domingo, 26 de janeiro de 2025

Os revisionistas iugoslavos servem ao imperialismo


Artigo do diário Rodong Sinmun de 22 de agosto de 1963

As experiências históricas do movimento da classe trabalhadora mostraram que a burguesia sempre apoia e utiliza o revisionismo, sua porta-voz dentro do movimento da classe trabalhadora, para paralisar as lutas revolucionárias das massas e corromper o proletariado.

Hoje, para conter o avanço de nossa era rumo à paz, à independência nacional e ao socialismo, e alcançar seus objetivos agressivos, os imperialistas liderados pelos EUA concentram suas principais forças em manobras para destruir o bloco socialista e o movimento comunista internacional. Com esse propósito, apoiam e utilizam, de forma aberta e velada, os revisionistas modernos, representados pela camarilha de Tito, depositando neles esperanças particulares.

Em consonância com as artimanhas astutas dos imperialistas, a camarilha de Tito, que revelou plenamente suas verdadeiras cores como destacamento especial do imperialismo, desafia de maneira ainda mais descarada o marxismo-leninismo e a causa revolucionária da classe trabalhadora, conduzindo atividades subversivas perversas para desestabilizar o bloco socialista e as fileiras do movimento comunista internacional por dentro.

Diante das atuais circunstâncias, em que as conspirações dos imperialistas e revisionistas se tornam ainda mais maliciosas, é uma questão urgente e essencial, para a vitória na luta pela paz e pela libertação de classe e nacional de todos os povos, continuar expondo a fundo os crimes da camarilha de Tito contra os movimentos comunista e operário internacionais, bem como sua natureza antimarxista.

A luta contra a camarilha de Tito, que se reduziu a um servil e desprezível lacaio do imperialismo, é parte da luta de classes contra o imperialismo e a burguesia. Portanto, a atitude em relação à camarilha de Tito é uma questão de princípio para os comunistas, uma questão de saber se se mantém ou não a pureza do marxismo-leninismo e se leva adiante a causa revolucionária do proletariado até o fim.

Ultimamente, algumas pessoas têm até tentado incluir a camarilha de Tito, um grupo de renegados imundos, no bloco socialista e nas fileiras do movimento comunista internacional, alegando que esta agora corrigiu seus "erros" e afins. No entanto, nenhuma declaração arbitrária ou unilateral pode encobrir os crimes e as verdadeiras cores da camarilha de Tito, assim como nenhum tratamento "camarada" pode reformar os renegados.

A dura realidade exige que esmaguemos, em prol da causa revolucionária do proletariado internacional, a “teoria” antimarxista-leninista da camarilha de Tito e suas manobras nocivas.

1 — Referindo-se à camarilha de Tito na Iugoslávia, a declaração da reunião de Moscou dos partidos comunistas e operários apontou: “Após trair o marxismo-leninismo, que eles classificaram como obsoleto, os líderes da Liga dos Comunistas da Iugoslávia opuseram seu programa revisionista antileninista à declaração de 1957; colocaram a Liga contra o movimento comunista internacional como um todo… Realizam trabalhos subversivos contra o bloco socialista e o movimento comunista mundial”. As “teorias” e atividades da camarilha de Tito, sem exceção, não têm nada em comum com o marxismo-leninismo e, na verdade, estão em completa oposição à posição marxista-leninista, à posição dos comunistas sobre as principais questões internacionais da atualidade e as questões fundamentais do movimento comunista internacional. Invariavelmente, elas visam embelezar o imperialismo, especialmente o imperialismo estadunidense, protegendo suas políticas de agressão e guerra, desarmando as massas populares na luta pelo socialismo, pela independência nacional e pela paz, e amarrando-as permanentemente ao saque e à dominação imperialista.

Como destacado na declaração da reunião de Moscou, todas as atividades dos revisionistas, especialmente da camarilha de Tito, equivalem a uma exigência pela "introdução ou restauração do capitalismo". Para embelezar o imperialismo e entorpecer as lutas revolucionárias das massas, a camarilha de Tito distorce a natureza de nossa época e tenta ao máximo ocultar as contradições do mundo atual.

