As relações diplomáticas entre a República Federativa do Brasil e a República Popular Democrática da Coreia estabelecidas de forma oficial são recentes, datam 2001, contudo já houveram pequenos contatos por outros meios.
Na Guerra da Coreia foi motivo de discussão sobre o envio ou não de tropas em apoio aos Estados Unidos, e a opção brasileira foi de apenas colaborar enviando alimentos.
Anos mais tarde, a politica brasileira de "Politica Externa Independente" mesmo em meio a Guerra Fria, causou bastante confusão, mas o restabelecimento de relações diplomáticas com a União Soviética, por Jânio Quadros, deu uma perspectiva de uma possível relação também com a Coreia, mas em tempos sombrios, o que era difícil se tornou ainda mais nos anos seguintes e qualquer relação foi vetada.
Na época da ditadura militar burguesa, estabelecida após golpe de Estado em 1964, a República Popular Democrática da Coreia ofereceu treinamento de guerrilhas a grupos de esquerda que estavam na ilegalidade no Brasil como a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Este foi basicamente o primeiro contato Brasil-RPDC, de forma nem um pouco diplomática.
Após o restabelecimento da "democracia" no Brasil, os contatos com países socialistas retornaram, assim como com a Coreia Popular, porém demoraria cerca de 16 anos para o Brasil se convencer de que era importante estabelecer uma relação oficial com o governo norte coreano.
O Brasil buscando se consolidar como uma liderança politica mundial, no início dos anos 2000 passou a buscar usar de sua neutralidade para tratar de questões importantes no cenário mundial e com a Coreia não era diferente, todavia, nunca exitou quando pressionado em condenar a RPDC direta ou indiretamente por questões como direitos humanos e desenvolvimento do programa nuclear.
No segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso o Brasil se aproximou de forma oficial e estabeleceu as relações com a RPDC. Uma das importâncias vistas pelo governo brasileiro é que a RPDC na America tinha poucos contatos diplomáticos e como uma país emergente, sua importância para âmbito internacional era\é grande se tratando de um país severamente acusado por boa parte do mundo.
Embora já estabelecido os contatos, a Embaixada da República Popular Democrática da Coreia só foi estabelecida no Brasil no primeiro mandato do Presidente Lula que em seu governo estabeleceu embaixadas de diversas nações. Oficialmente em 9 de setembro de 2005 ocorreu a abertura oficial da República Popular Democrática da Coreia do Brasil em dia especial, o Dia da Fundação da RPDC. A embaixada brasileira em Pyongyang, todavia só foi inaugurada e estabelecida em 2009.
O primeiro embaixador do Brasil na RPDC foi Arnaldo Carrilho que ficou por lá até 2012 quando saiu para a entrada de Roberto Colin que segue até hoje.
A RPDC já teve 4 embaixadores diferentes: De 2005 a 2009, Pak Hyok, de 2010 a 2013, Ri Hwa Gun, de outubro de 2013 a 2014, Kim Tae Jong, e por fim, Kim Chol Hak que é embaixador da RPDC de 2015 até a presente data.
Em 2009, pouco antes de Arnaldo Carilho assumir como embaixador na RPDC, ocorreu um teste de míssil que pegou a "comunidade internacional" de surpresa e acabou adiando sua chegada à Pyongyang, passando alguns dias na China.
Antes disso, em 2008 o governo brasileiro em relações bilaterais com a Coreia atingiu a marca de 381 milhões de dólares
O governo norte coreano por meio de sua embaixada expressou apoio ao Brasil para a realização da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos do RIO.
Em 2010, o governo brasileiro ofereceu carne à RPDC por meio da FRIBOI\JBS que viajou à Pyongyang mas o acordo entre os países acabou não sendo oficializado.
O Governo do Brasil, ofereceu ajudas humanitárias tais como 16 mil toneladas de milho em 2011 e 5,600 toneladas de feijão em 2013, por meio da FAO.
Foram realizadas visitas de delegações partidárias, parlamentares e diplomáticos dos Ministro das Relações Exteriores de ambos países.
De 2010 a 2011, em Santa Catarina, norte coreanos médicos, bordadores e agricultores passaram por curso de 6 meses de duração
Com as recentes sanções as relações de cooperação diminuíram de forma radical e as perspectivas no cenário atual não são de grandes mudanças.
Em 2016, aproveitando a oportunidade dos Jogos Olímpicos, Choe Ryong Hae, Vice Presidente do Comitê de Estado e Vice Presidente do Comitê Central do PTC teve a oportunidade de conversar com o Presidente Michel Temer que garantiu que as relações de amizade e cooperação entre ambas nações são importantes e que seguirão.
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