sábado, 30 de março de 2024

"Renascem" os fantasmas do "exército imperial japonês": comentário da ACNC


Em meio a que o Japão se converte rapidamente em um Estado bélico sob o vistoso rótulo de "defesa exclusiva", um ex-alto comandante das "Forças Marítimas de Autodefesa" foi designado recentemente como chefe do Santuário Yasukuni, onde estão conservados os restos mortais dos criminosos de guerra de categoria especial.

Nesse país insular, já se tornou uma corrente política a visita coletiva dos politiqueiros ao santuário em qualquer momento. Por esta razão, é muito suspeita a nomeação de um ex-alto comandante das "Forças de Autodefesa" como administrador do referido santuário.

Em janeiro deste ano, visitaram em grupo o santuário uma liderança e dezenas das "Forças Terrestres de Autodefesa".

Em fevereiro, foi divulgado que também em maio passado o comandante da frota de exercícios das "Forças Marítimas de Autodefesa", vestido em uniforme militar e acompanhado por seus subordinados, ofereceu tributo, fato que voltou a gerar críticas e preocupação na sociedade internacional.

Em tais circunstâncias, os fantasmas desse lugar, que intensificavam a febre de nova agressão dos politiqueiros japoneses, desempenharão sob o comando do ex-alto comandante das "Forças de Autodefesa" até o papel de "professores encarregados da educação espiritual" para os autores diretos do cumprimento do velho sonho da "esfera de coprosperidade da grande Ásia oriental".

É que os fantasmas do "exército imperial japonês", que havia tomado no século passado a via de agressões e saque, "são revividos" nas "Forças de Autodefesa", contagiadas com a venenosa ideia militarista.

Embora o Japão tente amparar tais fatos descrevendo-os como "visita privada segundo a vontade livre do individuo" ante os fortes protestos e condenação de todo o mundo, não se pode nunca seu verdadeiro propósito de realizar a militarização e a ambição revanchista.

Ainda que fosse "liberdade pessoal" ou "visita privada", a própria presença no Santuário Yasukuni significa a glorificação aberta dos crimes antiéticos cometidos pelo Japão.

Ademais, resulta cada vez mais perigosa pois os maníacos de nova agressão dentro e fora das "Forças de Autodefesa" tomam a dianteira em inculcar o ultranacionalismo na sociedade japonesa.

Agora também o país insular faz apologia de seus crimes do passado através da tergiversação da história e amplia suas "Forças de Autodefesa" como corpo equipado com armamentos sofisticados, sob pretexto da "crescente ameaça" proveniente dos países vizinhos.

A ambição de nova agressão do Japão não mudará nunca, ainda que transcorra muito tempo e mudem as gerações.

É evidente que a humanidade poderá sofrer novamente grandes calamidades se fica de braços cruzados diante disso.

Qualquer pessoa amante da paz deverá ficar em alerta diante do "renascimento" dos fantasmas do "exército imperial japonês" em um canto escuro do santuário.

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