segunda-feira, 28 de outubro de 2024

A destruição da biodiversidade se intensifica dia após dia

Hoje em dia, a taxa de extinção das espécies está aumentando rapidamente em todo o mundo, criando sérios riscos para a sobrevivência e o desenvolvimento da humanidade devido à perda da biodiversidade e à acentuada degradação dos ecossistemas.

Biodiversidade refere-se à diversidade do ambiente ecológico, à diversidade das espécies dentro dos ecossistemas e à diversidade genética dentro das espécies. Uma vez que as espécies desaparecem, elas não podem ser regeneradas eternamente, o que destrói a estabilidade geral dos ecossistemas e impacta negativamente o ambiente de sobrevivência da humanidade.

Recentemente, um relatório divulgado pela WWF (Fundo Mundial para a Natureza) afirmou que, entre 1970 e 2020, a população de vida selvagem diminuiu em 73%. Um relatório publicado em 2018 já havia indicado que, no período de 1970 a 2014, a quantidade de vida selvagem havia diminuído em mais da metade, e previa que até 2020, dois terços da vida selvagem poderiam desaparecer.

As consequências da destruição rápida da biodiversidade são extremamente graves.

Os problemas enfrentados pelo mundo, como população, alimentos, recursos, energia e questões ambientais, estão todos diretamente ou indiretamente relacionados à biodiversidade.

De acordo com dados, ao longo dos últimos 100 anos, muitas variedades de espécies e raças de animais domésticos desapareceram no setor agrícola, ameaçando a biodiversidade agrícola. Além disso, a pesca excessiva em importantes áreas pesqueiras do mundo está impactando negativamente a biodiversidade marinha.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) emitiu seu primeiro relatório em 2019, alertando que a diminuição da biodiversidade colocaria a produção de alimentos em risco em todo o mundo. Três anos depois, em 2022, a ONU publicou um relatório indicando que, em várias partes do mundo, a degradação dos recursos naturais e a perda de água e biodiversidade resultaram na desertificação de 40% das terras do planeta.

A destruição da biodiversidade também está resultando em sérias consequências, como a propagação de doenças infecciosas.

Em maio passado, um estudo publicado em uma revista científica britânica revelou que as atividades humanas que degradam o ambiente ecológico são a causa fundamental da propagação de doenças infecciosas. Em particular, a destruição da biodiversidade aumenta a incidência de doenças em impressionantes 857%.

A destruição da biodiversidade, juntamente com as mudanças climáticas e a poluição ambiental, é considerada uma das três grandes crises da Terra. Esses três elementos estão interligados, interagindo entre si e amplificando exponencialmente os riscos envolvidos.

A diminuição dos recursos biológicos leva à liberação em massa de gases de efeito estufa, resultando em eventos climáticos extremos como secas, inundações e tufões. Essas mudanças climáticas, por sua vez, destroem habitats, causando uma maior redução dos recursos biológicos e aumentando a poluição ambiental, criando assim um ciclo vicioso.

Proteger e preservar a biodiversidade é, na verdade, um esforço para salvaguardar o ambiente de sobrevivência da humanidade.

Na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada em 1992, foi adotada a Convenção sobre a Diversidade Biológica.

Na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica, realizada em 2010, foi declarado que o período até 2020 seria a "Década da Biodiversidade" e foram estabelecidos objetivos concretos para a proteção da biodiversidade. No entanto, entre os 20 itens discutidos, nenhum foi plenamente alcançado.

Em dezembro de 2022, na segunda fase da 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre a Diversidade Biológica, foi acordado um novo conjunto de 23 metas, incluindo a proteção de mais de 30% das terras e mares como ecossistemas saudáveis até 2030.

Para que esses objetivos sejam alcançados, é necessário um esforço justo e equitativo da comunidade internacional.

O WWF (Fundo Mundial para a Natureza) já havia declarado em um relatório, publicado há mais de 10 anos, que o país que mais polui o ecossistema global é os Estados Unidos, afirmando que "se o mundo inteiro consumisse recursos naturais na mesma escala que os estadunidenses, seriam necessários cinco planetas do tamanho da Terra para manter o equilíbrio ecológico." Além disso, um grupo de pesquisa internacional revelou que 30% dos animais em perigo de extinção no mundo estão sendo impactados pela produção de mercadorias ou desenvolvimento destinados à exportação para países ocidentais desenvolvidos.

A rápida destruição da biodiversidade e a realidade de que a sobrevivência da humanidade e o futuro do planeta estão em perigo exigem urgentemente que todos os países, incluindo os países ocidentais responsáveis, se mobilizem ativamente pela proteção ambiental.

Jang Chol

Rodong Sinmun

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