terça-feira, 5 de novembro de 2019
Levemos a um novo auge a revolução coreana em seu conjunto com uma maior ampliação e desenvolvimento da frente unida nacional antijaponesa
Informe apresentado na Conferência de Quadros Militares e Políticos do Exército Revolucionário Popular da Coreia celebrada em Donggang, em 1 de maio de 1936.
Camaradas:
Hoje os imperialistas japoneses intensificam mais do que nunca a repressão fascista e a exploração colonial contra nosso povo e atuam freneticamente para aplastar e suprimir a luta antijaponesa de libertação nacional do povo coreano. Estas manobras desesperadas trazem à toda nação incontáveis desgraças e sofrimentos e acrescentam o sentimento antijaponês de nosso povo. A situação criada exige com urgência levar a um maior auge a luta de libertação nacional antijaponesa mediante a firme união de toda a nação.
Em resposta à esta exigência da situação e segundo a orientação dada na Conferência de Nanhutou, em breve fundaremos a Associação para a Restauração da Pátria, uma organização permanente da frente unida nacional antijaponesa que pode agrupar toda a nação em seu arredor.
Isso cobra uma grande importância no desenvolvimento da luta antijaponesa de libertação nacional de nosso povo.
Por meio da ARP poderemos aglutinar como um todo, em escala nacional, as grandes forças patrióticas antijaponesas de diversos setores e mobilizá-las com vigor à luta revolucionária antijaponesa. Até a data, elas só pertenciam às organizações de massas criadas segundo as classes e estratos sociais, razão pela qual não se podia assegurar a unidade do movimento da frente unida nacional antijaponesa. Com a fundação da ARP, no futuro será possível que todas as forças patrióticas antijaponesas do país desenvolvam de maneira unificada este movimento sob a bandeira revolucionária de seu programa.
Também, com a fundação da ARP, poderemos combinar compactamente a Luta Armada Antijaponesa com o movimento de massas e estreitar de maneira decisiva os vínculos entre o Exército Revolucionário Popular da Coreia e as amplas massas antijaponesas.
Ademais, teremos a possibilidade de impulsionar com maior força a preparação para a fundação do partido, tendo como base de apoio a rede de organizações da ARP.
No fim das contas, a ARP nos permitirá imprimir um grande ascenso ao conjunto da revolução coreana com a Luta Armada Antijaponesa como seu centro.
Fundar a ARP, organização da frente unida nacional antijaponesa, e empreender com dinamismo a luta revolucionária contra o imperialismo japonês, brigada de choque do fascismo internacional, será uma grande ajuda e estímulo para a luta de todas as nações que são objeto de agressão desse fascismo e centenas de milhares de seres humanos submetidos à dominação imperialista. Neste sentido, fundar a ARP terá uma grande importância tanto para a luta de nosso povo como para o desenvolvimento do movimento comunista internacional.
A ARP é uma organização revolucionária de massas que pode aglutinar e mobilizar toda a nação na frente de restauração da Pátria.
Como uma organização integral e unitária da frente unida com um ordenado sistema organizativo capaz de agrupar as grandes forças patrióticas antijaponesas de todas as classes e estratos, a ARP será também uma poderosa agrupação revolucionária clandestina que poderá empreender com maior energia a luta de libertação nacional antijaponesa.
Além disso, como uma agrupação permanente da frente unida, também será uma entidade revolucionária que ante à ausência de um partido unificado, cumprirá a função de organismo orientador que assegurará plenamente a direção dos comunistas sobre a revolução coreana em geral.
O Programa da ARP a ser aprovado não encarna somente a exigência do movimento de libertação nacional antijaponês, mas também reflete de modo mais correto as demandas principais da classe operária e os interesses de todas as classes e estratos do povo, os quais devem ser realizados na etapa da revolução democrática antiimperialista e anti-feudal.
Antes de tudo, estipula que para solucionar o problema do Poder, questão fundamental a revolução, há que derrubar a dominação colonialista do vandálico imperialismo japonês, que oprime e explora o nosso povo, e estabelecer um genuíno governo do povo coreano que possa defender os interesses de todas as classes e estratos sociais que tem interesse no movimento de libertação nacional antijaponês e na revolução democrática antiimperialista e anti-feudal.
Faz muito tempo desde que apresentamos esta linha sobre a base da análise da exigência da revolução em desenvolvimento e das condições sócio-econômicas de nosso país. A fim de cumprir cabalmente as tarefas da revolução democrática antiimperialista e anti-feudal, devemos contar com um governo do povo dirigido pela classe operária e que proteja os interesses de todas as classes e estratos sociais interessados na revolução.
