Recentemente, a administração dos EUA aprovou a venda de aproximadamente 7,4 bilhões de dólares em equipamentos militares para Israel, coincidindo com a visita do primeiro-ministro israelense, Netanyahu, aos Estados Unidos. Dentre esses armamentos, estão incluídos mísseis "Hellfire" no valor de cerca de 660 milhões de dólares.
Isso significa que continuam fornecendo uma enorme quantidade de material bélico, incluindo armas pesadas e munições, a um assassino enlouquecido e sedento de sangue.
A verdadeira face dos EUA como o maior comerciante de guerra do mundo, acostumado a transformar conflitos armados, incluindo guerras, em oportunidades lucrativas e a explorar tragédias ao redor do planeta para enriquecer, torna-se ainda mais evidente.
Na realidade, as indústrias militares dos EUA desfrutam de uma prosperidade sem precedentes ao custo do sangue derramado por civis inocentes na Faixa de Gaza.
Basta observar os relatórios financeiros do quarto trimestre e do ano de 2023 divulgados no início do ano passado pelas principais empresas da indústria militar dos EUA. A Raytheon Technologies registrou um aumento de 10% em suas vendas trimestrais em comparação com o mesmo período de 2022, totalizando quase 20 bilhões de dólares. O CEO da empresa vangloriou-se, afirmando que "em 2023, obtivemos um desempenho excepcional, superando as expectativas". A Lockheed Martin também relatou "bons resultados", registrando vendas de 18,9 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2023, um aumento de 2 bilhões em relação ao trimestre anterior. Seu CEO celebrou que "isso demonstra a grande demanda por nossos produtos militares no mercado, e prevemos um crescimento contínuo da receita em 2024".
Se esses são os resultados de apenas um trimestre, é inimaginável o quanto essas empresas lucraram durante o ano e meio desde o início da crise no Oriente Médio. Todas as indústrias militares estão prosperando com pedidos recordes.
Enquanto isso, Israel, abastecido continuamente por seu mestre, despeja bombas e mísseis sobre a Faixa de Gaza, chocando o mundo com sua brutalidade.
O comportamento dos EUA deixa claro que não pretendem reduzir seu apoio militar a Israel. A recente reunião do presidente dos EUA com Netanyahu em Washington evidenciou essa postura, quando ambos concordaram que "Hamas deve ser eliminado" e que Gaza "não deve mais representar uma ameaça a Israel", reafirmando a necessidade de alcançar todos os objetivos de guerra de Israel. Durante a coletiva de imprensa conjunta, o líder dos EUA ainda mencionou planos para "administrar Gaza", realocar palestinos para países vizinhos e reconstruir a região sob sua supervisão.
A antiga administração dos EUA permaneceu em silêncio diante do massacre de palestinos por Israel na Faixa de Gaza, chocando o mundo ao acobertar e incentivar tais ações. Elevou o assassino Netanyahu à tribuna do próprio Congresso, encorajando-o fervorosamente e expressando "plena compreensão" ao seu fantoche, que declarou rejeitar qualquer plano de paz que não atendesse aos interesses de Israel.
No entanto, a atual administração dos EUA supera em muito sua antecessora.
A quem eles estão protegendo e o que estão incentivando?
Fornecer um vasto arsenal de armas de extermínio a um assassino brutal e falar sobre a "eliminação total do Hamas" nada mais é do que um aval para transformar Gaza em um mar de sangue. A proposta de deportação forçada dos palestinos também é um apoio explícito às ambições expansionistas de Israel.
Os EUA não são mediadores da paz no Oriente Médio, mas sim destruidores implacáveis e instigadores de massacres cometidos por seus aliados. Apesar de discursarem sobre paz, na prática, incentivam Israel a mergulhar a região em instabilidade para lucrar com o caos.
Um especialista em relações internacionais destacou que o plano do atual governo dos EUA de "assumir a administração de Gaza" está alinhado com sua estratégia de longo prazo para o Oriente Médio. Segundo ele, essa proposta visa, na realidade, forçar os palestinos a cederem territórios e facilitar a normalização das relações entre Israel e os países árabes, criando um cenário favorável a Israel e servindo aos interesses estratégicos globais dos EUA.
Sob a proteção inquestionável de Washington, Israel segue impunemente com suas ações imprudentes, deixando cada vez mais evidente que a máscara de "mediador da paz no Oriente Médio" já foi completamente descartada pelos EUA.
Ho Yong Min
Nenhum comentário:
Postar um comentário