Declarou que “hoje o mundo entrou em uma nova época na qual as nações… podem relaxar e se dedicar tranquilamente às suas tarefas de construção interna” (discurso de Tito em Zagreb, em 12 de dezembro de 1959) e que nossa época está conduzindo todos os povos na direção de uma integração interna, unindo os povos com base no alto nível de desenvolvimento das forças produtivas, na divisão internacional do trabalho e em novos interesses comuns.

Esses renegados afirmam que nossa época não é uma era de luta entre os dois sistemas sociais opostos, mas um período de "tranquilidade" em que a "integração interna está na ordem do dia"; não é uma era de revolução proletária e de revolução de libertação nacional, mas de "coexistência positiva"; não é uma era do triunfo do socialismo e do colapso do imperialismo, mas apenas uma era caracterizada pelo “desenvolvimento das forças produtivas, da ciência e da tecnologia”.

Isso revela plenamente o completo distanciamento da camarilha de Tito da posição e do ponto de vista da classe trabalhadora, bem como suas tentativas de ocultar, perante as massas, o avanço vitorioso do socialismo e as poderosas ondas das lutas revolucionárias que estão transformando o mundo, eliminar a linha divisória fundamental entre socialismo e imperialismo, e encobrir as contradições entre a classe trabalhadora e a classe capitalista, entre os povos das colônias e o imperialismo, e entre os próprios imperialistas.

Dessa forma, a camarilha de Tito minimiza o antagonismo entre os dois sistemas sociais, vira as costas para a mudança no equilíbrio das forças de classe e nas lutas revolucionárias, com o objetivo de distanciar as massas dessas lutas revolucionárias e pregar o “compromisso” e a “cooperação” sem princípios com o imperialismo. Isso é bem evidenciado pela política de “coexistência positiva” que promove como o único remédio para a solução dos problemas mundiais.

A camarilha de Tito, que promove orgulhosamente sua política de “coexistência positiva” como uma condição prévia para a “integração mundial”, deixou claro mais uma vez, na nova constituição da Iugoslávia adotada em abril passado, que “o objetivo geral de sua política externa” é “estabelecer e desenvolver todas as formas de cooperação internacional”, “realizar ampla cooperação política, econômica e cultural” e “desenvolver uma comunidade livre dos povos do mundo”.

O verdadeiro objetivo da camarilha de Tito é, em nome da “integração mundial”, obliterar completamente a linha divisória entre o socialismo e o capitalismo, dissolver a luta entre o socialismo e o imperialismo, bem como as lutas revolucionárias de classe e de libertação nacional, em uma política de “coexistência positiva”, enfraquecer a luta contra o imperialismo e sacrificar a causa da paz e da revolução, inteiramente, como uma “oferta” aos imperialistas.

A “comunidade livre” defendida por Tito não passa de uma variante e uma extensão da “comunidade atlântica” promovida pelo imperialismo estadunidense. Não é de se surpreender que tais renegados da revolução embelezem e idealizem o imperialismo, defendendo abertamente e apoiando suas políticas de agressão e provocação de guerra.

Segundo a “teoria criativa” da camarilha de Tito, que se vangloria de não ser “dogmática”, hoje não existe mais uma “sociedade capitalista típica” no mundo, o imperialismo deixou de ser agressivo e predatório e se tornou “honesto” e “amante da paz”.

Como justificativa, Tito afirma que, atualmente, com as antigas colônias transformadas em nações independentes, já não há razão para os colonialistas lutarem pela divisão territorial e que os imperialistas não precisam mais conquistar outros países, pois suas forças produtivas atingiram um nível tão elevado que conseguem produzir em quantidade suficiente os bens de que necessitam. Essa “teoria” da camarilha de Tito não é uma invenção própria, mas uma edição moderna da “Teoria do Superimperialismo” de Kautsky, desmascarada por Lenin há muito tempo.

Os renegados descrevem os imperialistas como cavalheiros que não necessitam mais de agressões — os mesmos imperialistas que hoje exploram e oprimem inúmeras massas trabalhadoras e saqueiam e massacram centenas de milhões de pessoas de pequenos países. Dessa forma, a camarilha de Tito está disseminando o mito da mudança da natureza do imperialismo, buscando justificar os imperialistas em todos os aspectos e subverter a luta dos povos pela paz, independência nacional e socialismo.

