segunda-feira, 5 de junho de 2017

Zonas Econômicas Especiais



Desde o estabelecimento da Constituição Socialista da República Popular Democrática da Coreia, um artigo já validava as zonas econômicas especiais como uma forma de fortalecer a economia.

Artigo 37 : "O Estado incentiva a gestão empresarial coletiva e a produção cooperativa de organismos, empresas e organizações do nossso país com pessoas naturais e jurídicas estrangeiras, assim como o estabelecimento e
gestão de diversas empresas na zona econômica especial"

Entretanto, em meio a Guerra Fria e com apoio da URSS e China a RPDC conseguiu fazer crescer sua economia e depois seguir de forma mais independente mas ainda comercializando com seus principais aliados comunistas, sem precisar muito deste artifício. Entretanto, com a queda da URSS, com o distanciamento da China e diversos problemas internos em decorrência de desastre natural e ainda a necessidade de desenvolver suas forças de defesa para garantir sua soberania, a RPDC passou a estudar uma forma para resolver seus problemas econômicos sem deixar o caminho socialista do Juche, e recusando seguir o mesmo caminho que a China. Dessa forma, já sob a liderança do Dirigente Kim Jong Il, a RPDC conseguiu acertar alguns importantes acordos comerciais estabelecendo zonas econômicas especiais e as desenvolvendo cada vez mais.

Após a declaração conjunta norte-sul pela reunificação da Coreia, o clima esteve mais ameno entre as 2 Coreias que em 2002 estabeleceram a Zona Industrial de Kaesong onde coreanos do sul e do norte trabalhavam juntos e empresas do norte e sul trocavam conhecimento e tecnologias. O salário dos funcionários era estabelecido seguindo as normas de um salário mínimo que poderia aumentar de acordo com a produção. Infelizmente, em 2016, após teste de bomba de hidrogênio e lançamento de satélite da RPDC, a então Presidente da Coreia do Sul, Park Geun Hye ordenou o "fechamento temporário" e atualmente a região é administrada apenas por funcionários norte coreanos.

Mas não existia apenas cooperação com a Coreia do Sul. Desde os anos 90 algumas empresas chinesas já tinham participação dentro da RPDC e a com o tempo também foram estabelecidos acordos com a Rússia. A zona econômica especial de Rason em cooperação com a China já existia oficialmente desde 1992 mas só foi se fortalecer nos anos 2000 quando a RPDC já havia se recuperado da Árdua Marcha e teve companhias da Mongólia e da Rússia participando também. Esta ZEE segue até os dias atuais com investimento maior no turismo. Esta zona econômica gerou algumas polêmicas pelos interesses dos chineses que buscavam a todo o momento influenciar os norte coreanos para obter vantagens e dentre os crimes cometidos por Jang Song Thaek esteve o uso de sua influência para roubar recursos da ZEE e entregá-los à empresários chineses.

Existe também outra grande ZEE estabelecida em 2002 mas só posta em prática em meados de 2013. É a ZEE da Região Administrativa Especial de Sinuiju, uma das mais importante para o país atualmente, que foi promovida por Kim Jong Un e que conta com investimento de diversos países incluindo Hong Kong, Macau, China e Rússia, que desenvolve o comércio e vem fazendo significativas melhoras na infraestrutura da região assim como está sendo importante na troca de conhecimento técnico-científico.

Veja mais sobre: https://www.facebook.com/CoreiadoNortedeVerdade/photos/a.448486388585744.1073741828.448397008594682/999142133520164/?type=3&theater

Há também uma pequena ZEE em Wonsan com relação à pesca e navegação.

Vale ressaltar que todas as empresas estrangeiras são sujeitas a impostos de acordo com a constituição do país.
As ZEE's foram incentivadas como nunca no governo de Kim Jong Un, mas infelizmente as fortes sanções impedem que tragam retornos ainda melhores para o país.

As ZEE's fazem parte da política Byugjin, adotada recentemente.

Imagem: Economia da RPDC

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