A "democracia" propagada pelos políticos ocidentais e seus porta-vozes está desestabilizando o mundo. Eles difamam ferozmente os sistemas políticos dos países socialistas e dos países que buscam a independência, promovendo os modelos ocidentais de parlamentarismo e multipartidarismo como “as formas políticas mais avançadas e ideais, o modelo de democracia”.
No entanto, no essencial, o parlamentarismo e o multipartidarismo nas sociedades capitalistas servem apenas para garantir o domínio da elite privilegiada.
A sociedade capitalista é um mundo onde apenas o dinheiro e o poder importam, uma sociedade de supremacia do capital, de luta do mais forte contra o mais fraco, repleta de falsidades. Não pode haver verdadeira democracia em um mundo ocidental onde as massas trabalhadoras são reduzidas à condição de escravas do capital.
O sistema parlamentar, que o Ocidente descreve como “política democrática”, é, na realidade, um regime político reacionário que serve apenas aos interesses dos monopólios capitalistas. Os capitalistas utilizam o parlamento para legalizar a exploração brutal e a opressão contra os trabalhadores. Os governantes reacionários tentam encobrir essa realidade com o manto da “democracia”, alegando que todos os membros da sociedade possuem direitos de votar e serem votados, e que o parlamento é formado por representantes de diversas classes, camadas sociais e pequenos grupos sociais através de “eleições livres e democráticas com livre concorrência de opiniões políticas”.
Entretanto, as eleições nada mais são do que uma disputa financeira, e não uma competição de ideais políticos. São os monopólios capitalistas e seus representantes, que gastam fortunas em campanhas, que acabam ocupando a maioria dos assentos no parlamento. Assim, milhões de desempregados e pessoas empobrecidas, que vagam pelas ruas sem trabalho, sequer podem sonhar em participar das eleições.
Os Estados Unidos, que se apresentam como o “modelo” da política democrática ocidental, são um exemplo representativo dessa realidade.
Para se candidatar a um cargo de deputado neste país, é preciso ter mais dinheiro do que qualquer habilidade política. Isso se aplica tanto ao processo de ser indicado como candidato quanto à necessidade de promover a própria qualificação por meio da televisão e dos jornais, pois todo o processo eleitoral gira em torno do financiamento. Aqueles que são escolhidos como candidatos investem enormes quantias de dinheiro e se concentram em aumentar sua popularidade ao aparecer em programas de televisão durante horários de alta audiência, prometendo o que farão no cargo.
Nos Estados Unidos, esse fenômeno se repete periodicamente. Para arrecadar fundos substanciais, os candidatos realizam campanhas de captação, e seus doadores são, na maioria, ricos e grandes monopólios. Eles promovem candidatos que podem implementar políticas favoráveis a seus interesses, fornecendo grandes somas de dinheiro. Isso se configura como um investimento político em benefício do capital. Os candidatos, cientes dessa dinâmica, buscam agradar os interesses dos ricos e dos monopólios, pois o sucesso eleitoral depende disso.
Um estudo do "Pew Research Center" revelou que a maioria dos cidadãos comuns considera que o custo das campanhas políticas é excessivo, e os políticos eleitos estão sempre atentos aos interesses dos doadores e dos grupos com interesses especiais. Os membros do Congresso relutam em separar os benefícios financeiros do serviço público.
Os capitalistas, literalmente, compram candidatos e manipulam as eleições com dinheiro, impondo suas demandas aos eleitos. Esse sistema é permitido pelas instituições estadunidenses. Apenas nas últimas eleições presidenciais e nas eleições para o Congresso, houve uma disputa de quantias astronômicas, o que levou a eleições nos Estados Unidos a serem chamadas de “as mais caras do mundo”. Como resultado, a participação eleitoral se torna uma atividade infrutífera para os cidadãos comuns.
Nos Estados Unidos, que se autodenominam um "Estado democrático", metade das pessoas com direito a voto não se registram para votar, e, entre aquelas que se registram, metade não participa das eleições. Assim, os governantes deste país são eleitos por um número muito reduzido de votantes, que são, em sua maioria, representantes dos ricos ou pessoas influenciadas pelo financiamento das campanhas.
É evidente que, independentemente de quem seja, uma vez eleito, a pessoa terá que devolver os favores aos bilionários que financiaram sua campanha. Isso faz com que os representantes atuem como defensores dos interesses dos grandes monopólios e dos ricos.
Como disse Noam Chomsky, um analista político e ativista social da Universidade de Massachusetts, a influência dos ricos na formulação de políticas e seu nível de riqueza estão diretamente relacionados. De fato, a política do dinheiro nos Estados Unidos permeia todas as esferas das eleições, da elaboração de leis e da implementação de políticas, impedindo que o público em geral participe efetivamente da atividade política. Apenas os ricos podem desfrutar dos direitos políticos regulamentados pela Constituição.
Nesse sistema político, que serve apenas a uma pequena elite privilegiada, não se pode esperar qualquer política que vá contra os interesses dos bilionários. Os presidentes da história dos EUA foram, em sua maioria, fiéis representantes dos interesses dos ricos. O magnata da indústria DuPont, por exemplo, afirmou abertamente que os EUA são propriedade dos monopólios, e que os EUA não podem existir sem eles. O ex-presidente Lyndon Johnson admitiu que os grandes monopólios são os acionistas do governo dos EUA e que ele mesmo atuava como seu representante.