2 — Hoje, é uma tarefa urgente de todas as nações defender a paz mundial. No entanto, a camarilha de Tito, sob o disfarce de “paz”, está ativamente protegendo a política de provocação de guerra dos imperialistas e tramando, sem escrúpulos, minar e subverter a luta dos povos pela paz. O imperialismo, que desencadeou duas catastróficas guerras mundiais no último meio século, está agora envolvido em uma frenética manobra para levar novamente a humanidade à beira de uma guerra desastrosa. Em particular, o imperialismo estadunidense, principal força de agressão e guerra, está obcecado em provocar novos conflitos em todas as partes do mundo.

O imperialismo estadunidense, liderado pelo odioso maníaco de guerra Kennedy, está preparando abertamente a “guerra total”, a “guerra localizada” e a “guerra especial”, além de travar uma guerra bárbara no Vietnã do Sul atualmente.

Eles expandiram febrilmente os armamentos, estabeleceram mais de 900 bases militares agressivas e formaram blocos militares em todas as partes do mundo, além de rearmar militaristas japoneses e da Alemanha Ocidental, tentando usá-los como brigadas de choque contra o bloco socialista. Eles estão constantemente ameaçando a paz na Coreia, ocupando a metade sul do nosso país, tramando novas provocações armadas no Laos e persistindo em suas contínuas provocações contra Cuba.

Portanto, não pode haver luta pela paz hoje sem a luta contra o imperialismo e suas políticas de agressão e provocação de guerra. Apesar disso, a camarilha de Tito deliberadamente ignora as frenéticas políticas de agressão e provocação de guerra dos imperialistas estadunidenses, tentando descaradamente encobrir perante o mundo as verdadeiras cores do imperialismo estadunidense, o principal líder da agressão e da guerra. Ela considera o bloco socialista e o bloco capitalista como dois blocos militares opostos e afirma que a existência desses dois blocos militares é a causa da tensão internacional.

O programa da Liga dos Comunistas da Iugoslávia afirmou, a esse respeito, que “a impossibilidade de uma estabilidade mais duradoura e permanente nas relações internacionais decorre do fato de que... esta ou aquela grande potência e bloco é forçada a conduzir a política de abordar os assuntos internacionais puramente a partir de uma posição de força”.

Assim, equiparando a política agressiva dos imperialistas à política externa pacífica do bloco socialista, a camarilha de Tito lança calúnias malignas, afirmando que a causa da tensão internacional não reside no imperialismo, mas na formação do bloco socialista mundial. A intenção oculta de Tito foi ainda mais claramente revelada em sua descrição do bloco militar dos imperialistas como sendo “defensivo” e voltado para a “paz”.

Já em setembro de 1952, ele afirmou que nunca considerou a OTAN e seus Estados-membros como uma “aliança agressiva” e “estados agressivos”. Não é por acaso que a camarilha de Tito lança calúnias maliciosas contra os países socialistas, declarando que a guerra é causada também pela “lei do desenvolvimento interno do socialismo”.

Em seu relatório no Sétimo Congresso da Liga dos Comunistas da Iugoslávia, Tito difamou e caluniou a União Soviética, afirmando que a política externa obstinada, desnecessária e intimidadora conduzida pela União Soviética foi a principal causa por trás da conclusão do Tratado do Atlântico Norte e da formação de um bloco militar pelas potências ocidentais. Na quinta sessão plenária do Comitê Central da Liga, realizada em maio deste ano, ele atribuiu a “atitude belicosa” dos imperialistas à “política de guerra fria” da China. Este renegado chegou ao ponto de alegar que o imperialismo deseja “paz”, mas os países socialistas criam tensões.

Vale a pena recordar o discurso de Kennedy sobre a questão da “paz”, feito em uma universidade dos EUA há algum tempo, e a resposta da camarilha de Tito a ele. No discurso, Kennedy afirmou que os Estados Unidos têm “consistentemente” buscado a “paz” e que a ameaça de guerra provém dos esforços dos “comunistas para impor seu sistema político e econômico a outros”.

Em sintonia com isso, os jornais de Tito declararam que o discurso de Kennedy serve, antes de tudo, aos interesses da paz e que “merece grande atenção”. Como se pode ver, Tito e Kennedy são iguais como duas gotas de água.

