segunda-feira, 19 de junho de 2017
A breve relação de amizade RPDC-Argentina
Atualmente na América do Sul, a República Popular Democrática da Coreia só mantém contatos oficialmente com três países (Brasil, Peru e Venezuela) e relações razoáveis com Chile e Bolívia, enquanto o resto mantém-se distante, exceto com um ou outro encontro incomum de ocorrer, e a Argentina é um desses países, porém no passado já foi um dos pioneiros a manter boas relações com o país do leste asiático mas teve a amizade terminada pelo regime militar imposto pelos Estados Unidos.
Havendo ganhado as eleições em março de 1973, Héctor Cámpora demonstrou vontade de estabelecer contatos com a República Popular Democrática da Coreia bem como visitar a República Popular da China e em visita misteriosa, María Estela Martínez de Perón, que seria a primeira mulher eleita a presidente no país, junto a José López Rega visitaram os dois países e promoveram a ideia de "A hora dos povos", buscando cooperar com diversos países do mundo, independente da ideologia e promover melhorias ao povo. Na RPDC eles se encontraram com membros do Partido do Trabalho da Coreia e da União da Juventude Socialista de Kim Il Sung (atualmente União da Juventude Kimilsungista-Kimjongilista) e também com o Presidente Kim Il Sung, sendo muito bem recebidos e saindo com uma visão positiva. Com a viagem, em 1 de junho foi oficialmente estabelecida as relações entre ambos países e rapidamente foi construída a embaixada norte coreana em solo argentino, mais precisamente em Buenos Aires, na rua Gorostiaga 2115, no bairro de Palermo. e teve como embaixador o sr.Mun Song Guk, entretanto a embaixada em solo norte coreano não foi construída logo.
No final de 73, foi afirmado um acordo comercial onde se comerciaram fibras sintéticas, açúcar, cereais, lã e algodão. Mas as relações com o país comunista irritava profundamente os Estados Unidos que se intitulava como dono da América e promoveu ideias de que a RPDC estaria enviando espiões para o país que eram na verdade apenas diplomatas e várias teorias foram criadas. Em 1975, Perón chegou a receber uma carta de Kim Il Sung elogiando seu trabalho e agradecendo a amizade, mas a bela amizade iria ter fim oficialmente em 1977 quando o ditador Videla assumiu o comando do país e os norte coreanos foram obrigados a voltar para casa e a embaixada foi fechada.
Mesmo após o fim da ditadura na Argentina, as relações não retornaram, mas contatos um pouco mais distante ocorreram entre o governo de Néstor Kirchner e Cristina Fernández de Kirchner.
Atualmente, infelizmente, não há perspectiva da amizade voltar com um presidente pró-EUA, Macri, no poder.
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