Os políticos dos Estados Unidos e seus porta-vozes frequentemente repetem o discurso sobre "liberdade", "igualdade" e "direitos humanos". Eles afirmam que a melhor forma de garantir "liberdade" e "igualdade" e de proteger os "direitos humanos" é adotar a "democracia liberal", ou seja, a democracia ao estilo estadunidense, e que construir um mundo composto por "países democráticos" seria o caminho mais ideal para alcançar a paz mundial.
No entanto, a democracia ao estilo estadunidense tem sido rejeitada por deixar feridas profundas em diversos povos e por causar graves danos à paz e segurança deste planeta.
Originalmente, a democracia ao estilo estadunidense foi concebida e promovida pelos próprios Estados Unidos para moldar o mundo de acordo com seus interesses. Os EUA a têm utilizado como ferramenta para justificar atos de agressão e intervenção, além de caluniar de forma implacável os países que adotam uma postura independente anti-imperialista.
A verdadeira face reacionária dessa democracia, que enganou o mundo, foi completamente exposta.
A democracia ao estilo estadunidense é, na essência, o mais reacionário mecanismo de opressão, que viola a soberania e o direito ao desenvolvimento dos países, sendo sinônimo de agressão, pilhagem e interferência. Essa "democracia", que destrói países e nações e mergulha o mundo no caos, não pode ser considerada um modelo ideal que todos devam aceitar.
Na sua essência, a democracia ao estilo estadunidense é baseada na lei da selva, onde uma superpotência subjuga e domina arbitrariamente outros países, sendo, portanto, uma democracia de agressão.
O mundo é composto por inúmeros países, e cada país possui seu próprio sistema político, adequado às suas condições específicas. Não existe um sistema político ou um padrão de democracia universalmente aplicável a todos os países deste planeta. Políticos e especialistas de vários países também afirmam que não há um critério absoluto para a democracia, e que o essencial é a ampla participação do povo na política e a satisfação das suas demandas. Mesmo assim, os Estados Unidos continuam absolutizando e impondo seu modelo de forma uniforme, tentando fazer com que seus valores e estilo de vida predominem em todos os países, para assim controlar o mundo conforme sua vontade.
A democracia ao estilo estadunidense é um instrumento para subjugar outros países, interferir em seus assuntos internos e promover mudanças de regime.
A escolha de uma ideologia política e de um sistema político é uma questão que pertence exclusivamente à soberania de cada país e nação. Nenhum país tem o direito de interferir nos assuntos internos de outros povos.
No entanto, os Estados Unidos, sem que ninguém os tenha designado, assumem o papel de "juízes da democracia" e "comandantes supremos do campo democrático", intrometendo-se nos assuntos internos de outros países. Rotulam de "países antidemocráticos" aqueles que não seguem sua linha, interferindo em questões diversas e apontando o dedo em sinal de censura. Além disso, têm usado a "democracia" como ferramenta para alterar sistemas sociais e estatais.
Frequentemente, eles intervêm abertamente durante eleições em outros países, dando orientações sobre quem deve ser o líder e que tipo de política deve ser adotada. Quando tais tentativas não dão certo, estimulam elementos reacionários a causar desordens sociais e, com a tomada de medidas diante dessas desordens, acusam os governos de "violação dos direitos humanos" ou "retrocesso democrático", aplicando ainda mais pressão. Isso tem causado instabilidade sociopolítica em diversos países, gerando conflitos e guerras civis. Governos independentes anti-EUA têm sido derrubados, e regimes pró-EUA, impostos, resultando em situações anormais.
O Oriente Médio é uma das regiões mais atingidas pelos danos da democracia ao estilo estadunidense.
No início deste século, os Estados Unidos declararam que transformariam o Oriente Médio por meio da "democracia", espalhando as sementes da "Revolução de Jasmim" nos solos dos países da região, com a promessa de criar um "grande jardim democrático". Contudo, essa "revolução colorida" no Oriente Médio provocou apenas caos interminável para os países da região.
Os países da Ásia Ocidental e do Norte da África foram mergulhadas consecutivamente em guerras civis. Conflitos surgiram entre facções políticas, etnias e seitas, resultando em desordem e caos sociais. Em alguns casos, a função de governança estatal foi completamente paralisada. Além disso, os Estados Unidos, que instigaram e manipularam essas "revoluções coloridas" nos bastidores, chamaram-nas de "Primavera Árabe", disfarçando-as como algo positivo, enquanto facilmente removiam os governos que lhes eram desfavoráveis.