Todos os fatos comprovam que a camarilha de Tito, ao defender seus mestres, caluniou e difamou a União Soviética quando os imperialistas estavam engajados em uma campanha antissoviética e, hoje, está vilipendiando a China em alinhamento com a campanha anti-China dos imperialistas. No passado e no presente, a camarilha de Tito serviu e está servindo ao imperialismo estadunidense como inimiga do socialismo. Assim, não há necessidade de explicar por que a camarilha de Tito não poupa esforços para desvirtuar o movimento de paz anti-imperialista.

A camarilha de Tito balbucia sobre uma “paz” desvinculada da luta anti-imperialista e prega uma “cooperação abrangente” com o imperialismo, promovendo “diálogos pacientes” como uma solução mágica. Em última análise, a “paz” sobre a qual Tito fala não significa nada além de um compromisso sem princípios e submissão às políticas imperialistas de agressão e provocação de guerra.

Por mais que a camarilha de Tito tente disfarçar-se, falando sobre a “política suprabloco” e alardeando sua “contribuição” para a preservação da paz, não consegue esconder sua verdadeira face como sabotadora da causa da paz e apologista da política imperialista de guerra. Já em 1951, a camarilha de Tito concluiu com os imperialistas estadunidenses um acordo de assistência militar e tornou-se membro da aliança militar dos Balcãs, um apêndice da OTAN. Tito inseriu a Iugoslávia no bloco militar dos imperialistas estadunidenses e declarou abertamente que isso era necessário para conter a “agressão” dos países do Leste.

Tito também afirmou que “na verdade, a Iugoslávia está ao lado das potências ocidentais” e que “os interesses da Iugoslávia estão em conformidade com os dos países ocidentais”. Por meio de um jornalista estadunidense, ele prometeu ao imperialismo estadunidense que “em caso de agressão, os Estados Unidos terão imediatamente um Estado amigo confiável”. Esses poucos exemplos bastam para revelar sua natureza. Não causa surpresa o fato de que a imprensa dos EUA relatou com grande exultação que Tito retribui generosamente a “ajuda dos EUA” ao “contribuir para a defesa do Ocidente”.

3 — A camarilha de Tito está ativamente justificando a política colonial predatória dos imperialistas e tentando de maneira vil minar a luta de libertação dos povos nas colônias e nos países dependentes por independência nacional.

Hoje, a luta de libertação nacional para romper as correntes imperialistas e conquistar liberdade e independência está ardendo como um incêndio de pradaria na Ásia, África e América Latina. A crescente luta de libertação nacional está desintegrando o sistema colonial do imperialismo com força irresistível e desferindo um sério golpe ao imperialismo, enfraquecendo-o ainda mais.

A luta de libertação dos povos nas colônias e países dependentes é um elo da luta revolucionária do proletariado internacional contra o imperialismo, sendo uma força aliada deste último e um fator poderoso pela paz. Por isso, os comunistas e o proletariado consciente consideram seu elevado dever internacionalista dar apoio ativo à luta de libertação nacional. Mas, novamente, a camarilha de Tito se opõe frontalmente à posição de princípios do movimento comunista internacional, promovendo sua “política” revisionista.

Sob o disfarce do “não alinhamento”, a camarilha de Tito está tentando se infiltrar nas fileiras das colônias, países dependentes e nações recém-independentes, dissimulando-se astutamente como “apoiadora” e “amiga” das nações oprimidas, desempenhando um papel extremamente nocivo e subversivo. Com o objetivo de paralisar a luta de libertação nacional dos povos das colônias e países dependentes, a camarilha de Tito, em primeiro lugar, enfeita de todas as formas a política imperialista de agressão contra esses países.

Pregando que agora o imperialismo não precisa mais de colônias, esses renegados tentam substituir de forma sorrateira as relações antagônicas entre o imperialismo e os povos das colônias e países dependentes por uma mera “diferença entre áreas desenvolvidas e subdesenvolvidas”.

Eles clamam, aos quatro ventos, que agora a tarefa colocada diante dos povos das colônias e países dependentes não é lutar contra a agressão imperialista para conquistar a independência nacional e defendê-la, mas simplesmente “pedir” por “assistência material para o desenvolvimento econômico”.

Isso mostra como a camarilha de Tito justifica de maneira astuta o colonialismo, novo e antigo, que estende seus tentáculos agressivos sob a máscara da “ajuda”, junto com a agressão armada para escravizar os povos de outros países, e como trama de forma vil para manter os povos coloniais e dependentes presos ao jugo do colonialismo.

