quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

A independência é uma tendência irrefreável da época


O ano passado foi um ano complexo em que incidentes sangrentos e conflitos armados eclodiram constantemente em todo o mundo e ocorreram inúmeros incidentes inesperados devido à tirania e arbitrariedade dos imperialistas. As potências ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, fizeram tudo o que puderam para manter a sua posição hegemônica.

No entanto, muitos países em todo o mundo avançaram no caminho do desenvolvimento independente, defendendo resolutamente a sua soberania, dignidade e interesses contra a pressão injusta do Ocidente.

A situação política mundial do ano passado mostrou mais uma vez que a independência é o objetivo comum da humanidade e uma tendência irrefreável da época.

O estimado camarada Kim Jong Un disse como segue:

"A realização da independência do mundo é o objetivo comum da humanidade e uma tarefa histórica da época."

É desejo comum da humanidade viver livre e igualmente num mundo sem agressão, guerra, dominação e subjugação.

A realização das aspirações e ideais independentes da humanidade é a direção básica e a inevitabilidade do desenvolvimento histórico.

No entanto, isso nunca ocorrerá por si só.

A construção de um novo mundo independente é acompanhada por uma luta feroz contra as brutais manobras dominacionistas dos reacionários imperialistas que visam estabelecer um mundo unipolar liderado por eles, insistindo na velha ordem internacional.

Ter o mundo inteiro em suas mãos e subjugar outros países e nações explorando e saqueando-os é o método de sobrevivência e a ambição invariável do imperialismo.

As forças reacionárias imperialistas, com os EUA como caudilho, forçam a reformar os métodos políticos e econômicos segundo os valores e as normas do Ocidente, interferindo abertamente nos assuntos internos de outros países a fim de expandir seu domínio à escala global. Ademais, não hesitam em aplicar pressão política e sanções econômicas, bem como agressão militar, contra países e governos que tornem obstáculos à implementação de sua política hegemônica.

No entanto, estão causando oposição e condenação resolutas por parte da comunidade internacional. Muitos países estão respondendo fortemente à arbitrariedade e tirania do Ocidente. Esta tendência política constitui um duro golpe à estratégia hegemônica do imperialismo e impulsiona ainda mais a luta dos povos progressistas pela construção de um novo mundo independente.

No ano passado, a crescente atmosfera de oposição à hegemonia estadunidense nos países em desenvolvimento demonstrou claramente que a tendência da época é abrir o caminho do desenvolvimento independente implementando políticas independentes.

O mais importante na realização da independência do mundo inteiro é que cada país implemente políticas independentes que atendam às necessidades do seu povo e às circunstâncias específicas do seu próprio país.

Existem mais de 200 países e regiões no mundo. Cada país tem muitas diferenças no tamanho do território, população, história, tradições e costumes culturais, bem como diferentes ambientes e condições sociais. No entanto, o que os países e os povos progressistas têm em comum é que todos querem viver e desenvolver-se de forma independente. Faz parte da natureza humana e é uma exigência consistente dos países e dos povos tentar viver de forma independente, sem estar subordinado ou vinculado a ninguém. A partir disso, o povo de cada país luta para realizar a independência. Quanto mais países realizarem a independência, mais rápida será a independência do mundo inteiro. Nessa medida, quando os povos de cada país realizam a sua própria independência, contribuem ativamente para a causa da independência do mundo inteiro.

Explorar o caminho do desenvolvimento independente de acordo com sua própria visão é a linha de vida e o marco fundamental de um país independente. Isto torna-se uma questão ainda mais importante numa situação em que as potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, exaltam seus valores como se fossem motivo de orgulho e avançam obstinadamente para impô-los a outros países. Os métodos políticos e econômicos impostos pelos países ocidentais estão causando maiores danos aos países em desenvolvimento com bases relativamente fracas. Para proteger os interesses do país e do povo das manobras hegemônicas e arbitrárias dos reacionários imperialistas e alcançar o desenvolvimento e a prosperidade, é preciso conduzir a política de acordo com uma firme posição própria e de acordo com as circunstâncias específicas do país.

No ano passado, muitos países do Oriente Médio, África e América Latina reforçaram seus esforços para rechaçar a interferência e arbitrariedade dos EUA, proteger sua soberania e interesses nacionais e alcançar o desenvolvimento independente. Os analistas argumentam que o Ocidente deve aceitar a nova realidade em que os países em desenvolvimento estão se tornando mais sofisticados e capazes de tomar as suas próprias decisões. Isto demonstra eloquentemente que muitos países em todo o mundo estão avançando no sentido de um desenvolvimento independente contra o domínio neocolonial do Ocidente.

A colaboração e cooperação bilateral e multilateral que se tornou ativa entre muitos países no ano passado foi uma manifestação da orientação independente para estabelecer um mundo multipolar em resposta às manobras de unipolarização do imperialismo.

Para realizar com êxito a causa da independência do mundo, os povos de cada país devem se apoiar e cooperar, mantendo ao mesmo tempo a independência do seu país e alcançando a prosperidade e o desenvolvimento.

