quinta-feira, 25 de maio de 2023

O sistema de compartilhamento de informações EUA-Japão-Coreia do Sul se estenderá à crise destas 3 partes


O comentarista de assuntos internacionais, Kang Jin Song, publicou em 25 de maio um artigo intitulado "O sistema de compartilhamento de informações EUA-Japão-Coreia do Sul se estenderá à crise destas 3 partes".

O texto completo assinala:

Em 21 de maio, os líderes de EUA, Japão e Coreia do Sul discutiram em Hiroshima, Japão, novas artimanhas para potenciar a colaboração militar mencionando a suposta "ameaça" e "provocação" da RPDC.

No chamado "diálogo sumário" de menos de 2 minutos, as forças hostis debateram a colaboração tripartida de segurança, inclusive o "compartilhamento em tempo real das informações de alarme de míssil da Coreia do Norte".

É consabido que há agora 9 anos, os EUA sistematizaram oficialmente pela primeira vez a cooperação tripartida no domínio militar ao fabricar o acordo de compartilhamento tripartido de informações (TISA em inglês) pressionando o Japão e a Coreia do Sul.

Como se pode constatar, os EUA vêm impulsionando constantemente o compartilhamento de informações militares anti-RPDC considerando-o como maior prioridade da colaboração militar tripartida. E ultimamente vêm respaldado a reabilitação do Acordo Geral sobre a Segurança da Informação Militar Japão-Coreia do Sul (GSOMIA em inglês) que se encontrava no perigo de quebra.

O TISA permite o compartilhamento de informações por intermédio dos EUA e o GSOMIA o faz somente no caso de que haja um pedido.

Contudo, com esses pactos os EUA não podem perseguir nem controlar permanentemente os movimentos de seus rivais estratégicos da região do Nordeste Asiático.

Por isso, pretende submeter ao Comando do Indo-Pacífico o sistema de comando separado das tropas estadunidenses estacionadas no Japão, as outras no solo sul-coreano, as "Forças de Autodefesa" do Japão e o exército sul-coreano, e estabelecer um novo sistema de compartilhamento de informações militares em tempo real.

Em novembro do ano passado, os líderes de EUA, Japão e Coreia do Sul prometeram em Phnom Penh, Camboja, o compartilhamento de informações de alarme de míssil em tempo real e desta vez o confirmaram novamente.

Este fato insinua que marcha em etapa final o estabelecimento do sistema de compartilhamento tripartido de informações.

Não é por acaso que circula o boato de que por ocasião do diálogo Shangri-La no início de junho, as autoridades de defesa dos EUA, Japão e Coreia do Sul concluirão o acordo sobre o mesmo assunto.

Então, qual é o objetivo do estabelecimento de tal sistema a que os EUA concedem maior prioridade?

Nos últimos anos, os EUA vêm investindo enormes fundos na criação da aliança militar tripartida com Japão e Coreia do Sul, ou seja, a OTAN de versão asiática, no Nordeste Asiático que possui grande importância estratégica militar no cumprimento de sua estratégia do Indo-Pacífico.

A implantação cada vez mais frequente de propriedades estratégicas dos EUA na região do Nordeste Asiático e os exercícios militares tripartidos EUA-Japão-Coreia do Sul já estão ocorrendo no nível da aliança militar.

Em particular, o presidente estadunidense chamou em abril passado o líder sul-coreano à Casa Branca e declarou a fundação do "grupo consultivo nuclear" ao qual pretende ingressar até mesmo o Japão. Este fato mostra o aspecto da cooperação militar tripartida EUA-Japão-Coreia do Sul que se converterá em um futuro não muito distante em uma aliança de cooperação nuclear do tipo OTAN.

A adição da nova função, que é o compartilhamento tripartido de informações em tempo real, significa a aparição da aliança militar EUA-Japão-Coreia do Sul com eixo nervoso na região do Nordeste Asiático.

É evidente para qual objetivo serão usadas se o amo e seus seguidores, obcecados pela hegemonia, pela expansão ao exterior e pelo confronto fratricida, obtêm as imagens integrais de informação militar na zona da Ásia-Pacífico, inclusive a região do Nordeste Asiático.

Na zona da Ásia-Pacífico, estão localizados mais densamente que outras partes os blocos político-militares de caráter exclusivo e conflitivo como AUKUS, 5 olhos e QUAD, que são produtos diretos da política militar externa dos EUA de dividir os países em partes, pela qual a paz e a segurança da humanidade estão seriamente ameaçadas.

Nesta região, onde se torna cada dia mais severo o enfrentamento entre as forças, se prevê o nascimento de outra aliança militar, fato que aumenta a inquietude e preocupação da sociedade internacional.

A possibilidade da fundação na zona do Nordeste da Ásia de um bloco militar, que tem funções complexas muito perigosas como a cooperação militar multipartida do tipo OTAN e o compartilhamento de informações militares em tempo real, aumenta ao máximo a preocupação da RPDC e dos demais países da região.

Constitui a ameaça mais grave para a paz e segurança do mundo a sinistra ambição conflitiva dos EUA que tentam tomar a hegemonia militar na região da Ásia-Pacífico ao preparar a "justificativa" de organizar o bloco militar EUA-Japão-Coreia do Sul ao custo de violar o sagrado espaço de segurança da RPDC e fundar a "OTAN de versão asiática".

A RPDC e a justa sociedade internacional jamais tolerarão a fundação de grupos anti-paz dos EUA e seus satélites e frustrarão passo a passo com um poder formidável a má opção das forças hostis.

À medida que os EUA e seus seguidores se tornam mais fanáticos em fortalecer a aliança militar anti-RPDC e expandir os exercícios de guerra de agressão, serão expostos à crise de segurança destrutiva, que se torna uma equação que determina a atual estrutura de força na Península Coreana.

Se os EUA e seus lacaios adicionarem a essa equação imutável o novo número variável chamado "sistema de compartilhamento de informações tripartido", o valor funcional não será a troca de informações, mas o compartilhamento da crise.

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