Após a separação forçada da Coreia, em 1948, quando fundou-se a colônia estadunidense na parte sul da península denominada como República da Coreia e fora imposto o ditador Syngman Rhee, iniciou-se um massacre contra todos aqueles que se opunham aos imperialistas estadunidenses e que lutassem pela pátria do povo estabelecida em 1945. Fora o combate com armas, leis ditatoriais foram estabelecidas, dentre elas, uma vigora até os dias de hoje e chama-se "Lei de Segurança Nacional", uma lei polêmica que limita a famigerada democracia, algo comum em colônias estadunidenses.
O princípio da Lei é de "garantir a segurança do Estado e a subsistência e liberdade dos locais, regulando quaisquer atividades antecipadas que comprometam a segurança do Estado", porém impede até os dias de hoje de que se possa falar bem seja de qual forma for da República Popular Democrática da Coreia seja verbalmente, escrito ou via internet. Impede formação de grupos ou partidos socialistas, mantém fortes restrições a grupos de esquerda e fiscaliza fortemente movimentos pró-reunificação. É responsável pela prisão e morte de milhares de pessoas, incluindo alguns desertores norte coreanos que recusam-se a mentir em prol da propaganda estatal sul coreana. Depois de soltos, a fiscalização continua. Proíbe também a entrada de estrangeiros pró-RPDC e expulsa quem fale positivamente da Coreia Popular em solo sul coreano.
Na imagem, a prisão de Ro Su-hui, ativista sul coreano pró-reunificação.
Uma análise bastante completa sobre a "Lei de Segurança Nacional" https://openresearch-repository.anu.edu.au/bitstream/1885/42061/2/Won_Soon.pdf
O texto é de Park Won Soon, atual prefeito de Seul, ativista dos direitos humanos que foi preso durante a ditadura de Park Chung-hee por protestar contra o governo.
OBS: Ressalva para a parte que o "norte foi ocupado pela URSS". A URSS esteve na Coreia em 1945 auxiliando na luta contra os japoneses e retirou-se no mesmo ano após a vitória coreana, antes da invasão e ocupação do sul pelos Estados Unidos.
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