O movimento em direção à multipolarização global e a um sistema internacional mais justo está se intensificando.
No dia 6 de janeiro, o governo do Brasil, que preside o BRICS este ano, emitiu uma declaração oficial anunciando que a Indonésia se tornou um membro pleno do BRICS.
A adesão da Indonésia ao BRICS foi aprovada na cúpula dos líderes do BRICS realizada na África do Sul em 2023, e o processo de adesão foi acelerado pelo novo governo indonésio, que tomou posse em outubro do ano passado, resultando neste momento de concretização.
O ministro das Relações Exteriores da Indonésia afirmou que a adesão ao BRICS reflete a política externa independente do país, acrescentando que o BRICS se tornará uma força para promover os interesses dos países em desenvolvimento.
A mídia internacional comentou que a adesão da Indonésia, o maior país do Sudeste Asiático em termos de população e economia, fortaleceu ainda mais o BRICS, acelerando o crescimento econômico e ampliando sua influência entre os países em desenvolvimento.
O BRICS tem alcançado um desenvolvimento contínuo desde que começou a realizar cúpulas regulares em 2009.
No ano passado, aceitou Egito, Etiópia, Irã e os Emirados Árabes Unidos como novos membros plenos, tornando-se uma força importante no desenvolvimento econômico mundial e no palco internacional.
De acordo com dados, o BRICS superou amplamente o G7 em termos de Produto Interno Bruto (PIB) global e seu tamanho econômico foi 2,5 vezes maior que o da União Europeia.
Com a adesão da Indonésia como membro pleno, a participação do BRICS no desenvolvimento econômico global aumentou ainda mais.
Além disso, no início deste ano, países como Bielorrússia, Bolívia, Cazaquistão, Malásia, Uganda, Uzbequistão e Nigéria receberam o status de parceiros do BRICS. A questão de conceder o status de parceiro a países que desejam se juntar ao BRICS ou fortalecer sua cooperação com o grupo foi acordada na cúpula dos líderes do BRICS realizada em Kazan, na Rússia, no ano passado. O status de parceiro é considerado muito próximo ao status de membro pleno.
Além disso, mais de 20 países, como Azerbaijão, Bangladesh, Venezuela, Zimbábue, Senegal e Nicarágua, expressaram interesse em manter um diálogo mais sistemático com o BRICS.
Essas tendências, que demonstram a crescente influência do BRICS, são uma evidência de que o movimento internacional em direção à construção de um mundo multipolar está se tornando um poderoso fluxo que está afastando a antiga ordem dominada pelo Ocidente.
Dentro dos círculos de analistas ocidentais, há um aumento das preocupações de que o BRICS, ao fortalecer sua influência econômica e política no cenário internacional, estabelecer seu próprio banco, promover a introdução de uma nova moeda e expandir suas instituições, representa um desafio à atual ordem internacional e ao sistema financeiro dominado pelo Ocidente.
Eles analisam que as crescentes sanções econômicas e financeiras dos Estados Unidos e de países ocidentais estão sendo um fator que empurra muitos países ao BRICS e ao desejo de um novo sistema econômico mais justo.
A mídia ocidental tem comentado que, com relação à postura dos países do BRICS sobre a crise na Ucrânia, o grupo pode evoluir de um clube econômico de grandes potências regionais para um clube político, com grande possibilidade de se tornar um polo de oposição ao Ocidente.
Nos últimos anos, o status do BRICS no mundo tem se fortalecido significativamente, e até alguns países ocidentais têm demonstrado interesse pelo grupo. No entanto, o BRICS não tem facilitado a entrada de países considerados não amistosos.
O presidente do Conselho de Especialistas do BRICS afirmou no ano passado: "O BRICS é uma organização inclusiva, mas existem critérios. Um desses critérios é a implementação de políticas construtivas e amigáveis por parte de todos os membros do BRICS. Dado o aumento da tensão geopolítica, a cooperação com países não amistosos ao BRICS é impossível."
O notável crescimento do BRICS, que impulsiona fortemente a multipolarização do mundo e o estabelecimento de uma ordem internacional mais justa, representa um golpe significativo para as forças ocidentais que tentam preservar a ordem hegemônica existente.
Jang Chol
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