O diretor do Escritório de Política Externa do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia divulgou no dia 17 uma declaração intitulada "Deteremos a tentativa de provocação militar de caráter hostil e controlaremos a situação regional instável com os exercícios mais rigorosos do direito à autodefesa".
O texto completo assinala como segue:
Desde o início do novo ano, as provocações militares dos EUA e seus satélites, que desafiam o ambiente de segurança da RPDC, tornaram-se ainda mais intensas.
Nos dias 6 e 9, aviões de reconhecimento estratégico da força aérea estadunidense sobrevoaram o espaço aéreo da Península Coreana para realizar espionagem aérea sobre as profundezas estratégicas da RPDC.
No dia 10, foi realizada em Washington a quarta reunião do "grupo consultivo nuclear" EUA-República da Coreia, com o objetivo de conspirar sobre o aumento visível dos exercícios de guerra nuclear e o desdobramento de propriedades estratégicas estadunidenses na Península Coreana.
Em particular, no dia 15, ocorreu um treinamento aéreo conjunto EUA-Japão-RC com bombardeiros B-1B da força aérea estadunidense no espaço aéreo do alta-mar próximo à Península Coreana. No mesmo dia, as forças aéreas dos EUA e da RC realizaram, pela primeira vez este ano, exercícios de tiro de combate aéreo.
As manobras políticas e militares dos EUA, observadas diariamente na Península Coreana – onde enormes forças armadas de ambos os lados beligerantes estão em estado de alerta máximo e onde um confronto militar pode ocorrer a qualquer momento – são a origem direta que aumenta a periculosidade de um conflito armado e compromete a estabilidade da região.
Os EUA encerraram o ano passado com exercícios de guerra de grande escala e iniciaram o novo ano com provocações militares, mobilizando seus satélites. Esse fato comprova que este país é o culpado pela instabilidade da situação regional e anuncia um preocupante caminho futuro para a situação político-militar da Península Coreana.
Ao expressar séria preocupação com as provocações dos EUA e seus aliados, que tornam ainda mais instável a tensão já exacerbada na região da Península Coreana, o Ministério das Relações Exteriores da RPDC reitera que exercerá de maneira ainda mais intensa o seu direito à autodefesa para proteger os direitos soberanos, a segurança e os interesses do Estado.
A disposição da RPDC de possuir a capacidade de dissuasão mais predominante para responder às ameaças militares dos Estados hostis, liderados pelos EUA, é uma exigência indispensável para manter o equilíbrio de forças na região da Península Coreana e garantir a segurança da situação regional.
Como já foi declarado, a RPDC exercerá seu direito à autodefesa de forma mais rigorosa e completa, em conformidade com a estratégia de enfrentamento intransigente aos EUA, para conter quaisquer manobras militares das forças hostis e defender firmemente a segurança e os interesses do Estado, bem como a paz e a estabilidade da região.
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