Além disso, sob condições em que os imperialistas estão realizando agressões e pilhagens de outros países com sua força combinada, o apoio mútuo e a cooperação ativa tornam-se ainda mais importantes.

Hoje, os conflitos e contradições entre as potências imperialistas para garantir o controle do território e competir pelos mercados estão se tornando mais agudos. Apesar disso, as forças reacionárias imperialistas estão reforçando ainda mais seu conluio criminoso para alcançar o objetivo comum de concretizar a unipolarização e a dominação mundial, lideradas pelo Ocidente. Os acontecimentos recentes que ocorrem no cenário internacional mostram que os imperialistas estão unindo forças para espezinhar e violar a soberania dos Estados soberanos.

Nas décadas que se seguiram à Guerra Fria, ocorreram grandes mudanças na estrutura política mundial e nas relações de forças, e a era do monopólio ocidental está chegando ao fim. Os povos de muitos países estão se despertando dia pós dia. Desde então, os imperialistas têm tentado manter e fortalecer o seu domínio através do fortalecimento do conluio político, econômico e militar. Um exemplo representativo é que a OTAN, uma aliança militar agressiva, está expandindo continuamente seu território na Europa, e as alianças militares lideradas pelos EUA estão emergindo uma após a outra na região da Ásia-Pacífico, envolvendo-se frequentemente em provocações militares contra países regionais. O objetivo dos imperialistas é destruir cada país que busca a independência, através da força combinada.

Esta realidade mostra que os povos progressistas do mundo devem reforçar a sua cooperação a fim de derrotar os movimentos dominacionistas dos imperialistas e defender sua soberania. Todos os países e povos do mundo devem cooperar ativamente em vários domínios para destruir as manobras de unipolarização liderada pelos Estados Unidos.

Em meio ao movimento crescente para a construção de um mundo multipolar, as atividades dos BRICS e da Organização de Cooperação de Xangai tornaram-se no ano passado uma questão de grande interesse para os países em desenvolvimento.

Os BRICS, que surgiram com o objetivo de romper com a velha e injusta ordem internacional liderada pelo Ocidente e estabelecer uma nova ordem internacional, deram um contributo significativo para o fortalecimento da tendência multipolar no mundo. Atualmente, os BRICS abrangem um quarto da economia mundial, um quinto das exportações globais e 40% da população mundial. Na 15ª Reunião dos Líderes do BRICS, em agosto do ano passado, a questão da utilização de um sistema financeiro e de um sistema de transmissão de informação financeira que não dependa do Ocidente foi discutida como uma questão importante. Além disso, foi acordado admitir Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Irã e Etiópia na organização.

Os participantes da reunião argumentaram que o "crescimento explosivo" dos BRICS está relacionado com a compreensão da causa real dos processos negativos que ocorrem na arena internacional por muitos países em desenvolvimento no mundo.

No ano passado, a Organização de Cooperação de Xangai aumentou o número de membros, ao mesmo tempo que fortaleceu a cooperação multilateral entre eles. A Organização de Cooperação de Xangai é uma entidade poderosa que emergiu como um polo na Ásia, rejeitando as ações unipolares dos Estados Unidos. Na reunião dos países membros da Organização de Cooperação de Xangai, realizada em julho do ano passado, foram ratificados um memorando sobre a concessão do estatuto de país membro ao Irã e um memorando sobre a adesão da Bielorrússia à organização, e foi discutida a estratégia de desenvolvimento econômica da organização para 2030. O Ministro das Relações Exteriores do Irã mencionou a adesão do seu país à organização e expressou a sua posição de proteger o multilateralismo e confrontar as sanções unilaterais do Ocidente.

Mesmo entre os países latino-americanos, tem havido um movimento ativo para rejeitar a dominação estadunidense e resolver problemas regionais através das forças conjuntas e unidas. Os países da região têm trabalhado para rejeitar a Organização dos Estados Americanos, que foi reduzida a um fantoche dos Estados Unidos, e para fortalecer organizações regionais genuínas, como a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC). Na 7ª Reunião dos líderes da CELAC, realizada em janeiro do ano passado, as vozes comuns dos países regionais que se opõem a todas as formas de dominação e hegemonia ressoaram poderosamente. As tentativas de introduzir uma moeda comum no comércio entre os países regionais estão em pleno andamento e Bolívia, Chile, Argentina e México, que fazem parte do “triângulo do lítio” com grandes reservas de lítio, procuram ativamente a cooperação.

Muitos analistas e meios de comunicação comentaram que o processo de enfraquecimento do papel do Ocidente nos assuntos internacionais é irreversível, embora os Estados Unidos continuem exercendo pressão sobre outros países, ao mesmo tempo que negam os processos de mudança global.

A tendência da situação internacional no ano passado mostra claramente que se os povos progressistas tomam a independência do mundo inteiro como uma causa comum e lutam unidos, poderão suprimir as manobras dos reacionários imperialistas e alcançar o progresso e a vitória na causa da independência.

As ofensivas reacionárias das potências imperialistas e dominantes são cruéis, mas a causa da independência da humanidade superará as provações da história e triunfará definitivamente.

Un Jong Chol

Rodong Sinmun

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