domingo, 12 de novembro de 2023

Instituto de Desarme e Paz do MRE da RPDC insiste na dissolução do "Comando das Forças da ONU"


O Instituto de Desarme e Paz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia publicou em 13 de novembro um comunicado intitulado "A dissolução do 'Comando das Forças da ONU' é uma demanda indispensável para prevenir a provocação de uma nova guerra e defender a paz e a segurança na Península Coreana" cujo texto assinala como segue:

Em 14 de novembro, os EUA e os bandidos da classe militar títere tentaram abrir na zona dos títeres a primeira reunião das autoridades de defesa nacional da Coreia do Sul e dos países-membros do "Comando das Forças da ONU".

Foi dito que nesta reunião, que será realizada sob o controle do secretário da Defesa estadunidense, será aprovada uma "declaração conjunta" em que é exposta a chamada vontade de enfrentamento dos países-membros deste Comando no tempo de emergência da Península Coreana.

Este Comando, que já devia ter sido dissolvido há várias década, inventa uma declaração conflitiva ao revelar outra vez seu caráter agressivo e supor a segunda Guerra da Coreia, o que demonstra que, devido aos EUA e seus seguidores, a situação de segurança da Península Coreana se dirige à guerra.

O Instituto de Desarme e Paz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia expõe as seguintes posições ao considerar que é necessário chamar a atenção da sociedade internacional sobre a existência fantasma deste comando que fomenta a exacerbação da situação da Península Coreana, e a ilegalidade de suas atividades.

Primeiro, o "Comando das Forças da ONU" é um aparato ilegal de guerra fabricado pelos EUA para enviar muito mais forças armadas de agressão à guerra coreana da década de 1950.

Os EUA, que iniciaram em 25 de junho de 1950 a invasão armada contra a RPDC ao instigar o governo títere de Syngman Rhee, fabricaram a "resolução" nº 82 do Conselho de Segurança da ONU na qual qualificou a RPDC como "agressora", aproveitando a não participação da URSS nas reuniões do CS da ONU em protesto contra o exercício, pelas autoridades taiwanesas, do direito representativo da China na ONU.

Tramaram a nº 83 em que "encomendam outros países-membros da ONU que ofereçam ajuda necessária à 'República da Coreia'", e a nº 84 de "anexar as forças dos Estados satélites ao comando combinado liderado pelos EUA e utilizar a bandeira da ONU".

A respeito disso, o governo soviético enviou ao CS da ONU em 29 de junho e 6 de julho de 1950 os telegramas em que insiste em que não têm vigor as resoluções adotadas sem a aprovação de URSS e China, países-membros permanentes do CS, contrário à Carta da ONU.

Tais fatos mostram que a manutenção das forças satélites na guerra coreana, abusando do nome da ONU, era a intenção sinistra dos EUA de "legalizar" sua guerra de agressão contra a RPDC.

Segundo, o "Comando das Forças da ONU" é um mecanismo conflitivo dos EUA que não tem nenhuma relação com a ONU.

Os EUA apresentaram em 25 de julho de 1950 ao CS da ONU um informe sobre as atividades do "Comando Combinado", mudando ao seu capricho seu nome para "Comando das Forças da ONU", razão pela qual mudou o nome do "Comando Combinado" para o nome atual.

Na reunião do CS da ONU efetuada em 31 de janeiro de 1951, quando a URSS voltou a participar nas atividades do CS da ONU, foi adotada a resolução nº 90 de eliminar o ponto intitulado "acusação sobre a agressão à 'República da Coreia'" apresentado em 25 de junho de 1950 pelos EUA, o que serve de um reconhecimento da ONU de que era errônea a mobilização das forças armadas multinacionais à Guerra da Coreia.

Em 24 de junho de 1994, o secretário-geral da ONU, Boutros Boutros Ghali, reconheceu que o "Comando Combinado não foi organizado pelo CS como organização filial sob seu controle, mas está sob o controle dos EUA".

Em 21 de dezembro de 1998, o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, destacou que nenhum de seus precedentes deu permissão a algum país de relacionar as forças armadas enviadas pelos EUA à guerra coreana e seu comando com o nome ONU.

Depois, vários relacionados com a ONU enfatizaram reiteradamente que o "Comando das Forças da ONU" não é uma organização da ONU nem está sob o comando e controle da ONU.

Além disso, o abuso pelos EUA do nome da ONU para suas forças armadas agressivas é uma violação flagrante das leis internacionais, inclusive da Carta da ONU, e um insulto aos países-membros da ONU.

Terceiro, o "Comando das Forças da ONU" é uma organização ilegal que deveria ter sido dissolvida há várias décadas segundo a resolução da Assembleia Geral da ONU.

Refletindo a exigência justa da RPDC e da sociedade internacional de retirar o quanto antes as tropas estadunidenses na zona dos títeres sul-coreanos, foram aprovadas simultaneamente na 30ª reunião plenária da Assembleia Geral da ONU, efetuada em 18 de novembro de 1975, as duas resoluções sobre a dissolução do "Comando das Forças da ONU" e a retirada das tropas estadunidenses.

A resolução nº 3390(xxx)B, proposta pelos países-membros progressistas da ONU, contém a dissolução imediata do "Comando das Forças da ONU" e a retirada dos exércitos de todos os países estrangeiros da zona títere.

A outra nº 3390(xxx)A, apresentada pelos EUA, trata da dissolução desde 1 de janeiro de 1976 do "Comando das Forças da ONU" e da retirada das tropas estadunidenses na região dos títeres se estabelecido outro sistema para manter o Acordo de Armistício.

Naquela época, a exposição da vontade dos EUA de dissolver condicionalmente o Comando e de retirar suas tropas era a última medida para evitar a dissolução imediata do Comando. Porém, tal fato mostra que não podiam negar que este Comando era uma existência a ser dissolvida.

A revitalização de hoje deste Comando como um instrumento de guerra multinacional liderado pelos EUA é um progresso do caso preocupante que prejudica a segurança da Península Coreana e do resto da região da Ásia-Pacífico.

A discussão das autoridades de defesa nacional dos países membros do "Comando" sobre o projeto de enfrentamento comum no tempo de emergência da Península Coreana coincide com os exercícios militares conjuntos de caráter agressivo entre os títeres sul-coreanos e os EUA que implantam sucessivamente as propriedades nucleares estratégicas na Península Coreana, o que é uma intenção perigosa de provocar uma nova guerra de agressão contra a RPDC.

A confabulação das autoridades de defesa nacional do "Comando" comprova que não há nenhuma mudança no caráter agressivo dos EUA e já começaram a preparar as condições substanciais para provocar a segunda guerra coreana.

A sociedade internacional deve redobrar a vigilância sobre as manobras militares dos EUA e suas forças seguidoras que tentam criar uma nuvem de guerra na Península Coreana e na região e rechaçá-las categoricamente para salvar o mundo da calamidade da guerra termonuclear.

Assim como no passado, a RPDC cumprirá no futuro também com sua missão responsável para preservar a paz e a estabilidade da Península Coreana e da região.

Deve ser dissolvido imediatamente o "Comando das Forças da ONU" e essa é uma exigência primordial para recuperar o prestígio e a imparcialidade da ONU e fomentar a paz e a estabilidade da Península Coreana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário