sexta-feira, 13 de setembro de 2019
Detenhamos e frustremos a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong pelo imperialismo japonês
Discurso pronunciado na reunião de quadros da União da Juventude Comunista e da União da Juventude Antiimperialista, em 7 de outubro de 1928.
Camaradas:
Hoje, à nossa frente, os comunistas da jovem geração, se apresenta com urgência a tarefa de deter e fazer fracassar a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong pelo vandálico imperialismo japonês.
Concluída a construção da linha Jilin-Dunhua com colossais recursos e o sangue e suor de inúmeros coreanos e chineses, eles aceleram a do trecho Dunhua-Hoeryong para completar a via Jilin-Hoeryong.
Estas obras não são para desenvolver o tráfego da região da Manchúria e facilitar comodidades à vida de seus habitantes, como dizem os imperialistas japoneses dizem ruidosamente, mas perseguem, em todo caso, o objetivo de abrir passagem para ocupar esta região e agredir todo o território da China.
Historicamente, eles tem aproveitado a ferrovia como a via principal para a dominação e pilhagem em outras nações e empreenderam a agressão contra estes por apoderar-se do direito a construí-lo e administrá-lo.
Mesmo antes de ocupar a Coreia, foram adjudicados o direito a construir a ferrovia Seul-Pusan e outras linhas principais que tinham grande importância econômica e militar e tramaram os trechos Seul-Pusan e o de Seul-Sinuiju, criando assim condições favoráveis para agredir e dominar a Coreia.
Também na Manchúria, o vandálico imperialismo japonês tenta alcançar seu objetivo agressivo, começando por apoderar-se da ferrovia local. Desde muito tempo tem interesse em conquistar o direito a ter a ferrovia como preparação para agredir a Manchúria, e e logo após vencer a Guerra Russo-Japonesa, arrebatou da Rússia czarista a ferrovia de Nanman e, sobre o pretexto de sua proteção, enviou para o local um grande número de efetivos do exército Guandong e polícias do consulado e agentes para estender sua base agressiva contra o continente.
Uma vez estabelecida esta base, no passado mês de maio transladou de Lushun a Shenyang o quartel-general do exército Guandong e busca a oportunidade para agredir a Manchúria.
O imperialismo japonês, que prepara aceleradamente a agressão contra o continente, impulsiona com força a construção da ferrovia nas regiões favoráveis para a invasão à Manchúria, captando a vontade dos militaristas reacionários da China. Como resultado, já logrou-se construir a linha ferroviária Jilin-Changchun e agora se lançam às obras do trecho Dunhua-Hoeryong, destinadas a completar a de Jilin-Hoeryong.
Dito isso, quais consequências trará aos povos coreano e chinês a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong?
De forma resumida, se conclui-se esta obra, a região da Manchúria cairá nas sinistras garras dos imperialistas japoneses e sua agressão ao continente se acelerará ainda mais, porque a ferrovia é o principal caminho que conecta-se diretamente com Hoeryong na Coreia e atravessa várias cidades da Manchúria.
Uma vez construída a ferrovia, se intensificará o saque econômico por parte do imperialismo japonês.
Agora, este leva ao Japão, através de Dalian ou de Andong, o carvão, minerais de metal e outros recurso subterrâneos, madeira, cereais, etc. que abundam na região manchu, porém, se no futuro estende-se a ferrovia Jilin-Hoeryong, poderá transportá-los com maior rapidez através de Hoeryong e Chongjin. Portanto, este trecho ferroviário criará condições muito favoráveis para sugar o sangue e o suor dos povos coreano e chinês e saquear seus recursos.
Se constrói a dita ferrovia, resultará, ademais, que as mercadorias japonesas inundarão a Manchúria, convertendo todo território manchu em mercado desse imperialismo, e grande número de médios e pequenos comerciantes e industriais e de artesãos da zona sofrerão a bancarrota e ruína, assim como também surgirão muitos desempregados e perambularão em busca de trabalho.
