O Ministério da Defesa Nacional da República Popular Democrática da Coreia publicou em 23 de novembro uma declaração intitulada "Os sujeitos da 'República da Coreia' jamais poderão eludir a responsabilidade por haver quebrado o Acordo do Domínio Militar Norte-Sul e pagarão muito caro por isso".
O texto completo do documento assinala como segue:
O recente lançamento do satélite de reconhecimento da RPDC é uma medida correspondente ao direito à autodefesa e ao justo e legítimo exercício da soberania para vigiar com rigor e enfrentar perfeitamente as cada dia mais preocupantes ações militares de distintas formas dos inimigos no contorno da Península Coreana.
Contudo, os gângsteres políticos e militares da "República da Coreia" se mostram extremamente conflitivos qualificando o direito legítimo da RPDC de violação da "resolução" da ONU e "ato ilegal".
Eles convocaram sucessivamente a reunião de emergência da comissão permanente do "Conselho de Segurança Nacional" e do "Conselho de Ministros" em que, com insistência ilógica e injustificável, descreveram o lançamento do satélite de exploração da RPDC como "violação" do Acordo do Domínio Militar Norte-Sul e publicaram sem hesitar a invalidação de alguns artigos do mesmo pacto como se estivessem esperando por esse pretexto.
Os sujeitos da "República da Coreia" são precisamente os autores principais que aumentaram em todos os sentidos e de maneira multilateral e escalonada todo tipo de provocações militares desafiando frontalmente o espírito do referido acordo aprovado para eliminar o perigo de choque armado na Linha de Demarcação Militar.
Há muito tempo que o Acordo do Domínio Militar Norte-Sul de 19 de setembro se tornou um papel molhado devido às manobras intencionais e provocativas da camarilha da "República da Coreia".
A presente loucura dos inimigos constitui uma manifestação evidente da hostilidade ao nosso Estado e um reflexo da inquietude psíquica pela ameaça que os aproxima a cada momento.
Os elementos da "República da Coreia" devem pagar sem falta o preço de suas graves e irresponsáveis provocações políticas e militares que levaram a situação atual à conjuntura incontrolável.
Mediante autorização da Comissão Militar Central do Partido do Trabalho da Coreia, o MDN da RPDC expõe a seguinte posição de princípios diante da situação apresentada.
1. A partir deste momento, o Exército Popular da Coreia não se comprometerá com o Acordo do Domínio Militar Norte-Sul de 19 de setembro.
Concluímos novamente que não podemos reconhecer nenhum acordo com os sujeitos da "República da Coreia", que abandonam sem hesitar a confiança elementar na contraparte e o compromisso feito ao interior e exterior do país, nem devemos dialogar com eles.
2. Retomaremos imediatamente todas as medidas militares que haviam sido suspensas em virtude do Acordo do Domínio Militar Norte-Sul.
Cancelaremos as medidas militares que tomamos para prevenir a tensão e choque militares em todos os espaços como o terrestre, o marítimo, o aéreo e outros, e mobilizaremos até a zona da Linha de Demarcação Militar as forças armadas mais poderosas e os armamentos militares de novos modelos.
3. Caso ocorra um choque irreparável entre o Norte e o Sul, a responsabilidade recairá totalmente sobre os sujeitos da "República da Coreia".
A situação da perigosa zona da Linha de Demarcação Militar, onde persiste o estado de enfrentamento militar mais agudo do mundo e um choque armado pode se estender à guerra total por qualquer mínimo fator eventual, chega hoje em dia ao estado incontrolável e irreparável devido ao erro irremediável que os gângsteres políticos e militares da "República da Coreia" cometeram.
A tensão militar criada devido à extrema febre conflitiva com a RPDC dos inimigos confirma mais claramente a necessidade absoluta e a justeza da consolidação do dissuasivo de guerra nuclear e da modernização das forças armadas que estamos levando adiante.
As forças armadas RPDC observarão de perto os frenéticos movimentos conflitivos dos inimigos mantendo sempre a disposição esmagadora e ofensiva.
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