O Programa da ARP estipula desarmar os imperialistas japoneses e seus esbirros, eliminar seus aparatos repressivos fascistas, exercer a ditadura sobre os latifundiários pró-japoneses, capitalistas entreguistas, elementos pró-japoneses e traidores da nação, e assegurar os direitos e a liberdade democráticos do povo.
Ademais, na esfera econômica é necessário confiscar sem indenização as terras dos imperialistas japoneses e dos latifundiários pró-japoneses vende-pátria, todas as empresas, ferrovias, bancos, barcos, fazendas agrícolas, e instalações de irrigação, pertencentes ao Estado japonês e a seus cidadãos, e todos os bens dos pró-japoneses vende-pátria; assim como socorrer a população pobre; assegurar o livre desenvolvimento da indústria, da agricultura e do comercio nacionais, e construir a economia nacional.
Se apresenta também a tarefa de eliminar, de todas as esferas da vida social, da cultura, ideologia, os hábitos imperialistas e feudais, criar uma genuína cultura nacional e implantar um sistema de ensino popular.
Como se vê, o Programa da ARP será a bandeira revolucionária que refletirá os interesses vitais da classe operária, classe reitora da revolução, e outras amplas massas de diversos setores e classes sociais, e que permitirá aglutinar na ARP todas as forças nacionais, exceto os lacaios do imperialismo japonês.
Nos compete esforçar-nos com afinco para aglutinar em uma força política toda a nação sob a bandeira da ARP.
Para isso é importante definir os nomes das organizações subordinadas da ARP, que é a agrupação da frente unida, conforme as peculiaridades das zonas e localidade correspondentes. Seria bom fazê-lo assim, tendo em conta a aspiração comum de todas as classes e estratos do povo à restauração da Pátria e à libertação nacional e seu nível de preparação.
Para aglutinar em grande escala todas as forças nacionais sob a bandeira da ARP, é importante efetuar com destreza o trabalho com diversos setores e estratos das massas.
Devemos prestar atenção primordial ao trabalho com a classe operária, classe reitora da revolução, e seus aliados, as massas camponesas. Ao dedicar esforços importantes a elevar o espírito classista dos operários e camponeses e sua consciência de que constituem a massa fundamental da revolução, devemos procurar que um maior número deles se incorporem à frente unida nacional antijaponesa e se ponham à vanguarda da luta.
Também fortaleceremos o trabalho com os jovens estudantes e os intelectuais para que se unam sob a bandeira da ARP.
Os jovens estudantes e os intelectuais de nosso país não só são sensíveis à tendência da época e tem um profundo sentido de justiça, mas também mantém uma elevada posição antiimperialista e um forte patriotismo. Por isso, no trabalho com eles, devemos apoiar ativamente essa posição antiimperialista e patriótica e orientá-los a manter uma firme posição revolucionária para que se incorporem decididamente no movimento da frente unida nacional antijaponesa.
É preciso realizar bem o trabalho com as mulheres para aglutinar grande número delas em torno da ARP. Neste trabalho a atenção deve centrar-se, principalmente, em fazer com que se juntem ``a luta revolucionária antijaponesa, livrando-se dos hábitos feudais.
Também deve-se prestar atenção especial ao trabalho com os nacionalistas e com os religiosos.
Por ter um critério errôneo sobre os comunistas, eles eles se observam muitas manifestações de rejeição e hostilidade para com os comunistas. Todavia, a maioria deles odeiam o imperialismo japonês e desejam a restauração da Pátria. Ante a esta situação, se trabalhamos de maneira correta de acordo com suas características fomentando e estimulando ativamente seus aspectos positivos e superando os negativos, poderemos incorporá-los com toda segurança à luta antijaponesa.
Há que trabalhar bem com os nacionalistas. Eles constituem uma força patriótica que, embora débil, exerce certa influência sobre a população.
Outrossim, odeiam os imperialistas japoneses e desejam a independência da Coreia, ainda que não tenham um critério correto sobre os comunistas. Portanto, se sob a bandeira antijaponesa lhes influenciamos de maneira positiva com exemplos práticos, podemos agrupá-los com segurança em torno à organização da frente unida nacional antijaponesa.
Entretanto, alguns comunistas os evitam ou rejeitam, qualificando-os de atrasados da corrente da época. Daqui pra frente, devemos superar este fenômeno e aglutiná-los em maior número na organização da frente unida.
