quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

O "Tratado de Hansong" denuncia os crimes do passado do Japão


Entre os crimes cometidos pelo imperialismo japonês contra a nação coreana há o “Tratado de Hansong” firmado forçadamente em 9 de janeiro de 1885.

Foi um tratado agressivo e bandidesco, pois os agressores japoneses forçaram a dinastia feudal de Joson a pedir desculpas e indenizar pelo “dano” que sofreu pelo golpe de Estado de Kapsin (1884), a primeira reforma burguesa na Coreia que foi produzida pelo grupo reformista contra o conservador em reflexo da demanda legítima do desenvolvimento social aspirante à modernização.

O Japão, que desde muito tempo tinha a ambição de agredir a Coreia, manobrou com astúcia para frustrar o golpe, porque sua intenção de converter a Coreia em sua colônia teria fracassado se a reforma burguesa tivesse obtido êxito e impulsionado a modernização.

Por esta razão, fingia apoiar a reforma publicamente, mas nas sombras buscava meios para fazê-la fracassar.

Devido ao seu truque tortuoso, a reforma fracassou e o governo reformista foi dissolvido.

Com este motivo, começaram a crescer os sentimentos antijaponeses entre o povo coreano. O ministro diplomático japonês, consternado, incendiou sua legação em Hansong (então capital do governo da dinastia feudal de Joson) e fugiu a Inchon, exigindo ao seu governo tomar uma medida de represália ao despachar forças armadas à Coreia.

Aproveitando esta ocasião, os agressores japoneses fizeram um complô para impulsionar sua política agressiva contra a Coreia.

Pregoando que os coreanos “atacaram e incendiaram a legação” e “os residentes japoneses foram assassinados”, enviaram ao Porto de Inchon dois batalhões e sete navios de guerra, e impuseram ao governo coreano que firmasse um tratado segundo o qual a Coreia deveria indenizar pelos "danos" do golpe. Assim nasceu o “Tratado de Hansong”.

É um documento ilegal privado do valor legal internacional e um dos pactos desiguais que abriu caminho para a agressão do Japão contra a Coreia.

Como se sabe, as partes que assinam devem observar estritamente os princípios de respeito da soberania, de igualdade e reciprocidade e refletir suficientemente suas vontades no tratado.

Contudo, os agressores japoneses ameaçaram várias vezes o governo coreano com suas forças armadas, e estipularam no tratado que “A Coreia enviará a mensagem de desculpas governamental ao Japão e investigará e prenderá as pessoas que mataram japoneses e as condenará com severo castigo”.

Também especificaram em um artigo que a dinastia feudal de Joson compensaria pela "perda" dos comerciantes japoneses e pagaria uma grande soma sob o pretexto de reconstruir sua legação incendiada.

Isso era um ato do ladrão que acusa a vítima. O processo de assinatura do “tratado” revela evidentemente a astúcia, atrocidade e natureza agressiva dos imperialistas japoneses.

Mais tarde, fabricaram outros documentos ilegais da mesma maneira e, por fim, converteram a Coreia em sua colônia.

Depois de ocupar a Coreia militarmente, eles escravizaram o povo coreano e saquearam inúmeras riquezas culturais e recursos naturais, aplicando a política de dominação colonial fascista nunca antes vista na história.

Levaram forçadamente um grande número de jovens e adultos coreanos para servir de bucha de canhão nos campos de batalha ou para os campos de trabalho duro e 200 mil coreanas como escravas sexuais.

Longe de pedir perdão e indenizar por seus crimes do passado, o Japão ainda embeleza sua história criminosa e recorre a todos os meios para evitar sua responsabilidade. Proferindo que seus “tratados” passados eram legais, se esforça mais freneticamente para se converter em uma potência militar e tentar a expansão ao exterior.

Nada pode justificar os crimes dos imperialistas japoneses que causaram incontáveis danos humanos, materiais e espirituais à nação coreana.

Por mais que o tempo passe, o povo coreano nunca esquece os delitos do Japão e reafirma a vontade de acertar as contas, custe o que custar.

Kim Nam Su

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