sábado, 25 de janeiro de 2025

Conflito crescente em torno dos gastos militares


Um conflito crescente está se manifestando entre os Estados Unidos e os países membros da OTAN em relação à questão dos gastos militares. A demanda dos Estados Unidos para que os países membros da OTAN aumentem seus gastos militares para 2% do PIB é uma questão que vem sendo exigida continuamente. No entanto, recentemente, essa pressão aumentou, com a afirmação de que, na verdade, os gastos deveriam ser de 4% e, para não apenas atender às necessidades, o ideal seria de 5%.

Alguns países membros da OTAN estão mostrando disposição para atender às exigências dos Estados Unidos, mas muitos outros têm uma postura diferente. A demanda dos Estados Unidos por um aumento nos gastos militares está se tornando uma pressão excessiva para os países europeus. Em 2014, os países membros da OTAN estabeleceram como meta que, até 2024, os gastos militares fossem fixados em 2% do PIB. No entanto, até 2017, poucos países haviam alcançado essa meta.

Os Estados Unidos expressaram forte descontentamento com isso e ameaçaram que "não defenderiam" os países membros que não atingissem a meta de gastos militares. Além disso, afirmaram que a situação em que os Estados Unidos arcam com a maior parte dos gastos militares da OTAN é desigual e ameaçaram se retirar da OTAN se os outros países membros não aumentassem seus gastos.

Não satisfeito com isso, em julho de 2018, na cúpula da OTAN, foi proposta a elevação da meta de gastos militares para 4%, muito acima dos 2% estabelecidos para 2024. Na ocasião, o secretário-geral da OTAN declarou: "Decidimos nos comprometer a aumentar os gastos militares para 2%", mostrando resistência às exigências dos Estados Unidos.

Alguns países membros da OTAN já estão tendo dificuldades para gastar adequadamente os 2% estabelecidos. Sob a pressão constante dos Estados Unidos, 23 dos 32 países membros da OTAN estão atualmente mantendo seus gastos em 2% do PIB, enquanto os demais países estão com gastos abaixo de 1,5%.

Apesar disso, a atitude dos Estados Unidos, que insistem em que os países europeus gastem 5% em vez de 4%, deixa os países europeus atônitos. Desde o início da crise na Ucrânia, os países membros da OTAN na Europa têm sofrido perdas sob a liderança dos Estados Unidos. Os danos econômicos resultantes de sua adesão à política anti-Rússia dos Estados Unidos são enormes. Ao cortar a importação de energia russa a preços baixos e importar energia cara dos Estados Unidos, a crise financeira e a crise energética estão se agravando a cada dia. Na França, centenas de empresas estão reduzindo a produção, e 80% das pequenas e médias empresas estão em risco. A crise econômica está se intensificando em seis países da zona do euro, incluindo Alemanha e Itália.

Com a dívida aumentando como uma bola de neve e a recessão econômica persistindo, a situação política em alguns países europeus está se tornando instável. Nesse contexto, aumentar os gastos militares para 5% é um problema sério que pode afetar não apenas as finanças, mas também o destino dos governos europeus. Por isso, recentemente, o chanceler da Alemanha declarou em uma coletiva de imprensa com uma mídia online que rejeita a proposta dos Estados Unidos de aumentar os gastos militares para 5% do PIB. Ele afirmou que, para que seu país gastasse 5% do PIB em despesas militares, precisaria desembolsar centenas de bilhões de euros anualmente, e expressou abertamente seu descontentamento, dizendo: "Isso é um montante exorbitante." E enfatizou que a posição de seu país é se concentrar em alcançar a meta de 2% de gastos, conforme já acordado pela OTAN.

A posição da Alemanha é, na prática, uma rejeição às exigências dos Estados Unidos. Os Estados Unidos costumam afirmar, sempre que têm a oportunidade, que "a segurança dos Estados Unidos está ligada à segurança da Europa" e que "os Estados Unidos valorizam a segurança de seus aliados". No entanto, a realidade revela claramente que, para os Estados Unidos, que são gananciosos e pragmáticos, os aliados são meramente sacrifícios necessários para atender aos seus próprios interesses.

Un Jong Chol

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