quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Pelo desenvolvimento democrático e a plena soberania e independência de nosso país


Discurso pronunciado ante à uma concentração de massas da cidade de Pyongyang em 19 de maio de Juche 35 (1946).

Queridos compatriotas, irmãos e irmãs:

A nação coreana, oprimida durante os últimos 36 anos sob o domínio colonialista do imperialismo japonês, se libertou de sua vida apátrida, conquistando a liberdade e a felicidade. Nosso povo formou em toda parte da Coreia do Norte os comitês populares e realizou com êxito os labores encaminhados a assentar as bases para o desenvolvimento democrático do país nos domínios político, econômico e cultural.

Os habitantes da Coreia do Norte tem assegurada a plena liberdade de palavra, imprensa, associação e reunião e desenvolvem sua cultura nacional. Como resultado da reforma agrária, os camponeses, que constituem 80% de toda a população, se emanciparam para sempre do jugo dos latifundiários. Os trabalhadores alcançam cada dia maiores êxitos no trabalho pelo desenvolvimento econômico do país e para melhorar a vida do povo. Todo isto não demonstra somente a felicidade da população da Coreia do Norte, mas também significa que estão sendo cimentadas as bases da total independência de toda a Coreia.

Devemos nos unir como um só e lutar para libertar o povo sul-coreano, que ainda segue sofrendo com a exploração e opressão das forças remanescentes do imperialismo japonês e das forças feudais, e para prevenir que nosso país volte a ser uma colônia dos saqueadores imperialistas.

O patriótico povo coreano apoiou plenamente as resoluções da Conferência de Moscou dos Ministros das Relações Exteriores dos Três Países, resoluções que preveem o desenvolvimento democrático e a plena soberania e independência de nosso país. Viemos lutando sem cessar para materializar estas resoluções sobre o problema da Coreia estando seguros de que todas elas preveem estabelecer um governo democrático provisório, partindo do principio básico de eliminar prontamente as nefastas sequelas do prolongado domínio colonialista do imperialismo japonês, de restaurar e fomentar a economia e cultura nacionais em nosso país, de desenvolver este como um Estado democrático, totalmente soberano e independente.

Com início dos trabalhos da Comissão Conjunta Soviético-Estadunidense em 20 de março passado no palácio Toksu de Seul, todo o povo coreano lhe desejou êxitos com a esperança de que se estabeleça um governo provisório que represente os interesses do povo coreano e seja capaz de lutar por eles, tal como estava previsto nas resoluções da mencionada Conferência de Moscou.

Desde o dia da sessão inaugural da Comissão Conjunta Soviético-Estadunidense, a delegação soviética vem esforçando-se invariavelmente para criar o governo democrático provisório da Coreia, baseando-se nas mencionadas resoluções. Todavia, a Comissão Conjunta entrou em recesso indefinido devido à atitude desonesta da delegação estadunidense, que não deseja o desenvolvimento democrático da Coreia, e as maquinações reacionárias obstinadas e absurdas da camarilha de Syngman Rhee.

Queridos compatriotas:

Quem fez fracassar esta reunião ? Quem são os culpados do fracasso desta reunião ? Sem dúvida alguma os culpados são os Estados Unidos e a camarilha de Syngman Rhee. A camarilha reacionária de Syngman Rhee, que somente pensa ávidamente no poder e em seus interesses pessoas, não se importa em absoluto com a nação e o país. A atitude do bandido Syngman Rhee, chefe de uma horda de assassinos, é a conduta de vende-pátria que entorpece o desenvolvimento democrático de nosso país e trata de vender todos os interesses da nação coreana aos imperialistas; é a conduta do traidor, imperdoável, que quer que nossa nação seja escrava para sempre dos imperialistas estrangeiros.

Os “cavalheiros” estadunidenses, que amparando-se no rótulo de “paz” fingiam luchar pela “justiça”, vem empreendendo agora o caminho da agressão aberta ao nosso país, tirando a máscara e violando flagrantemente o acordo internacional concluído entre os países aliados.

Os estadunidenses, que se autodenominam “defensores da democracia” na Coreia, estabeleceram de fato, um regime de governador-geral estadunidense sob título de administração militar, em substituição do regime do governo-geral japonês. Reuniu os elementos pró-japoneses e traidores da nação, lacaios dos imperialistas japoneses da época em que estes assassinavam os coreanos, os oprimiam e exploravam como escravos, e os promoveram como conselheiros de seu governador-geral, tenente-general Hodge, ou como servidores nos órgãos locais da administração militar, implantando desta maneira uma política repressiva mais brutal que durante o domínio do imperialismo japonês. Mandam terroristas perpetrar à luz do dia atrocidades cruéis assassinando sem piedade nossos compatriotas.

Na última sessão da Comissão Conjunta Soviético-Estadunidense, a delegação estadunidense insistiu em consultar com reacionários encabeçados pelo traidor Syngman Rhee sobre a formação do governo provisório, recusando debater a questão com representantes de sindicatos de trabalhadores, associações de camponeses, união de mulheres e união da juventude, organizações nas quais estão integrados todos os setores e estratos do povo coreano. O propósito que perseguia não era estabelecer na Coreia um governo democrático, mas sim um governo reacionário e títere, subjugado e antipopular, que fosse, de fato, uma mera continuação da administração militar estadunidense.

Por esta razão, a delegação soviética, autêntica defensora dos interesses do povo coreano, não pôde permitir esta vil atitude da parte estadunidense.

