Os políticos dos Estados Unidos e do Ocidente, sempre que têm a oportunidade, falam sobre "vida material abundante", "civilização" e "democracia liberal", romantizando a sociedade capitalista como se fosse uma "sociedade de bem-estar".
Se a sociedade capitalista realmente é assim, então a questão é: para quem é essa "sociedade de bem-estar" que eles promovem?
De acordo com os dados, no terceiro trimestre de 2023, 66,6% da riqueza total dos Estados Unidos era possuída pelos 10% mais ricos. Em contraste, os 50% mais pobres possuíam apenas 2,6% da riqueza total.
De acordo com os dados do Departamento de Estatísticas do Trabalho dos EUA, publicados em setembro do mesmo ano, 37,9 milhões de pessoas estavam sofrendo de extrema pobreza.
Esse estado lamentável, segundo os especialistas, não é um fenômeno temporário, mas um problema de longo prazo e estrutural.
Na Alemanha, no Reino Unido, na Itália, na Grécia e em muitos outros países da Europa, os trabalhadores estão tendo dificuldade até mesmo para garantir o sustento diário.
Enquanto uma pequena quantidade de ricos constrói casas e chalés por toda parte e se gaba disso, a grande maioria dos trabalhadores, devido aos preços exorbitantes dos imóveis, não consegue nem sonhar em adquirir uma casa própria.
Nos Estados Unidos, desde 2020, os preços das casas aumentaram 29% e os aluguéis subiram 26%.
Para comprar uma casa de classe média neste país, é necessário gastar cerca de 427.490 dólares, uma quantia inimaginável para a maioria das pessoas.
De acordo com as estatísticas oficiais divulgadas pelo Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos, em janeiro de 2024, o número de pessoas sem casa no país atingiu cerca de 770.000, o maior recorde desde 2007.
Em outros países capitalistas, como Japão, Portugal e Países Baixos, os preços das casas também dispararam, e os cidadãos comuns consideram um grande privilégio conseguir viver em uma casa alugada.
Com o aumento dos preços das casas, aparecem em todos os lugares as chamadas "casas de plástico" ou "casas improvisadas", que não passam de moradias precárias.
Esse é um exemplo de uma sociedade em que nem mesmo os direitos mais básicos do ser humano são garantidos. Na sociedade capitalista, os ricos se tornam cada vez mais ricos e, os pobres, cada vez mais pobres, resultando em uma sociedade de sobrevivência do mais forte.
A "sociedade de bem-estar" que os políticos dos Estados Unidos e do Ocidente tanto propagam é, em essência, uma sociedade reacionária e perversa que serve apenas à classe exploradora.
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