Recentemente, a Organização Meteorológica Mundial divulgou um relatório sobre os recursos hídricos do mundo.
De acordo com o relatório, no ano passado, que foi registrado como o mais quente da Terra, a quantidade média de água nos rios de todo o mundo foi a mais baixa em 33 anos. O volume do rio Mississippi, que atravessa 31 estados dos EUA, e o volume do rio Amazonas na América do Sul, diminuíram drasticamente, enquanto os principais rios da Ásia e da Oceania também apresentaram volumes anormalmente baixos. Além disso, muitas geleiras desapareceram, com a quantidade de gelo derretido na Terra entre setembro de 2022 e agosto de 2023 sendo a maior registrada nos últimos 50 anos.
A Organização Mundial Meteorológica concluiu, com base nesses dados, que as mudanças climáticas têm um impacto grave na redução dos recursos hídricos.
Alguns anos atrás, especialistas alertaram que, devido aos efeitos do aquecimento global, as áreas afetadas pelas frentes frias na Terra estão diminuindo rapidamente.
De acordo com os especialistas, entre 1979 e 2016, as áreas de frente fria na Terra diminuíram em média 87.000 km² por ano. As áreas de frente fria desempenham um papel crucial no sistema climático, e suas mudanças refletem as realidades das alterações climáticas, tanto regionais quanto globais. Atualmente, cerca de 75% dos recursos hídricos doces do mundo estão localizados nessas áreas.
A Terra é frequentemente chamada de "planeta água" porque dois terços de sua superfície são cobertos por água. No entanto, os recursos hídricos disponíveis para uso humano são limitados.
Além disso, devido aos efeitos das mudanças climáticas, a quantidade de chuvas durante a estação chuvosa está diminuindo, e a seca se torna persistente, resultando em escassez de água em muitos países.
Em agosto passado, o Zimbábue enfrentou a pior seca da sua história, resultando na perda de mais da metade das colheitas e deixando cerca de 7,6 milhões de pessoas em risco extremo de fome.
Na Itália, a seca persistente resultou na interrupção do fornecimento de água em algumas regiões por várias semanas.
Em maio, na Namíbia, 14 regiões sofreram severos danos devido à seca, levando à declaração de estado de emergência.
Um relatório de uma organização internacional afirma que atualmente cerca de 3 bilhões de pessoas e várias regiões produtoras de alimentos em todo o mundo estão enfrentando os impactos da seca ou têm acesso instável à água. Como resultado, mais da metade da produção alimentar global enfrentará sérias ameaças até 2050. Além disso, as cidades estão afundando devido à diminuição dos lençóis freáticos, e metade da população mundial está enfrentando escassez de água.
Especialistas estimam que, até 2050, o número de pessoas que enfrentarão escassez de água por pelo menos um mês aumentará para entre 4,8 bilhões e 5,7 bilhões.
O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial afirmou que, embora as mudanças climáticas estejam ameaçando os recursos hídricos, o mundo não está respondendo de forma urgente a isso. Ele enfatizou a necessidade de uma cooperação internacional para proteger os recursos de água doce.
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