Recentemente, o Primeiro-Ministro do Iraque afirmou ao comandante das forças da coalizão internacional lideradas pelos EUA que o grupo terrorista conhecido como "Estado Islâmico" não representa mais uma ameaça para seu país. Suas palavras indicam fortemente que não há mais justificativa para a presença das forças da coalizão internacional no Iraque sob o pretexto de combater o "Estado Islâmico".
Em 2003, os Estados Unidos invadiram o Iraque sob a justificativa de "eliminação de armas de destruição em massa". Centenas de milhares de pessoas inocentes perderam a vida, a sociedade mergulhou em um caos e o país perdeu sua posição como potência no Oriente Médio. Os iraquianos ainda sofrem devido à ocupação das tropas estadunidenses.
A violação da soberania é evidente. No final de dezembro de 2019, os Estados Unidos realizaram bombardeios indiscriminados em uma região do Iraque sob a justificativa de eliminar forças de resistência islâmica, sem informar previamente o governo iraquiano. No início de janeiro do ano seguinte, bombardearam o aeroporto internacional de Bagdá, resultando na morte do comandante da Força Quds, parte da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã.
O governo iraquiano, indignado, condenou veementemente a violação da soberania cometida pelos Estados Unidos e apresentou uma queixa ao Conselho de Segurança da ONU. O Parlamento iraquiano aprovou uma lei para terminar a presença de forças estrangeiras no país e para impedir que outros países utilizem o espaço aéreo e as águas do Iraque. Além disso, afirmou que a operação militar no país havia terminado e exigiu a retirada da coalizão internacional liderada pelos EUA, que estava no Iraque sob o pretexto de combater o grupo terrorista "Estado Islâmico".
No início deste ano, o Presidente do Iraque enfatizou que as tropas estadunidenses não deveriam se comportar como donas em seu país e que não deveriam realizar intervenções militares em países do Oriente Médio, como o Iraque e a Síria.
No entanto, os Estados Unidos ignoram essas advertências. Eles continuam mobilizando as tropas que estão estacionadas no Iraque para realizar ataques militares contra os grupos de resistência anti-EUA no Iraque e na Síria.
Os grupos de resistência anti-EUA na região, em protesto contra o apoio dos Estados Unidos aos ataques de Israel na Faixa de Gaza e ao bombardeio no Líbano, têm atacado continuamente as instalações relacionadas aos Estados Unidos no Iraque como uma expressão de raiva e resistência contra essa política.
Recentemente, houve um ataque com mísseis contra o edifício da embaixada dos Estados Unidos localizado próximo ao aeroporto internacional de Bagdá.
O governo iraquiano tem conduzido negociações para encerrar a missão da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos que está estacionada em seu país.
Um funcionário do Ministério das Relações Exteriores do Iraque afirmou que um anúncio sobre o fim da presença da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos era esperado para o início de setembro. No entanto, embora já tenha passado algum tempo desde a data prevista, ainda não houve anúncio. Isso sugere que, na prática, os Estados Unidos não estão dispostos a abrir mão facilmente do Iraque.
Analistas afirmam que a intenção dos Estados Unidos de manter sua presença militar no Iraque visa, em parte, ameaçar países vizinhos, especialmente o Irã. A agência de notícias britânica Reuters também comentou que, por enquanto, os Estados Unidos não têm planos de retirar suas tropas do Iraque.
No entanto, a posição do povo iraquiano em busca de recuperar sua soberania e realizar a integridade territorial é firme.
Os Estados Unidos, que foram forçados a se retirar de forma humilhante em lugares como Afeganistão e Níger, inevitavelmente terão que enfrentar uma situação semelhante no Iraque.
Pak Jin Hyang
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