Não é por acaso que argumentam que a “ajuda econômica” é a questão mais importante, em vez de apoiar a luta de libertação nacional nas colônias, enquanto exaltam os imperialistas como os “benfeitores dos países subdesenvolvidos”.

Dando um passo além, a camarilha de Tito tem defendido abertamente a agressão armada dos imperialistas contra outros países. Esses cães de guarda dos imperialistas expressaram apoio ativo à ocupação da Coreia do Sul e à provocação da guerra de agressão na Coreia pelos imperialistas estadunidenses, lançando calúnias e difamações venenosas contra o povo coreano, que se levantou em uma luta justa contra a agressão, e contra os países socialistas que apoiaram e incentivaram essa luta. Quando o imperialismo estadunidense iniciou a Guerra da Coreia, Tito afirmou à delegação militar dos EUA que apoiava plenamente a política dos EUA em relação à questão coreana, mas que certos desenvolvimentos relacionados à situação interna o impediam de tomar ações mais decisivas.

Qual seria a “ação decisiva” que Tito desejava tomar, considerando insuficiente apenas apoiar a agressão armada do imperialismo estadunidense? Não é difícil imaginar o que Tito deixou subentendido. Além disso, a camarilha de Tito elogiou a repressão à luta patriótica do povo congolês, cometida pelo imperialismo estadunidense sob a falsa bandeira da “ONU”, alegando que isso era útil para lidar com a situação; defendeu o esquema dos imperialistas estadunidenses de instigar provocações de guerra no Laos, alegando que isso era verdadeiramente em prol da paz e da neutralização; e chegou ao ponto de encorajar o imperialismo estadunidense a condenar o povo cubano, afirmando que a agressão do imperialismo estadunidense contra Cuba foi causada porque a revolução cubana era um espinho na carne dos EUA e que Cuba havia criado uma situação difícil.

Enquanto retrata a política de escravização colonial dos imperialistas estadunidenses como uma ação de "anjos", a camarilha de Tito tenta intimidar os povos das colônias e países dependentes que travam a luta de libertação nacional e caluniar de forma vil o apoio à luta de libertação nacional nas colônias.

Recentemente, Tito tem pregado capitulação e submissão com mais ênfase, afirmando de forma ameaçadora que a luta de libertação nacional, especialmente a luta armada nas colônias, pode levar a uma “guerra termonuclear”. Ele também alega que o apoio dos países socialistas à luta de libertação nacional colocará em conflito os países desenvolvidos com os subdesenvolvidos, bem como os povos da Ásia, África e América Latina com os povos da Europa.

Qual é a verdadeira intenção de Tito, que tenta amedrontar os povos que lutam pela independência nacional com chantagem atômica e insiste que o apoio aos povos que combatem os agressores imperialistas tende a incitar lutas internas entre eles? É bastante significativo que o programa da Liga dos Comunistas da Iugoslávia destaque que, para alcançar a independência hoje, é necessário um "aprofundamento das relações mútuas" e a fusão em uma "grande família mundial".

Afirma que os povos das colônias devem estabelecer uma “relação estreita” com o imperialismo em vez de lutar contra ele e que devem “unir-se à grande família” do imperialismo em vez de conquistar a independência nacional, ou seja, devem continuar na condição de escravos dos imperialistas. Nisso reside a verdadeira natureza do “apoio” e da “solidariedade” da camarilha de Tito com a luta de libertação nacional.

Quão idêntico isso é aos atos desprezíveis dos oportunistas da Segunda Internacional, que defendiam a anexação de outras nações pelos imperialistas enquanto falavam em “união” em vez da autodeterminação completa das nações, sob o pretexto de que o fortalecimento dos laços entre nações é progressivo no período do imperialismo! Se há alguma diferença, é a diferença entre "mestre e aluno" e o fato de que a camarilha de Tito revelou suas verdadeiras intenções de maneira ainda mais explícita.

Brandindo o “exemplo” iugoslavo, a camarilha de Tito trama infiltrar-se na Ásia e África para prejudicar a luta pelo progresso social dos povos dessas regiões e desviá-los para o caminho errado, abusando de suas aspirações pelo socialismo.