Temos que explicar-lhes o Programa da ARP e mostrar-lhes que os comunistas lutam para derrotar a dominação colonialista do imperialismo japonês, restaurar a Pátria e construir em nosso país uma sociedade onde todos vivam felizes por igual, livres de exploração e opressão. Desta maneira, devemos os ganhar gradualmente.
É necessário trabalhar bem com os crentes religiosos para agrupá-los na organização da frente unida nacional antijaponesa.
De forma geral, os imperialistas utilizam muito a religião para enganar o povo e impedir a luta das massas trabalhadoras contra o regime explorador. Os imperialistas japoneses também a empregam como meio para suprimir o espírito antijaponês do povo coreano. Não devemos rejeitar sem fundamentos os religiosos, mas ganhá-los, ainda que seja alguns apenas, mediante a educação paciente, segundo a orientação da frente unida nacional antijaponesa.
Com este trabalho temos que impedir que os imperialistas utilizem a religião como um meio contrarrevolucionário.
No trabalho com os religiosos, é importante, antes de tudo, inculcar-lhes a consciência nacional. Há que contar-lhes as atuais desgraças e sofrimentos nacionais de nosso povo, assim como o fato de que sob a dominação colonialista do imperialismo japonês não pode existir uma verdadeira liberdade de culto. Também é preciso explicar-lhes as lutas antijaponesas de seus antecessores.
Podemos falar da valente luta dos budistas contra os agressores japoneses durante a Guerra Patriótica de Imjin e dos combates patrióticos de muitos outros religiosos.
Há que explicar-lhes convincentemente que nossa nação, com sua história de cinco milênios, não pode sofrer desprezos e maus-tratos desumanos sob a tirania do imperialismo japonês. Desta maneira, deve-se inculcar neles, pouco a pouco, a consciência nacional até incorporá-los à organização da frente unida nacional antijaponesa.
O mesmo deve ser feito com os capitalistas nacionais de boa fé.
Devido aos monopolistas japoneses e aos capitalistas entreguistas, a maioria dos capitalistas nacionais se encontram cada dia mais em uma situação de bancarrota e ruína. Portanto, estão descontentes com os imperialistas japoneses e esperam o dia da independência da Coreia.
Nos compenetraremos com eles e lhes faremos compreender com clareza que sob a dominação colonialista do imperialismo japonês não podem promover livremente a indústria e o comércio, ainda que desejem muito, de modo que odeiem-o e com tempo se incorporem à luta para derrotá-lo e restaurar a Pátria.
A fim de agrupar diversas classes e estratos das massas sob a bandeira da frente unida nacional antijaponesa, é indispensável elevar o papel das organizações revolucionárias. A União da Juventude Antijaponesa e outras organizações revolucionárias devem armar amplos setores das massas com a linha e a orientação da revolução coreana e os aglutinar firmemente sob a bandeira da ARP.
Porém isso deve ser feito prevenindo estritamente que se admita desconhecidos na organização da frente unida nacional antijaponesa.
Se os lacaios do imperialismo japonês, os rendidos ao inimigo e os elementos espúrios e mal-intencionados se infiltram em nossas filas, podem causar graves danos à nossa revolução. Por esta razão, devemos agudizar sempre a vigilância revolucionária para impedir que nenhum desses elementos se infiltre na organização da frente unida nacional antijaponesa.
Com vista a ampliar e desenvolver o movimento da frente unida nacional antijaponesa, é importante aproveitar ao máximo a possibilidade para as atividades legais, sobre a base de intensificar as ilegais.
Se os imperialistas japoneses aplicam métodos astutos para aniquilar nossas forças revolucionárias, devemos trabalhar com iniciativa frente a ele.
A fim de ampliar a rede da ARP e ganharmos grandes setores das massas, é necessário aproveitar todas as agrupações legais, e incluso as assalariadas do inimigo.
Devemos infiltrar companheiros politicamente preparados e dignos de confiança nessas organizações assalariadas para que assumam uma posição legítima, e logo criem e ampliem as organizações da ARP entre as massas. Ao mesmo tempo, se procurará que eduquem os afiliados de capas inferiores dessas agrupações que estão a serviço do inimigo. Procurarão fazê-lo com paciência com os que tem certo grau de consciência nacional. Desta maneira, se logrará elevar sua consciência nacional e classista, separá-los da esfera de influência inimiga e incorporá-los à frente unida nacional antijaponesa, criando assim condições favoráveis para defender nossa revolução.
É importante, ademais, infiltrar membros de nossa organização na "sociedade de conciliação do suposto "Estado manchu" e fazer-lhes atuar legalmente.
Os companheiros que entrarão nas organizações assalariadas do inimigo devem penetrar profundamente em seu seio e recolher e enviar a tempo os dados relativos a seu movimento e situação.