O traidor Syngman Rhee havia vendido há bastante tempo a concessão econômica da Coreia aos capitalistas dos Estados Unidos. A fim de materializar o “acordo” vende-pátria firmado naquele tempo, os capitalistas estadunidenses e seu lacaio Syngman Rhee obstruíram à força a formação de um governo democrático, exigido unanimemente por todo o povo coreano, e tratam de criar um regime despótico, antipopular e vende-pátria, regido por um punhado de traidores da nação e elementos pró-japoneses. Por trás da máscara de “democracia”, tratam de implantar em todas as regiões o caduco regime de superintendentes provinciais que regeu durante 500 anos a dinastia feudal de Joson. Coisa tão estúpida como querer impor aos civilizados jovens coreanos do século XX o chapéu que usavam naquela época feudal.

O povo coreano de hoje não é o mesmo daquele tempo e tampouco é escravo colonial do imperialismo, mas um povo liberado que agora avança e se desenvolve. Co suas próprias mãos criou o comitê popular, seu poder, e luta pela verdadeira liberdade e direitos democráticos. Quem está contra o comitê popular está contra o povo coreano. O povo patriota coreano, unido firmemente em torno do comitê popular, empreende a luta para consolidar seu poder.

A fim de acelerar a formação do governo provisório democrático coreano conforme as resoluções sobre a Coreia da citada Conferência de Moscou, lanço este chamamento a todo o povo coreano:

Primeiro, apoiemos sem reservas as resoluções sobre a Coreia da Conferência de Moscou dos Ministros das Relações Exteriores dos Três Países, reforcemos a unidade e coesão de todos os partidos políticos e organizações sociais democráticos de nosso país com vista a criar o mais rápido possível um governo democrático unificado, baseado na frente unida nacional democrática.

Segundo, condenemos categoricamente como inimigos da nação e liquidemos totalmente a camarilha de Syngman Rhee, seu capanga Jo Man Sik e outros reacionários que obstruem o desenvolvimento democrático do país e a independência nacional e vendem de novo a Coreia aos imperialistas. Sem eliminar os traidores da nação, os elementos pró-japoneses e outros reacionários não poderemos construir um Estado democrático, soberano e independente.

Terceiro, prestemos ativo respaldo ao comitê popular e lutemos tenazmente para executar suas medidas. O comitê popular é o órgão do poder mais progressista e democrático do povo coreano que representa seus interesses e luta para acelerar a construção de uma Coreia democrática. O comitê popular vem lutando para dar terra aos camponeses, restaurar a indústria, desenvolver a cultura nacional, estabilizar a vida do povo e lograr a total independência da nação.

Todo povo coreano, unamo-nos mais solidamente em torno do comitê popular! Empreendamos a marcha geral para a democracia sob a direção do comitê popular!

Quarto, reforcemos a amizade e solidariedade com o povo soviético e a unidade com o campo democrático internacional que luta para liquidar as sequelas do fascismo e pela paz mundial.

Quinto, divulguemos amplamente a Plataforma de 20 Pontos, promulgada pelo Comitê Popular Provisório da Coreia do Norte. Esta Plataforma estipula a política fundamental para desenvolver de maneira democrática o nosso país. Por isso, devemos explicar e propagar dita Plataforma entre as amplas massas populares para que compreendam que nossa nação poderá alcançar a verdadeira liberdade e independência somente quando for estabelecido um governo democrático capaz de realizar esta Plataforma.

Sexto, devemos reabilitar e desenvolver prontamente a indústria e a economia rural.

A aplicação da reforma agrária, aspiração secular dos camponeses, constitui um grande evento na luta do povo coreano pela prosperidade nacional e o desenvolvimento democrático.

Para afiançar a vitória da reforma agrária e desenvolver a economia rural, devemos dedicar todas as forças à arada primaveral, semeadura e outros trabalhos agrícolas para elevar a produção agrícola. Somente elevando-a de forma prática poderemos consolidar a vitória da reforma agrária. Portanto, as massas camponesas devem empenhar-se abnegadamente em cumprir com êxito a semeadura primaveral do presente ano e elevar ainda mais o rendimento das colheitas.

O desenvolvimento da indústria em nosso país é uma das tarefas mais importantes da construção de um Estado democrático e independente. Superando todas as dificuldades devemos restabelecer e por em plena marcha as fábricas e empresas, e proteger os estabelecimentos industriais dos atentados da camarilha de Syngman Rhee.

Sétimo, todos os intelectuais das esferas de ensino, cultura, arte e ciência devem consagrar toda sua inteligência e talento a acabar com os vestígios ideológicos do imperialismo japonês, restaurar e fomentar a cultura nacional da Coreia e edificar um Estado democrático independente.

Queridos compatriotas:

Nosso povo coreano tem duas opções. Uma delas levará ao progresso, democracia e formação de um Estado completamente independente; a outra o arrastrará ao atraso, antidemocracia e destino colonial.

O povo coreano reclama progresso e democracia, liberdade e independência. Todo o povo coreano patriótico, sob a direção do comitê popular e flamejando a bandeira da frente unida nacional democrática, lutará más energicamente pelo estabelecimento do governo provisório democrático da Coreia.

Todo o povo coreano deve lutar contra o traidor Syngman Rhee e seus lacaios que tratam de converter de novo a nossa nação em escrava dos imperialistas.

Abaixo aos traidores da nação e reacionários que impedem a construção de uma Coreia democrática!

Viva a frente unida nacional democrática!

Apoiemos totalmente a resolução da Conferência de Moscou dos Ministros das Relações Exteriores dos Três Países que garante o desenvolvimento democrático e a liberdade da Coreia!

Viva o comitê popular, autêntico organismo do Poder popular!

Viva Coreia democrática e livre!

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