4 — A tentativa da camarilha de Tito de corromper a classe trabalhadora e paralisar sua luta revolucionária rejeita a luta de classes e nega a necessidade da revolução socialista, da ditadura do proletariado e do papel de liderança do partido marxista-leninista na transição para o socialismo. Para fornecer a “base” para tal “teoria” renegada, a camarilha de Tito faz esforços para apresentar os Estados imperialistas, e em particular o capitalismo monopolista de Estado, como algo supraclassista.

Ao contrário do ponto de vista marxista-leninista, que vê o capitalismo monopolista de Estado não como uma mera fusão da máquina estatal com o capital monopolista, mas como uma subordinação crescente do Estado ao capital monopolista, com seu poder extremamente ampliado, o programa da Liga dos Comunistas da Iugoslávia afirma que o capitalismo monopolista de Estado restringe parcialmente o direito da gestão privada da propriedade capitalista e aperta ainda mais o controle sobre o capital, privando os capitalistas de sua função independente na economia e na sociedade.

Hoje, os Estados Unidos e os outros Estados imperialistas garantem a exploração e o domínio da burguesia com enormes forças armadas, polícia e prisões, suprimem com armas até as greves e manifestações dos trabalhadores que exigem melhores condições de vida, e pisoteiam até os direitos e liberdades elementares dos trabalhadores, com base em leis e medidas fascistas, como a Lei Taft-Hartley, o Ato McCarran e o macartismo. Isso realmente significa “controle sobre o capital”?

De acordo com Tito, os Estados imperialistas foram “desnaturalizados”, portanto, não é mais necessário que a classe trabalhadora derrube e destrua a velha máquina estatal para a emancipação e a transformação socialista da sociedade. Além disso, de acordo com a “teoria” da camarilha de Tito, quanto mais o capitalismo monopolista se desenvolve, mais novos fatores socialistas surgem na economia, devido à sua tendência objetiva. Portanto, somente se esses fatores forem aumentados e acumulados, o capitalismo “crescerá” em socialismo por meio da “evolução”, e, assim, não há necessidade de tocar no capitalismo.

Assim, chegou ao ponto de afirmar que é reacionário falar sobre a luta de classes e a revolução socialista. Kardelj chegou a dizer que compreender o curso do desenvolvimento do socialismo apenas pelo ponto de partida da revolução socialista, ou seja, pelos conflitos entre o proletariado e a burguesia, é ideologicamente sem sentido e politicamente reacionário.

Segundo a camarilha de Tito, a luta de classes e a revolução socialista são desnecessárias na sociedade capitalista, pois o socialismo é alcançado “evolutivamente” por meio do “desenvolvimento”. Se a classe trabalhadora sentar e esperar com os braços cruzados, ela será apresentada com um “socialismo” perfeito em um belo dia. Pode haver serviço mais fiel à burguesia do que isso?

A história da transição revolucionária para o socialismo através da “máquina democrática” burguesa, que é mantida intacta, sem a derrubada do sistema capitalista pela revolução proletária, sem a substituição da ditadura burguesa pela ditadura do proletariado, não é nada mais do que uma tentativa de preservar o domínio e a exploração burgueses para sempre, pregando à classe trabalhadora que aceite docilmente o status de escravo do capitalismo. É bem lógico que a camarilha de Tito, que rejeita a luta de classes e a revolução socialista, divagando sobre a chamada transição “evolucionária” para o socialismo, rejeite o papel de liderança do partido marxista-leninista na luta revolucionária da classe trabalhadora.

A camarilha de Tito afirma que “o socialismo pode ser alcançado também através dos sindicatos”, sem a liderança do partido comunista e, além disso, pode ser realizado por meio de uma “ampla aliança e movimentos nacionais” também. Isso tem como objetivo desarmar a classe trabalhadora na amarga e rigorosa luta revolucionária, enfraquecendo sua organização e consciência, lançando-a na confusão e destruindo sua luta.

Fica claro que, caso a luta da classe trabalhadora contra o capital seja liderada pelo sindicato, e não pelo partido marxista-leninista, ela não será mais do que uma luta sindicalista dentro da estrutura da ditadura burguesa e, além disso, caso seja substituída por uma “ampla aliança e movimento nacional”, tornará-se uma mera tolice. Que coisa boa seria isso para a burguesia!

