quinta-feira, 21 de maio de 2020

“Incidente Chunsaengmun” e “Agwanphachon”



Em meio às disputas entre as potências para apoderar-se da Coreia em novembro de 1895 ocorreu o assalto ao palácio real coreano por parte dos Estados Unidos. Este acontecimento é conhecido como “Incidente Chunsaengmun”.

Os EUA necessitava do apoio do imperador coreano e, para lográ-lo, tratava de levar a este sua legação em Seul para fundar um governo pró-EUA; por isso assaltou em 27 de novembro a corte e para isso mobilizaram no entorno 100 infantarias de marinha, uma tropa especial integrada por 40 homens e centenas de soldados coreanos treinados pelo estadunidenses Deny, plano o qual fracassou porque o governo coreano descobriu o plano com antecedência e reforçou a guarda do palácio e, ademais, cooptou para si os coreanos que haviam aceitado participar no complô, vítimas de engano e ameaças.

Entretanto, a Rússia czarista que também ambicionava apoderar-se da Coreia, aproveitou o elevado sentimento antijaponês e anti-ianque do povo coreano, sobretudo, depois do assassinato da imperatriz e do “Incidente Chunsaengmun”, para estabelecer um governo à seu serviço.

Veber, ministro russo na Coreia, introduziu em Seul a infantaria de marinha russa que se encontrava em Inchon, e levou com más intenções e intrigas o soberano e seu filho à sua legação na noite de 11 de fevereiro de 1896, incidente que recebeu o nome de “Agwanphachon”.

Depois deste incidente a Rússia preparou um “gabinete” integrado principalmente por elementos pró-russo, o manipulou e se apoderou do direito de explorar as minas e bosques em várias zonas da Coreia, além de outras concessões, assim como tomou controle da administração financeira e do exército, o que irritou muito o Japão.

O povo coreano rejeitou e criticou a ingerência russa e o soberano, ante a manifestação de repúdio, deixou em 20 de fevereiro de 1897 a legação russa e regressou à corte.

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