terça-feira, 11 de junho de 2024

Situação de direitos humanos da Grã-Bretanha revelada pelo incidente de danos ocorrido no setor de saúde pública


Em 20 de maio deste ano, o comitê britânico de investigação de sangue contaminado publicou o informe final acerca da pior crise de saúde pública na história da Grã-Bretanha ocorrida por causa da produção de sangue contaminado e sua transfusão.

Segundo informe, da década de 1970 a de 1990, mais de 30 mil pessoas foram contaminadas com VIH e hepatite C por causa deste incidente e, entre elas, mais de 3000 morreram.

A maioria das vítimas eram pacientes que padeciam hemofilia e disfunções similares, e estas pessoas usaram medicamentos importados dos EUA na década de 1970. E foi comprovado que uma parte destes medicamentos foi produzida com o plasma sanguíneo doado por presos ou viciados em droga.

Entre as vítimas estavam também as pessoas que receberam transfusão de sangue durante o parto, a operação ou um tratamento, e quase 1250 personas foram infectadas com o vírus SIDA e 75% delas morreram.

Os principais veículos de imprensa britânicos, tais como BBC, Reuters e o jornal The Telegraph, citaram o informe e assinalaram que muitos pacientes foram prejudicados por um erro do governo, mas que este encobriu os fatos.

Segundo The Telegraph, a OMS já havia advertido na década de 1970 sobre o perigo da propagação de vírus através do plasma sanguíneo doano, e publicou um regulamento de que, para deter tal propagação, é necessário utilizar somente o plasma sanguíneo de 10 pessoas para a produção de um medicamento. A OMS também mencionou na época sobre a proibição da importação de medicamentos fabricados com plasma.

Porém, as empresas farmacêuticas dos EUA ignoraram as advertências e os regulamentos e utilizaram o plasma sanguíneo de cem mil pessoas na fabricação de medicamentos, e o governo britânico, em vez de investir na produção de medicamentos de produção nacional, comprou em grande quantidade os medicamentos defeituosos das empresas estadunidenses.

Em particular, o jornal assinala como segue:

Entre as vítimas estão também as crianças. Em uma escola de crianças com deficiência, foi aplicado um medicamento a 122 estudantes que padeciam de hemofilia. Entre eles, 80 faleceram após contrair VIH e hepatite C, e o mais surpreendente é que os pais não sabiam que seus filhos estavam infectados. Em vez de proteger e dar tratamento preferencial às crianças, as trataram como objetos de experimento.

Os veículos de imprensa britânicos criticaram que, embora todos os danos pudessem ter sido evitados, o governo não priorizou a segurança dos pacientes, e durante décadas evadiu a investigação e a indenização pelo incidente.

A horrível situação de direitos humanos da Grã-Bretanha, revelada pelo incidente, demonstra claramente o quão absurdo é que este país, que nem sequer respeita o direito à vida (elemento principal dos direitos humanos), questione sob qualquer pretexto a situação de "direitos humanos" de outros.

Ministério das Relações Exteriores da República Popular Democrática da Coreia

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