quarta-feira, 15 de janeiro de 2020
A emenda constitucional é um ato suicida do Japão: comentário da ACNC
É inalterável a ambição militarista do Japão apesar do transcurso do tempo.
Em seu comunicado de Ano Novo publicado no dia primeiro, o Primeiro-Ministro Abe expôs novamente seu forte desejo de modificar a Constituição dizendo que "será impulsionada uma grande reforma relacionada com o aspecto do país".
Na conferência de imprensa de Ano Novo no dia 6, ele reiterou que "dará acicate à aprovação do projeto da emenda constitucional através da discussão ativa interpartidária na sessão ordinária da Dieta" e que o "Partido Democrático Liberal se colocará à frente no trabalho de dinamizar a consulta pública".
Sem dúvida alguma, suas palavras evidenciam a maligna intenção de converter seu país em uma potência militar.
Agora os reacionários japoneses descrevem a emenda constitucional como "construção de um Estado com vistas à nova era", porém, de fato, é uma artimanha para apaziguar a forte condenação dos japoneses e da sociedade internacional.
Como se sabe, em meados da década de 40 do século passado, a sociedade internacional adotou algumas leis internacionais que proíbem o Japão, país criminoso e derrotado da Segunda Guerra Mundial, de empreender agressão e guerra.
Por temor à vingança de todo o mundo, o Japão as aceitou a contra-gosto e instituiu a atual Constituição Pacifista que proíbe o direito à beligerância e a posse de forças armadas. Porém, por trás da cortina, vem fazendo tudo que está ao seu alcance com a ambição revanchista de lançar nova agressão.
Na atualidade, a capacidade de ataque das "Forças de Autodefesa" ocupa o segundo lugar no Ocidente depois dos EUA e sua esfera operacional abarca muitas partes do mundo e até o espaço cósmico.
Caso seja emendada a Constituição de modo que atribua às "Forças de Autodefesa" o caráter legítimo de exército regular, os reacionários japoneses terão todas as condições necessárias para a agressão militar a ultramar.
Essa é a razão pela qual eles se obstinam tanto na emenda desafiando as leis internacionais.
Os fatos mostram que a retórica dos politiqueiros do país insular sobre esse tema e a "construção de um novo Estado" significa a edificação e o ressurgimento do Estado bélico e agressivo.
É um equívoco se eles pensam que podem realizar seu sonho de nova agressão com a emenda constitucional.
Eles devem compreender que graças à sua atual Constituição Pacifista, puderam viver em paz até agora na região da Ásia-Pacífico ondem reinam todavia o rancor e ódio a seu país.
Se os politiqueiros japoneses modificam finalmente a carta magna, seu país será desde então o inimigo comum da humanidade e enfrentará forte represália da sociedade internacional.
A revisão da Constituição é um ato suicida, no qual o Japão colocará seu futuro, e o de sua população, a perder.
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