A situação no Oriente Médio está se deteriorando a cada momento.
Antes que o impacto da explosão de dispositivos de comunicação portátil no Líbano se dissipasse, em 27 de setembro, Israel realizou um grande ataque aéreo que resultou na morte de altos líderes do Hezbollah. Também morreram conselheiros militares da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, que atuavam no Líbano.
Em 30 de setembro, três dias depois, Israel realizou novos ataques aéreos no sul do Líbano, resultando na morte de um alto membro do Hamas. Acredita-se que Israel tenha se preparado para essa operação por um longo período.
O jornal estadunidense "The New York Times" e o israelense "Jerusalem Post" relataram que as forças israelenses lançaram cerca de 100 bombas BLU-109 de quase 1 tonelada cada.
Conhecida como "bunker buster," a BLU-109 é uma bomba de grande porte capaz de penetrar paredes de concreto de até 2 metros de espessura. Ela é utilizada principalmente para destruir instalações subterrâneas. Foi com esse tipo de armamento devastador que Israel assassinou altos membros do Hezbollah.
A já tensa situação no Oriente Médio chegou a um ponto de explosão total. A crise em Gaza, que começou em outubro do ano passado, já ceifou mais de 40 mil vidas. Mesmo aqueles que conseguiram sobreviver vivem sob constante ameaça de morte. Eles vagam sem rumo, tentando escapar dos bombardeios e mísseis que caem a qualquer momento. A Faixa de Gaza se transformou em um imenso cemitério coletivo, um deserto de ruínas.
Apesar de causar uma devastação sem precedentes, Israel não apenas se recusa a sentir culpa, mas afirma que a guerra continuará "até alcançar a vitória total", agindo com ainda mais impunidade.
As ações brutais de Israel contra os palestinos inevitavelmente despertaram a ira de organizações de resistência, como o Hezbollah no Líbano e as forças de resistência no Iémen. Com uma ambição territorial desmedida, Israel está ampliando constantemente o escopo de seus ataques, mergulhando toda a região do Oriente Médio em um caos ainda maior. Os recentes bombardeios direcionados às lideranças do Hezbollah apenas agravam a tensão, como jogar combustível no fogo.
Após o incidente, o primeiro-ministro de Israel declarou publicamente que os ataques como este são uma "condição necessária para alcançar nossos objetivos". O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelenses insinuou que o recente bombardeio não era "o ponto final do plano", sugerindo que mais ataques estão em preparação. Por sua vez, o ministro da Defesa de Israel anunciou recentemente aos administradores do norte do país que a próxima fase da guerra começará na área da fronteira com o Líbano.
Agências de notícias internacionais comentam que, em decorrência deste incidente, a possibilidade de um conflito armado entre o Hezbollah e Israel se expandir para uma guerra em larga escala aumentou significativamente.
Isso não pode ser visto apenas como uma ação unilateral de Israel; essa é uma avaliação justa da opinião pública.
A maioria das críticas agora se concentra nos Estados Unidos, que sempre apoiaram Israel. Os EUA exerceram o veto em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que pedia o cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, obstruindo a paz. Eles também convidaram o primeiro-ministro israelense, um criminoso notório, para discursar no Congresso. A maioria das armas usadas em massacres foi fornecida pelos EUA. Neste incidente específico, os caças israelenses estavam armados com pelo menos 15 bombas estadunidenses do modelo "BLU-109", equipadas com sistemas de orientação de precisão.
Os EUA sempre deram "conselhos" a Israel, como usar armas de menor poder explosivo e minimizar danos a civis, mas isso se revelou apenas uma estratégia para encobrir seu papel como instigadores de massacres. Essa hipocrisia ficou ainda mais evidente com os eventos recentes, onde as ações de Israel demonstram que tais recomendações não são seguidas de verdade.
Mais uma vez, os EUA permanecem em silêncio diante das atrocidades cometidas por Israel, limitando-se a falar sobre um "cessar-fogo" que parece totalmente inviável. Essa postura mostra uma falta de compromisso com a verdade e a justiça na situação.
A transformação da Faixa de Gaza em um verdadeiro inferno e a propagação da guerra para o Líbano são consequências diretas do apoio militar dos EUA a Israel, incluindo a entrega de armas pesadas e munições. Esse suporte tem alimentado a violência e a instabilidade na região, revelando a responsabilidade dos EUA por esses conflitos.
Os grupos anti-Israel expressaram claramente sua intenção de retaliar de forma contundente contra as ações irresponsáveis de Israel, que se beneficia do apoio dos EUA. Essa dinâmica aumenta a tensão e o ciclo de violência na região, complicando ainda mais a busca por uma solução pacífica.
Nesse contexto, no dia 1º, o Irã atacou importantes alvos militares e de segurança de Israel, incluindo bases aéreas e sistemas de radar, com mísseis hipersônicos e balísticos. Em resposta, Israel ameaçou retaliar, elevando ainda mais a tensão na região. Essa escalada de hostilidades pode ter consequências graves para a estabilidade da região.
O relógio avança rapidamente em direção a uma possível guerra em larga escala, e a urgência é palpável. A tensão crescente entre as partes envolvidas intensifica o risco de um conflito total, o que pode ter repercussões devastadoras para a região e além.
A continuidade do ciclo de violência no Oriente Médio e o desaparecimento da esperança pela paz são de responsabilidade total dos EUA, que apoiam incondicionalmente Israel, e seus aliados. Essa dinâmica perpetua a instabilidade na região e dificulta qualquer esforço sério para alcançar uma resolução pacífica.
Kim Su Jin
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