segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Discurso do camarada Kim Song, representante da delegação da RPDC na 74ª Assembleia Geral da ONU
Nova Iorque, 30 de setembro de 2019.
Senhor presidente,
Em nome da delegação da República Popular Democrática da Coreia quero em primeiro lugar felicitar-lhe senhor Tijjani Muhammad Bande por sua nomeação para presidir o 74º período de sessões da Assembleia Geral das Nações Unidas.
Senhor presidente,
Estou seguro de que sob sua direção culminaremos com êxito nossas tarefas.
Esta Assembleia Geral é realizada em um momento em que a atenção global às questões de paz e desenvolvimento é mais intensa que nunca; a paz e desenvolvimento, aspiração comum de nossa época, são os pilares das Nações Unidas e os objetivos fundamentais que regulam todas suas atividades.
Embora haja um número elevado de membros nas Nações Unidas, a paz e o desenvolvimento seguem encontrando todavia muitos problemas e isso deve-se, entre outras coisas, à violação flagrante dos princípios de soberania e de igualdade que são apontados na Carta da ONU.
O unilateralismo e a lei da força levam à violação do princípio de soberania em muitos países. Ao supor uma ameaça para a paz e o desenvolvimento, o Conselho de Segurança das Nações Unidas tem a tarefa de garantir a paz e a segurança internacionais, porém tornou-se reduzido a um instrumento que serve exclusivamente aos interesses de um país específico, violando totalmente a justiça internacional.
Estamos falando de um país que impõe sanções a outros e tenta mudar os regimes políticos destes; por isso as Nações Unidas deve reforçar seu papel e respeitar a soberania e a igualdade entre os países membros, pois tais maquinações são uma grave ameaça para a paz e segurança, e pode-se lograr unicamente a soberania quando os Estados tornam-se fortes.
Nosso camarada Kim Jong Un, Presidente da Comissão de Assuntos Estatais da República Popular Democrática da Coreia, em seu histórico discurso de orientação política de abril, apontou as tarefas centrais da construção socialista em nosso país centrando-nos no desenvolvimento econômico e buscando também uma solução que permita encontrar a paz na Península Coreana.
A situação atual é marcada pelo aumento dos atos hostis contra nosso país. Frente a eles, nós reafirmamos nossa autossuficiência e nossa determinação de levar a cabo a construção socialista. Temos uma economia sólida com grande desenvolvimento científico e tecnológico e uma tradição muito valiosa de autossuficiência - nossos recursos estratégicos não estão à venda.
Sob a direção do Máximo Dirigente camarada Kim Jong Un, nosso povo está fazendo um esforço importante para superar as dificuldades e glorificar nossa República como país independente e poderoso, um país no qual os ideais do povo se tornam plenamente realidade.
A chave para consolidar a paz e a estabilidade e lograr o desenvolvimento na Península Coreana é a plena aplicação da Declaração Conjunta RPDC-EUA acordada entre os máximos líderes dos dois países na histórica reunião e conversações Cúpula de Singapura de 12 de junho.
Transcorreu mais de um ano desde a adoção da Declaração Conjunta de 12 de junho, todavia, as relações entre RPDC e EUA pouco avançaram em relação ao propósito da declaração.
Segue havendo muita tensão na Península Coreana o que é atribuível exclusivamente às provocações militares e políticas dos Estados Unidos e sua política anacrônica de hostilidade para com a RPDC.
Nosso Máximo Dirigente camarada Kim Jong Un, neste histórico discurso enfatizou a necessidade de que os EUA mude seu método de cálculo e atitude. Nós esperamos com paciência uma decisão valente dos EUA neste sentido.
Estamos dispostos a sentar e debater profundamente com os EUA todas as questões pendentes. Tudo depende da posição dos EUA e estas negociações nos darão a oportunidade de superar a crise ou voltar ao que era antes.
As históricas declarações intercoreanas foram muito positivas para população tanto no norte como no sul da Coreia, como também para a comunidade internacional. Existem muitas expectativas porém não começou todavia a fase de execução das referidas declarações, e isso deve-se também ao padrão duplo das autoridades sul-coreanas que falam sobre reconciliação à atenção do mundo porém depois instalam armas ultramodernas e levam a cabo exercícios militares conjuntos com os EUA cujo alvo é nosso país.
A instalação dessas novas armas na Coreia do Sul e os exercícios militares contra o nosso país constituem uma flagrante violação do Acordo Militar Norte-Sul e são um ato hostil e unilateral que reforça a corrida armamentista e fere a Declaração Panmunjom.
A melhora das relações intercoreanas só será possível se as autoridades sul-coreanas abandonarem sua política bélica e a dependência das forças estrangeiras e cumprirem suas responsabilidades na implementação das declarações conjuntas.
O tema de debate geral sobre da ONU sobre a cooperação multilateral para a erradicação da pobreza, garantia da educação de qualidade, a ação contra a mudança climática e o tema de inclusão, resume claramente a base dos objetivos que os Estados membros devem alcançar até 2030.
Nosso povo empenha-se para tornar realidade estes objetivos em um país socialista poderoso e autossuficiente.
Apresentamos nosso primeiro informe à ONU sobre os objetivos para 2020.
Há que adotar medidas práticas de apoio aos países em desenvolvimento para que consigam um desenvolvimento sustentável através da assistência da ONU e de outras organizações dentro de seus âmbitos econômicos e sociais.
É vital que os Estados membros da ONU criem um entorno pacífico para fazer realidade tais objetivos. Por isso, brindamos nosso pleno apoio e solidariedade ao governo e povo da Síria para que possam recuperar as Colinas de Golã ocupadas por Israel, e defender sua soberania nacional frente ao complô subversivo e destrutivo das forças hostis e lograr a integridade territorial.
Rejeitamos a aplicação da Lei Helms–Burton e o consequente embargo financeiro e econômico imposto pelos EUA a Cuba. Apoiamos o povo cubano em sua luta contra estas sanções e para construir a defesa e a economia nacional, assim como as atividades externas do partido e governo de Cuba. Também apoiamos o governo e povo da Venezuela que defendem sua soberania.
Aproveitamos a ocasião para agradecer muitos países que deram seu apoio à RPDC e por seu interesse pela paz e desenvolvimento na Península Coreana. Seguiremos trabalhando para reforçar a cooperação com todos os países do mundo que respeitem nossa República e tenham atitude amistosa, e trabalharemos ombro a ombro com todas as forças amantes da paz mundial para estabelecer uma paz duradoura na Península Coreana.
Obrigado.
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