Hoje é um dia significativo em que completa 20 anos da publicação da histórica Declaração Conjunta de 15 de Junho assinada pelos máximos líderes do norte e do sul da Coreia, Kim Jong Il e Kim Dae Jung, respectivamente.
Infelizmente, as condições atuais oferecem um clima completamente oposto ao espírito deste documento de grande valor que abriu o caminho brilhante para a reconciliação nacional e reunificação da Coreia. Por conta de ações provocativas de escórias humanas que traíram a pátria e venderam-se aos interesses espúrios de forças hegemônicas, e da consequente tolerância silenciosa das autoridades sul-coreanas, as relações intercoreanas que já encontravam-se em esfriamento foram abruptamente cortadas.
É lastimável para a nação coreana marcar esta data em um momento tão áspero, quando as autoridades sul-coreanas agem tardiamente para tentar reparar sua incompetência ante as suas responsabilidades frente aos históricos acordos norte-sul e o norte urge pela punição dos criminosos enquanto aponta sua total desconfiança naqueles com quem mantiveram conversações no último biênio.
É evidente a cada ruptura, que machuca profundamente a nação coreana, a posição e princípios que cada parte representa e defende. Ficou evidente ao longo dos governos conservadores a posição anti-reunificação e a tentativa de apagar a Declaração Conjunta de 15 de Junho e a posterior Declaração Conjunta de 4 de Outubro, da parte sul-coreana, enquanto a parte nortenha invariavelmente buscou meios para reconciliação sem jamais ceder a qualquer tipo de pressão e renunciar ao caminho que decidiu seguir há mais sete décadas.
Com um governo "progressista" chegando ao poder novamente na Coreia do Sul, a expectativa sobre o desenvolvimento das relações era grande. Porém, o tempo demonstrou que as atitudes destes não diferem tanto das ações dos governos conservadores anteriores.
Isso se deve à posição servil da Coreia do Sul em relação ao seu amo estadunidense que define a velocidade de avanço das relações intercoreanas e impõe barreiras que se encaminham à ruptura ou confrontação sob o lema de "reunificação sob um só sistema" ou "sul prevalecendo sobre o norte".
Ademais, a mentalidade limitada daqueles "progressistas" também é um empecilho neste processo que é uma evidente confrontação entre patriotismo e lacaismo.
Há uma frase muito popular no norte que diz: "Nós, coreanos, não gostamos de conversa vazia". Ela representa bem a posição e atitude da RPDC acerca das relações intercoreanas. Não razão para insistir naquilo que se mostra inútil, que não progride. E de nada vale belas palavras se na prática as coisas vão na contramão.
Mantendo a questão das relações intercoreanas como mecanismo eleitoreiro, como tema meramente político e não uma genuína causa patriótica, as autoridades sul-coreanas insistem na continuidade de laços marcados por inúmeras traições desta parte porque sabem do valor político que está em jogo.
Por outro lado, a Coreia socialista é resoluta em suas posições e defende com todas as forças e meios a soberania e dignidade da nação, apoiando-se em suas próprias forças e rechaçando chantagens das grandes potências que oferecem apoio financeiro em troca de seu desarme.
O espírito do legado da Declaração de 15 de junho é o de Uriminjokkiri (por nossa própria nação).
O povo coreano, no norte, no sul e em ultramar, anseia pela reunificação e apoiam unanimemente a posição de que os assuntos da Coreia deve ser tratado pelos coreanos, sem interferência externa.
Contudo, é impraticável sem a eliminação dos males profundamente enraizados no cenário político sul-coreano, que incluem servilismo às grandes potências e manifesta ausência de genuíno patriotismo.
O ensinamento que a história trás aponta que somente quando a Coreia do Sul conte com um presidente corajoso e determinado, que ouse quebrar a corrente colonial que prende este território ao EUA, será possível avanços notórios que aproximem o final da extensa estrada da reunificação nacional.
A cúpula norte-sul de 2000 e sua declaração conjunta são um legado indelével que guiarão o caminho da reunificação nacional, apesar dos ventos e marés contrárias que se apresentam ao longo do percurso.
레난
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