As atividades nessas organizações requerem , sobretudo, elevar a vigilância revolucionária e guardar com rigor os assuntos secretos. Os companheiros que trabalharão nelas tem que elevar ao máximo a vigilância revolucionária e utilizar com habilidade todas as possibilidades das ações legais.
Quando desta maneira as amplas massas populares se incorporem à frente da restauração da Pátria, poderemos alcançar um novo auge na revolução coreana em geral.
Enquanto aglutinamos toda a nação na frente unida nacional antijaponesa, também devemos intensificar mais o trabalho com as tropas antijaponesas chinesas.
Esta tarefa foi importante no passado e segue sendo hoje também. O imperialismo japonês, que intensifica como nunca a política colonial sobre a Coreia e o Nordeste da China, realiza desesperados esforços para aniquilar as forças armadas antijaponesas que a obstaculizam. Como uma dessas artimanhas, aplica a tática de derrotar por separado os que levantaram a bandeira antijaponesa e, ao mesmo tempo, manobra de modo avesso para desintegrá-los com a política de bajulá-los e fazê-los claudicar.
A maioria dos sobreviventes estão concentrados nas regiões de Fusong, Linjiang e Mengjiang; devemos realizar ativamente o trabalho com eles para que não se enganem pela manobra do imperialismo japonês, e continuem a luta antijaponesa como forças armadas nacionalistas.
Creio que no trabalho com eles possam ser aplicados vários métodos. Neste sentido, é importante criar oportunidade para entrar em contato com seus soldados.
Sempre que possível temos que intensificar entre eles a propaganda antijaponesa e a educação classista com o método explicativo e elevar desta maneira sua consciência nacional e classista.
Com sua incorporação às filas revolucionárias, se devem fortalecer as forças revolucionárias e isolar e debilitar ao máximo os agressores imperialistas japoneses.
A atenção também deve dirigir-se necessariamente à desintegração do exército inimigo.
Esse é um trabalho para debilitar as forças contrarrevolucionárias, enquanto o da frente unida nacional busca ampliar e fortalecer as forças revolucionárias.
Uma e outra estão estreitamente vinculadas. Se debilitam-se as forças contrarrevolucionárias mediante um exitoso trabalho para a desintegração do exército inimigo, o trabalho da frente unida nacional marchará bem e este por sua vez criará condições favoráveis para aquele trabalho.
Desintegrar e atrair o exército inimigo à revolução constitui um grande golpe militar-político aos adversários, porém para nós significa criar uma importante condição para acelerar o triunfo da causa histórica da restauração da Pátria.
Enquanto aos soldados das capas inferiores do inimigo, podemos captá-los com toda segurança por sua origem classista e tendência ideológica.
Os oficiais da classe superior são servos e esbirros fiéis do imperialismo japonês, porém os da classe inferior podem ser educados e captados com segurança.
Então, como realizar o trabalho para a desintegração do exército títere manchu?
Creio que possam ser aplicados vários métodos.
É possível educar os soldados desse exército mediante o alistamento nele de alguns de nossos homens ou por meio de seus familiares e amigos. Porém esta educação deve centrar-se, em todos os casos, em despertar-lhes a consciência nacional e classista elemental com que possam distinguir quem é o inimigo de sua nação quem luta por sua libertação e felicidade futura.
Desde logo, esse trabalho educativo deve ser realizado estritamente em segredo em vista do terror e da repressão do imperialismo japonês.
Não se deve incitá-los, sem nenhuma razão, à rebelião militar, quando se alcancem certos êxitos no trabalho com eles, mas consolidá-los e ampliá-los para logo guiar esses soldados à rebelião ou à ação decisiva quando madurem as condições subjetivas e objetivas.
Ademais, quando iniciemos combates com o exército títere manchu, podemos educar seus soldados mediante o discurso dissuasivo ou atraí-los por meio dos prisioneiros. Acerca destes, podemos educá-los tirando entendimento dos pontos que mais lhes afligem. Tomando como exemplos a discriminação nacional e o desprezo desumano do imperialismo japonês, o mísero salário, os excessos dos superiores, o trabalho forçado, e a situação em que devem mobilizar-se para a operação "punitiva" como bucha de canhão desse imperialismo; devemos despertar sua consciência perguntando-lhes: A que consagram a vida valiosa? Vale a pena entregá-la aos imperialistas japoneses? Não deveriam participar na frente de salvação nacional antijaponesa com chineses com consciência nacional?. E devemos tratar humanitariamente os prisioneiros do exército títere da Manchúria.
