Em pleno inverno rigoroso, os países europeus estão mais uma vez enfrentando uma grave crise energética. Desde o dia 1º de janeiro deste ano, quando o fornecimento de gás russo via Ucrânia foi interrompido, o preço do gás na Europa subiu 20%. Com a demanda de energia aumentando rapidamente no meio do inverno, até mesmo essa rota de transporte de gás foi bloqueada, levando os preços do gás na Europa a atingirem o nível mais alto dos últimos 12 meses.
Nos Países Baixos, desde o início do ano, os preços do gás para os consumidores aumentaram de 65% a 75% em comparação com o final do ano passado. A Eslováquia, que importava 3 bilhões de metros cúbicos de gás da Rússia anualmente, estima perdas de cerca de 1,5 bilhões de euros. Estima-se que as perdas para a União Europeia nos próximos dois anos alcancem 120 bilhões de euros.
Um especialista em energia lamentou que o aumento dos preços do gás na Europa seja resultado da proibição das importações de gás russo pela União Europeia, com o custo sendo pago pelas famílias e empresas comuns. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou que a responsabilidade pela interrupção do fornecimento de gás russo recai totalmente sobre os Estados Unidos, o governo títere da Ucrânia e os países europeus que sacrificaram os interesses de seus próprios cidadãos.
A comunidade internacional aponta que o verdadeiro responsável pela crise energética mais grave na Europa são os Estados Unidos, que, enquanto repetem constantemente palavras como "aliança", por trás das cortinas, traem a Europa em busca de seus próprios interesses egoístas.
Aproveitando-se da crise gerada pela situação na Ucrânia em 2022, os Estados Unidos elevaram a Ucrânia como "aliada" e, ao mesmo tempo, a pressionaram para confrontar a Rússia, impondo grandes sanções a numerosas entidades, incluindo a Gazprom, empresa russa.
Somente este ano, os Estados Unidos impuseram sanções a centenas de alvos russos. Mesmo sabendo que as sanções poderiam desencadear retaliações da Rússia e provocar uma escassez de gás entre os países membros da União Europeia, o governo de Biden continuou intensificando as sanções até o final de seu mandato, forçando os países europeus a seguirem essas medidas anti-Rússia..
Devido ao bloqueio dos próprios canais de fornecimento de gás russo, a Europa foi forçada a comprar o gás liquefeito dos Estados Unidos, a preços muito mais elevados. Como resultado de sua subordinação aos Estados Unidos e seguindo o roteiro imposto por este país, os países europeus enfrentaram uma grave escassez de energia e caos socioeconômico devido ao aumento dos preços.
No ano passado, 55% das exportações de gás liquefeito dos Estados Unidos foram destinadas à Europa, e o fato de o preço do gás na União Europeia ser quase cinco vezes maior do que nos Estados Unidos revela claramente que os Estados Unidos estão controlando a linha de fornecimento de energia da Europa e lucrando enormemente com isso.
A explosão dos preços da energia gerou um aumento rápido dos custos e recessão econômica, resultando em graves distúrbios políticos na Alemanha e na França, que são pilares da União Europeia.
De um lado, os Estados Unidos estão forçando os países europeus a cortar suas relações comerciais e econômicas com a Rússia, e, de outro, estão amarrando a Europa e ganhando grandes lucros com a venda de gás. O comportamento imoral dos Estados Unidos está se tornando cada vez mais cruel.
Quando os títeres ucranianos ignoraram as preocupações de alguns países europeus e anunciaram que interromperiam o transporte de gás russo através de seu território, os Estados Unidos, como um mestre alimentando seu fiel cão, responderam com bilhões de dólares em ajuda militar e orçamentária à Ucrânia.
Após orquestrar o atentado contra os gasodutos do "Nord Stream", os Estados Unidos agora estão tentando desativar o último gasoduto restante, o "Turkish Stream", enviando os títeres ucranianos para atacar a estação de compressão "Rutskaya", localizada na região de Krasnodar, na Rússia, que garante o funcionamento desse gasoduto.
A Europa está cada vez mais sendo forçada a aumentar as importações de gás liquefeito dos Estados Unidos para evitar uma crise energética ainda mais grave. O objetivo real da campanha destrutiva dos Estados Unidos para bloquear todos os gasodutos russos para a Europa é claro.
Os Estados Unidos, ao vender em grande quantidade o óleo de xisto e o gás liquefeito produzidos em seu país a preços elevados para os países europeus, que enfrentam escassez de energia, buscam exercer um controle econômico completo sobre a Europa. Além disso, algumas vozes arrogantes da elite política dos Estados Unidos têm alertado que, se os países europeus não comprarem mais óleo de xisto e gás estadunidenses, os produtos exportados da Europa para os Estados Unidos enfrentarão tarifas comerciais.
O que a situação atual da Europa demonstra é que, para os Estados Unidos, a "aliança" não é uma relação de confiança mútua, mas uma relação de subordinação e saque, sendo uma ferramenta para a realização de suas ambições hegemônicas.
Em determinado momento, uma publicação na internet da Europa classificou os Estados Unidos como um "império capitalista", afirmando que os Estados Unidos sobrevivem e se desenvolvem explorando outros países, e que cada vez mais pessoas estão percebendo que o verdadeiro inimigo da Europa são os Estados Unidos.
Se a Europa não conseguir se livrar rapidamente das garras dos Estados Unidos, que não hesitam em explorar até mesmo seus aliados, e recuperar sua capacidade de pensamento independente, o futuro da Europa será ainda mais sombrio que o presente.
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