sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

A intenção maliciosa oculta nas instalações subterrâneas das "Forças de Autodefesa"


Recentemente, o jornal japonês "Nihon Keizai Shimbun" informou que o Ministério da Defesa está promovendo um plano para transferir as instalações das "Forças de Autodefesa" para locais subterrâneos, abrangendo 14 bases até o final deste ano. Entre essas bases estão a Base de Chitose das "Forças Aéreas de Autodefesa" (em Hokkaido), a Base de Hamamatsu (na prefeitura de Shizuoka) e o Quartel-General Regional de Maizuru das "Forças Marítimas de Autodefesa" (na prefeitura de Quioto). Os custos relacionados a esse plano, no valor de 72,6 bilhões de ienes, foram incluídos no orçamento para o ano fiscal de 2025, um aumento de mais de oito vezes em relação ao ano fiscal de 2024.

O Ministério da Defesa japonês afirma que o objetivo da transferência subterrânea das instalações das "Forças de Autodefesa" é fortalecer a "proteção" de "alvos vulneráveis". Contudo, é o Japão que, em aliança com os EUA e países ocidentais, realiza incessantemente exercícios militares conjuntos, adere a blocos militares agressivos e intensifica sua expansão militar, representando uma ameaça para os países asiáticos e para o mundo.

Ao início do novo ano, as autoridades japonesas declararam a intenção de transformar 2025 em um ano para "refletir com os cidadãos sobre a forma de existência do Japão como nação pacífica". Entretanto, isso não passa de uma farsa enganosa. A elite reacionária japonesa jamais abandonou o antigo sonho da "Esfera de Coprosperidade da Grande Ásia Oriental".

Desde há muito, o Japão vem estabelecendo marcos legais para a militarização e a realização de suas ambições de retomar ações de agressão. Por meio da revisão das diretrizes de cooperação em defesa com os EUA e da adoção de leis de segurança nacional, ampliou o escopo das operações das "Forças de Autodefesa", anteriormente limitado às suas proximidades, para uma atuação global.

O Japão oficializou a posse de capacidades para ataques a bases inimigas, cujo objetivo central é neutralizar as forças militares de outros países através de ataques preventivos. Além disso, busca enfraquecer o conteúdo do Artigo 9 da Constituição, que proíbe a posse de exércitos terrestre, naval e aéreo e não reconhece o direito de beligerância do Estado.

Após revisar suas doutrinas militares, o Japão está acelerando o aumento do orçamento de defesa e a modernização de equipamentos militares. Planeja elevar seus gastos militares ao nível dos países-membros da OTAN. Só o orçamento militar para 2025, estipulado em 8,7005 trilhões de ienes, já é o mais alto da história do país.

Um analista militar japonês afirmou que, para que as "Forças de Autodefesa" possuam um potencial real de confronto com os países da região da Ásia-Pacífico, é necessário garantir munições, a quantidade necessária de aviões de reabastecimento aéreo, mísseis, entre outros equipamentos. Para executar esse plano, as autoridades japonesas estão preparando um aumento substancial nos gastos militares.

Neste ano, os reacionários japoneses gastarão uma enorme quantia em equipamentos de ataque, como o posicionamento de mísseis de longo alcance e a introdução de mísseis de cruzeiro "Tomahawk" dos EUA, com funções adicionais.

Seguindo a estratégia de hegemonia dos EUA, o Japão também está reforçando a expansão militar das "Forças de Autodefesa" para o exterior. Nos últimos anos, o Japão tem gerado constantes tensões com países vizinhos sob a justificativa de "defesa da soberania territorial e garantia da segurança marítima" e, em nome do fortalecimento das alianças, tem realizado abertamente exercícios militares multinacionais tanto no país quanto no exterior. Só no ano passado, o Japão se envolveu em uma série de manobras militares com os EUA, Austrália e outros países, em várias regiões, incluindo áreas ao redor da China e no Havai, intensificando o treinamento em capacidades bélicas. Tudo isso é claramente voltado para o aumento das suas capacidades ofensivas.

Enquanto se prepara avidamente para a agressão externa, o Japão paradoxalmente fala sobre a "proteção" de "alvos vulneráveis" e realiza a transferência subterrânea de instalações das "Forças de Autodefesa".

Por trás disso, está a tentativa de se apresentar como uma vítima ameaçada, buscando justificar sua corrida para a militarização tanto internamente quanto externamente, ao mesmo tempo em que incita constantemente um clima de guerra para acelerar sua preparação para uma possível reabilitação militar.

Lamentavelmente, o Japão aguarda ansiosamente o momento em que poderá empunhar a espada da agressão, forjada nos 80 anos desde sua derrota na Segunda Guerra Mundial.

Kim Su Jin

Rodong Sinmun

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