Os revisionistas iugoslavos estão rejeitando a ditadura do proletariado e a liderança do partido marxista-leninista até mesmo na construção socialista, mostrando assim suas cores antileninistas e antirrevolucionárias de forma ainda mais evidente. A camarilha de Tito clama acirradamente que a ditadura do proletariado é “burocratismo e estatismo burocrático”, que o fortalecimento da liderança do partido implica “burocratização” e é um dogma insustentável, e assim por diante.

A repudiação da ditadura do proletariado e da liderança do partido na construção socialista é, em última análise, nada mais do que uma tentativa de rejeitar a própria construção socialista e, além disso, restaurar o domínio das classes derrubadas. Apresentando a realidade na Iugoslávia como um “exemplo”, a camarilha de Tito está, de fato, perseguindo o objetivo vicioso de colocar em risco as conquistas socialistas dos povos de outros países.

Basta recordar o fato de que, durante o golpe contrarrevolucionário na Hungria, a camarilha de Tito, descrevendo-o como uma “resistência” por uma certa “libertação”, convocou os elementos contrarrevolucionários a alterar o sistema político estabelecido na Hungria nos 10 anos anteriores.

5 — A camarilha de Tito está tramando de forma mais vil para dividir e desmantelar o bloco socialista e minar o movimento comunista internacional. Para atingir esse objetivo, afirma, por um lado, que a Iugoslávia é uma nação “não alinhada” fora do bloco socialista e, por outro lado, a chama de “Estado socialista” para se disfarçar e está trabalhando arduamente para se infiltrar no bloco socialista e nas fileiras do movimento comunista internacional.

Recentemente, a camarilha de Tito divulgou que a Iugoslávia é um “Estado socialista digno” e revisou a constituição para exibir a placa do socialismo de forma grandiosa, mudando o nome do país para “República Socialista Federativa”. Qual, então, é a realidade na Iugoslávia? A camarilha de Tito não apenas fez da Iugoslávia um membro do bloco militar agressivo criado pelo imperialismo estadunidense, mas também a reduziu a uma presa da “ajuda” do imperialismo. Tito tem alardeado sobre a construção do “socialismo” com a “ajuda” dos imperialistas e chegou ao ponto de proclamar a Iugoslávia como uma “comunidade aberta” na qual o Ocidente pode penetrar livremente.

Durante os 10 anos desde a guerra, de acordo com dados publicados em publicações iugoslavas e estadunidenses, a Iugoslávia recebeu “ajuda” no valor de bilhões de dólares dos Estados Unidos, do “Banco Internacional de Reabilitação e Desenvolvimento” e do “Fundo Monetário Internacional” sob controle dos EUA, e de outros países ocidentais.

Durante esse período, os Estados Unidos concederam “ajuda” no valor de cerca de 3,5 bilhões de dólares. O fato de que essa “ajuda” representou até 70% dos “investimentos federais” da Iugoslávia entre 1951 e 1959 serve para mostrar como o laço da “ajuda” imperialista está apertando seu controle sobre a Iugoslávia. Representações dos países ocidentais foram estabelecidas em diferentes partes da Iugoslávia, e a Iugoslávia foi reduzida a um mercado aberto à inundação de mercadorias estrangeiras.

É realmente significativo que a imprensa estadunidense tenha escrito que a “ajuda” dos EUA visa atrair a Iugoslávia para o mundo econômico ocidental e, em seguida, para o mundo político ocidental. A camarilha de Tito rejeita a propriedade estatal, dizendo que “socialismo e propriedade estatal são dois conceitos incompatíveis”, e a nova constituição prevê que “é legalmente permitido empregar o trabalho de outros... em negócios que são administrados com os próprios meios de trabalho”.

Dessa forma, a própria “constituição” que repudia a propriedade do povo como um todo, e que, no entanto, é descrita como “refletindo” a realização do socialismo, garante legalmente a propriedade privada e a exploração. Atualmente, existem 115.000 empresas privadas na Iugoslávia.

É enfatizado na “lei sobre empresas econômicas” da Iugoslávia que as fábricas e empresas que desfrutam de “autonomia empresarial” não são de propriedade estatal e que não pertencem ao Estado, mesmo que possuam os ativos entregues pelo Estado. Foi estipulado ainda que as empresas devem gerenciar seus meios de forma independente. O Estado não pode interferir nos assuntos internos das empresas, e os órgãos estatais não têm o direito de avaliar a finalidade das atividades das empresas.

