segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

As relações conflitivas são intensificadas com a questão da importação e exportação de inteligência artificial


Os Estados Unidos anunciaram novas medidas regulatórias no início deste ano, com o objetivo de restringir ainda mais a exportação de chips de inteligência artificial e tecnologias relacionadas. De acordo com as medidas, a exportação de chips de IA será limitada para a maioria dos países, excluindo apenas os aliados próximos dos EUA. As exportações para países como China, Rússia e Irã continuam bloqueadas.

Autoridades estadunidenses afirmaram que é crucial manter a posição dos EUA no campo do design de chips de IA e que o país se preparará para a rápida expansão das capacidades de inteligência artificial nos próximos anos.

Em 2022, os Estados Unidos adotaram uma legislação relacionada a semicondutores e, em seguida, anunciaram uma regulamentação abrangente que impõe controles rígidos sobre a exportação de certos semicondutores avançados usados no desenvolvimento de sistemas de IA e na modernização de equipamentos militares, declarando uma guerra econômica para conter o progresso tecnológico de outros países. Esta foi a primeira vez que os EUA impuseram uma medida de controle de exportação tão ampla, proibindo a venda de semicondutores, equipamentos de fabricação e software com tecnologia estadunidense sem a devida autorização.

Os semicondutores tornaram-se elementos essenciais no desenvolvimento de várias áreas de alta tecnologia, como a indústria de TI, inteligência artificial, tecnologia espacial, tecnologia nuclear e ciências militares. A estratégia dos EUA é monopolizar o desenvolvimento, a produção e a cadeia de fornecimento desses elementos-chave, bloqueando a transferência de tecnologias e métodos de fabricação, para restringir o avanço tecnológico de seus concorrentes.

Além de impor essas medidas às suas próprias empresas de semicondutores, os EUA também forçaram países seguidores, cujas indústrias de semicondutores já estão bem desenvolvidas, a acatar as regulamentações. Países como o Japão e outros aliados importantes sofreram perdas econômicas consideráveis, mas se viram obrigados a seguir as ordens dos EUA.

A mídia internacional tem observado que os Estados Unidos estão mudando sua estratégia de proteção econômica, de políticas comerciais com tarifas que duraram décadas, para uma estratégia de bloqueio típica da Guerra Fria. Esse movimento se tornou mais flagrante à medida que os EUA entraram em um período de declínio.

Nos últimos 2 a 3 anos, os EUA passaram a considerar a aquisição de capacidades em tecnologias avançadas, como a inteligência artificial, por países potenciais concorrentes, como uma "ameaça à segurança nacional". Como resultado, as medidas de controle sobre a exportação de semicondutores e seus meios de fabricação foram continuamente reforçadas. No final do ano passado, os EUA implementaram novas regulamentações proibindo a exportação de dezenas de tipos de equipamentos de fabricação de semicondutores e software relacionados.

Essa ação reflete a ambição hegemônica dos EUA de destruir a base material e tecnológica das capacidades econômicas e militares dos concorrentes que possam desafiá-los. A abordagem agressiva dos EUA tem gerado grande insatisfação no Ocidente, já que suas políticas não poupam nem mesmo seus aliados.

Empresas e organizações industriais de alta tecnologia dos EUA alertaram que as novas medidas regulatórias podem ter consequências negativas significativas e pediram ao governo que não as implementasse. No entanto, as ações foram confirmadas.

Além disso, vários países da União Europeia, afetados pelas novas medidas, enfrentam prejuízos consideráveis. Apenas 10 países da UE foram classificados como aliados próximos dos EUA e receberam acesso irrestrito para importação, enquanto aproximadamente dois terços dos membros da União Europeia, 17 países, enfrentarão restrições.

Em particular, a Polônia, que recentemente anunciou grandes investimentos no desenvolvimento de inteligência artificial, sofrerá grandes danos. A Grécia e Luxemburgo, que planejavam instalar supercomputadores para o desenvolvimento de IA, também serão impactados. Isso gerou uma reação muito fria por parte da União Europeia em relação às medidas dos EUA.

A vice-presidente da Comissão Europeia e o comissário de comércio expressaram insatisfação, dizendo que as ações dos EUA limitam o acesso de países e empresas da UE a produtos de semicondutores avançados, e afirmaram: "Acreditamos que a União Europeia comprar chips de IA sem restrições dos EUA seria benéfico para a economia e segurança dos próprios EUA."

O CEO de uma empresa de inteligência artificial na França comentou que isso é um novo alerta dos EUA para a Europa, e afirmou que não se pode mais depender dos EUA. A embaixada da Polônia nos EUA fez uma solicitação formal ao governo dos EUA para que explicasse as novas medidas.

Esses eventos são mais uma demonstração da natureza impiedosa dos EUA, que não hesitam em adotar qualquer medida para proteger seus próprios interesses, e também expõem a difícil posição dos países que, por tanto tempo, seguiram cegamente suas orientações.

Jang Chol

Rodong Sinmun

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