Um cientista político egípcio afirmou que os Estados Unidos, constantemente sob o pretexto da "democracia", interferem nos assuntos internos de outros países, desestabilizam a situação regional, fomentam o terrorismo e mergulham os povos na miséria.
Um diplomata estadunidense, em seu livro intitulado "Democracia: A Exportação Mais Letal dos Estados Unidos", destacou que o ímpeto por trás da ambição dos EUA de dominar o mundo não se origina de um desejo por um mundo mais democrático, livre ou justo, mas de objetivos econômicos e ideológicos. Ele sublinhou que o "grande espetáculo da democracia" encenado pelos Estados Unidos não é um "evangelho" para o mundo, mas a raiz da instabilidade, o que mais uma vez se confirma.
E não é apenas no Oriente Médio. A situação em outros países que experimentaram as "revoluções coloridas" impulsionadas pelos ventos da democracia ao estilo estadunidense também não é diferente. A verdadeira face da democracia estadunidense é reprimir o direito dos países soberanos de trilhar seus próprios caminhos de desenvolvimento, forçando-os a se submeter à definição unilateral dos EUA sobre "democracia".
A democracia ao estilo estadunidense é uma arma de hegemonia, usada para dominar o mundo sob a fachada da "democracia". A retórica dos Estados Unidos sobre "garantir a democracia" frequentemente serve como prelúdio para invasões. Eles gritam slogans como "lutar contra a ditadura com democracia" e rotulam os países que não lhes agradam de "regimes ditatoriais". Posteriormente, sob o pretexto de "proteger a democracia", não hesitam em derrubar Estados soberanos legítimos com vastos recursos militares.
O site do jornal egípcio "Al-Ahram" publicou um artigo afirmando que a "democracia" foi transformada em uma arma que os Estados Unidos usam para destruir a estabilidade de outros países e eliminar sua legitimidade.
Há inúmeros exemplos dessa prática. Em 2003, os Estados Unidos, sob os slogans de "eliminação de armas de destruição em massa" e "garantia da democracia", devastaram o Iraque com uma invasão militar. Após ocupar o país, afirmaram que permaneceriam até que fosse estabelecida uma "ordem democrática" e que o povo iraquiano desfrutasse de "liberdade", autoproclamando-se "defensores da paz e da democracia". Contudo, o que realmente fizeram foi reprimir as legítimas lutas do povo iraquiano, classificando-as de "atos de violência" ou "terrorismo", além de torturar e massacrar brutalmente civis inocentes.
Nos anos 1980, as invasões militares a Granada e ao Panamá, assim como os ataques aéreos indiscriminados à Iugoslávia na década de 1990, foram todos realizados sob os slogans de "proteção dos direitos humanos", "derrubada da ditadura" e "garantia da democracia". A história deixa uma lição sangrenta: a retórica estadunidense sobre "democracia" é invariavelmente seguida por guerras sangrentas e intervenções militares.
O principal alvo das agressivas e impiedosas campanhas de agressão e interferência dos Estados Unidos, sob o pretexto de "garantir a democracia", são os países independentes anti-imperialistas.
Diante do fortalecimento e crescimento das forças independentes anti-imperialistas, os Estados Unidos, tomados pelo medo, utilizam a questão da "garantia da democracia" como instrumento de pressão política, pretexto para sanções econômicas, bloqueios e invasões, com o objetivo de isolar e subjugar os países progressistas.
Atualmente, os EUA, em aliança com seus seguidores que classificam como "países democráticos", continuam criticando a "situação democrática" de países independentes como o Irã e a Venezuela, assim como de países situados em regiões estrategicamente importantes, buscando justificar intervenções militares e invasões.
A democracia ao estilo estadunidense incita conflitos e disputas entre países, resultando em graves consequências para a paz e a segurança mundial. A causa fundamental das crises sociais enfrentadas por alguns países reside na adoção desse modelo de democracia.
O que a democracia ao estilo estadunidense oferece não é o desenvolvimento dos países e povos, mas sua decadência e ruína; não o progresso da humanidade, mas seu retrocesso. Ela não traz prosperidade, mas desastres e instabilidade, e, em vez de paz e segurança, promove guerras e calamidades.
Embora os EUA tentem, de forma astuta, disfarçar seus atos de agressão e intervenção destinados à realização de sua estratégia hegemônica sob o letreiro da "democracia", a verdadeira natureza de seus crimes se torna cada vez mais evidente com o passar do tempo.
Ri Hak Nam
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