Recentemente, a “OPEP+”, que é composta pela OPEP, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Rússia e outros países produtores de petróleo bruto, anunciou que estenderá as medidas de redução da produção de petróleo bruto para o segundo trimestre.
A fim de estabilizar o preço do petróleo bruto, a "OPEP+" já decidiu reduzir drasticamente a produção diária de petróleo bruto para o ano seguinte, em outubro de 2022. Em novembro do ano passado, foi decidido reduzir mais uma vez a produção diária de petróleo bruto no primeiro trimestre de 2024, mas desta vez a medida foi estendida para o trimestre seguinte.
Com isso, o Ministério da Energia da Arábia Saudita anunciou que irá prorrogar a medida para reduzir a produção de petróleo bruto em um milhão por dia até ao final de junho. A Rússia, principal parceiro da "OPEP", também anunciou que reduzirá a produção e as exportações de petróleo bruto em 470 mil barris no segundo trimestre. Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã também decidiram prolongar as suas medidas de redução da produção de petróleo bruto até ao segundo trimestre.
Os países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, estão muito insatisfeitos com isto.
As potências ocidentais, incluindo os Estados Unidos, que já têm pressionado a “OPEP+” para aumentar a produção de petróleo bruto, criticaram as medidas da OPEP+ para reduzir a produção, dizendo que estão intencionalmente aumentando o preço do petróleo bruto e estimulando a inflação.
No entanto, a “OPEP+” rechaçou as críticas dos países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, dizendo que as medidas de redução visam garantir “estabilidade e equilíbrio no mercado do petróleo bruto”.
Até agora, as contradições entre os países membros da "OPEP" e os Estados Unidos sobre o preço do petróleo bruto e a quota de mercado vêm se intensificando.
Os Estados Unidos, que subitamente emergiram como um país exportador de petróleo bruto com a “Revolução do Petróleo de Xisto”, continuaram aumentando a produção de petróleo de xisto, a fim de monopolizar o mercado internacional de petróleo bruto e dominar o mundo, independentemente dos países membros da "OPEP" terem sofrido enormes perdas econômicas devido à queda do preço do petróleo bruto.
Isto foi uma grande dor de cabeça para a "OPEP"
A "OPEP", que foi fundada em 1960 e coordena a produção, as exportações e o preço internacional do petróleo bruto, exerceu grande influência no mercado internacional do petróleo bruto. No entanto, com o aumento da produção de petróleo de xisto nos Estados Unidos, a quota de mercado da "OPEP" diminuiu e esta deixou de ser capaz de desempenhar um papel de liderança.
Os países membros da "OPEP" têm trabalhado para estabilizar o mercado internacional de petróleo bruto, cooperando com os países produtores de petróleo, incluindo a Rússia.
Após a crise na Ucrânia e os Estados Unidos terem reunido os países ocidentais para bloquear as exportações de petróleo bruto da Rússia, o mercado internacional de petróleo bruto e as economias dos países ocidentais sofreram perturbações mais graves. Como o fornecimento através do mercado internacional de petróleo bruto se tornou limitado, os países ocidentais que importam petróleo bruto e gás da Rússia sofreram com a escassez de energia.
Em 2022, o preço da gasolina subiu rapidamente nos Estados Unidos e atingiu um máximo histórico. Os Estados Unidos, que se encontravam em apuros, tiveram de liberar e vender uma quantidade considerável da sua reserva estratégica de petróleo bruto para satisfazer a procura insuficiente de petróleo bruto.
As economias de outros países ocidentais que seguiram os Estados Unidos também se encontraram numa situação muito grave.
Embora o círculo no poder dos EUA tenha pressionado a Arábia Saudita para aumentar a produção de petróleo bruto, a fim de escapar da crise petrolífera e levar a cabo a política anti-Rússia, a Arábia Saudita o ignorou e está trabalhando com outros países produtores de petróleo bruto para tomar medidas para reduzir a produção de petróleo bruto até um certo limite, a fim de controlar o mercado internacional de petróleo bruto.
Resta saber como as tendências do mercado internacional de petróleo bruto mudarão no futuro. No entanto, o que está claro é que o confronto e a atrito entre a “OPEP+” e os Estados Unidos estão se intensificando dia após dia, e a política hegemônica dos Estados Unidos, que buscou dominar o mundo utilizando o petróleo bruto como arma, está entrando em colapso.
Kim Su Jin
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