As decisões e leis adotadas nos parlamentos dos países ocidentais não são mais do que uma formalidade para legalizar o que já foi decidido fora do Parlamento por capitalistas e seus representantes. Portanto, quando um professor de uma universidade dos Estados Unidos afirma que "a democracia atual nos Estados Unidos é apenas uma democracia formal e não uma democracia substancial", isso não é por acaso. O sistema multipartidário, que o Ocidente descreve como "política democrática", é meramente uma ferramenta para implementar uma ditadura antipopular.
Desde o início, o sistema multipartidário tem existido como um mecanismo político no contexto do capitalismo, servindo completamente aos interesses dos capitalistas. Quando os políticos ocidentais defendem o multipartidarismo, seu objetivo não é garantir verdadeira democracia nas atividades partidárias e nas eleições, mas sim encobrir as relações de classe hostis e os abusos de poder dos governantes, que surgem da divisão de classes em uma sociedade capitalista.
Na sociedade capitalista, apenas os partidos que representam os interesses da classe que controla a economia e a política ocupam posições privilegiadas. Portanto, o que realmente controla a política não são os partidos, mas sim os grandes capitalistas. Tanto o Estado quanto os partidos operam de acordo com os desejos dos monopolistas, que usam os partidos como ferramentas para apoiar sua ditadura e como uma cortina de fumaça para encobrir a política da violência.
Nos Estados Unidos, os monopolistas já formaram, há muito tempo, os partidos Republicano e Democrata, alternando entre eles para carregar o fardo da política reacionária, enquanto continuam impulsionando o vagão do capitalismo. Esses dois partidos competem ferozmente pelo poder, e essa dinâmica se institucionalizou.
Os poucos partidos menores não têm a ousadia de se colocar ao lado dos partidos Democrata e Republicano, que representam os interesses dos grandes monopolistas e dos ricos. Esses pequenos partidos, apoiados pelos grandes monopolistas, apenas desempenham o papel de encobrir as prerrogativas e os abusos de poder dos dois partidos principais sob o manto de "consenso democrático".
Quando os grandes capitalistas veem que partidos menores ameaçam seus interesses, não hesitam em reprimir e suprimir suas atividades, muitas vezes utilizando a violência para dissolvê-los. Isso é evidenciado por fatos históricos bem documentados. A situação atual não é diferente: as elites privilegiadas mobilizam uma série de leis opressivas e uma vasta máquina de repressão para monitorar constantemente e restringir as atividades de partidos progressistas, organizações sociais e as ações cotidianas dos cidadãos comuns. Embora façam parecer que garantem a democracia, são implacáveis em sua repressão quando seus interesses estão em jogo.
De acordo com informações do "Brennan Center for Justice", a polícia de Nova York envolveu-se em atividades ilegais, como monitorar protestos públicos e rastrear cidadãos sem evidências, utilizando redes sociais, mas não enfrentou qualquer responsabilização por essas ações.
Esse cenário não deve ser visto como um acaso, pois a crescente indiferença da população em relação à política e seu desprezo pelos políticos, bem como a manifestação aberta de descontentamento em relação ao governo, são reflexos da realidade da sociedade capitalista.
O parlamentarismo e o multipartidarismo que o Ocidente descreve como "democrático" é, na verdade, profundamente antipopular, esmagando brutalmente os direitos independentes das amplas massas trabalhadoras. Durante as eleições, os candidatos frequentemente fazem promessas grandiosas, tentando ganhar o favor do eleitorado com discursos sobre a criação de empregos e melhorias na vida das pessoas, mas essas promessas são frequentemente ilusórias, sem qualquer viabilidade.
A monopolização do poder por uma pequena elite privilegiada resulta, inevitavelmente, em prejuízos para a vasta maioria da população. Um exemplo claro disso é a incapacidade dos EUA em conter a criminalidade armada, que tem causado inúmeras mortes. O debate sobre o controle de armas tem sido um tópico constante há anos, mas nenhuma legislação eficaz foi aprovada pelo Congresso. Isso ocorre porque os lucros das empresas de armamentos, que se beneficiam das vendas de armas, são priorizados em relação ao bem-estar e à segurança da população.
A situação em outros países ocidentais não é muito diferente. Direitos básicos, como o direito ao trabalho dos desempregados e o direito à sobrevivência de crianças órfãs e sem-teto, são frequentemente ignorados no espaço legislativo sob a justificativa de "consenso democrático".
A ameaça aos direitos dos trabalhadores, incluindo o direito à vida, torna evidente que o sistema parlamentar e o multipartidarismo promovidos pelo Ocidente não podem ser considerados uma verdadeira democracia. Esses sistemas geram apenas uma grave crise político-econômica. A realidade de alguns países que, ao cederem à pressão e às promessas do Ocidente, adotaram o parlamentarismo e o multipartidarismo, resultando em desordem social, caos e conflitos, confirma que a democracia ocidental não é um modelo, mas sim uma fonte de problemas.
Un Jong Chol
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