Recentemente, o veículo de imprensa online Euronews, citando os dados do Bureau de Estatística Europeia, reportou que a taxa de inflação da zona do euro subiu bastante em abril passado.
Se observamos país por país, França, Alemanha e Itália registraram respectivamente 6.9%, 7.6% e 8.8% de taxa de inflação, e Estônia, Lituânia e Letônia registraram a mais alta taxa de inflação entre os países da zona do euro, 13.2%, 13.3% e 15% respectivamente.
De imediato, o veículo assassino que, desde o ano passado, embora o Banco Central Europeu tente baixar a taxa de inflação para menos de 2%, com a exigência da aplicação de políticas de austeridade aos países da zona euro e outras medidas, continua a situação de estagnação.
Os gritos preocupantes causados pelo aumento repentino da taxa de inflação também ressoam em outros países europeus, à parte da zona do euro.
Em janeiro do ano em curso, uma figura de alto escalão do Banco Central da Suécia, país que registrou 11.7% de taxa inflacionária, apontou que é necessário fortalecer ainda mais de maneira contínua a política monetária para superar a atual crise de inflação, e o ministro das Finanças deste país apontou que a situação econômica segue se agravando e reconheceu que a detenção da inflação, que sobe a cada dia, é a política mais importante do governo.
O aumento da taxa de inflação está provocando o pior aumento repentino dos preços.
No Reino Unido, os preços dos alimentos e bebidas não alcoólicas aumentaram em 19.1% no geral em março passado, e esta é a maior extensão de aumento desde agosto de 1997.
Em março passado, “Matpriskollen”, um organismo de investigação de preços da Suécia, anunciou o resultado de investigação de preços de mais de 44 mil itens alimentares, e assinalou que, em fevereiro, o preço geral dos alimentos aumentou em 2.5% em comparação com o mês anterior e em 17.8% em comparação com o ano passado, e em particular, os alimentos para bebês aumentaram em 0.8% e esse é o nível mais alto desde 2015.
Por outro lado, a emissora VRT da Bélgica reportou que, em seu país, em janeiro o preço dos pescados, do pão, do leite consumível, dos produtos lácteos e dos ovos aumentaram em 15%, 18.3%, 28.2%, 24.6% e 34.3%, respectivamente.
Tais aumentos dos preços acarretam inevitavelmente crimes relacionados com a subsistência.
Na França, aumentaram repentinamente os roubos entre idosos, adolescentes e estudantes, e em particular, os roubos de alimentos de necessidade imediata estão ocorrendo sem cessar, e não tanto, cosméticos e roupas.
O mais surpreendente é que a visão sobre os atos criminosos está mudando em toda a sociedade. Um exemplo disso é que aumenta o número de pessoas que respondem que, se uma pessoa realmente não tem dinheiro nem pode comer devidamente, é compreensível que cometa tais roubos.
Esta mudança que ocorre na consciência das massas se estende ao caos social e à desordem.
Recentemente, os sindicatos trabalhistas do setor financeiro da Romênia organizaram manifestações de protesto por aumento dos salários e melhora das condições de trabalho, e o presidente da federação nacional de sindicatos advertiu que, caso o governo não tome medidas substanciais para o aumento dos salários, os médicos e enfermeiros de todo o país suspenderão as atividades médicas e participarão nos protestos.
Em maio na Suíça, vários sindicatos revelaram que, neste ano também o preço das mercadorias e serviços aumentaram em 2.6%, porém, o nível do salário não alcança o nível de tal aumento e que isso é o resultado de que as empresas se dedicam somente à obtenção de ganhos ao custo do sacrifício de seus empregados, e anunciaram que realizarão greves e protestos.
Isso não é tudo.
Segundo os principais veículos de imprensa como o jornal online “Novinky” da Tchéquia, a 24TV da França e a AFP, em março passado em Praga, milhares de pessoas realizaram uma manifestação na praça central da cidade com cartazes como “Os tchecos que lutam contra a pobreza” protestando contra o governo que ignora a dificuldade de vida dos habitantes acarretada pelo aumento dos preços.
Antes disso, em fevereiro passado na França dezenas de milhares de pessoas de vários estratos se lançaram em escala nacional às manifestações contra a reforma de pensão das autoridades, e no Reino Unido, onde a situação de vida dos habitantes piora pelo aumento da taxa de inflação sem precedentes, mais de 500 mil professores e empregados das universidades, e trabalhadores dos setores de transporte e serviços públicos organizaram a greve.
Atualmente, os grupos civis da Europa expressam insatisfação com o fato de que a cada dia mais pessoas estão se afogando nas atividades de vida por não poder manter o dinheiro para a subsistência por causa do aumento da inflação e preços sem precedentes e estão avaliando que a responsabilidade recai nos governos que ignoram suas vozes que demandam a melhora da situação de suas vidas.
Esta é justamente a realidade da “sociedade de bem-estar.”
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