quarta-feira, 10 de maio de 2023

Investigadora do Instituto de Estudo sobre o Japão comenta a visita de Kishida à Coreia do Sul


A investigadora do Instituto de Estudo sobre o Japão do Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia, Kim Sol Hwa, publicou em 10 de maio um artigo intitulado "Que 'contribuição' fez à segurança do Japão a visita de Kishida à Coreia do Sul?".

O texto complexo assinala como segue:

Em 7 e 8 de maio, o Primeiro-Ministro japonês, Kishida, realizou uma visita à Coreia do Sul, apesar da forte oposição e repúdio dos coreanos e dos estrangeiros sobre a viagem de vassalo do governante sul-coreano aos EUA, o que aumenta a preocupação regional e internacional.

Como presumia a opinião pública interna e externa, Kishida pôs claro o objetivo da visita à Coreia do Sul, derramando óleo no fogo.

Em seu encontro com o governante sul-coreano, caluniou infundadamente a RPDC e outros países periféricos dizendo que "chegaram a um acordo sobre a importância do aumento do dissuasivo e das contramedidas em virtude da aliança Japão-EUA e e da Coreia do Sul-EUA e colaboração de segurança entre Japão, EUA e Coreia do Sul, posto que continuam as provocações da Coreia do Norte e se vê uma tentativa unilateral de modificar a situação atual pela força".

O que não se pode deixar passar é que o Primeiro-Ministro japonês demonstrou abertamente a intenção de somar-se à "Declaração de Washington", fabricada pelos líderes de EUA e Coreia do Sul como produto intensivo da brutal política hostil à RPDC.

Não cabe dúvida que é amparada por seu amo a conduta do Japão, que obedece cegamente os EUA.

O governante sul-coreano, enlouquecido pelo servilismo aos EUA, insistiu em colaborar com o Japão em qualquer momento, dizendo que "a Declaração de Washington não exclui a incorporação do Japão".

Seu disparate representa as más intenções dos EUA de fabricar "um ente consultivo tripartido para o dissuasivo ampliado" favorável ao estabelecimento da "aliança militar nuclear" sob o comando dos EUA no Nordeste Asiático.

A Declaração de Washington, que estipula a instituição do "grupo consultivo nuclear" e a colocação do submarino estratégico nuclear estadunidense na Coreia do Sul, constitui um roteiro de enfrentamento nuclear mais aberto que ameaça a paz e a segurança de todo o mundo para não falar da Península Coreana e do resto do Nordeste Asiático.

O Japão deve deliberar sobre o que significa sua colaboração nuclear com os EUA e a Coreia do Sul.

Em cada oportunidade, os EUA promete que defenderá o arquipélago japonês como seu território principal. Porém, sua verdadeira intenção é utilizá-lo como um aparato favorável ao cumprimento de sua estratégia do Indo-Pacífico.

Vale a pena recordar o que disse o diretor do jornal estadunidense Wall Street Journal que opinou que "não se vê a perspectiva para a defesa do Japão por parte dos EUA, já que ninguém sabe se San Francisco poderia ser destruído por um ataque nuclear".

O Japão não deve esquecer que, para os EUA, que tomaram centenas de milhares de habitantes japoneses como únicas vítimas de armas nucleares no mundo, o arquipélago japonês não é mais que seu arsenal para a guerra e base de abastecimentos militares.

Se o Japão segue obstinando-se pelo estabelecimento do sistema de colaboração militar tripartida dos EUA ignorando a realidade, provocará a instabilidade na região do Nordeste Asiático e, ao final, se converterá em um mar de fogo em que morrerá incinerado.

Defender a segurança do Japão em virtude da política de favoritismo dos EUA não passa de uma ilusão míope de construir uma casa ao lado do barril de pólvora.

Se o Japão deseja de verdade sua segurança, deve fazer alguma coisa favorável para manter relações estáveis com os países vizinhos, livrando-se do destino de submissão aos EUA, o que seria uma conduta sensata.

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