sexta-feira, 26 de maio de 2023

A verdadeira primavera chega ao mundo árabe


 O comentarista de assuntos internacionais, Jong Yong Rim, publicou em 26 de maio um artigo intitulado "A verdadeira primavera chega ao mundo árabe".

O texto íntegro segue:

Recentemente, foi realizada na Arábia Saudita a 32ª Cúpula da Liga dos Estados Árabes.

Na reunião, que foi aberta com a participação de todos 22 países membros há mais de 10 anos, inclusive a Síria, foi colocada ênfase em tomar a ação conjunta para rechaçar a intervenção das forças estrangeiras na região, garantir a estabilidade e segurança do mundo árabe e defender seus interesses.

Para esse fim, foram tomadas as medidas efetivas e disposições correspondentes com vista a resolver por conta própria os problemas regionais, incluindo a crise da Síria, a causa da Palestina e o conflito do Sudão.

O encontro, que reflete patentemente a aspiração independente e entusiasmo dos países regionais, demonstra que começaram a ser dissipadas as consequências catastróficas da "primavera árabe", causada pelos EUA e o Ocidente há mais de 10 anos.

Em dezembro de 2010, foi efetuada em uma cidade da Tunísia uma manifestação dos habitantes em demanda da melhora das condições de vida. Porém, ela se estendeu, sob a instigação dos EUA e do Ocidente, às ações violentas que exigiram a renúncia do presidente.

A partir desse evento, a "primavera árabe" rapidamente se expandiu a outros países como um tumor maligno.

Como consequência dela que assolou Egito, Líbia e Iémen desde princípios de 2011, foram derrubados os governos legítimos desses países e, em março de 2011, até a Síria caiu na conflagração que deu início à crise prolongada.

Devido à "primavera árabe" que não é uma revolução nem primavera, causada pelo obstinado controle de retaguarda dos EUA e do Ocidente que tentam infundir pela força a "concepção de valor e a democracia de estilo estadunidense", a região árabe, onde a vida seguia normal e tranquila, se converteu no cenário de distúrbios, desordem, choques, enfrentamentos e assassinatos.

Recorrendo ao seu método rotineiro de "dividir para dominar", os EUA tentaram separar os países árabes para que o problema da Palestina, o primordial da causa árabe, ficasse de lado.

Divulgando amplamente o "rumor de ameaça" do Irã, venderam muitas armas aos países árabes do Oriente Médio sob o vistoso cartaz de "garantia da segurança" e, como resultado, seus ganhos monopolistas cresceram cada vez mais, enquanto por outro lado chegou ao máximo o nível de divisão, discórdia, instabilidade social e tensão entre os países regionais.

Porém, enfrentou o rechaço dos países regionais a intenção injusta dos EUA de usá-los como instrumentos e brigadas de choque para a realização de sua estratégia hegemônica dando prioridade somente aos interesses próprios.

A referida cúpula decidiu resolver por conta própria os problemas regionais rechaçando a intervenção das forças estrangeiras e partindo dos interesses regionais, o que confirma que caminha ao fracasso a "primavera árabe" produzida pela política dos EUA sobre o Oriente Médio.

Se pode dizer que a 32ª Cúpula da Liga dos Estados Árabes constituiu uma oportunidade significativa que anuncia a chegada da primavera de paz e prosperidade autênticas, após a "primavera árabe" que era realmente um inverno longo que causou somente desgraças e sofrimentos, graças aos esforços protagonistas dos países regionais, os donos da região.

Embora os EUA manobrem muito desesperadamente para tomar a posição hegemônica na região árabe, jamais poderá frear a marcha vigorosa dos países regionais que empreenderam a obra comum que é a reconciliação e unidade.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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