Para educar os soldados e os oficiais de nível inferior do exército títere manchu, é possível enviar-lhes cartas ou panfletos de propaganda.
Valendo-nos destes métodos, devemos lograr que eles se recusem a lutar contra nosso Exército Revolucionário Popular.
Ampliar com rapidez o movimento da frente unida nacional antijaponesa é de grande importância também para impulsionar com força a preparação da fundação do partido marxista-leninista. Além disso, permite apressar a criação do terreno de massas para a fundação do partido, agrupar os comunistas que estão dispersos e, neste curso, admitir excelentes candidatos no partido. Igualmente possibilita ampliar e fortalecer com rapidez as organizações partidistas já criadas em todas partes.
Se, como analisamos na Conferência de Nanhutou, queremos vigorizar o movimento da frente unida nacional antijaponesa e ampliar e desenvolver todavia mais a Luta Antijaponesa nas zonas fronteiriças e no interior do país, devemos ter nestas zonas uma nova base em que o Exército Revolucionário Popular da Coreia possa apoiar-se.
Somente assim poderemos ampliar e desenvolver a luta armada, tomando essa base como ponto de apoio, exercer uma forte influência revolucionária da Luta Armada Antijaponesa sobre o povo do interior do país, estender aqui de maneira acelerada a rede organizativa da ARP, assim com impulsionar com energia a revolução coreana em geral.
Então, quais condições deve ter asseguradas a nova base guerrilheira que vamos criar?
Antes de tudo, há que ser um ponto de apoio que permite às unidades do Exército Revolucionário Popular da Coreia empreender as atividades político-militares movendo-se livremente e assegurar de maneira satisfatória a direção sobre as organizações revolucionárias clandestinas.
Ademais, deve ser um poderoso baluarte difícil de ser descoberto pelo inimigo e cujo centro serão os acampamentos secretos estreitamente vinculados às organizações revolucionárias clandestinas arraigadas entre as amplas massas populares.
As zonas favoráveis que podem assegurar essas condições são a extensa região que abarca a Coreia setentrional, próxima ao rio Amnok, com o monte Paektu como centro, e Changbai, Linjiang, Fusong e Antu. Por isso devemos criar uma nova base guerrilheira nas zonas fronteiriças com o monte Paektu como centro.
Para isso é preciso, antes de tudo, estabelecer numerosos acampamentos secretos nessas zonas adjacentes ao rio Amnok. Esses acampamentos deverão ter asseguradas suficientes condições para empreender as atividades político-militares, entre outras, o quartel, a oficina de reparação de armas, o hospital e a imprenta. Também terá que formar-se como ponto de apoio secreto desde onde se possa dirigir com propriedade as atividades militares do Exército Revolucionário Popular da Coreia e das organizações revolucionárias clandestinas.
Para criar a nova base guerrilheira é necessário, ademais, formar uma extensa rede de organizações revolucionárias clandestinas no arredor da imensa selva do monte Paektu. Isso requer que os agentes políticos clandestinos atuem com vigor entre os amplos setores das massas, explicando-lhes o Programa da ARP e criando e ampliando diversas organizações revolucionárias clandestinas, para assim converter essas regiões em zonas semi-guerrilheiras.
Somente então será possível que incluso em condições de uma frenética intensificação da ofensiva dos imperialistas japoneses, as unidades do Exército Revolucionário Popular da Coreia empreendam ações militares com elevada mobilidade, sem limitar-se à defesa da base guerrilheira, e elas poderão ter onde descansar, e os organismos de retaguarda poderão desfrutar de segurança. Ademais, serão estreitados os laços com as massas populares nas zonas mais extensas, será garantida a segurança das organizações revolucionárias e se ativará toda forma de ajuda por parte do povo ao Exército Revolucionário Popular.
Se cria--se essa base no monte Paektu, poderemos ampliar e desenvolver vigorosamente em escala nacional o movimento da frente unida nacional antijaponesa, a preparação para a fundação do partido e a Luta Armada Antijaponesa, desferir contundentes golpes político-militares aos agressores imperialistas japoneses, assim como promover um grande auge na revolução coreana.
Ao criar a nova base guerrilheira em curto espaço de tempo e empreender a luta apoiando-nos nela, devemos desferir golpes mortais ao imperialismo japonês, inspirar confiança na vitória à população do interior do país e agrupá-la mais compactamente em torno da bandeira da frente unida nacional antijaponesa.
Estou seguro de que vocês registrarão uma nova mudança na luta para aglutinar as amplas massas antijaponesas sob a bandeira dessa frente e lograr a restauração da Pátria.
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