Na Iugoslávia de hoje, o anarquismo prevalece na produção porque, como observou Kardelj, “a busca por lucros estimula a produção”, e o resultado é que inúmeras empresas falem a cada ano. Cada vez mais pessoas são demitidas, e há até quem deixe o país em busca de empregos no exterior.

No campo, os camponeses privados representam mais de 98% dos lares de camponeses e detêm 91,3% das terras aráveis — tudo isso devido à “liberdade da agricultura em relação à orientação administrativa e ao desenvolvimento da agricultura com base na livre concorrência entre várias forças econômicas” (Todorovic). Além disso, uma posição dominante é ocupada pela economia do rico camponês, que eles mesmos descrevem como o “elemento mais importante entre os produtores privados”. Não há necessidade, consideramos, de enumerar mais fatos. Este é o “socialismo” do tipo iugoslavo.

A camarilha de Tito, por outro lado, professando-se “comunista”, trabalha para promover a “via iugoslava” como a “linha” do movimento comunista internacional e está maquinando para desmantelar o bloco socialista de dentro e arruinar o movimento comunista internacional.

Divide o movimento comunista internacional em “força progressista” e “força dogmática”, afirma que pertence à primeira e, sob o pretexto de se opor ao “dogmatismo”, difama, calunia e ataca de forma imprudente os partidos que são fiéis aos princípios do marxismo-leninismo e que lutam resolutamente contra o imperialismo.

Os imperialistas estadunidenses estão buscando promover algumas “mudanças consecutivas” e “liberalização” nos países socialistas, e estão tramando para desestabilizar o movimento comunista, recorrendo a meios astutos para realizar isso. A camarilha de Tito, que é uma força destacada do imperialismo estadunidense, está fazendo o máximo para levar a cabo o plano de seu mestre. O mestre aprecia plenamente os verdadeiros méritos de seu servo.

É compreensível por que, recentemente, a imprensa estadunidense ficou muito satisfeita em escrever que as maquinações da camarilha de Tito ajudam a semear discórdia no bloco socialista, e que a Iugoslávia, julgada por qualquer critério, é um capital valioso para o Ocidente. Podem esses esquemas da camarilha de Tito realmente ser considerados “erros”, como alguns alegam?

Se tais esquemas maliciosos para defender e apoiar abertamente o imperialismo e suas políticas de agressão e guerra, além de minar as lutas do povo por paz, independência nacional e socialismo, são interpretados como “erros”, o que então são a perfídia e os atos traiçoeiros? E o que a camarilha de Tito corrigiu, afinal? Ela mantém seu “programa” revisionista intacto e persiste em suas atividades traiçoeiras.

Além disso, Tito declarou desafiadoramente que a declaração da reunião de Moscou estava “errada” ao condenar os revisionistas iugoslavos. A camarilha de Tito decidiu não alterar sua política em hipótese alguma, e até anunciou que não “mudou”, mas que algumas pessoas “aceitaram o que criticaram” no passado.

Em dezembro de 1962, Tito declarou no momento em que desceu do trem ao retornar a Belgrado de Moscou: “Discussões... sobre como a Iugoslávia agora mudará sua política são tolas, supérfluas e ridículas. Não temos necessidade de mudar nossa política.”

Todos esses fatos confirmam que a camarilha de Tito, longe de “corrigir” sua linha e política, continua seguindo sua “via única” e se esforça para reunir mais colegas nesse caminho.

A vida provou que a declaração da reunião de Moscou estava correta ao apontar que continua sendo uma tarefa importante dos partidos comunistas e operários expor ainda mais os revisionistas iugoslavos e lutar para impedir que o veneno de seu revisionismo infiltre as fileiras do movimento comunista internacional.

É necessário, no interesse da paz, da independência nacional e do socialismo, continuar expondo os atos criminosos da camarilha de Tito e desmantelar seus esquemas traiçoeiros. Proteger os revisionistas iugoslavos significa trair o marxismo-leninismo, trair a causa da classe trabalhadora.

Chamando enfaticamente à separação dos oportunistas na Segunda Internacional, Lenin uma vez disse: “Devemos romper com eles. É um crime poupá-los. Isso significa trair, em nome dos interesses mesquinhos de alguns, os interesses fundamentais de dezenas de milhares de trabalhadores e pequenos camponeses.” Quão poderosamente esses ensinamentos de Lenin tocam o coração dos comunistas até hoje!

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