Foi realizada uma reunião ampliada do Conselho Intergovernamental da União Econômica da Eurásia no dia 1º de outubro, na Armênia.
Na reunião, o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, afirmou que, apesar da recessão da economia global e da contínua pressão externa ilegal, a união está se fortalecendo e renovando seus principais indicadores macroeconômicos.
O primeiro-ministro da Rússia destacou que esses resultados foram alcançados graças ao crescimento interno da união, à alta taxa de investimento e ao aumento da demanda dos consumidores. Ele enfatizou que a União Econômica da Eurásia mantém um diálogo ativo com associações regionais, especialmente com a Organização de Cooperação de Xangai e a ASEAN, o que contribuirá para elevar o papel da união no cenário internacional.
A União Econômica da Eurásia é uma organização econômica regional criada com o objetivo de restaurar as conexões econômicas entre as Repúblicas da antiga União Soviética.
No início da década de 1990, a desintegração da União Soviética quebrou os laços de produção, distribuição e consumo que existiam entre as Repúblicas. Isso criou obstáculos ao desenvolvimento econômico dos países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) posteriormente.
Para superar isso, os países da Comunidade dos Estados Independentes reconheceram a necessidade de criar uma organização econômica regional que pudesse regular as relações econômicas entre si, e começaram a trabalhar para sua implementação.
Em maio de 2014, os presidentes da Rússia, Cazaquistão e Bielorrússia assinaram um tratado sobre a criação da união em Astana, Cazaquistão, estabelecendo assim a União Econômica da Eurásia. A união começou suas atividades oficiais em 1º de janeiro do ano seguinte, com a adesão da Armênia e do Quirguistão, aumentando o número de Estados membros para cinco.
Com o surgimento da União Econômica da Eurásia, os Estados Unidos e as potências ocidentais, sentindo-se ameaçados pela afirmação de controle sobre a região, recorreram a sanções econômicas e ações de bloqueio.
Em particular, intensificaram as sanções destinadas a conter o desenvolvimento da Rússia. Isso se tornou um sério obstáculo não apenas para a Rússia, mas também para o desenvolvimento econômico dos países membros da união.
A Rússia e os países membros da união têm se esforçado para fortalecer a cooperação e impedir a infiltração e a interferência dos Estados Unidos e do Ocidente na região.
Na reunião do Conselho Econômico Supremo da Eurásia, realizada em maio em Moscou, o Presidente Putin avaliou que, ao longo dos últimos dez anos, a União Econômica da Eurásia se tornou "um dos centros independentes e autossuficientes em um mundo multipolar em formação", afirmando que a união é uma entidade eficaz e dinâmica, cuja atividade tem promovido o crescimento do comércio e o investimento mútuo. Ele enfatizou que a intensificação dos contatos práticos e a expansão das relações de cooperação estão trazendo benefícios reais para os países membros da união. O presidente continuou, afirmando que a União Econômica da Eurásia demonstrou sua eficácia diante de novos desafios, como as políticas de sanção de alguns países e a desintegração de muitos regimes de comércio internacional.
Atualmente, a taxa de crescimento econômico dos países membros da União Econômica da Eurásia superou a média global. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países membros aumentou em 3,8%, e no primeiro semestre deste ano, cresceu 4,5%. O volume de comércio mútuo entre os países membros também quase dobrou em comparação com o início da união. Mais de 90% das transações comerciais são realizadas em moedas nacionais, o que demonstra claramente o fortalecimento da soberania financeira da união.
Os países membros da União Econômica da Eurásia, reconhecendo na prática que a cooperação mútua é uma das maneiras poderosas de alcançar o desenvolvimento socioeconômico, estão se esforçando ativamente para expandir o alcance da cooperação em uma escala global.
A União Econômica da Eurásia já assinou acordos de livre comércio com países como Sérvia, Vietnã e Irã.
Recentemente, em uma reunião entre o primeiro-ministro da Rússia e o presidente do Irã, foi discutida a questão da adesão do Irã à União Econômica da Eurásia como país observador.
O vice-presidente do Irã afirmou que a adesão do país à União Econômica da Eurásia servirá como uma oportunidade para expandir e fortalecer os laços políticos e econômicos entre o Irã e os países membros.
O processo de assinatura do acordo comercial entre a Mongólia e a União Econômica da Eurásia também está avançando para a fase final.
Em julho passado, durante a reunião dos líderes da Organização de Cooperação de Xangai, o presidente Putin, ao se encontrar com o presidente da Mongólia, enfatizou que o acordo comercial não apenas fortalecerá a base jurídica oficial das relações bilaterais, mas também abrirá novas possibilidades para a expansão da cooperação.
Países com grande potencial econômico, como Egito, Indonésia e os Emirados Árabes Unidos, também estão em processo de assinatura de acordos com a União Econômica da Eurásia.
Analistas afirmam que a União Econômica da Eurásia, ao consolidar sua posição no palco internacional e fortalecer a cooperação e a unidade entre países e regiões, está desafiando a hegemonia ocidental e promovendo a multipolarização mundial.
Kim Su Jin
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