sábado, 2 de março de 2024

Movimento perigoso que leva à guerra espacial


A mania de guerra dos Estados Unidos se estende ao espaço sideral.

Do início a meados de fevereiro, um exercício conjunto multinacional liderado pelos EUA chamado “Global Sentinel” foi realizado na Base da Força Espacial de Vandenberg, sob o letreiro de “dominar os procedimentos de resposta à situação espacial internacional". É um exercício que ocorre há 10 anos, expandindo-se em escala e conteúdo a cada ano, de acordo com o roteiro de guerra espacial dos EUA, para utilizar os recursos e capacidades espaciais dos seus seguidores. Desta vez, foi reportado que cerca de 20 países, incluindo EUA, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, organizaram equipes multinacionais regionais de operações espaciais e realizaram treinos simulando uma guerra espacial.

Ao mesmo tempo, a Casa Branca divulgou enormes “informações” de que a Rússia estaria planejando implantar armas nucleares no espaço. Isto serve para justificar a sua tentativa maligna de uma guerra espacial.

Isso sugere que o pesadelo da guerra espacial que muitos temiam e desconfiavam, está próximo de se tornar uma realidade e que a nova Guerra Fria está entrando aceleradamente na linha de perigo.

A atual estrutura de relações internacionais foi firmemente modificada para um sistema de nova Guerra Fria e a situação internacional torna-se mais tensa a cada dia. Nesta situação, os EUA revelam abertamente a sua intenção de provocar uma guerra espacial em aliança com os seus seguidores, o que é uma expressão da sua ambição viciosa de maximizar a corrida armamentista espacial e levar a nova Guerra Fria ao seu ponto extremo.

Os EUA lançaram o satélite militar "Discover-1" se referindo à "Crise do Sputnik" relacionado com o lançamento bem-sucedido do primeiro satélite artificial da Terra pela União Soviética no final da década de 1950 e professaram a militarização espacial. O ex-presidente estadunidense, Kennedy, disse em 1962: "Tal como as armas nucleares, não existe consciência na ciência espacial. Se o universo se tornará um mar de paz ou um mar de guerras terríveis depende da nossa decisão." Na década de 1980, os EUA elaboraram um plano aventureiro para uma "guerra nas estrelas" e envidaram esforços frenéticos para sua implementação, levando a Guerra Fria ao seu pior ponto e alcançando o objetivo do colapso da União Soviética.

Os Estados Unidos planejam utilizar a nova Guerra Fria de hoje como uma oportunidade para derrubar mais uma vez os seus adversários estratégicos e conquistar a hegemonia mundial.

Os Estados Unidos criticaram o teste da Rússia em 2021, no qual destruiu o seu próprio satélite no final da sua vida em órbita, chamando-o de “um ato que ameaça satélites de outros países” e “violação dos interesses dos Estados Unidos e dos seus aliados” que deveria ser "suprimido", e hoje acusam a Rússia de tentar implantar armas nucleares no espaço.

Há alguns anos, o teste por parte da China de um míssil hipersônico que reentrou na atmosfera a partir da órbita baixa da Terra foi categoricamente chamado de "segunda crise do Sputnik”.

A situação atual mostra claramente quem são os adversários estratégicos da nova guerra planejada pelos Estados Unidos.

Atualmente, a militarização espacial dos EUA vai além da fase de apoio à operação terrestre, como reconhecimento, comunicação e medição de localização, e visa o ataque aos objetos espaciais do outro lado com várias armas de ataque espacial, paralisando os “olhos” e “ouvidos”. Estão entrando numa fase muito perigosa de neutralização ou ataque ao solo a partir do espaço. A teoria da “superioridade total” de que a Terra só pode ser controlada por meio do espaço e o conceito de guerra espacial que designa o espaço como uma “nova área operacional” foram formalizados, e uma força espacial dedicada a isso foi lançada em 2019.

Como mostra este exercício multinacional de guerra espacial, eles estão se preparando para lançar uma guerra em grande escala, mobilizando as capacidades espaciais dos seus seguidores.

Não são outros senão os Estados Unidos que estão abertamente virando as costas à exigência consistente da comunidade internacional de desmilitarização do espaço.

Desde o início da década de 1980, durante a Guerra Fria, discussões internacionais têm sido realizadas todos os anos para impedir a implantação de armas espaciais e a corrida armamentista espacial, mas nenhum acordo foi ainda alcançado porque os Estados Unidos têm se oposto resolutamente.

Na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em dezembro do ano passado, uma resolução para não implantar armas no espaço foi adotada por maioria de votos e o objetivo de evitar uma corrida armamentista espacial foi reafirmado, porém, desafiando isso, os EUA lançaram a sétima espaçonave secreta “X-37B” com uma missão especial como arma espacial.

É natural que este plano misantrópico dos Estados Unidos, que não só espalham as suas armas de destruição e massacre por todo o planeta, mas também sonham com a dominação e a hegemonia mundial ao incendiar o espaço, esteja provocando indignação na comunidade internacional.

Jang Chol

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