A construção da ferrovia Jilin-Hoeryong facilitará ao imperialismo japonês realizar sua ambição de agredir militarmente o continente.
Este imperialismo ambiciona ocupar a Manchúria, tomar todo o território da China e, mais adiante, agredir a União Soviética. Considera precisamente a ferrovia Jilin-Hoeryong como atalho para tornar realidade essa ambição agressiva e, no caso de emergência, tratará de aproveitá-la para trazer com rapidez suas forças agressivas e tomar assim com um só golpe a terra da Manchúria, assim como para mobilizar com presteza seus militares, policias e gendarmes para qualquer direção para aplastar de imediato o movimento anti-japonês dos povos coreano e chinês.
Se cumprido o sinistro plano do imperialismo japonês de ter a ferrovia Jilin-Hoeryong, se incrementará com rapidez sua indústria militar, a qual se apoia nos abundantes recursos de Coreia e Manchúria, o que os tornará um agressor e saqueador mais feroz. Então recrudescerá sua repressão contra a luta de libertação nacional do povo coreano, e também o povo chinês, como vítima de sua agressão contra o continente, não poderá evitar o destino de ser um escravo colonial.
Desta maneira, a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong constitui um elo para realizar a vandálica ambição do imperialismo japonês de agredir o continente.
Nós, os jovens da nova geração, por cujas veias corre o sangue patriótico e que ardemos em sentido de justiça, não podemos permanecer como meros observadores ante às maquinações agressivas do imperialismo japonês. Firmemente decididos a lutar até o fim pela independência da Coreia e a libertação nacional, devemos combater consequentemente contra a construção da ferrovia pelos imperialistas e deter e frustrar a todo custo suas manobras agressivas.
Esta luta é uma batalha do povo chinês contra a agressão do imperialismo japonês à Manchúria, e está estreitamente relacionada com a sublime causa do povo coreano para resgatar o país perdido e salvar o destino de nossa nação em ruína. Portanto, devemos lograr que todos os jovens estudantes e outras amplas massas populares da Coreia e da China se unam e levantem-se com valentia na luta contra a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong pelo imperialismo japonês.
Antes de tudo, devemos nos compenetrar com eles e explicá-los com clareza o objetivo agressivo e saqueador dessa obra.
Temos que fazer-lhes compreender claramente que a construção desta ferrovia pelo imperialismo japonês não é para o desenvolvimento da China, mas para trazer com rapidez suas forças agressivas com a intenção de ocupar a Manchúria, converter o povo chinês em seu escravo, saquear ao seu gosto os abundantes recursos da região manchu e acelerar com afinco os preparativos para agredir o continente.
Ao mesmo tempo, devemos empreender com zelo o trabalho propagandístico para revelar ante a todo mundo o desígnio do imperialismo japonês de saquear economicamente a Coreia e a Manchúria por meio da introdução de mercadorias. O imperialismo japonês impede o desenvolvimento econômico de uma e outra e saqueia seus povos mediante a introdução de seus produtos. Ao explicar claramente aos jovens estudantes e outras massas o objetivo agressivo e saqueador que o imperialismo japonês persegue com a construção da ferrovia Jilin-Hoeyong, em estreito vínculo com seus atos de introduzir mercadorias, devemos lograr que eles os odeiem implacavelmente.
Depois de elevar seus sentimentos anti-japoneses, devemos organizar as manifestações de massas contra essa obra e as mercadorias japonesas.
Para assegurar o êxito desta luta, devemos explicar seu objetivo e significado às massas manifestantes e apresentar-lhes lemas corretos. Lançar lemas corretos tem uma importância especial, porque somente assim é possível que as amplas massam compreendam com clareza o alvo e a direção da luta e se levantem nas manifestações como um só, atuando em uníssono. Na luta devemos apresentar lemas como "Lutemos contra as obras de construção da ferrovia Jilin-Hoeryong pelo imperialismo japonês!" e "Derrotemos os agressores imperialistas japoneses!".
