quarta-feira, 13 de novembro de 2019

EUA enfrentará ameaça mais séria, aponta o porta-voz da Comissão de Assuntos Estatais da RPDC


O porta-voz da Comissão de Assuntos Estatais da República Popular Democrática da Coreia fez pública nesta quarta-feira (13) a seguinte declaração:

"Deixamos claro que os exercícios militares conjuntos planejados pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul são o fator principal que exacerba de maneira inevitável a situação da Península Coreana e da região.

Expressando séria preocupação a respeito, emitimos reiteradas advertências para o cessar de tais ações.

Apesar disso, os EUA e a Coreia do Sul decidiram realizar um treinamento militar hostil à RPDC no tempo mais delicado, fato que multiplica a indignação de nosso povo e torna impossível manter a paciência que tivemos até a data.

Ao referir-se ao previsto treinamento aéreo conjunto EUA-Coreia do Sul, o Departamento de Defesa e a Junta de Chefes de Estado Maior dos EUA disseram que a dimensão dos exercícios ou a realização dos mesmos não se ajustam ao ressentimento da Coreia do Norte. Anunciaram publicamente que agora é o tempo em que se necessita o treinamento conjunto desse tipo e seu objetivo reside em preparar-se no suficiente para cumprir a guerra esta noite se preciso.

Ademais, esse país não leva a sério o tempo limite que determinamos como até o fim do ano, fazendo uso de grande paciência e generosidade.

Tais movimentos significam a quebra aberta da Declaração Conjunta de 12 de Junho, adotada pela RPDC e pelos EUA sobre a base de confiança mútua, e negativa total do Acordo de Singapura que deixou todo o mundo emocionado.

Considerando os EUA como contraparte do diálogo, de lá pra cá, cessamos várias ações preocupantes para os EUA e tomamos as medidas de confiança, como eles haviam se comprometido a cessar as ações militares que provoquem e hostilizem a contraparte enquanto esteja em curso as conversações de boa fé entre ambas partes.

Graças a tais esforços, se lograram os êxitos que o presidente estadunidense enumera como seus méritos cada vez que tem oportunidade.

Sem nenhuma recompensa, concedemos ao mandatário estadunidense a matéria de que ele pode se gabar. Porém a parte estadunidense não tomou nenhuma medida equivalente e a única coisa que recebemos dela foi a traição.

Ao inverter até mesmo a posição oficial do presidente de que trataria o 'problema nuclear da Coreia do Norte com nova solução', os EUA se obstina no anterior modo injusto e segue aumentando os obstáculos que impedem o melhoramento das relações RPDC-EUA e a liquidação das relações hostis.

Só este ano, foram levado a cabo os exercícios militares conjuntos Key Resolve e Foal Eagle substituindo seus nomes como Tongmaeng-19 e, em agosto, os Ulji Freedom Guardian com o nome alterado 'Treinamento de revisão da transferência do comando de operações no tempo de guerra'.

Além disso, aproveitou todas as ocasiões para realizar os exercícios de operação especial e outras formas encobertas de ações militares perigosas e hostis.

Devido à perfídia de pagar com maldade a boa fé do interlocutor, o destino das relações RPDC-EUA corre o risco de quebra. Nesta circunstância tão perigosa, os EUA deu início aos exercícios aéreos conjuntos tomando como alvo a RPDC, contraparte do diálogo.

Não podemos ficar com braços cruzados frente a tal conduta imprudente dos EUA que leva de mal a pior a situação; essa é nossa posição oficial.

No momento atual em que a contraparte toma unilateralmente as medidas hostis, não cumprindo a promessa oficial, não podemos buscar motivo nem justificativa para seguir comprometendo-nos com ela e tampouco manteremos nossa paciência.

Posto que o movimento físico ameaça nossa soberania e o ambiente de segurança, tomaremos a disposição para frustrá-lo de modo resoluto, o que trata-se do legítimo direito de autodefesa de um Estado soberano.

Responder ao diálogo com o diálogo e a força com a força é nossa intenção e vontade.

Ao recordar o tempo que mantivemos a paciência, não sentimos a necessidade de estendê-la.

Os EUA deverá pensar seriamente no que pode fazer no tempo que ainda lhe resta.

Neste momento tão delicado em que a situação da Península Coreana pode regressar ao ponto de partida devido aos treinamentos militares conjuntos EUA-Coreia do Sul que constituem o fator principal do repetido círculo vicioso, caberia aos EUA abster-se das ações imprudentes tomando o controle de si mesmo.

Deveria pensar com angustia em qual impacto dará a seu 'futuro' o 'novo caminho' que talvez possamos optar.

Se não é alterada a atual corrente da situação, os EUA enfrentará ameaça mais séria no futuro próximo e se verá obrigado a reconhecer seu erro com agonia."

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