sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

O fosso crescente entre os ricos e os pobres na "sociedade equitativa para todos"


Exemplo de liberalismo extremo e capitalismo selvagem, sociedade onde o fosso entre os ricos e os pobres se tornou uma tendência de longa data, país com maior fosso entre ricos e pobres entre os países ocidentais, país desenvolvido onde milhares de pessoas passam fome...

Estes registros e títulos pouco invejáveis são todos relacionados aos Estados Unidos. Essa é precisamente a verdadeira face dos EUA, que os defensores da burguesia anunciam avidamente como "modelo de civilização moderna" e "sociedade equitativa para todos".

Hoje em dia, nos EUA, o fosso entre os ricos e os pobres está se aprofundando sob o véu de "riqueza universal". Muitas pessoas das classes mais baixas correm extremo perigo de sobrevivência. De acordo com dados estatísticos divulgados pela administração dos EUA, existem mais de 40 milhões de pessoas pobres nos Estados Unidos, pelo menos 500.000 pessoas vagam todas as noites sem um lugar fixo para morar e 65 milhões de pessoas estão desistindo do tratamento devido aos altos custos. Quase metade das famílias não consegue manter padrões de vida básicos. Devido à pobreza, a esperança de vida das pessoas está diminuindo e a taxa de suicídio está aumentando.

Há também dados que mostram que, ao longo dos últimos 40 anos, o fosso entre aqueles que estão no poder e as pessoas comuns, entre capitalistas e trabalhadores, aumentou, aproximando-se do nível observado nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. O fato de que o património líquido de apenas 10% das famílias ricas representa quase 75% do património líquido de todas as famílias nos Estados Unidos e da taxa de crescimento da riqueza das famílias da classe mais baixa nos últimos 30 anos ter sido quase zero reforça a credibilidade destes dados.

A situação em dois distritos da cidade de Nova Iorque é um excelente exemplo do fosso entre ricos e pobres.

Um distrito é onde vivem e desfrutam de prazer os magnatas financeiros que controlam a economia estadunidense. Eles moram em casas grandes, mandam os filhos para as melhores escolas particulares e passam todas as noites em áreas de entretenimento. Os restaurantes sofisticados, lojas de luxo e joalherias localizadas neste distrito luxuoso ficam lotados de ricos de manhã à noite.

Em contrapartida, outro distrito com elevada concentração de afro-americanos e imigrantes de países latino-americanos é conhecido pela pobreza. Não há absolutamente nenhuma esperança para as pessoas que vivem lá. As pessoas que não conseguem escapar da pobreza há gerações consideram um "luxo" ir à "prisão da amizade" e comer normalmente a comida da prisão.

Diz-se que viajar entre dois distritos que ficam a menos de 10 minutos de metro é como viajar de um mundo de luxo inimaginável para um mundo de terrível pobreza.

Como se pode ver, os EUA é um lugar onde os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

Existem muitas análises sobre as razões pelas quais o fosso entre ricos e pobres está se intensificando ainda mais nos Estados Unidos.

Um diretor de um instituto de pesquisa nos Estados Unidos destacou que, embora a Guerra Fria já tenha terminado, o sistema nacional estabelecido para a Guerra Fria ainda está em funcionamento e que isso inclui grandes gastos militares, agências de inteligência irresponsáveis e um complexo industrial militar que promove a corrupção. E criticou que os Estados Unidos têm desperdiçado trilhões de dólares e exaurido sua força nacional como resultado disso.

Um grupo de pesquisa chinês apontou que o "sistema democrático" dos EUA negligencia os direitos econômicos, sociais e culturais dos seus cidadãos, salientando que o fato de que o governo estadunidense não tem vontade política de combater a desigualdade social cada dia mais grave, tomando uma série de medidas que agravam o problema, está intimamente relacionado ao fato de que o governo e o sistema político representam os interesses do capital, e destacou que a política monetária fez do governo dos EUA um porta-voz dos ricos e que a pobreza extrema continua devido às escolhas políticas daqueles que estão no poder.

Uma revista dos EUA lamentou que, em meio à existência de extremos econômicos, apenas os ricos vivem bem, enquanto os menos privilegiados enfrentam crescente pobreza. Expressou indignação com a exploração e discriminação dos pobres, bem como com a proteção aos ricos, identificando-os como fatores fundamentais para o aumento da pobreza extrema nos Estados Unidos.

A polarização e o fosso entre ricos e pobres estão levando à intensificação das contradições e confrontos sociais e, como resultado, a luta de protesto em massa não para. Nos últimos anos, foi reportado que o número de “jovens que se rebelam contra a desigualdade social” tem aumentado nos Estados Unidos.

A sociedade estadunidense, onde a desigualdade social atingiu níveis extremos, encontra-se numa grave crise de auto-explosão.

Ho Yong Min

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