Com vista a realizar com êxito as manifestações, é necessário, ademais, esmerar-se no trabalho organizativo para formar solidamente as filas principais e incorporar um maior número de pessoas. Somente então será possível assegurar a persistência e duração das manifestações frente à repressão do imperialismo japonês e dos militaristas reacionários.
Devemos estruturar as manifestações com os estudantes das escolas secundárias em Jilin, como a de Yuwen, Wenguang e a feminina, e com outras massas de jovens medulares logrando que estes sejam defensores abnegados da luta. Os grupos de criadores de lemas e de propagandistas empreenderá ativamente as atividades políticas com diversas formas e métodos apropriados à situação, como distribuir folhetos, proclamas e declarações de condenação e pronunciar discursos de agitação.
Há que organizar o piquete com jovens estudantes medulares e valentes. Seus membros devem proteger as filas de manifestantes da repressão inimiga, manter a ordem e informar à tempo da mudança da situação ao comando. Desta maneira, procuraremos manter distante as intrigas repressivas do inimigo, prevenir a vacilação e a desordem nas filas de manifestantes e assegurar a continuidade da luta sem abandoná-la.
Devemos prestar profunda atenção a prevenir que durante as manifestações se revelem ante ao inimigo os membros medulares da Juventude Comunista e da Juventude Antiimperialista. Em vista de que agora o imperialismo japonês e os militares reacionários fazem esforços desesperados para detectar as organizações revolucionárias com a mobilização de um grande número de agentes, se não organiza-se com esmero e prudência o trabalho, existe o perigo de que se descubram ante ao inimigo os membros diretivos da organização. Portanto, na medida do possível, se fará que os militantes das organizações legais como a Associação Autônoma de Estudantes, a Associação de Crianças e a Associação de Estudantes Coreanos em Jilin se mobilizem de maneira ativa para incorporar as amplas massas às manifestações.
A batalha contra a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong e a rejeição das mercadorias japonesas não podem estar isenta de dificuldades, por seu alvo é o vandálico imperialismo japonês e os militares reacionários. Devemos adotar diversas e estritas medidas para manter e engrossar sem cessar as filas de manifestantes independentemente de qualquer dificuldade que surja.
Para terminar, se procurará que nas vastas regiões da Coreia e da Manchúria empreenda-se com força diversas formas de combate com coordenação com nossa luta,
Somente com as manifestações dos jovens estudantes e habitantes da cidade de Jilin contra a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong, é possível deter e frustrar por completo as maquinações do imperialismo japonês, encaminhadas a preparar o atalho para agredir o continente. Ao promover com energia nas grandes cidades da Manchúria e nas vastas regiões do interior do país e outras no exterior a luta contra as manobras agressivas do imperialismo japonês, em apoio a essas manifestações temos que impedir e levar ao fracasso a construção dessa ferrovia e afundá-la em uma situação cada vez mais difícil.
Atualmente, no interior do país os trabalhadores e os camponeses de Wonsan e outras diversas zonas se alçam em greves e na revolta dos arrendatários, que desferem golpes no imperialismo japonês, e também o povo chinês se levanta sucessivamente na luta anti-imperialista e anti-japonesa.
Devemos apoiá-los e estimulá-los ativamente e orientar os amplos setores das massas a empreender com maior valentia a greve, a revolta dos arrendatários e outras formas de luta contra o imperialismo japonês. De modo especial, procuraremos que boicotem a mobilização para a construção de ferrovias e todas as demais obras de edificação de instalações militares que o imperialismo japonês impulsiona, e que empreendam com dinamismo a greve, a sabotagem e outras diversas forma de luta para aplicar golpes duros ao imperialismo japonês.
Nós, que batalhamos contra a agressão e o subjugamento do imperialismo e para alcançar a independência da Coreia, nunca poderemos tolerar as manobras do imperialismo japonês encaminhadas a agredir o continente. Empreendendo com audácia a luta para deter e frustrar a construção da ferrovia Jilin-Hoeryong pelo imperialismo japonês, devemos coroá-la como uma brilhante vitória.
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