A cooperação militar entre EUA e Japão, que perturba a paz e a segurança da região, está ultrapassando níveis de perigo.
Segundo fontes externas, no final deste mês, as forças armadas dos EUA e as Forças de Autodefesa do Japão realizarão grandes exercícios militares. Participarão cerca de 45.000 soldados estadunidense e das Forças de Autodefesa, com treinamentos ocorrendo em sete aeroportos e quatro portos do arquipélago japonês.
Nos portos de Hokkaido, haverá uma verificação da capacidade de transporte das forças da autodefesa e das forças estadunidenses por meio de embarcações, além de preparativos para reabastecimento de navios de combate.
Recentemente, as Forças de Autodefesa do Japão participaram pela primeira vez do exercício militar "Valiant Shield" do Exército dos EUA no Pacífico, envolvendo-se em manobras com as forças terrestres, aéreas, marinha e espacial. Além disso, ocorreram treinamentos de mobilização de aviões de combate estadunidense em bases nas províncias de Aomori e Miyagi.
As ações preocupantes das forças estadunidense e das de autodefesa japonesa despertam forte vigilância entre os países da região.
No entanto, os Estados Unidos explicam que os exercícios conjuntos com o Japão são "treinamentos regulares e defensivos, destinados a manter a prontidão militar e a segurança regional".
Embora os EUA aleguem estar mantendo a "segurança regional", isso não passa de uma fachada para encobrir suas verdadeiras intenções de manter a hegemonia, utilizando o Japão como um bastião.
Atualmente, os EUA enfrentam uma queda estratégica sem precedentes na região da Ásia-Pacífico. Seu poder já não exerce a mesma influência, e o rápido fortalecimento das forças anti-EUA está desafiando sua posição hegemônica. Os EUA tentam conter essa situação por meio do fortalecimento de alianças militares com seus aliados.
Nos últimos anos, os EUA têm promovido sua estratégia do Indo-Pacífico, buscando construir um novo sistema de alianças. Já estabeleceram o AUKUS e formaram o Quad, composto por EUA, Japão, Austrália e Índia, além de tentar incluir países como Malásia, Nova Zelândia, Singapura, Taiwan e outros países do Pacífico em sua política de hegemonia regional. O objetivo é integrar os recursos estratégicos militares na região da Ásia-Pacífico e aumentar a eficiência das ações das forças estadunidenses, mantendo sua influência. Nesse contexto, os EUA atribuem grande importância ao fortalecimento da aliança militar com o Japão.
As autoridades estadunidenses, sempre que têm a oportunidade, reiteram que "a aliança EUA-Japão é a pedra angular da paz e segurança na região do Indo-Pacífico. Nossa ampla cooperação é essencial para enfrentar desafios globais. Aguardamos com expectativa a continuidade da colaboração com o Japão, um aliado firme em questões regionais e internacionais." Essa repetição não é uma coincidência.
Os EUA valorizam o potencial militar e as ambições do Japão.
É uma realidade inegável que o Japão está se tornando uma entidade militar agressiva, capaz de conduzir guerras a qualquer momento sob a proteção dos EUA.
O aumento recorde do orçamento militar do Japão, junto com o desenvolvimento e aquisição de equipamentos de ataque de última geração, transformou as Forças de Autodefesa em uma força totalmente ofensiva, competindo com as potências militares do Ocidente. Agora, o Japão busca expandir suas forças armadas para o exterior. Para isso, assume um papel como "lança" na aliança militar com os EUA, participando ativamente do Quad e do AUKUS, além de liderar esforços para estabelecer uma aliança trilateral entre EUA, Japão e República da Coreia. Também colabora com países da OTAn, promovendo exercícios militares conjuntos na região, contribuindo para a "asiatização" da OTAN e a "OTAN do Pacífico".
Os EUA pretendem usar esse Japão, sob o pretexto de "defesa mútua" e "manutenção da segurança regional", como uma ferramenta para servir aos seus interesses hegemônicos.
A inclusão das Forças de Autodefesa do Japão no exercício militar "Valiant Shield", que anteriormente era conduzido apenas pelos EUA, e a mudança do local do exercício da região de Guam para a área ao redor da chamada "primeira linha de defesa" que inclui o Japão, refletem essa estratégia. Essa expansão é parte de um plano mais amplo para fortalecer a presença militar na região e consolidar a aliança com o Japão.
O mesmo se aplica à reorganização do Comando das Forças dos EUA no Japão e à tomada de medidas para fortalecer o sistema de comando, controle e ligação com as Forças de Autodefesa do Japão.
Não há dúvida de que os exercícios militares que os EUA frequentemente realizam com o Japão visam a um ataque preventivo contra adversários na região. A natureza e os métodos do treinamento, bem como a participação dos fuzileiros navais dos EUA, que sempre desempenharam um papel de vanguarda em invasões no exterior, confirmam isso.
Os EUA estão se unindo a aliados como o Japão para manter sua hegemonia, destruindo a paz e a segurança da região.
O comportamento imprudente dos EUA inevitavelmente levará a confrontos e conflitos. A única maneira de impedir isso é fortalecer constantemente a força justa capaz de reprimir as provocações bélicas dos adversários.
Ri Hak Nam
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