sábado, 22 de fevereiro de 2025

Um crime desumano que atraiu a ira e a condenação mundial


Como já foi noticiado, recentemente os EUA apresentaram uma proposta de reassentar os palestinos da Faixa de Gaza em outro local para então tomar essa região e reconstruí-la. Em seguida, os sionistas israelenses fizeram declarações absurdas de que um Estado palestino deveria ser estabelecido no território da Arábia Saudita.

Em relação a isso, a indignação e as condenações contra os EUA e Israel estão se intensificando em todo o mundo. Além dos países do Oriente Médio, muitos países da Europa, Ásia, África e América Latina, bem como organizações internacionais, incluindo a ONU, e até mesmo dentro dos próprios EUA, têm registrado protestos constantes.

Especialistas e relatores especiais da ONU divulgaram uma declaração conjunta afirmando que o plano dos EUA de tomar a Faixa de Gaza e reassentar sua população é uma clara ilegalidade, uma grave violação do direito internacional dos direitos humanos e uma ameaça aos fundamentos da ordem internacional. A declaração alertou que esse plano levaria o mundo de volta à era sombria da conquista colonial e afirmou que os EUA deveriam compensar a destruição da Palestina causada pelo fornecimento de armas e munições a Israel, além de interromper imediatamente a transferência de armamentos.

A ideia de forçar a população de um país a se reassentar fora de seu território é algo quase inédito desde a Segunda Guerra Mundial.

Para impedir que algumas potências invadissem e ocupassem arbitrariamente territórios estrangeiros, expulsando e massacrando suas populações nativas, a comunidade internacional criou a ONU e estabeleceu normas jurídicas internacionais correspondentes. A Carta das Nações Unidas define como princípios obrigatórios para seus membros o respeito à soberania e à igualdade, a inviolabilidade territorial e a independência política, a não interferência nos assuntos internos, a solução pacífica de disputas internacionais e a coexistência pacífica.

Os EUA estão tentando forçar o deslocamento e a expulsão dos palestinos da Faixa de Gaza para, então, se apossar da região, em um ato de flagrante desrespeito e rejeição aos princípios da Carta da ONU.

O Irã, o Egito e outros países do Oriente Médio, bem como inúmeros países ao redor do mundo, condenaram essa conspiração criminosa dos EUA e de Israel, denunciando-a como uma violação de todos os princípios e normas internacionais. A Arábia Saudita rejeitou a declaração absurda do primeiro-ministro israelense sobre a criação de um Estado palestino em seu território, classificando-a como uma visão extremista que ignora o direito fundamental das pessoas de viver com dignidade em sua própria terra.

O jornal estadunidense "Miami Herald" afirmou que a proposta dos EUA equivale a uma limpeza étnica de escala ainda mais aterrorizante do que qualquer deslocamento forçado que os palestinos sofreram desde a expulsão de cerca de 800 mil pessoas durante a guerra de 1948, que acompanhou a criação do "Estado judeu". Um alto funcionário da ONU também declarou que a expulsão dos palestinos de sua terra natal constitui limpeza étnica e tornaria impossível a criação de um Estado palestino.

Um dirigente de uma organização internacional ressaltou que o deslocamento forçado e a limpeza étnica são proibidos pelo direito internacional e configuram crimes de guerra e crimes internacionais.

A ONU já propôs uma solução viável para resolver de forma razoável a disputa territorial entre a Palestina e Israel.

Essa é a resolução da ONU de 1974, que apresentou a estrutura básica da solução de dois Estados, prevendo o reconhecimento mútuo entre Palestina e Israel e sua coexistência como países distintos na comunidade internacional.

A não implementação dessa solução se deve às ações de Israel, que busca continuamente a expansão territorial ao expulsar palestinos por meio da ampliação dos assentamentos judaicos, e ao padrão duplo dos EUA, que protegem e apoiam incondicionalmente essas práticas.

A comunidade internacional continua reconhecendo a solução de dois Estados como a maneira justa de resolver a questão palestina. No entanto, a proposta arbitrária e provocativa dos EUA colocou essa solução em risco de ser completamente destruída.

Até mesmo aliados dos EUA, como França e Alemanha, condenaram a tentativa de deslocamento forçado dos palestinos da Faixa de Gaza, afirmando que isso não apenas viola seu direito à autodeterminação, mas também obstrui a solução de dois Estados. Esses países defenderam que a Faixa de Gaza, juntamente com a Cisjordânia e Al-Quds Oriental, deve ser rapidamente reconstruída como base para a criação do Estado palestino.

A realidade demonstra que o mundo inteiro está indignado com os planos criminosos dos EUA e de Israel, que desconsideram tanto o direito internacional quanto os princípios mais básicos da humanidade.

Rodong Sinmun

Nenhum comentário:

Postar um comentário