados para não falar da própria sociedade internacional.

É precisamente a Grã-Bretanha quem introduz muitos navios de guerra como o porta-aviões ao Pacífico, e provoca a alta vigilância e condenação dos países asiáticos agravando de modo gradual a situação da região.

Atualmente, os veículos de imprensa internacionais e especialistas militares elevam as vozes de crítica de que a Grã-Bretanha, que anuncia ruidosamente o estabelecimento da “ordem baseada no Direito Internacional”, só está criando impactos negativos ao sistema internacional de desarme nuclear e à não proliferação de armas nucleares.

O fato de que a Grã-Bretanha, que viola flagrantemente a ordem internacional e destrói sem vacilação alguma a estabilidade do mundo e da região, pretende negar imprudentemente nosso exercício do direito autodefensivo, direito legítimo de um digno Estado soberano, constitui um ato ilógico e a expressão mais alta do padrão duplo.

Como responderia a Grã-Bretanha em caso de que as forças navais de grande envergadura de um país hostil, incluindo porta-aviões de propulsão nuclear, os destruidores Aegis e o submarinos de propulsão nuclear, realizem exercícios militares no Estreito de Dover?

Se no futuro também a Grã-Bretanha questiona somente nossas medidas autodefensivas, sem poder dizer nenhuma palavra sobre os EUA que agrava intencionalmente a situação da Península Coreana, só revelará seus defeitos com suas próprias mãos ante ao mundo e provocará uma consequência trágica de sofrer séria vergonha.

Há um ditado que diz que se deve olhar para si mesmo antes de falar dos outros.

A Grã-Bretanha deve refletir profundamente sobre suas palavras e ações e se esforçar para ser um exemplo para todos os países no asseguramento da paz e estabilidade e no cumprimento com o dever do direito internacional.

Choe Hyon Do, investigador da Associação RPDC-Europa

Nenhum comentário:

Postar um comentário