O Acordo de Munique foi um pacto criminoso assinado em setembro de 1938 em Munique, na Alemanha, entre o Reino Unido, França, Alemanha e Itália. Também é conhecido como a política de Munique.
Em março de 1938, o regime fascista de Hitler já havia anexado a Áustria de forma brutal, e logo exigiu que a Tchecoslováquia entregasse a região dos Sudetos, mostrando seu caráter agressivo. Naquela época, cerca de 3,2 milhões de alemães viviam na região dos Sudetos, e o Partido Alemão dos Sudetos, fundado em 1933, começava a exigir autonomia com o apoio do regime de Hitler.
Enquanto isso, os imperialistas dos Estados Unidos, Reino Unido, França e Itália, que estavam interessados em enfraquecer a União Soviética e desviar a agressão fascista, aproveitavam a oportunidade para fazer acordos com a Alemanha. Com a fachada de "política de apaziguamento" e "política de não interferência", essas potências imperialistas incentivaram o regime fascista alemão e forçaram o governo tchecoslovaco a aceitar as exigências de Hitler.
O governo da Tchecoslováquia, pressionado, acabou assinando este acordo humilhante. Com o Acordo de Munique, a Alemanha fascista tomou a região dos Sudetos sem resistência e, no ano seguinte, em março, Hitler ocupou o restante da Tchecoslováquia. Em 1º de setembro de 1939, a Alemanha atacou a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial.
A "política de Munique no Extremo Oriente" refere-se à política de apaziguamento praticada pelas potências imperialistas (EUA, Reino Unido, França) antes da guerra no Pacífico, que ignoraram a invasão japonesa da China e, em vez disso, concentraram-se em usar o Japão contra a União Soviética e as forças revolucionárias na China e na Manchúria. Esta política foi uma forma de permitir que o Japão expandisse suas agressões na Ásia, sacrificando interesses coloniais em nome de seus próprios interesses políticos e econômicos.
A invasão da Manchúria pelo Japão e o início da Segunda Guerra Sino-Japonesa em 1937 prejudicaram os interesses das potências imperialistas, que tinham grandes concessões na China. No entanto, os imperialistas, mesmo sacrificando partes de suas posses coloniais, apoiaram a agressão japonesa na China, promovendo suas ambições militares. O Japão, aproveitando essa política imperialista, expandiu sua agressão à China e, quando a oportunidade surgiu, começou a preparar uma guerra contra a União Soviética.
Contudo, a política de Munique no Extremo Oriente não pôde ser concretizada devido à resistência da luta armada do povo chinês contra a ocupação japonesa e à força da União Soviética. A intensificação das contradições entre os EUA e o Japão levou à eclosão da Guerra no Pacífico, que destruiu essa política.
O Acordo de Munique e a política de Munique no Extremo Oriente tornaram-se sinônimos de traições e da natureza predatória do imperialismo, oferecendo uma lição sangrenta de que, quando se faz uma concessão aos imperialistas, deve-se esperar muitas outras concessões.
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