terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

A tirania dos EUA já não funciona mais

Segundo a imprensa estrangeira, os Estados Unidos decidiram se retirar do Conselho de Direitos Humanos da ONU.

A adesão e a retirada repetidas desse órgão tornaram-se um jogo habitual dos EUA. Se houver um número considerável de países considerados "violadores de direitos humanos" que criticam os EUA e Israel, Washington se retira; se perceber que está internacionalmente isolado, volta a se filiar.

Desta vez, a administração dos EUA anunciou mais uma vez sua retirada do Conselho de Direitos Humanos da ONU sob o pretexto de que o órgão tem "preconceito contra os EUA e Israel".

Até agora, os EUA utilizaram o Conselho de Direitos Humanos da ONU como uma plataforma para atacar países independentes anti-imperialistas, e o órgão também serviu muitas vezes aos interesses dos EUA. No entanto, em 5 de abril do ano passado, o Conselho adotou uma resolução responsabilizando Israel por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Faixa de Gaza e exortando os países a suspenderem o fornecimento de armas ao Estado judeu. Na época, os EUA se opuseram firmemente à resolução. Insatisfeita com a decisão do Conselho, a administração dos EUA decidiu agora encenar novamente sua retirada do órgão.

Apenas dois dias após o anúncio da retirada dos EUA, Israel também informou ao Conselho que não participaria mais de suas atividades. O Ministério das Relações Exteriores israelense declarou que o país se retirava em solidariedade com a "correta decisão" da liderança dos EUA, acusando o Conselho de fabricar acusações e calúnias contra Israel.

Isso comprova que os EUA, que se apresentam como "defensores dos direitos humanos" e agem como o "professor mundial de direitos humanos", são, na verdade, os fiéis patrocinadores de Israel, que perpetra massacres no Oriente Médio. Demonstra também que esses dois países são sempre cúmplices na destruição da paz na região.

O fato dos EUA pressionarem o Conselho de Direitos Humanos da ONU por meio de sua retirada, apenas porque o órgão tomou decisões que lhes desagradam, é um ato extremamente arrogante e mesquinho.

Na realidade, os EUA perderam há muito tempo qualquer credibilidade para falar sobre imparcialidade em questões de direitos humanos, sendo um típico Estado criminoso nesse aspecto. Violência, abuso de poder por forças de segurança e violações sistemáticas dos direitos humanos são fenômenos comuns dentro dos próprios EUA. Além disso, o país pratica livremente tortura, repressão, assassinatos, vigilância e sequestros em diversas partes do mundo, atraindo duras críticas internacionais.

Quando o Conselho de Direitos Humanos da ONU foi estabelecido em 2006 para substituir a antiga Comissão de Direitos Humanos da ONU, os EUA previram que não conseguiriam obter amplo apoio internacional e decidiram não aderir ao órgão. No entanto, ao mesmo tempo, passaram a atacar a participação de outros países, interferindo de maneira destrutiva. Alguns anos depois, decidiram se juntar ao Conselho para utilizá-lo em benefício de seus próprios interesses políticos.

Dentro do Conselho de Direitos Humanos da ONU, os EUA têm constantemente mobilizado seus aliados para transformar o órgão em uma ferramenta de pressão contra outros países. Frequentemente fabricam alegações infundadas de violações de direitos humanos, manipulam a opinião pública como se fossem verdades absolutas e interferem nos assuntos internos de outros países. Como resultado, a credibilidade do Conselho perante a comunidade internacional foi prejudicada.

A opinião pública justa afirma que a ausência dos EUA nos organismos internacionais é, na verdade, uma vantagem. A inconstância dos EUA reflete sua extrema arrogância, deixando claro que não reconhecem qualquer instituição que não esteja sob seu controle.

O ex-assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Bolton, declarou abertamente que a relação entre os EUA e o mundo é como a de um martelo e um prego, afirmando que qualquer país atingido pelos EUA deve simplesmente aceitar passivamente. Dominados por essa mentalidade hegemonista, os EUA violam arbitrariamente o direito internacional, se recusam a cumprir obrigações internacionais e impõem sua força de maneira tirânica. Após se retirarem do Acordo de Paris sobre Mudanças Climáticas e da Organização Mundial da Saúde, agora estão fazendo escândalo para sair também da UNESCO. Além disso, anulam unilateralmente inúmeros acordos bilaterais e multilaterais conforme seus interesses.

Os EUA são, de fato, um Estado delinquente que ignora completamente as leis internacionais, que refletem o consenso da comunidade global.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU declarou que os EUA não têm sequer o direito de se retirar formalmente do órgão, pois seu mandato como membro expirou em 31 de dezembro de 2024, tornando-os automaticamente um país com status de observador.

O mundo de hoje não é mais um lugar onde a arrogância e o autoritarismo dos EUA possam prevalecer.

Ri Hak Nam

Rodong Sinmun

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